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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Ansiedade da pandemia descontada na comida, nutróloga comenta

Comidas funcionam como um abraço na quarentena já que as escolhas alimentares neste período são relacionadas a memórias afetivas e podem ser tratadas como compensatórias, mas o perigo está no exagero e descontrole.


Para a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela de São Paulo a comida proporciona um alívio emocional, principalmente em situações de fragilidade, como essa que o mundo todo está enfrentando. O grande problema está que, em casa, as pessoas estão se dedicando muito tempo a culinária, mas nem sempre fazem isso com cautela. "Além desse período desencadear um descontrole e consequente aumento de peso, pode ainda abrir espaço para outras doenças como diabetes, hipertensão, colesterol...e por aí vai", alerta.

Para entender melhor, a médica separou algumas divisões que fazem entender um pouco mais sobre a alimentação e o vínculo emocional.


• Comidas nostálgicas: são aquelas que remetem a uma época boa, mas que não se tem mais o costume daquele prato. "Pode ser o simples arroz com feijão ou uma mania que se tinha há tempos de como montar um lanche, por exemplo, mas a pessoa gosta de se sentir reconectado com as suas raízes através daquela comida", diz.


• Comidas de indulgência: são os fast foods e alimentos gordurosos. "Esses recompensam o prazer no momento de tristeza".


• Comidas de conveniência: aqueles que não exigem preparo como industrializados e tudo preza pela praticidade. "Sucos de caixinha, lasanha congelada, salgadinhos de pacote...", lembra a médica.


• Comidas de conforto físico: são os alimentos e bebidas que oferecem o prazer físico imediato e momentâneo. "As bebidas alcoólicas, sorvete, um chocolate ou qualquer alimento com muito açúcar que proporcione uma resposta rápida do cérebro", avisa.

Dra Ana explica que o sistema de recompensa cerebral estabelece sensações como bem-estar, conforto, prazer e saciedade porque é composto por neurônios que se comunicam entre si por meio de um neurotransmissor que é a dopamina. "Os alimentos ricos em açúcar estimulam a maior quantidade de dopamina. Com mais dopamina há uma melhora no sistema de recompensa. Além disso, as altas fontes de carboidratos, especialmente os simples, fazem com que o corpo produza mais insulina e aumente a energia, o que irá proporcionar uma sensação de bem-estar. Mas, tudo isso é momentâneo, não podemos esquecer que a pandemia vai passar e que é difícil correr atrás do prejuízo depois. No mais, agora é hora de cuidar da saúde, mais do que nunca", finaliza.

 

 

Fonte: Dra. Ana Luisa Vilela  - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá - MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo - HCFMUSP.  Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.

www.draanaluisavilela.com.br


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