Segundo
levantamento da fintech Acordo Certo, 32% mantiveram as finanças estáveis,
enquanto 28% ficaram mais endividados
A Acordo Certo, empresa de renegociação de dívidas
100% online com foco no bem-estar financeiro do consumidor, realizou uma
pesquisa online com mais de 1,5 mil respondentes, para compreender as
perspectivas para 2021 e a situação financeira em 2020 de seus usuários.
Segundo o levantamento, 40% iniciaram o ano com menos dívidas, 32% se
mantiveram estáveis e 28% ficaram mais endividados em comparação ao início de
2020.
Para Thales Becker, CMO da fintech, os números
refletem uma das grandes lições aprendidas em meio a pandemia, a importância da
educação financeira. “Os consumidores perceberam que o melhor caminho para sair
do endividamento é poupar e manter as finanças sob controle. Desta forma,
observamos um movimento mais consciente entre os brasileiros e sua relação com
o dinheiro, projetando para 2021 um ano mais positivo financeiramente”, afirma
o especialista.
Para os respondentes, a grande dificuldade ainda é
guardar dinheiro (56%) e fazer um planejamento financeiro para organizar as
contas (50%). Apesar do impeditivos, a maioria projeta pontos positivos para o
ano, tais como a melhora na situação financeira (51%), facilidade para
pagar dívidas (47%), empregabilidade (46%), dentre outras. Como ponto negativo,
42% preveem piora na economia brasileira ao longo de 2021.
Balanço de 2020: um ano difícil
Ainda que com otimismo, 87% dos respondentes
iniciaram o ano com alguma dívida e afirmaram que está sendo difícil
administrar o orçamento (54%). A situação se potencializa porque grande parte
dos consumidores (68%) viu sua renda ser comprometida em 2020 - sendo que para
46% essa queda foi expressiva.
Não bastando as finanças no vermelho, 49%
identificaram aumento nos gastos familiares e 40% projetam que em 2021 eles se
mantenham custosos. Como a conta não fecha, 60% precisou postergar ou atrasar o
pagamento de pelo menos uma conta devido a pandemia - uma média de 3,5 contas
atrasadas ao todo. Dentre os boletos em atraso estão negociações de
dívidas (44%), cartão de crédito (44%), contas de luz (37%), parcelamento de
lojas (31%), contas de telefone (29%), contas de água (24%), dentre
outros.
“A pesquisa aponta nitidamente uma melhora no
controle de gastos dos consumidores, ainda assim, a maioria (64%) não conseguiu
regularizar todos os pagamentos. Em um cenário de desemprego, somado ao fim do
auxílio emergencial, os brasileiros precisarão continuar fazendo um grande
esforço para poupar e cobrir os gastos que não param de chegar, um desafio e
tanto para as poucas perspectivas de melhora econômica”, afirma Becker.
Sobre a pesquisa
O levantamento quantitativo foi realizado entre os
dias 07 e 18 de janeiro com 1.514 entrevistados cadastrados na base da Acordo
Certo, sendo que 55% estão concentrados na região Sudeste. Ainda sobre o perfil
da amostra, 58% eram mulheres e 41% homens, a maioria na faixa dos 35 aos 44
anos (33%).
A maioria dos consumidores possui ensino médio completo (39%) e, em média, 4 pessoas por domicílio. Quanto à empregabilidade, o perfil consiste em trabalhadores com carteira assinada (38%), autônomos (24%) e desempregados (17%).
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