Fatores
de risco como histórico familiar e idade entre 35 e 40 anos devem ser
observados, sendo necessária a realização de visitas periódicas ao médico
A maioria das mulheres sabe a importância de
fazer os exames de rotina para prevenir o câncer de mama depois dos 40 anos.
Mas o que poucas sabem é que antes disso já é necessário manter uma rotina de
cuidados. Embora a doença não seja tão comum em mulheres jovens, alguns fatores
de risco devem ser levados em conta, como histórico familiar de câncer de mama
e/ou ovário, principalmente em parentes próximos, de 1o ou 2o grau.
"Normalmente,
no Brasil, a recomendação de início de rastreamento de câncer de mama é a
partir dos 40 anos de idade. É diferente de países como EUA e alguns europeus,
onde o índice de câncer de mama antes dos 40 anos é de 6% em média, enquanto em
países como Brasil, México e China chega a 12%", explica a Dra. Karina
Belickas, mastologista, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade
Santa Joana e do Instituto do Câncer de São Paulo.
As mulheres com
menos de 40 anos que não apresentam risco elevado de câncer de mama (acima de
15% ao longo da vida) e seguimento especializado, devem fazer o autoexame, além
de consultas de rotina com ginecologistas ou mastologistas anualmente. Caso o
médico julgue necessário, devem fazer exames complementares, como ultrassom,
mamografia ou ressonância magnética.
Além do histórico
familiar, outros fatores de risco menos frequentes influenciam no risco precoce
de câncer de mama. Entre eles estão radioterapia no tórax e diagnóstico pessoal
prévio de alguma síndrome genética. Para estas mulheres, o cuidado deve ser
redobrado. "Se existe um risco elevado de câncer, eventualmente se pode
iniciar o rastreamento mais cedo, quer seja com mamografia, quer seja com outro
exame, a depender da densidade mamária, exame físico e queixa", ressalta a
Dra. Karina.
É importante
observar que a idade ainda é o principal fator de risco, mesmo entre as jovens.
O risco de câncer de mama é maior nas mulheres entre 35 e 40 anos do que nas
mais jovens. Os únicos pontos que podem ser controlados e têm fator ao longo da
vida são: dieta, atividade física e peso adequado. Estes itens, além da
ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo costumam estar associados aos
tumores em idades mais avançadas, devido à exposição mais prolongada. Já o uso
do anticoncepcional ainda é um fator de muitas discussões. "Há trabalhos
contraditórios quanto ao risco durante o uso, apesar de pequeno, ou ausência de
risco associado", afirma a médica.
A Dra. Karina
esclarece que os tumores diagnosticados antes da menopausa costumam ser mais
agressivos: "Eles são identificados em tamanho maior e existe a
preocupação com a vida reprodutiva da mulher associada ao tratamento. Tanto a
cirurgia mamária pode dificultar ou impossibilitar a amamentação, quanto o
tratamento quimioterápico pode levar a uma menopausa precoce e inviabilizar a
gestação".
Os tratamentos
escolhidos vão variar de acordo com o tipo e tamanho do tumor, presença de
doença fora da mama e fatores complicadores, como doenças associadas, tais como
pressão alta e problemas cardíacos. A taxa de cura está principalmente
associada a um tratamento precoce, podendo chegar a 95% nos tumores iniciais.
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