Na pandemia, infiltração é alternativa à cirurgia
para casos de tendinite, capsulite adesiva e até artrose
Por conta da pandemia do Coronavírus que estamos
vivendo, o governo de São Paulo divulgou um decreto que proíbe a realização de
cirurgias que não sejam emergenciais para garantir a assistência
hospitalar de pacientes com o Covid-19. Entretanto, viver com dor não
é tarefa fácil, principalmente quando afetam os ombros, partes do corpo tão importantes
para a realização de atividades cotidianas como trocar de roupa ou pentear os
cabelos.
Para garantir o bem-estar desses pacientes que precisam aguardar uma liberação,
a medicina ortopédica conta com as infiltrações, técnica usada para
tratar doenças do sistema musculoesquelético. “São procedimentos
feitos com a aplicação de medicamentos que podem ser anestésicos locais,
corticoides, ácido hialurônico ou células tronco por meio de uma
injeção diretamente nas articulações, nos músculos ou nos tendões que
tenham sofrido algum tipo de trauma ou estejam em processo inflamatório,”
explica o ortopedista e especialista em ombro e cotovelo e sócio da
Clínica LARC, Dr. Layron Alves.
Segundo um estudo publicado em 2018 na Revista
Brasileira de Ortopedia, 72% dos especialistas de ombro e
cotovelo utilizaram este método em sua prática e consideraram
apropriada ou muito apropriada a infiltração glenoumeral com corticoides como
cuidado para capsulite adesiva. Na
pesquisa, 66% consideraram apropriada ou muito apropriada a
infiltração subacromial para o tratamento de casos selecionados de
Artropatia do manguito.
“Desde que realizado por um médico especialista no assunto, o método é eficaz
no alívio de dores por semanas e até meses. A técnica dura de 20 a 30 minutos e
é considerada segura, podendo ser realizada no consultório, com retorno
normal para casa logo após a aplicação” finaliza o ortopedista.
Dr. Layron Alves - ortopedista e especialista em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP. Atualmente mestrando e doutorando em Ciências da saúde e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.
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