Passados
oito meses de isolamento e quarentena no Brasil, é consenso nas famílias que a
rotina mudou, e muito, nesse período. Aulas online, crianças o tempo todo
dentro de casa e pais e mães trabalhando em home office tornaram-se regra e,
dentro de todo esse novo cenário, um ponto em particular tem levantado
preocupação: como anda a saúde e a alimentação de nossas crianças?
Para falar sobre o
assunto e sobre como manter escolhas saudáveis e nutricionalmente adequadas, a
Danone Nutricia - que acredita no poder da nutrição para transformar vidas -
convidou a pediatra Flávia Nassif.
"As crianças
estão sendo privadas da infância. Não podem sair, não podem se encontrar com os
amigos, não podem brincar no parque, não podem visitar os avós. E essas proibições
todas têm impacto na saúde, pois estar saudável não significa só não estar
doente: significa estar bem em sua totalidade, física e mental, podendo se
alimentar bem, dormir bem e se desenvolver", pontua.
Em seu consultório
em São Paulo, a pediatra tem notado, a cada mês, um aumento nas queixas. As
reclamações, no entanto, são sempre as mesmas: as crianças estão se alimentando
mal, dormindo mal, fazendo menos atividade física e apresentando mais dores de
cabeça, nos olhos, e costas - essas últimas, resultados das horas e mais horas
em frente aos eletrônicos, como computador e celular.
"Não é de se
estranhar que as queixas sejam essas. As crianças estão mais ociosas, já que
estão confinadas e sem poder ir à escola, e acabam descontando o tédio e a
ansiedade na comida. Os pais relatam aumento no consumo de guloseimas, ganho de
peso, menor atividade física. É um ciclo", afirma a pediatra.
A médica chama a
atenção, sobretudo, para o aumento nos casos de obesidade infantil. Algumas
pesquisas feitas ao longo da pandemia já apontam uma tendência de piora na
alimentação de modo geral entre a população. Um estudo feito na Itália,
publicado pelo periódico Obesity, apontou que as crianças têm comido em média
uma refeição a mais por dia, além de terem aumentado a ingestão de alimentos
ultra-processados como doces, bolachas recheadas e salgadinhos.
A boa notícia é que
é possível, com pequenas mudanças, ajudar as crianças a reverterem esse quadro.
"Os pais podem começar restringindo a oferta de guloseimas e ficando mais
próximos e atentos à alimentação dos filhos. Incentivá-los a gastar mais
energia também é importante", aponta Flávia.
Confira abaixo
algumas dicas da pediatra para, aos poucos, os pais ajudarem as crianças a
voltar à rotina e melhorar a alimentação:
• Mude suas compras:
se não houver guloseimas em casa, as crianças não comerão.
• Ensine seus filhos
a fazer escolhas mais saudáveis. Substitua bolachas recheadas por um bolo
caseiro, por exemplo.
• Incentive a
atividade física, mesmo que dentro de casa. Existem sites e aplicativos com
treinos rápidos, de 5 a 15 minutos, que ajudam a criançada a se mexer.
• Em horários com
menos aglomeração, tente frequentar parques e locais abertos para fazer
caminhadas e, muito importante, tomar sol! Após tanto tempo em casa, é
importante repor a vitamina D.
• Passe mais tempo
com as crianças. Troque o tempo no celular ou em frente ao computador por jogos
em família, rodas de conversa, brincadeiras.
Por fim, a pediatra
lembra que paciência e persistência são fundamentais. "Foram meses nesse
processo e não é possível determinar quanto tempo vai levar para as crianças se
recuperarem e atingirem um equilíbrio, até porque cada organismo reage de uma
forma diferente. O importante é começar. Aos poucos, todos vão readaptando seus
hábitos alimentares", conclui.
Danone Nutricia
https://www.milnutri.com.br/nutriacao
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