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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Nove em cada dez clientes consideram os serviços prestados pelas Fintechs iguais ou melhores que os de bancos tradicionais, aponta pesquisa CNDL/ SPC Brasil


 50% contrataram esse serviço há menos de um ano. Praticidade de poder resolver pelo celular e menos burocracia são principais razões da contratação dos serviços


As Fintechs, startups que oferecem serviços financeiros por meio digitais, sejam sites ou aplicativos, ganham força e comandam uma grande transformação no setor. Elas chegaram com o propósito de tornar mais acessível, rápido, fácil e intuitivo o modo como as pessoas utilizam os serviços deste segmento, como por exemplo contas bancárias, cartão de crédito, empréstimos e investimentos.

A pesquisa “O mercado de Fintechs”, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o SPC Brasil e o Sebrae, indica que as Fintechs já alcançaram ótimo grau de aceitação: onde 47% dos entrevistados consideram que os serviços prestados por elas são melhores que os das instituições tradicionais, enquanto 40% dizem que não são nem melhores, nem piores. Apenas 3% dos entrevistados julgam que o desempenho das Fintechs é pior.

Considerando uma avaliação por atributos, as Fintechs já ocupam a dianteira quando se trata das taxas e tarifas, em que 49% dos usuários preferem os serviços oferecidos pelas startups, contra 14% em favor das instituições tradicionais, assim como os processos operacionais para contratação, em que 42% preferem as fintechs e a qualidade dos serviços prestados, destacada por 37% dos entrevistados.

O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que as fintechs atendem a uma parcela da população que estava insatisfeita com os serviços oferecidos pelas instituições financeiras tradicionais.

“Diante das altas taxas e tarifas praticadas pelos bancos e financeiras tradicionais, além da insatisfação dos clientes com a qualidade dos serviços prestados por essas instituições, as Fintechs oferecem alternativas com clareza e transparência nas tarifas cobradas, preços mais competitivos e, acima de tudo, ferramentas acessíveis e eficientes para gerir seus recursos de maneira descomplicada”, afirma.


64% dos internautas brasileiros residentes nas capitais usaram serviços de Fintech nos últimos 12 meses. Para grande maioria, os serviços prestados ficaram dentro ou acima do esperado

A combinação entre as novas tecnologias e o setor financeiro tem potencial para modificar radicalmente esse ambiente nos próximos anos. De acordo com a pesquisa, 64% dos internautas residentes nas capitais são ou foram clientes de ao menos um serviço de Fintechs nos últimos 12 meses. A adesão dos consumidores ouvidos é bastante recente e a impressão geral tem sido positiva: 50% dos clientes contrataram o serviço há menos de um ano e a grande maioria afirma que os serviços prestados ficaram dentro ou acima do esperado (89%). O processo de contratação também deixou impressão positiva na maior parte dos clientes, uma vez que 51% disseram ter sido muito rápido.

Os serviços mais utilizados nesse período foram a conta bancária (45%), o cartão de crédito (40%), as transações financeiras por meio de criptomoedas (20%), os serviços de corretoras de valores ou investimentos (19%), os aplicativos de gestão financeira pessoal (19%), o empréstimo pessoal (19%) e a contratação de seguro (19%).

Apesar da relativa facilidade na obtenção de produtos e serviços deste segmento, 63% tentaram contratar algum outro serviço financeiro nas plataformas digitais nos últimos 12 meses e não conseguiram, sobretudo o cartão de crédito (38%), a conta bancária (20%) e o empréstimo e/ou financiamento em empresas (17%). Os principais motivos foram o nome sujo (37%), a renda inferior ao mínimo necessário (28%) e não ter conseguido comprovação da renda (23%).


Oito em cada dez clientes pertencem à Classe C/D/E. Praticidade de poder resolver pelo celular e menos burocracia são principais razões de contratação dos serviços

As regiões que mais concentram os clientes de Fintechs estão localizadas nas regiões Sudeste (41%) e Nordeste (27%) – seguidas da região Sul (14%), do Norte (10%) e do Centro-oeste (8%). Oito em cada dez entrevistados pertencem à Classe C/D/E (77%), enquanto 23% são da Classe A/B.

Para José César da Costa, a predominância de clientes da Classe C/D/E em parte está relacionada à quantidade de desbancarizados no país.

“Segundo o mais recente Relatório de Cidadania Financeira do Banco Central, 86,5% da população adulta do país possuem relacionamento bancário; é um percentual significativo, mas 13,5% não possuem. Isso significa que milhões de pessoas ainda vivem à margem de muitos dos serviços financeiros; sem poder sacar ou transferir dinheiro, sem condições de investir ou poupar, por exemplo. As Fintechs, ao desburocratizar e facilitar o acesso a esses e outros itens, chamam a atenção dessa população, pelos custos mais acessíveis”, destaca.

Os principais motivos para contratar serviços de uma Fintech são a praticidade de poder resolver tudo pelo celular (41%), menos burocracia para contratar serviços (35%), comodidade (33%) e isenção do pagamento de taxas/tarifas (32%).

Por outro lado, as desvantagens mais citadas são o risco de ter a conta invadida com a perda ou roubo do celular (40%), a falta de atendimento pessoal quando necessário (29%), a inexistência de agências / lojas físicas (25%), a instabilidade do site ou aplicativo por depender de internet (25%) e o medo de sofrer algum crime virtual (25%).

Tendo em vista a possibilidade de recomendar a Fintech que é cliente a um amigo ou parente, numa escala de um a dez, 41,3% dos entrevistados deram nota máxima, sendo a nota média geral de 8,5. A experiência cotidiana com as Fintechs parece deixar impressões bastante positivas em boa parte dos entrevistados, pois 53% pensam em contratar um novo serviço dessas empresas digitais nos próximos 12 meses. Nesse caso, os mais desejados são o cartão de crédito (14%), o empréstimo pessoal (12%), negociação de dívidas (8%), conta bancária (8%), corretoras de valores ou investimentos (8%) e os serviços on-line automatizados de gerenciamento de investimentos (8%).

Na opinião da imensa maioria dos internautas ouvidos, o futuro do mercado de Fintechs é bastante promissor: 91% afirmam que elas irão crescer nos próximos dois anos.


72% dos entrevistados não sabem o que é uma Fintech. Falta de hábito na contratação de serviços pela internet é principal barreira de acesso

Apesar do crescimento das startups no Brasil e do alto grau de satisfação dos seus usuários, boa parte dos internautas ainda desconhece esse tipo de serviço.

De acordo com o levantamento, 72% dos entrevistados nem mesmo sabem o que vem a ser uma Fintech, seja pela atribuição equivocada do conceito (24%) seja por que admitem não saber o significado (47%).

Para os que ainda não utilizaram nenhum serviço, a principal justificativa é não ter o hábito de contratar serviços pela internet (28%), seguida do receio de ser vítima de alguma fraude (26%).


Metodologia

A pesquisa ouviu 924 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de consumidores de Fintechs nos últimos 12 meses. Em seguida, continuaram a responder o questionário somente os que utilizaram ou estão utilizando algum serviço de Fintechs no mesmo período, com uma amostra de 618 casos. Foram entrevistados residentes em todas as capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos e todas as classes sociais.


PP 4.0 – Com investimento total de R$ 3,7 milhões ao longo de dois anos, o projeto prevê três tipos de eventos que irão percorrer todas as regiões do país. São encontros com objetivo de qualificar lideranças para ações de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) com foco no estímulo às articulações locais; encontros para fomento ao desenvolvimento local e regional por meio da articulação das lideranças do varejo e elaboração de propostas de Políticas Públicas; e encontros para mobilização empresarial para debater fundamentos essenciais ao desenvolvimento sustentável de negócios e empresas. Ao longo do período do convênio, serão realizados 36 encontros, 12 de cada tipo.

Os fóruns são conduzidos por especialistas em cada tema a fim de estimular o debate e a consolidação de fundamentos essenciais aos líderes do setor de comércio e serviços, como protagonismo, ética e associativismo. Também serão promovidos 12 estudos e pesquisas com objetivo de embasar a formulação de políticas públicas com foco nas micro e pequenas empresas do setor. Além disso, será desenvolvida uma plataforma digital de articulação política – um sistema online inédito no Brasil que permitirá acompanhar projetos, estruturar demandas e ao mesmo tempo mobilizar lideranças e conectar atores públicos e privados.


CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.


SPC Brasil - Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

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