O diabetes mellitus (DM), ou
simplesmente diabetes, é a elevação dos níveis de glicemia (taxa de açúcar) na
corrente sanguínea. A glicemia é considerada normal quando indica até 99 mg/dl.
Ao ultrapassar esse valor, entre 100 e 125 mg/dl, o paciente é considerado
pré-diabético, e acima de 126 mg/dl, o paciente é considerado diabético. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, mais de
13 milhões de pessoas vivendo com a doença no país, o que representa 6,9% da
população nacional. “Em geral, os sintomas agudos do diabetes mellitus são o aumento da sensação de sede
e, portanto, da ingestão de água (polidipsia), aumento do volume urinário
(poliúria), aumento das micções no período noturno (noctúria), perda acentuada
de peso sem realização de dieta, turvação visual e, em alguns casos, quadro de
infecção genital”, explica o Dr. Edmir Fernandes, endocrinologista e prestador
de serviços no Hospital América de Mauá.
A causa do diabetes ainda é desconhecida, e a melhor
forma de prevenção é adotar práticas saudáveis de vida (alimentação balanceada,
atividades físicas regulares e evitar álcool, tabaco e outras drogas). Confira a seguir os tipos, os
sintomas mais comuns, as possíveis complicações e os tratamentos da doença.
Tipos de diabetes mellitus:
·
Tipo I - Caracterizada pela ausência
total de produção de insulina. De origem autoimune, acomete crianças,
adolescentes e adultos jovens. O tratamento sempre se dá com a aplicação de
insulina;
·
Tipo II - Caracterizada pela
produção inadequada e parcial de insulina, possui origem genética, mas também
pode estar relacionada à obesidade, acometendo indivíduos entre a quarta e a
quinta década de vida. Em geral, é tratada com hipoglicemiantes orais, e ambos
os tipos podem acarretar complicações em todo o organismo, como doenças na
retina, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal crônica, disfunção
erétil, vasculopatia e outros;
·
Diabetes gestacional
– Surge somente no período gestacional, tendendo a desaparecer após o
nascimento do bebê. No entanto, se a paciente tiver histórico familiar de
diabetes e tiver aumento grande de peso durante a gravidez, a doença pode
persistir após o parto.
Complicações da doença:
·
Retinopatia diabética, que pode
levar à perda da visão;
·
Fator de risco para doenças
cardíacas;
·
Fator de risco para AVC;
·
Insuficiência renal, podendo
acarretar perda da função dos rins e necessidade de hemodiálise;
·
Doença vascular periférica, com
diminuição da circulação, sendo fator de risco para gangrenas;
·
Neuropatia diabética, em que
inicialmente o paciente sente muitas dores, podendo ocorrer, posteriormente,
perda total da sensibilidade ou mesmo dos movimentos.
Erros cometidos:
·
Dieta rica em calorias e grande
aumento de peso, sedentarismo e não realização de exames periódicos,
principalmente indivíduos com histórico familiar da doença;
Tratamentos:
·
Mudança de estilo de vida, com dieta
adequada, perda ponderal e prática regular de atividades físicas;
·
DM tipo I: uso de dose de
insulina conforme indicação médica;
·
DM tipo II: uso de
hipoglicemiantes orais e, em alguns casos, conforme orientação médica, de
insulina.
Prevenção:
Aos
indivíduos com histórico familiar da doença, é necessário se manter próximo ao
peso ideal, fazer atividades físicas regularmente e acompanhamento com o médico
endocrinologista para a realização de exames de rotina.
·
Um simples teste de glicemia pode
diagnosticar o diabetes.
Em alguns casos, é necessário fazer a curva glicêmica.
Dr. Edmir Fernandes -
endocrinologista e prestador de serviços no Hospital América de Mauá | Título
de Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM)| CRM 58712
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