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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Ensinar crianças a aprender inglês, qual a diferença?


Divulgação


Segundo Fernanda Surian, que leciona há 11 anos e está prestes a lançar sua Metodologia própria, muita gente se pergunta como fazer para que as crianças queiram aprender e para que não vejam o inglês apenas como uma necessidade, mas como algo prazeroso. Afinal, aprendemos mais rápido e melhor daquilo que gostamos, certo? Para ela, essa não é uma tarefa tão difícil, mas requer um certo cuidado e alguma dedicação.


 “Eu recebo muitos pedidos de pais que estão desesperados porque o filho, ainda criança, simplesmente não se interessa por inglês. Ou demora para aprender. E o que mais vemos por aí são adolescentes, de 13, 14 anos, que já não aguentam mais fazer aula de inglês. Estudam uma vida toda e não aprenderam tudo”. A frase é da professora de inglês há 11 anos e que está prestes a lançar sua Metodologia própria, Fernanda Surian. Segundo ela, a equação tem uma saída.
“Ao contrário do que muita gente pensa, essa não é uma tarefa tão difícil assim”, explica ela, “mas o primeiro passo para entender a questão é perceber que o inglês, geralmente, é colocado como mais uma obrigação na vida da criança. Poxa, gente, deixa a criança brincar, deixa ela ser feliz. E aí, basta ser feliz no inglês, também”! Ou seja, só se aprende se houver uma conexão entre a pessoa e o objeto de estudo.

Fernanda lembra que é primordial fazer com que o inglês seja apetitoso para a criança, gerar curiosidade, manter essa chama acesa e entregar o conhecimento de forma que a criança consiga entender, para que ela sinta que está aprendendo algo que faça sentido para ela. “Se a gente forçar demais, ela rapidamente enjoa. Se usarmos algo que esteja além da compreensão de mundo dela, vai se tornar algo inatingível e aí rola o total desinteresse, também. Quantas vezes nós, adultos, pensamos ‘para que estou aprendendo isso?’ e simplesmente não conseguimos fazer aquele conhecimento entrar na mente, porque ele parece, naquele momento, inútil? Acontece o mesmo com os pequenos”, enfatiza.

Fernanda pese que pensemos na linguagem hipotética como um exemplo: “o adulto vai poder aprender algo que ele vai usar “se alguma coisa acontecer”. A criança não funciona assim, ela quer o agora, o lógico, no tempo dela. Não adianta colocar o carro na frente dos bois, não adianta ensinar coisas que a criança não usa. Ou que ela “vai usar um dia”, lembra ela. 

“Inglês para criança tem que ser divertido, tem que ser lúdico, tem que ser no agora. A aula tem que ter brincadeira, música, vocabulário, conversa, mas dentro do universo infantil, com as limitações nos recursos de linguagem. E ir aprimorando, acrescentando, no devido tempo”, explica Fernanda, que enfatiza a importância do tempo: “criança aprende no seu tempo. Quanto mais tranquilo e divertido, melhor. Sem pressão, sem pressa, e mais: sem querer que ela aprenda algo que não está no seu alcance. Deixe que ela vá no seu passo, que guie um pouco as aulas. Vai ser mais divertido, com menos expectativas não alcançadas e, quem sabe, ela consiga aprender antes de virar aquele adolescente que vai dizer “pô, mãe, inglês é chato”, finaliza






Fernanda Surian - Professora de inglês desde 2008, já coordenou professores, deu aula fora do Brasil e agora oferece um curso próprio com foco em inglês instrumental. Formada em nutrição, Fernanda foi se especializar no inglês cursando tradução e legendagem. É certificada por Cambridge e pelo CELTA. Em 2014, Fernanda se apaixonou pelo mundo do Crossfit e começou uma carreira de atleta de alta performance. Desde 2016, Fernanda uniu os dois mundos e hoje compartilha em seu blog informações preciosas sobre técnica, treino e autoconhecimento e oferece cursos com foco nesse universo do esporte, para ajudar coaches e alunos a melhorarem seu desempenho.

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