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Segundo Fernanda
Surian, que leciona há 11 anos e está prestes a lançar sua Metodologia própria,
muita gente se pergunta como fazer para que as crianças queiram aprender e para
que não vejam o inglês apenas como uma necessidade, mas como algo prazeroso.
Afinal, aprendemos mais rápido e melhor daquilo que gostamos, certo? Para ela,
essa não é uma tarefa tão difícil, mas requer um certo cuidado e alguma
dedicação.
“Eu recebo
muitos pedidos de pais que estão desesperados porque o filho, ainda criança,
simplesmente não se interessa por inglês. Ou demora para aprender. E o que mais
vemos por aí são adolescentes, de 13, 14 anos, que já não aguentam mais fazer
aula de inglês. Estudam uma vida toda e não aprenderam tudo”. A frase é da
professora de inglês há 11 anos e que está prestes a lançar sua Metodologia
própria, Fernanda Surian. Segundo ela, a equação tem uma saída.
“Ao contrário do que muita gente pensa, essa não é
uma tarefa tão difícil assim”, explica ela, “mas o primeiro passo para entender
a questão é perceber que o inglês, geralmente, é colocado como mais uma
obrigação na vida da criança. Poxa, gente, deixa a criança brincar, deixa ela
ser feliz. E aí, basta ser feliz no inglês, também”! Ou seja, só se aprende se houver
uma conexão entre a pessoa e o objeto de estudo.
Fernanda lembra que é primordial fazer com que o
inglês seja apetitoso para a criança, gerar curiosidade, manter essa chama
acesa e entregar o conhecimento de forma que a criança consiga entender, para que
ela sinta que está aprendendo algo que faça sentido para ela. “Se a gente
forçar demais, ela rapidamente enjoa. Se usarmos algo que esteja além da
compreensão de mundo dela, vai se tornar algo inatingível e aí rola o total
desinteresse, também. Quantas vezes nós, adultos, pensamos ‘para que estou
aprendendo isso?’ e simplesmente não conseguimos fazer aquele conhecimento
entrar na mente, porque ele parece, naquele momento, inútil? Acontece o mesmo
com os pequenos”, enfatiza.
Fernanda pese que pensemos na linguagem hipotética
como um exemplo: “o adulto vai poder aprender algo que ele vai usar “se alguma
coisa acontecer”. A criança não funciona assim, ela quer o agora, o lógico, no
tempo dela. Não adianta colocar o carro na frente dos bois, não adianta ensinar
coisas que a criança não usa. Ou que ela “vai usar um dia”, lembra ela.
“Inglês para criança tem que ser divertido, tem que
ser lúdico, tem que ser no agora. A aula tem que ter brincadeira, música,
vocabulário, conversa, mas dentro do universo infantil, com as limitações nos
recursos de linguagem. E ir aprimorando, acrescentando, no devido tempo”,
explica Fernanda, que enfatiza a importância do tempo: “criança aprende no seu
tempo. Quanto mais tranquilo e divertido, melhor. Sem pressão, sem pressa, e mais:
sem querer que ela aprenda algo que não está no seu alcance. Deixe que ela vá
no seu passo, que guie um pouco as aulas. Vai ser mais divertido, com menos
expectativas não alcançadas e, quem sabe, ela consiga aprender antes de virar
aquele adolescente que vai dizer “pô, mãe, inglês é chato”, finaliza
Fernanda Surian - Professora de inglês desde 2008, já coordenou professores, deu aula fora
do Brasil e agora oferece um curso próprio com foco em inglês instrumental.
Formada em nutrição, Fernanda foi se especializar no inglês cursando tradução e
legendagem. É certificada por Cambridge e pelo CELTA. Em 2014, Fernanda se
apaixonou pelo mundo do Crossfit e começou uma carreira de atleta de alta
performance. Desde 2016, Fernanda uniu os dois mundos e hoje compartilha em seu
blog informações preciosas sobre técnica, treino e autoconhecimento e oferece
cursos com foco nesse universo do esporte, para ajudar coaches e alunos a
melhorarem seu desempenho.
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