Pais necessitam entender como os smartphones
e os aplicativos podem ajudar as crianças a buscarem uma vida mais saudável
Com
cada vez mais tecnologia, smartphones e redes sociais disponíveis à vontade, os
pais se veem diante de uma geração acostumada com o imediatismo e a praticidade
de ter tudo na palma da mão, diariamente. A alimentação tem sido um dos maiores
reflexos disso, com cada vez mais startups e empresas de entrega, fast foods, e
tantas outras que prometem a praticidade e um curto espaço de tempo entre o
atendimento e o produto final. Mas existem tecnologias que podem complementar o
ambiente familiar, através de aplicativos e plataformas.
"A
maior missão da tecnologia é realmente trazer essa praticidade, mas não
"agredindo" a sociedade e sim de uma forma que a faça interagir e
dialogar cada vez mais sobre tudo aquilo que a rodeia e os meios onde está
inserida", afirma Henrique Mendes, CEO da Nutrebem,
fintech de contas digitais para cantinas escolares com acompanhamento
nutricional. Crianças amam guloseimas, hambúrgueres e refrigerantes, mas são
"acompanhadas" pelos pais no seu consumo, que querem participar mais
das vidas dos filhos mesmo sem estarem presentes fisicamente. A proposta das
plataformas e aplicativos é trazer a oportunidade da conscientização e do
diálogo ao invés do controle.
As
cantinas das escolas que contam com as contas digitais da Nutrebem, permitem
que os alunos comprem seus lanches através de um aplicativo e/ou
autoatendimento, tem se mostrado cada vez mais eficaz neste sentido. "Ao
perceber que há um produto que deseja comprar e está bloqueado, a criança vai
espontaneamente até os pais para entender essa restrição. Esse é o momento certo
para que os pais consigam dialogar com seus filhos, de forma natural - uma vez
que a própria criança os procurou -, conscientizando sobre os alimentos mais
indicados para determinadas horas do dia, ensinando e educando sem proibir
estritamente", analisa Mendes.
Além
disso, os pais podem ver, com base nas informações exibidas pelos aplicativos,
a classificação nutricional de cada alimento e mostrar aos filhos os motivos
daquele alimento ser o mais recomendado para ele, sempre o lembrando de que ele
pode ter à disposição os demais itens, desde que consumido sem exageros.
"Quando se sentem mais seguros, os pais passam a deixar todos os itens -
ou quase todos - disponíveis e observam uma mudança de comportamento quando
veem que os filhos seguem suas orientações e mantém uma rotina alimentar mais
saudável", afirma.
Com
os dias cada vez mais corridos como os atuais, pais e filhos podem e devem
utilizar de todos os tipos de tecnologia disponíveis para criar novos vínculos
de relacionamento, na qual os pequenos entendam e compreendam a sua utilização
de modo educativo e prático. O processo sempre deve ocorrer de uma forma
natural e simples, começando pela educação no primeiro momento de independência
deles com o dinheiro, criando e gerando a consciência de uma vida mais
saudável.
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