Pedro Pimenta - Crédito: Arquivo Pessoal / Divulgação |
Você
sabia que jovens podem transmitir meningite meningocócica sem adoecer?1-4
Saiba como se
prevenir da doença11
Confira também uma
entrevista com o Pedro Pimenta, sobrevivente da meningococcemia
Jovens
podem transmitir meningite sem adoecer?! Sim, é verdade! Até 23% dos
adolescentes e adultos podem ser portadores da bactéria causadora da meningite
meningocócica e podem transmití-la para outras pessoas através da saliva e
partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença.1-4
Por
isso, embora muitas vezes associada apenas às crianças e aos idosos, a
vacinação também é fundamental para os adolescentes.5 “É
primordial vacinar essa faixa etária, não só para proteção individual deles,
mas também para diminuir a circulação da Neisseria meningitidis, bactéria
causadora da meningite meningocócica”, alerta Dr. Jessé Alves (CRM
71991 SP), gerente médico de vacinas da GSK.
Segundo
o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), jovens de
até 19 anos precisam seguir o esquema vacinal recomendado.6,7 “E, caso
alguma dose esteja em aberto ou alguma vacina não tenha sido administrada na
infância, é importante fazer a atualização da caderneta de vacinação”,
afirma Dr. Jessé.
Dados
de um estudo realizado nos Estados Unidos revelam que a grande maioria dos
jovens e pais acredita que a vacinação é importante nesta faixa etária, mas as
taxas de cobertura vacinal estão abaixo das metas nacionais e internacionais. O
estudo mostra também que apenas 44% dos médicos alertam os adolescentes sobre
as vacinas faltantes ou atrasadas que devem ser administradas.8
Atualmente,
a rede pública de saúde e a rede privada disponibilizam aos adolescentes
vacinas contra diversas doenças como meningite meningocócica, hepatites A e B,
febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola (através da vacina tríplice viral),
difteria, tétano, catapora, gripe, além de HPV.6,7
Doença Meningocócica (Meningite Meningocócica)
A meningite meningocócica é
uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula
espinhal, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que possui 13
sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W
e Y).1,2,10 No Brasil, a doença meningocócica leva cerca de 20% dos
pacientes a óbito, que pode ocorrer dentro de 24 a 48 horas após o início dos
sintomas.1,9 A vacinação é a principal forma de prevenção contra a
doença.10,11 Outras formas que podem ajudar na prevenção incluem
evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.11
Atualmente, existem vacinas
para a prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns no Brasil, as vacinas contra a
meningite meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C,
W e Y.6,10-14 A vacina contra os tipos A, C, W e Y, por exemplo, é
recomendada nos calendários das sociedades médicas a partir dos 3 meses de
idade, bem como para jovens.6,12 A vacina para a prevenção da
meningite meningocócica causada pelo tipo B é recomendada a partir dos 3 meses
de idade pelas sociedades médicas.6,12,15
Nos postos de saúde, a
vacina contra a doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para
crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.7
Entrevista Pedro Pimenta – sobrevivente da doença meningocócica
Pedro Pimenta é sobrevivente
da meningococcemia, uma infecção generalizada causada pela mesma bactéria da
meningite meningocócica e que rapidamente se espalha pela corrente sanguínea.1,2,10
Ele era esportista, tinha uma alimentação saudável e, mesmo assim, contraiu a
doença aos 18 anos de idade.
- O que aconteceu no dia em que contraiu a doença? O que sentia? A
evolução foi rápida?
Pedro: Quando eu fiquei doente, foi tudo muito
rápido. Parecia que eu tinha uma gripe muito forte, com muita febre, dor no
corpo, mas durante a madrugada eu já acordei em choque, com os órgãos já não
funcionando direito. Não conseguia falar, me levantar, e até para me movimentar
e pegar o celular do outro lado da cama foi difícil. Com muito esforço,
consegui ligar para meu irmão e dali em diante só lembro de ter acordado no
hospital dias depois. Quando eu entrei no hospital eu tinha menos de 1% de
chance de sobreviver, com uma gravidade extrema. Foram quase seis meses
internado e, milagrosamente, consegui sair vivo.
- Você conhecia a doença meningocócica e a sua gravidade antes de
contraí-la?
Pedro: Não conhecia. Na verdade, eu nunca tinha ouvido
falar. Eu não tenho ideia de como contraí a bactéria, mas como a minha
imunidade estava baixa na época, favoreceu a doença. Ela se espalhou
rapidamente pela minha corrente sanguínea e necrosou meus membros superiores e
inferiores. E o custo da minha sobrevivência foi a amputação dos dois braços
acima dos cotovelos e das duas pernas acima dos joelhos.
- Mesmo jovem e saudável, você contraiu a doença meningocócica e quase
foi à óbito. Conta um pouco como foi e o que aprendeu com isso.
Pedro: Jovem, aos 18 anos, a gente se acha
invencível. Eu era o mais saudável da turma e aconteceu isso. É uma coisa que a
gente não espera e que pode acometer qualquer pessoa. Essa doença evolui muito
rápido, é gravíssima e altamente letal. Ou seja, é um milagre estar vivo. Mas
ninguém precisa passar pelo o que eu passei. A pesquisa e o desenvolvimento já
foram feitos. Temos vacinas para combater essa doença. É muito importante que
as pessoas se conscientizem, se vacinem e se protejam.
Material dirigido ao público em geral.
Por favor, consulte o seu médico.
GSK
Referências:
- WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: 1 ago. 2019.
- CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/dm/dm-iv.html>. Acesso em: 1 ago. 2019.
- ERVATI, M.M. et al. Fatores de risco para a doença meningocócica. Revista Científica da FMC, 3(2): 19-23, 2008.
- CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.
- HOSPITAL SÍRIO LIBÂNES. Adolescentes, jovens e adultos também precisam de vacinação. 2014. Disponível em: <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/adolescentes-jovens-adultos-tambem-precisam-vacinacao.aspx>. Acesso em: 1 ago. 2019.
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do adolescente: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) - 2019/2020 (atualizado até 28/04/2019). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adolescente.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2019.
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- SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Revista imunizações: presente e futuro. São Paulo: SBIM, 2018. v 11. n 1. 42 p. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/revistas/revista-imuniz-sbim-v11-n1-2018.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2019.
- Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “ANO 1° SINTOMA" para Linha, “EVOLUÇÃO" para Coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, “2018" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def>. Acesso em: 13 jun. 2019.
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). 2019. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas> Acesso em: 1 ago. 2019.
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- Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "REGIÃO DE NOTIFICAÇÃO" para Linha, "SOROGRUPO" para Coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2018" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Base de dados disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def>. Acesso em: 04 jun. 2019.
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2019/2020 [atualizado até 05/08/2019]. Disponível em: < https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2019.
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