Inevitavelmente, você já ouviu falar sobre
Fake News, certo? Para quem tem dúvidas, Fake News são notícias falsas que
acabam sendo publicadas por veículos de comunicação ou propagadas pelas redes
sociais como se fossem fatos verdadeiros. Esses materiais normalmente são
feitos e divulgados com o objetivo de legitimar determinado ponto de vista ou
prejudicar uma pessoa, um grupo ou empresa.
O fato é que as Fake News viralizam de
maneira simples e rápida uma vez que, em geral, as notícias têm forte apelo
emocional ou são sensacionalistas e levam as pessoas a consumir e replicar a
informação sem confirmar se o conteúdo é ou não verdadeiro.
O termo Fake News é novo, porém, antes mesmo dele existir já
havia uma discussão na escola, junto aos alunos, a respeito da propagação de
boatos. É comum aos professores, quando vão iniciar os alunos no mundo da
pesquisa, para realização de um trabalho, por exemplo, explicar a eles que é
possível realizar a busca por informações em uma série de canais. Até poucos
anos atrás, isso acontecia exclusivamente em livros, revistas e jornais, nas
Bibliotecas. Hoje em dia, com a internet à disposição, os alunos utilizam com
frequência a ferramenta digital. É neste momento que acontecem as orientações.
Os professores sempre conversam e ensinam aos alunos como fazer as pesquisas,
como reconhecer se determinado site é realmente sério e até como verificar a
informação antes de utilizá-la nos estudos e trabalhos que serão entregues.
Este é um primeiro passo para o reconhecimento e combate das Fake News na
escola.
Outra forma de abordar o tema com os alunos vem por meio da
promoção de debates. É importante explicar aos alunos sobre a ocorrência das
Fake News por meio da apresentação de casos do nosso cotidiano em sala de aula.
Não é incomum ver os alunos comentando sobre determinado vídeo ou texto que
circula por ferramentas de comunicação digital. É válido trazer o tema para a
sala e deixar que eles reflitam e entendam as consequências que a propagação de
uma notícia falsa pode trazer, seja em esfera pessoal, para uma pequena
comunidade ou até para um país.
Cabe,
por exemplo, fazer rodas de conversas com os alunos, assistir filmes e peças de
teatro com foco no tema, levar a discussão para dentro de casa e para o círculo
de amigos só reforça o combate a esse problema da vida moderna. No fim, os
professores e coordenadores acabam recebendo relatos dos próprios alunos de
extrema conscientização a respeito das Fake News e das consequências que elas
podem trazer.
No ambiente escolar, uma Fake News pode trazer
consequências diversas. Quando a notícia falsa envolve um aluno, por exemplo, é
possível que ocorra Bullying, dependendo do teor da notícia. Assim, é preciso
atenção ao comportamento dos alunos e adoção de medidas que deem fim à
propagação de tal informação. As Fake News – seja qual for o assunto
(política, economia, relações exteriores, eleições, celebridades, etc) - também
podem desviar a atenção dos alunos do conteúdo transmitido em sala de aula, o
que prejudica o aprendizado.
Claro, há formas de detectar o assunto e, junto com os próprios
alunos, desvendar se a notícia é verdadeira ou falsa, ressaltando sempre a
importância de verificar quem e como determinado assunto foi propagado para
evitar que continue a ser comentado por outros. Discutir sobre um problema é,
sem sombra de dúvidas, um dos melhores recursos para evitar que ele volte a acontecer.
Que tal pensar nisso?
Sueli Bravi Conte - educadora, psicopedagoga, doutoranda
em Neurociência e mantenedora do Colégio Renovação, instituição de ensino com
mais de 30 anos de atividades e que atua da Educação Infantil ao Ensino Médio.
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