Especialista oferece dicas para jovens que
não se encaixam nesse perfil chamarem a atenção dos recrutadores
De
acordo com Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, empresa do Grupo Talenses
especializada no recrutamento de vagas para início de carreira, a maior parte
das empresas busca profissionais para vagas de analistas e especialistas com
três principais características: perfil comportamental atrativo (resilientes,
que saibam trabalhar em equipe e tenham bom relacionamento interpessoal),
inglês avançado ou fluente, e formação em universidades consideradas de
primeira linha. Em relação ao último aspecto, ele aponta: “A restrição com
faculdades consideradas de primeira linha, como as federais, estaduais e
particulares renomadas, acaba diminuindo as chances de candidatos muito
qualificados”.
Em relação ao perfil
comportamental, Vianna explica que as habilidades podem ser desenvolvidas, mas
estão muito mais atreladas à personalidade do profissional. No entanto, em
relação aos outros dois pontos, o especialista faz algumas ponderações. “É
realmente imprescindível que o profissional se mostre ao menos interessado em
aprender inglês.” Nesse sentido, ele explica que o candidato deve informar em
seu currículo que está se capacitando. “Hoje em dia, mesmo quem tem restrições
financeiras pode tentar maneiras alternativas de aprender o idioma, seja por
meio de filmes/séries, aulas virtuais gratuitas, ou conversando com amigos que
já falam a língua”, afirma.
E, para ajudar os
profissionais que não possuem formação consideradas pelas empresas como
“primeira linha”, o especialista recomenda ser necessário destacar outros
pontos em seus currículos e páginas do Linkedin. Seguem abaixo alguns dos
principais atrativos para os recrutadores:
Habilidades com ferramentas tecnológicas
De acordo com o especialista, essas habilidades têm sido cada vez
mais requeridas em vagas de diferentes áreas e níveis hierárquicos. “Saber
programar, por exemplo, pode ser uma habilidade diferencial para o profissional
conquistar uma vaga de emprego”, aponta.
Participação em empresas juniores da Universidade e/ou trabalhos
voluntários
No caso de jovens profissionais, nem sempre é possível preencher o
trecho “experiência” do currículo. Por isso, uma dica importante é ter
envolvimento em diferentes projetos durante a graduação, seja em empresa
júnior, ou iniciação científica. Outra maneira é fazer trabalhos voluntários.
“Esse tipo de prática evidencia que o indivíduo já passou por algumas situações
que poderão agregar valor no início da sua vida profissional”, finaliza.
Intercâmbio
Vianna afirma que os intercâmbios têm brilhado cada vez mais os
olhos do RH das empresas. O principal motivo é a vivência que o profissional
adquire com essa experiência, que traz habilidades importantes para a carreira:
resiliência, maturidade, autonomia e aprendizado com outras culturas. Em
segundo lugar, está o inglês, que, de forma geral é mais bem desenvolvido
quando o indivíduo mora em um país que fala essa língua.
“É importante reforçar que o intercâmbio
voluntário, oferecido por agências e ONGs em todo o mundo, é uma alternativa
mais econômica e também traz muitas experiências importantes para o indivíduo,
que costumam ser valorizadas pelos recrutadores”, destaca.
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