Para ilustrar, uma suspensão em mau estado de conservação pode tirar um
veículo da trajetória de curva e gerar um capotamento; um sistema de freios
comprometido pode não fazer uma frenagem mais brusca em caso de necessidade e
provocar uma colisão; pneus com sulcos abaixo do padrão podem perder aderência
em caso de pista molhada.
Enquanto a manutenção corretiva é feita somente depois que um componente
quebra, a preventiva, como o nome sugere, previne essa necessidade porque as
peças são trocadas antes que se desgastem em demasia. Envolve procedimentos de
avaliação e monitoramento, com o objetivo de garantir o bom funcionamento do
veículo.
Além de reduzir as chances de envolvimento em acidentes, provocados pelo
desgaste natural de componentes do carro, a manutenção preventiva geralmente
envolve custos inferiores à corretiva, afinal um componente quebrado afeta o
funcionamento de outras peças do veículo, que a princípio, possivelmente, não
precisariam ser trocadas.
Por considerar que acidentes são muito improváveis de acontecer com ele,
o motorista negligencia medidas de ação preventiva que salvam vidas. Deixar de
substituir pneus ‘carecas’ por achar que podem aguentar um pouco mais é
exemplo. Essa percepção precisa ser mudada, porque nenhuma impressão de
‘economia’ vale mais que a vida.
Vale destacar ainda que um veículo parado em via pública causa a chamada
‘onda’, isto é, o acúmulo de carros que aumenta enquanto o veículo com pane não
for removido da pista, o que resulta em vários problemas, como piora da
qualidade do ar, gasto de tempo excessivo no trânsito e atraso na entrega de
mercadorias. Toda a sociedade perde.
Diante da ausência de uma legislação específica para a avaliação dos
veículos no Brasil, como a Inspeção Técnica Veicular – importante medida para a
segurança no trânsito já implantada em mais de 50 países –, cabe ao motorista
realizar manutenções periódicas do veículo, conforme recomendações do manual do
fabricante, em oficina de confiança.
Esses e outros temas serão abordados no 7º Fórum IQA da Qualidade
Automotiva, que receberá lideranças de toda a cadeia da indústria no segmento –
como montadoras, autopeças, concessionárias, distribuidores, oficinas,
entidades setoriais, consultorias e governo – dia 16 de setembro, no Centro de
Convenções Milenium, em São Paulo. Participe!
Luiz Sergio Alvarenga - diretor executivo do
Sindirepa Nacional
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