O
calor, a umidade e as fortes chuvas aumentam a proliferação de carrapatos e
pulgas, que podem depositar até 50 ovos por dia. E são nesses momentos, que os
cuidados também exigem mais atenção. Segundo a Dra. Carolina Ferreira, médica
veterinária do Hospital Veterinário Cão Bernardo, é importante saber que mesmo
os pets que pouco convivem com outros animais podem estar suscetíveis.
O
primeiro sinal de que o pet pode estar com pulgas é a intensidade da coceira.
Se coçar de vez em quando é normal, mas não o tempo todo, e mesmo que o animal
tenha ficado a maior parte do tempo em ambiente fechado, não é garantia que
estará livre do pequeno parasita. O tutor pode levar pulgas para casa no
sapato e em objetos. A veterinária Carolina alerta: “Uma das doenças mais
comuns nesses casos é a DAPE (Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitas), e
pode atingir cães e gatos”.
Outros
problemas que acometem os animais são a micoplasmose e a tênia. A primeira -
contraída pela picada da pulga infectada - destrói os glóbulos vermelhos e pode
causar secreção nasal, tosse, dificuldade respiratória, febre, dores articulares,
distúrbios de locomoção, abscessos e abortos. Atinge principalmente os felinos,
mas os cães não estão livres. O tratamento é com antibióticos,
corticoides, anti-anêmicos e em casos mais graves, transfusão de sangue.
Já
com a tênia, o pet pode sentir insônias, perda de apetite, dores
abdominais, diarreia, coceira no ânus e presença dos próprios vermes nas fezes.
A transmissão é pela ingestão de pulga ou piolho infectado. A solução é a
vermifugação.
Por
causa da gravidade das doenças, a Comissão de Animais de Companhia do Sindicato
Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal dá dicas para os tutores
manterem os parasitas longe. A primeira é a manutenção da higiene do pet, com
banhos e tosas. Também é importante ficar de olho no animal depois de passeios,
até mesmo procurar pelo corpo do bichinho.
“É
muito interessante levar o pet ao veterinário de confiança, não só para ter
certeza que a saúde do animal está ótima, mas nessa época do ano, é necessário
saber de um especialista qual o medicamento adequado para cada raça, assim como
para os gatos. As pessoas acabam esquecendo que os felinos também são
suscetíveis aos parasitas”, finaliza Ferreira.
Hospital Veterinário Cão Bernardo
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