As mulheres ganham
mais em 15% das profissões brasileiras
Das 2.059 profissões listadas na Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), apenas em 15% as mulheres ganham mais que os
homens. Apesar de ter um mês dedicado às conquistas femininas, no mercado
profissional, o trabalho para a igualdade salarial está longe do fim. De acordo
com a última pesquisa do IBGE, os homens ainda ganham 77,1% a mais que as
mulheres.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
compilou algumas dessas profissões, como chaveiro, professor de dança, ator,
guia de turismo, médico do trabalho, produtor de rádio, assessor de imprensa,
para mostrar que a comunicação é uma das áreas que mais tem valorizado a
mulher. A pesquisa mais recente sobre os profissionais de Mídias Sociais,
chamada de “O Profissional de Inteligência em Mídias Sociais no Brasil”,
realizada em 2018, revela que na área, elas não apenas ganham mais, como tem
salários 11% maiores.
O estudo, que se encontra na 8º edição e foi
realizado por Pedro Barreto, pesquisador do Departamento de Inteligência da
Vert Inteligência Digital, mostra que no mercado de trabalho existem casos em
que o salário é maior, mas o mesmo não se reflete em relação aos cargos
ocupados. “Aprofundar a pesquisa na questão de gênero foi muito importante.
Apesar das mulheres estarem ganhando mais em algumas áreas, elas ainda não
ocupam cargos de chefia, e isso precisa ser mudado. Em algumas situações, elas
têm mais experiência e maior escolaridade”, afirma Pedro Barreto, coordenador
da pesquisa.
Há ainda profissões que as mulheres ganham mais que
o dobro se comparado ao salário masculino como, por exemplo, na atividade de
técnico em optica e optmetria, e também, em áreas socialmente representadas por
elas como: secretária bilíngue, babá e assistente social. As diferenças chegam
a 67,4%, 24,3% e 11,7%, respectivamente.
Nos Estados Unidos, elas ganham mais em áreas
similares. Em primeiro lugar, a assistente social, seguida de promotora de
eventos, pesquisadora assistente, especialista em compras, profissionais de
mídias sociais, de aconselhamento e educação para a saúde, de supply chaim
(compras) e coordenadora de negócios.
Um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial
apontou que se mantidas as tendências atuais, a equidade entre homens e
mulheres só será plenamente alcançada em 2095. “Nós precisamos estar mais atentos
aos dados, e é importante que façamos pesquisas, cada vez mais, mostrando essas
diferenças, para que possamos mudar com mais rapidez o ambiente de trabalho”,
finaliza Barreto.
Sobre a pesquisa
Em 2011, o pesquisador Tarcízio Silva realizou a
primeira pesquisa sobre a área de mídias digitais, com o intuito de saber como
as pessoas podem competir com sucesso, também foi Tarcízio quem produziu a
segunda e terceira pesquisa da área, em 2012 e 2013. No ano seguinte, 2014, a
produção foi feita pelo sergipano Júnior Siri, assim como em 2015. Em 2016 e
2017, a pesquisa foi conduzida por Ana Claúdia Zandavalle, e em novembro de
2018, ficou a encargo de Pedro Barreto.
Vert
Inteligência Digital
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