A perda dos cabelos pode
ocorrer por diversas razões e, para cada uma delas, há um tratamento específico
Enfrentar a queda capilar não
é tarefa fácil. Advinda de muitos causas e motivos, a perda dos cabelos é um
sintoma para algo que não está funcionando corretamente no organismo e pode
também ser um indício de doenças mais graves. Além do aspecto estético
enfraquecido, a rarefação e queda excessiva dos fios pode representar desde
carências vitamínicas até enfermidades e distúrbios no organismo.
A queda capilar é um problema
que atinge tanto mulheres quanto homens em todo o mundo e o diagnóstico deve
começar, antes de mais nada, com a auto-observação dos cabelos. Notando as
quantidades e os momentos em que os cabelos caem durante o dia, facilita o
processo de um diagnóstico preciso. Incluída nas causas mais comuns, a
alimentação está diretamente ligada a saúde dos fios. De acordo com Lucas
Penchel, médico nutrólogo e diretor da clínica Penchel, o que comemos ou
deixamos de comer influi na retenção de nutrientes e aproveitamento vitamínico.
“Como todo processo do organismo, o crescimento e renovação dos fios acontece
em um tempo determinado, conhecido como fase anágena. É necessário ter atenção
à alimentação, pois o crescimento de fios saudáveis irá depender disto”,
afirma.
A falta e o excesso de
vitaminas também merecem um acompanhamento especifico, uma vez que os
nutrientes em falta ou em dosagens erradas podem desencadear a queda dos fios.
Como é o caso da vitamina A. Absorvida na forma de retinol, em falta ou em
excesso, compromete significativamente a saúde dos fios. “Para cada tipo de
queda é recomendado um tratamento e reposição vitamínica especifica, já que o
fundamento dos problemas pode se diferenciar em cada caso”, pondera Lucas.
Existem também os sintomas de
queda vinculados às disfunções hormonais e por carga genética. No caso das
mulheres, a síndrome dos ovários policísticos e os distúrbios da tireoide são
apontados como os grandes causadores da queda capilar excessiva, abrangendo
desde a juventude até a menopausa. O biomédico da Clínica Penchel, Philippe Saldanha, explica como essas disfunções hormonais atuam
na perda de cabelo. “A síndrome dos ovários policísticos éé uma
disfunção metabólica que causa desregulação de hormônios androgênicos nas
mulheres. Ou seja, aumentam-se os hormônios masculinos e regiões que não
possuem pelos em mulheres podem se desenvolver, e, em alguns casos, há queda
capilar no couro cabeludo devido ao aumento dos hormônios androgeneticos”,
explica. Ele explica que o primeiro passo é procurar um profissional da
ginecologia e assim, aliado ao tratamento da síndrome, seguir com procedimentos
de reestruturação do couro cabeludo, como a intradermoterapia, terapias
capilares, led e lasers.
Nos casos de distúrbios da
tireoide, os hormônios T3, T4 e TSH quando sofrem alteração provocam queda
significativa dos fios. Nesse caso, o acompanhamento com o endocrinologista é
essencial. Para recuperar a vitalidade dos fios, existem tratamentos
específicos aliados a uma boa alimentação, além de procedimentos aceleradores,
como o microagulhamento.
Além dos casos hormonais mais
complexos, existem também as alopecias androgeneticas que, derivadas da
alteração do hormônio DHT e aliados a fatores genéticos, provocam calvície em
homens e mulheres. Isto porque ocorre uma inflamação no couro cabeludo
impossibilitando o crescimento natural dos fios, sendo necessária a intervenção
do microagulhamento, intradermoterapia e alguns shampoos e tônicos específicos.
Em todos os casos a queda capilar pode ser revertida com o diagnóstico correto
e preciso da raiz do problema.
Dr. Lucas
Penchel – CRM 56.625 - Graduado
em medicina pela UNIFENAS – BH; Diretor
técnico da Clínica Penchel; Nutrição – Faculdade Universo; Mestrando em
Biotecnologia da Saúde.
Dr.
Philippe Vieira Saldanha - CRBM 3 8380 - Biomédico Especialista em Biomedicina Estética;
Terapeuta Capilar;
Responsável Técnico pelo setor de estética da Clínica
Penchel; Professor de Pós-graduação nas Universidades FUMEC e Nepuga.
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