Especialista explica os cinco pontos mais importantes para
atingir o bem estar dentro da empresa
Na vida adulta, o brasileiro passa um terço do dia no trabalho,
fora as horas preso no trânsito. Assim, a qualidade do tempo que o funcionário
ou empresário passa dentro do escritório é determinante para a saúde mental e
física desse indivíduo. Porém, não faz muito tempo que o mundo corporativo vem
percebendo a relação direta entre a qualidade de vida dos trabalhadores e a
produtividade da empresa.
Para Rebeca Toyama, coach formadora de líderes e fundadora da
Academia de Coaching Integrativo, a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é algo
que precisa ser considerado em qualquer ambiente empresarial.
“Já passamos do tempo em que os trabalhadores eram vistos
como máquinas incansáveis. Uma empresa que gera estresse que resulta em
ansiedade e depressão, não só terá uma rotatividade maior de funcionários, como
uma produtividade mais baixa e altos níveis de absenteísmo. Cuidar da saúde dos
colaboradores é um investimento”, explica a coach.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é
o país com maior taxa de transtorno de ansiedade no mundo, atingindo 9,3% da
população, e o quinto com mais casos de depressão, doença que afeta 5,8% dos
brasileiros. Não à toa, uma pesquisa da Previdência Social aponta que o
estresse é o terceiro maior motivo de afastamento do trabalho por mais de 15
dias.
“Todo cargo e função possuem momentos de estresse e dores de
cabeça, bem como todos são pegos pelo cansaço do dia a dia. Estar em um
ambiente confortável, ter uma boa relação com os colegas e ser reconhecido pelo
trabalho bem feito tornam os momentos difíceis da semana menos cansativos.
Quando há um investimento da empresa nesse sentido, o funcionário se sente
valorizado e se torna mais comprometido”, conta Rebeca.
Um estudo do Center for Positive Organizational Scholarship, da
Universidade da Califórnia, em Riverside, aponta que o trabalhador feliz é 31%
mais produtivo, possui uma criatividade três vezes maior e gera vendas 37% mais
elevadas. Além disso, os colaboradores com alta avaliação no fator bem-estar e
qualidade de vida no trabalho tem desempenho 27% superior, 125% menos
esgotamento e 32% mais comprometimento com a organização, independentemente do
setor e da ocupação.
Por isso, Rebeca listou os cinco pilares que uma empresa precisa
adotar para ter um alto índice de QVT:
· Reconhecimento: Fazer um
trabalho bem feito, entregar um resultado acima da média e cumprir as propostas
da melhor maneira possível nem sempre é algo fácil de atingir e manter.
Valorizar e recompensar as pessoas são ótimas formas de incentivo.
· Facilidade: Todas as
funções exigem ferramentas, como computadores, telefone, serviços, pessoas,
etc. Entregar esses fatores com qualidade reflete diretamente na equipe.
· Crescimento Pessoal:
Formas de desenvolvimento e crescimento profissional do funcionário, como a
disponibilização de cursos, superiores acessíveis e coaches empresariais.
· Saúde e Bem-estar: Promoção
de um cotidiano saudável, baseado em uma alimentação equilibrada e prática de
exercícios físicos.
· Relações Interpessoais:
Uma equipe unida e líderes bem vistos tornam o trabalho mais leve e o trabalho
bem dialogado. É importante contribuir para reforçar vínculos
interpessoais respeitando as individualidades de cada um.
· Propósito e valores
compartilhados: ter o propósito e os valores disseminados, não apenas no
discurso, mas principalmente, nas atitudes, ajuda a equipe a encontrar
motivação e sentido, mesmo quando os desafios aparecem.
Rebeca Toyama - palestrante e formadora de
líderes, coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo,
sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora
do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de
Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC
(Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa Desperta na
Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching
Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da
pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e
Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive
Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o
Jogo da Transformação.
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