Situação coloca população em risco de conviver com
doenças já controladas, ou mesmo eliminadas, no Brasil, como sarampo, rubéola,
difteria, entre outras
Imunizações evitam entre dois e três
milhões de mortes a cada ano no mundo, segundo Organização
Mundial de Saúde
A importância das vacinas na proteção individual e
coletiva contra doenças infecciosas é inquestionável. Os benefícios das
ações de imunizações são claros: seu potencial de redução
da mortalidade entre crianças, adolescentes e adultos, melhoria das condições de saúde e
bem-estar das comunidades. No entanto, desde que as vacinas foram introduzidas,
há mais de dois séculos, ainda há grupos que apresentam dúvidas sobre a
eficácia e a necessidade delas.
Esta é uma situação alarmante que coloca a
população em risco e traz de volta doenças já controladas, ou mesmo eliminadas.
No Brasil, por exemplo, doenças como sarampo, rubéola e difteria podem voltar a
aparecer.
De acordo com a Dra. Regina Célia Succi, professora
da Faculdade São Leopoldo Mandic, em 2016, o País registrou o primeiro
surto de sarampo desde 2000. Nesse mesmo ano, a
taxa de imunização contra poliomielite foi a menor desde 2004
(84,4%). “Não há dados suficientes para definir se essa queda na cobertura vacinal persistirá,
mas há preocupações a respeito”, comenta a infectologista. “A imunização é o
investimento em saúde com melhor custo-efetividade e a Organização
Mundial de Saúde estima que as imunizações evitem entre dois e
três milhões de mortes a cada ano no mundo”, conta a Dra. Succi.
Apesar dos benefícios serem indiscutíveis, eles só
podem ser obtidos com elevado custo financeiro e o empenho de uma
grande estrutura dos programas públicos de vacinas e autoridades
sanitárias, além da atuação individual dos profissionais de saúde. “O
Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil é competente e
reconhecido, e tem obtido coberturas vacinais superiores a 90% para
quase todos os imunobiológicos distribuídos na rede pública nas últimas
décadas”, informa a médica.
Alguns motivos para que a recusa vacinal aconteça:
Atenção às fake news
Os pais e cuidadores querem oferecer o melhor para
seus filhos. Em busca desse “melhor”, eles podem encontrar informações e apoio
em amigos e mídias sociais resultando em controvérsias e dúvidas sobre a
segurança e a eficácia das vacinas, sua real necessidade e até mesmo divulgação
de mitos e informações equivocadas.
Contexto familiar ou religioso
Experiências pessoais com serviços de saúde e
vacinas, bem como questões filosóficas, sociais e religiosas, podem ter uma
importância significativa na tomada de decisões sobre a saúde.
A importância do Pediatra
A abordagem dessas questões de maneira ética e
segura exige o conhecimento do problema. É necessário que os pediatras entendam
que desempenham um papel fundamental na decisão dos pais em relação a cada ato
relacionado à assistência de seus filhos. Para que esse papel seja desempenhado
em sua maior parte, resultando em benefícios para a criança, é importante que o
pediatra esteja equipado com habilidades técnicas de conhecimento e
comunicação, aproveitando todas as oportunidades para esclarecer os pais sobre
o assunto, assegurando que o profissional de saúde tenha confiança.
São Leopoldo Mandic
www.slmandic.edu.br
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