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Segundo
o IBGE, em 2016, 116 milhões de pessoas estavam conectadas à web, o equivalente
a cerca de 65% da população nacional
Professores do Centro Paula Souza falam da
necessidade de ampliar a cobertura e o acesso à rede mundial de computadores;
instituição oferece cursos para quem deseja entrar nesse mercado de trabalho
promissor
A angústia que sentimos ao esquecer o
celular e ficar sem comunicação ou a sensação ruim que temos ao constatar que a
internet “caiu” são alguns dos sintomas de um tempo em que estamos cada vez mais
conectados à rede mundial de computadores. É preciso, porém, ter certos
cuidados e aprender a usar bem os recursos que se multiplicam e prometem
facilitar a vida dos usuários. No Dia Mundial da Internet, comemorado
em 17 de maio, professores do Centro Paula Souza (CPS) debatem o acesso à
web no Brasil, questões de segurança na navegação e o que se pode esperar de um
futuro que promete ser cada vez mais digital.
Os números que mostram o acesso dos
brasileiros à internet são significativos, embora ainda haja uma margem grande
para crescimento desse público. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, 116 milhões de pessoas estavam
conectadas à web, o equivalente a cerca de 65% da população nacional. O Google
divulgou um levantamento em 2017 revelando que 86% dos brasileiros
assistem a vídeos pela web e 99% buscam conteúdo no YouTube.
Com tantos acessos, aprimorar a
segurança na internet passa a ser uma questão relevante. “É preciso aumentar os
níveis de criptografia”, defende a professora da Faculdade de Tecnologia do
Estado (Fatec) Carapicuíba Magali Andreia Rossi. Por meio desse procedimento,
uma mensagem transmitida pela internet é codificada de modo que apenas o
emissor e o receptor tenham acesso ao seu conteúdo. É o que ocorre, por
exemplo, com a transmissão de informações via WhatsApp. Magali explica que os
bancos têm sistemas de controle rigorosos, mas muitas lojas online possuem
apenas certificado digital, o que não dá muitas garantias aos clientes.
A professora dá dicas para navegar com
mais segurança. “É importante ter um antivírus capaz de detectar os tipos mais
comuns e sempre verificar a URL do site”, afirma. Ela explica que são comuns os
golpes que envolvem uma página muito semelhante à de um banco ou de uma loja.
“A parte visual é igual, mas o endereço do site não é exatamente o mesmo.” Por
fim, Magali sugere cobrir a câmera dos notebooks com uma fita crepe, para
evitar ter suas imagens gravadas por algum software.
E-mail suspeito
O docente João Carlos Lopes Fernandes,
da Fatec São Caetano do Sul, lembra que nenhuma empresa solicita dados ou
atualização cadastral por e-mail. “Ligue para o banco e verifique se o e-mail é
verdadeiro. Não vá direto clicando no link”, alerta. Ele sugere também manter o
computador atualizado e com um bom antivírus.
Para Fernandes, outro desafio para a
internet no Brasil é a melhoria do acesso, da área de cobertura. “São muito
comuns as reclamações sobre o fato de que você contrata um plano, mas não
recebe aquilo pelo que está pagando.”
Na opinião de Magali Rossi, o
futuro terá muito mais interação com os usuários da rede, por meio de recursos
como holografia, realidade aumentada e realidade virtual. Com a realidade
aumentada é possível que um dispositivo, como o celular, traga elementos para o
mundo real, como ocorre no jogo Pokémon Go. Já na realidade virtual, uma
espécie de óculos transporta o usuário para um ambiente digital. “Hoje nós
recebemos as informações passivamente, mas isso tende a mudar.”
Segundo Fernandes, cada vez mais
haverá serviços disponíveis na internet. “Hoje chamamos um táxi, controlamos o
horário do ônibus, fazemos registro na Zona Azul, tudo pelo celular”, lembra.
“A internet fará cada vez mais parte da nossa vida.” A tendência é que carros,
prédios e eletrodomésticos estejam conectados à web, o que se conhece como
internet das coisas.
Programação
É de olho nesse futuro que o Grupo de
Formulação e Análises Curriculares (Gfac) das Escolas Técnicas Estaduais
(Etecs) está trabalhando. Hugo Ribeiro de Oliveira, um dos responsáveis pelo
eixo tecnológico de Informação e Comunicação do Gfac, explica que a
tendência é que todos os profissionais tenham de aprender a programar ou, pelo
menos, aprender a se comunicar com um programador para trabalhar em conjunto.
Com isso em mente, o Gfac começa a
desenvolver componentes curriculares para cursos que não estão diretamente
ligados à área de Informática. A ideia é que todos os alunos dos Ensinos Médio
e Técnico tenham conhecimentos para trabalhar em um mundo cada vez mais digital.
Inscrições
As unidades do Centro Paula Souza
oferecem diversos cursos na área de Informática. Nas Etecs é possível estudar
Desenvolvimento de Sistemas, Informática, Informática para Internet, Manutenção
e Suporte em Informática, Programação de Jogos Digitais, Redes de Computadores,
entre outros cursos. As inscrições para o Vestibulinho podem ser feitas até
25 de maio, pelo site.
As Fatecs oferecem cursos como Análise
e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), Banco de Dados, Big Data no Agronegócio,
Gestão da Tecnologia da Informação, Informática para Negócios, Jogos Digitais,
Redes de Computadores, Segurança da Informação, Sistemas para Internet e Design
de Mídias Digitais – este último é uma novidade do Vestibular para o segundo
semestre. As inscrições para o processo seletivo das Fatecs vão até 8 de
junho, pela internet. Para
conhecer mais detalhadamente os cursos das Fatecs, acesse o Guia das Profissões
Tecnológicas.
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