Tempo médio para organismo criar anticorpos
contra o vírus influenza é entre duas e três semanas
Com
a chegada do outono, cresce a incidência de gripes ocasionadas pelo vírus
influenza que, a cada ano, sofre mutações. Por esse motivo, a vacina contra a
doença precisa ser atualizada anualmente, a fim de combater, de forma efetiva,
todas as variedades sazonais do vírus.
No
organismo, a influenza age desarmando o sistema imunológico, causando os
conhecidos sintomas de febre, tosse, catarro e dores, podendo evoluir para
quadros graves e até fatais. No último inverno no Hemisfério Norte, uma nova
variação, o H3N2, infectou 47 mil pessoas nos Estados Unidos, provocando óbitos
entre crianças e idosos. No Brasil, nem bem a estação mais fria do ano chegou e
o H3N2 já fez duas vítimas, em Taubaté (SP). Em Minas Gerais, na sexta-feira
(23/3) a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou um balanço que aponta
oito infectados no estado, sem registro de mortes.
Vacina quadrivalente
A
rapidez com que o vírus tem se espalhado acende o alerta sobre a importância da
imunização. A partir das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu a composição das
vacinas contra o influenza a serem aplicadas no Brasil. A quadrivalente é a
mais completa, pois, além de proteger contra os vírus H1N1 e H3N2 também
imuniza contra dois tipos da influenza B, que também podem gerar complicações
como a pneumonia. “A diferença da vacina quadrivalente aplicada em 2017 para a
que será disponibilizada este ano foi para adequação ao novo vírus do tipo B,
atualmente em circulação”, afirma o infectologista e consultor médico do Grupo
São Marcos, Adelino de Melo.
De
acordo com as orientações do Ministério da Saúde, é fundamental que as pessoas se
vacinem neste momento para estarem protegidas durante o inverno, quando os
diversos vírus da influenza circulam com maior intensidade. Segundo o consultor
médico do Grupo São Marcos, o organismo leva, em média, de duas a três semanas
para criar os anticorpos que geram proteção. A vacina quadrivalente é indicada
para todas as pessoas a partir de seis meses de vida, principalmente aquelas
com maior risco de complicações ocasionadas pela forma grave da doença.
Efeitos colaterais
Os efeitos mais comuns da vacina contra a gripe ocorrem no
local da aplicação. São relatados, muito eventualmente, casos de dor local,
endurecimento e vermelhidão, que podem durar até 48 horas. Mais raramente, a
vacina pode ocasionar reações sistêmicas, como febre e dores musculares.
Contraindicações
Pessoas
com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia,
devem receber a vacina em ambiente com condições de atendimento de reações
anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos. No caso de
história de síndrome de Guillain-Barré (SGB), até seis semanas após a dose
anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o
risco-benefício antes de administrar nova dose.
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