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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Vacina contra gripe deve ser aplicada antes do inverno


Tempo médio para organismo criar anticorpos contra o vírus influenza é entre duas e três semanas


Com a chegada do outono, cresce a incidência de gripes ocasionadas pelo vírus influenza que, a cada ano, sofre mutações. Por esse motivo, a vacina contra a doença precisa ser atualizada anualmente, a fim de combater, de forma efetiva, todas as variedades sazonais do vírus. 

No organismo, a influenza age desarmando o sistema imunológico, causando os conhecidos sintomas de febre, tosse, catarro e dores, podendo evoluir para quadros graves e até fatais. No último inverno no Hemisfério Norte, uma nova variação, o H3N2, infectou 47 mil pessoas nos Estados Unidos, provocando óbitos entre crianças e idosos. No Brasil, nem bem a estação mais fria do ano chegou e o H3N2 já fez duas vítimas, em Taubaté (SP). Em Minas Gerais, na sexta-feira (23/3) a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou um balanço que aponta oito infectados no estado, sem registro de mortes.


Vacina quadrivalente

A rapidez com que o vírus tem se espalhado acende o alerta sobre a importância da imunização. A partir das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu a composição das vacinas contra o influenza a serem aplicadas no Brasil. A quadrivalente é a mais completa, pois, além de proteger contra os vírus H1N1 e H3N2 também imuniza contra dois tipos da influenza B, que também podem gerar complicações como a pneumonia. “A diferença da vacina quadrivalente aplicada em 2017 para a que será disponibilizada este ano foi para adequação ao novo vírus do tipo B, atualmente em circulação”, afirma o infectologista e consultor médico do Grupo São Marcos, Adelino de Melo.

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, é fundamental que as pessoas se vacinem neste momento para estarem protegidas durante o inverno, quando os diversos vírus da influenza circulam com maior intensidade. Segundo o consultor médico do Grupo São Marcos, o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção. A vacina quadrivalente é indicada para todas as pessoas a partir de seis meses de vida, principalmente aquelas com maior risco de complicações ocasionadas pela forma grave da doença.


Efeitos colaterais

Os efeitos mais comuns da vacina contra a gripe ocorrem no local da aplicação. São relatados, muito eventualmente, casos de dor local, endurecimento e vermelhidão, que podem durar até 48 horas. Mais raramente, a vacina pode ocasionar reações sistêmicas, como febre e dores musculares.


Contraindicações

Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber a vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos. No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB), até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.



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