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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Os benefícios da fisioterapia em cirurgias da ATM


Sessões ainda no centro cirúrgico garantem pós-operatório
com menos dor e mais qualidade de vida


Sentir estalos, ruídos, zumbidos, limitação ao abrir e fechar a boca, de movimentos de desvio no maxilar, dor na palpação da ATM, dor de cabeça e pescoço, podem ser sinais de um distúrbio na articulação temporomandibular, conhecida como DTM. Cerca de 30% da população mundial sofre com esse problema e, em muitos casos, o tratamento inicial recomendado é o tratamento conservador com o uso de placas estabilizadoras e fisioterapia. O tratamento e diagnóstico se baseiam na classificação internacional para as disfunções temporomandibulares. Caso o paciente não apresente melhora é preciso partir para a cirurgia.

Considerada inicialmente um procedimento que possui um pós-operatório dolorido e com alguns cuidados, a cirurgia agora possui soluções que favorecem a recuperação do paciente, como a fisioterapia imediata, realizada ainda no centro cirúrgico. Este tipo de procedimento é uma das especialidades da fisioterapeuta Fabiana Oliveira, que dedica boa parte dos seus dias a acompanhar os pacientes no pré e no pós-operatório, antes da internação e logo após o fim da cirurgia.

Os procedimentos incluem na maior parte das vezes a utilização de bandagens, laser, crioterapia, entre outros recursos. Iniciar o tratamento o quanto antes é o ideal para a diminuição da dor, de edemas, e para recuperar o quanto antes a amplitude de movimento, estimulando e contribuindo para o retorno da sensibilidade que pode ser afetada em alguns casos. “A fisioterapia favorece não apenas estes pontos, mas também a segurança do paciente ao retomar atividades básicas”, explica Fabiana.

A especialista destaca também que as disfunções temporomandibulares são um grupo de condições que podem ser decorrentes de problemas musculares, articulares ou como consequência de doenças sistêmicas ou alguns hábitos parafuncionais, como roer unhas, apertar a caneta com os dentes, escorar o queixo com a mão, entre outros “É mais comum do que imaginamos e a cirurgia ajuda a solucionar mais rapidamente o problema, e com um pós-operatório acompanhado de fisioterapia, o paciente fica mais assistido, com menos dor, favorecendo o rápido retorno em ações como mastigação, alimentação, entre outros”, reforça.


Causas

São diversos os motivos de dor na ATM, “Os sinais aparecem e as pessoas só dão devida atenção quando o problema evoluiu e a dor fica insuportável. É fundamental buscar a opinião de um especialista logo que sentir os primeiros desconfortos. E contar com orientação para todas as etapas da cirurgia, do médico e de um fisioterapeuta, para que o processo seja menos doloroso e com ótimos resultados”, conclui.




Fabiana Oliveira - especialista em Disfunções Músculo Esqueléticas pela Universidade Metodista de São Paulo, em DTM e Orofacial pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e Biomecânica Crânio Cervical e Fisiopatologia Articular Temporomandibular pelo CEDIME, no Chile. Saiba mais sobre seu trabalho em www.drafabifisio.com.br.

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