A chegada das temperaturas mais baixas pode agravar
alguns problemas de pele
Há poucas semanas teve início o Outono e já
se pode sentir na pele as temperaturas mais amenas. O uso da água quente no
chuveiro e os banhos mais prolongados já voltaram a fazer parte do nosso dia a
dia. Essas ações, junto com as mudanças bruscas de temperatura e com a
diminuição da umidade, reduzem a transpiração e aumentam o ressecamento da
pele. Nos adultos o ressecamento, por exemplo, pode provocar coceira,
descamação, vermelhidão e rachaduras que, muitas vezes, conseguem ser
controlados com o uso regular de um bom hidratante corporal.
Além destes inconvenientes,
algumas doenças de pele são mais frequentes neste período e uma das mais comuns
é a dermatite atópica. “É a principal doença alérgica da
pele e tem um comportamento semelhante ao da rinite alérgica e ao da asma: tem períodos de melhora, quando
parece estar 'curada' e períodos de piora, com crises ou surtos. O que aparece
na pele são áreas avermelhadas, escoriadas, grosseiras,
às vezes até inchadas e com crostas
("casquinhas"), que coçam de maneira variável para cada pessoa”,
explica o médico dermatologista, Dr. André Lauth.
Segundo o dermatologista, as
lesões surgem geralmente nas dobras do corpo e em algumas áreas específicas,
que também podem variar de pessoa para pessoa. As mais frequentes são: a frente
e laterais do pescoço, dobras do cotovelo e do joelho, barriga, região lombar,
regiões próximas às virilhas e axilas, punhos, dorso dos pés, entre outras, em
diversas combinações. Os casos podem piorar em períodos de stress psíquico ou
físico, após contato com alguma substância desencadeante ou nas épocas de instabilidade
e mudanças climáticas, como agora. Para os que já tiveram uma crise, têm algum
familiar que é portador da doença, ou tem a pele muito seca, Dr. André aconselha
a caprichar na hidratação da pele para evitar surpresas desagradáveis.
Outra doença muito comum no Brasil,
principalmente na regial Sul, nesta época do ano é a Rosácea, caracterizada
pelas crises de calor e vermelhidão no rosto, principalmente bochechas e nariz,
mas também testa e queixo, que costumam se intensificar nos períodos de
instabilidade no clima. “Muitas vezes o portador de rosácea já tem crises
rápidas de vermelhidão desde a infância, mas estas não trazem incômodo. Após os
20 e, principalmente, 30 anos, as crises começam a se tornar mais frequentes e
duradouras e trazem mais desconforto. A pele torna-se mais avermelhada e
aparecem pequenos vasos sanguíneos. Às vezes podem surgir lesões parecidas com
espinhas, mas que são persistentes e não estouram”, detalha o especialista.
Como em
qualquer doença dermatológica, o Dr.
André Lauth sugere alguns cuidados básicos e a procura de um especialista para
diagnosticar e tratar adequadamente cada caso. “Os portadores da doença quando
fazem o uso adequado de um bom filtro solar, por exemplo, podem ajudar a frear
a piora da doença. Mas é sempre bom destacar que somente um especialista
consegue passar o tatamento ideal para cada caso”, completa.
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