Nossa
capacidade de armazenar dados no cérebro está diretamente relacionada às
emoções que experimentamos em nossas vivências
Toda memória é adquirida no contexto de um determinado
estado emocional. A maioria das pessoas se recorda de onde estava e o que
fazia no momento do acidente com o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, mas
ninguém se lembra do rosto da pessoa que lhe vendeu o último ingresso de
cinema.
O impacto emocional da notícia da
morte de Senna foi grande; as memórias gravadas nesse momento foram
influenciadas por essa emoção intensa. O momento em que se compra o ingresso do
cinema pode ser, na maioria das vezes, emocionalmente insignificante. A
importância emocional de cada acontecimento interfere diretamente na aquisição
de novas memórias.
Para formarmos novas memórias
duradouras, as nossas conexões neurais devem estar fortalecidas; fato que
acontece através do estímulo cerebral e ginástica para o cérebro. A rede
SUPERA, rede de franquias de ginástica para o cérebro, oferece um curso capaz
de trazer diversos benefícios, como um cérebro mais ágil e um raciocínio rápido
aos seus alunos.
O psicólogo William James, um dos
fundadores da psicologia moderna, já sublinhava a importância das emoções para
o bom funcionamento da memória. “Lembrar-se de tudo seria tão desagradável
quanto não se lembrar de nada”, insistia ele: o cérebro deve efetuar uma
seleção, e ele o faz em função do valor afetivo de que um acontecimento se
reveste para nós.
Vários pesquisadores contemporâneos, abrindo a via da
neurociência afetiva, encontraram pistas sobre os mecanismos cerebrais que
governam a influência das emoções sobre a memória.
Níveis de alerta, ansiedade e
estresse modulam fortemente a memória
Dra. Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo e neurocientista, explica que o hipocampo, região
cerebral necessária para a formação de novas lembranças, sofre influência das
emoções.
“O hipocampo seleciona aquilo que tem valor para ser guardado ou
não.
Sabemos disso por conta de um caso muito famoso na neurociência, em que um
jovem de 27 anos teve uma lesão nessa área. Ele lembrava quem era e o que tinha
acontecido no passado mas, daquele tempo em diante, ele não conseguiu armazenar
novas memórias. Isso mostra que o hipocampo tem papel muito importante no
armazenamento de memórias. E como ele está ligado à emoção, acreditamos que
isto explique o fato de o cérebro armazenar algumas coisas e outras não, de
acordo com o valor que elas têm para nós”, explica a neurocientista.
Os estados de ânimo, as emoções, o nível de alerta, a ansiedade
e o estresse modulam fortemente as memórias. Em uma sala de aula, por exemplo,
um aluno estressado ou pouco alerta não forma novas memórias corretamente. Um
aluno que é submetido a um nível alto de ansiedade, pode esquecer tudo aquilo
que aprendeu logo depois da aula.
A neurocientista explica que a dificuldade de evocar uma memória
num estado de estresse está relacionada ao sistema límbico, mais precisamente
à amígdala (no cérebro).
“O cérebro interpreta o estresse como uma ameaça, e a amígdala,
componente do sistema límbico, desencadeia reações instintivas de proteção em
caso de alguma emergência. É o que chamamos de ‘sequestro da amígdala’.
Portanto, esse fator interfere no processamento de evocação de uma memória, que
está desfocado naquele momento’’, explica Tieppo.
Contudo, quando você conhece seus próprios processos de memória
e seus pontos fortes, consegue perceber o que fazer em seguida. Já existem
exercícios para a memória capazes de ajudar a melhorar a capacidade de se
lembrar das coisas. Os exercícios cerebrais, conhecidos como ginástica
cerebral, melhoram o funcionamento da memória.
O SUPERA, maior rede de academia de ginástica para o cérebro da
América Latina, tem muitas técnicas e dicas para melhorar sua memória, para você viver com mais autonomia, construir uma boa
rede de relacionamentos e ter mais qualidade de vida.
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