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segunda-feira, 23 de abril de 2018

26.04 Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: Medicina Nuclear detecta problemas cardíacos antes que eles apareçam


Infarto mata cerca de 70 mil brasileiros por ano, mas existem exames para diagnóstico seguro da doença

Dados do Ministério da Saúde revelam que cresceu no Brasil o número de hipertensos nos últimos 10 anos, atingindo 25% da população em 2017. No dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data criada para conscientizar as pessoas sobre os cuidados básicos para prevenir a hipertensão arterial, doença crônica em que a pressão sanguínea nas artérias se encontra constantemente elevada e é uma das principais causas de infarto que, acomete cerca de 70 mil pessoas por ano no país.

Entre os fatores de risco estão hereditariedade, hábitos alimentares, sobrepeso e obesidade, tabagismo, diabetes e envelhecimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o hipertenso que não seguir o tratamento à risca, tem uma redução na expectativa de vida de até 16,5 anos. O tratamento previne as complicações da doença, mas é importante que o tratamento seja feito de forma contínua, sem interrupções.

Existem exames cardiológicos permitem a detecção precoce de problemas cardíacos. O teste ergométrico, por exemplo. Mas pacientes hipertensos podem apresentar alterações do eletrocardiograma relacionadas ao aumento crônico da pressão arterial e em alguns casos, até relacionadas a hipertrofia (aumento da musculatura do coração) que resultam nos chamados "falsos positivos". A Medicina Nuclear conta com dois exames que podem auxiliar de forma precisa a detecção das doenças cardiovasculares.

De acordo com a cardiologista e médica nuclear da DIMEN, Priscila Cestari Quagliato, os exames preventivos de cintilografia de perfusão miocárdica e PET/CT, realizados em pacientes hipertensos, podem prevenir complicações como o infarto.


Cintilografia de perfusão miocárdica

É um exame que avalia a circulação sanguínea do coração. É realizado em repouso – com a administração endovenosa de um material com baixa radioatividade – e após o estresse – seja por atividade física em esteira ergométrica ou simulação desta por meio de medicamentos para os casos em que o paciente não consiga realizar o esforço físico (por dificuldades motoras, por exemplo). "A cintilografia capta imagens do coração e avalia se o fluxo de sangue está preservado e, em caso de redução de fluxo (a chamada isquemia), permite identificar qual a coronária deve ser tratada", esclarece.


PET/CT

O PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada) utiliza uma glicose radioativa por via endovenosa, que permite diferenciação com extrema precisão entre cicatriz pós- infarto do músculo do coração; de músculo ainda vivo. O resultado deste exame auxilia o cardiologista na decisão de investir em um procedimento de revascularização para reestabelecer o fluxo de sangue para a área doente, permitindo assim a sua recuperação quando ainda há músculo vivo.


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