Infarto
mata cerca de 70 mil brasileiros por ano, mas existem exames para diagnóstico
seguro da doença
Dados
do Ministério da Saúde revelam que cresceu no Brasil o número de hipertensos
nos últimos 10 anos, atingindo 25% da população em 2017. No dia 26 de abril é
comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data
criada para conscientizar as pessoas sobre os cuidados básicos para prevenir a
hipertensão arterial, doença crônica em que a pressão sanguínea nas artérias se
encontra constantemente elevada e é uma das principais causas de infarto que,
acomete cerca de 70 mil pessoas por ano no país.
Entre
os fatores de risco estão hereditariedade, hábitos alimentares, sobrepeso e
obesidade, tabagismo, diabetes e envelhecimento. Segundo a Organização Mundial
de Saúde, o hipertenso que não seguir o tratamento à risca, tem uma redução na
expectativa de vida de até 16,5 anos. O tratamento previne as complicações da
doença, mas é importante que o tratamento seja feito de forma contínua, sem
interrupções.
Existem
exames cardiológicos permitem a detecção precoce de problemas cardíacos. O
teste ergométrico, por exemplo. Mas pacientes hipertensos podem apresentar
alterações do eletrocardiograma relacionadas ao aumento crônico da pressão
arterial e em alguns casos, até relacionadas a hipertrofia (aumento da musculatura
do coração) que resultam nos chamados "falsos positivos". A Medicina
Nuclear conta com dois exames que podem auxiliar de forma precisa a detecção
das doenças cardiovasculares.
De
acordo com a cardiologista e médica nuclear da DIMEN, Priscila Cestari
Quagliato, os exames preventivos de cintilografia de perfusão miocárdica e
PET/CT, realizados em pacientes hipertensos, podem prevenir complicações como o
infarto.
Cintilografia
de perfusão miocárdica
É
um exame que avalia a circulação sanguínea do coração. É realizado em repouso –
com a administração endovenosa de um material com baixa radioatividade – e após
o estresse – seja por atividade física em esteira ergométrica ou simulação
desta por meio de medicamentos para os casos em que o paciente não consiga
realizar o esforço físico (por dificuldades motoras, por exemplo). "A
cintilografia capta imagens do coração e avalia se o fluxo de sangue está
preservado e, em caso de redução de fluxo (a chamada isquemia), permite
identificar qual a coronária deve ser tratada", esclarece.
PET/CT
O
PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada)
utiliza uma glicose radioativa por via endovenosa, que permite diferenciação
com extrema precisão entre cicatriz pós- infarto do músculo do coração; de
músculo ainda vivo. O resultado deste exame auxilia o cardiologista na decisão
de investir em um procedimento de revascularização para reestabelecer o fluxo
de sangue para a área doente, permitindo assim a sua recuperação quando ainda
há músculo vivo.
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