Cirurgia de varizes sempre foi
associada a internação, anestesia e ao longo e dolorido repouso obrigatório no
pós-operatório.
Isso tudo é coisa do passado.
A causa mais comum
para o surgimento das varizes relaciona-se aos componentes hereditários,
acentuados por fatores externos, como hábitos posturais inadequados,
sedentarismo, obesidade, musculação em excesso, uso constante de salto alto ou
de calças muito justas, intestino preso, viagens longas e uso contínuo e
prolongado de pílulas anticoncepcionais.
As grandes
vantagens do método são:
- o procedimento é feito em consultório, sem a necessidade de internação
- não há necessidade de anestesia
- o pós-operatório é muito menos doloroso e sacrificante que o da operação tradicional; o paciente pode retomar sua vida normal imediatamente após o procedimento, sem a necessidade de repouso ou afastamento das atividades normais (o método tradicional requer repouso absoluto de, em média, 15 dias)
O que é espuma?
É o aperfeiçoamento da escleroterapia, método baseado na injeção de medicamento nas veias doentes com a intenção de provocar inflamação da parede desta veia, inflamação esta que destrói a veia, transformando-a numa cicatriz imperceptível.
Várias substâncias são utilizadas com este intuito. No Brasil são muito usadas as soluções de glicose (crioescleroterapia) ou misturadas a outras substâncias como o oleato de etanolamina.
Algumas drogas usadas para escleroterapia podem ser transformadas em espuma de microbolhas (micrespuma ou espuma densa). As mais usadas para este fim são o polidocanol e tetradecil-sulfato de sódio. O polidocanol já é usado no Brasil sob forma líquida para tratamento de vasinhos e tem o nome comercial Aethoxysclerol®. Obtém-se a espuma densa a partir da mistura do polidocanol com gás (ar ambiente, gás carbônico). Esta espuma aumenta o tempo de ação do princípio ativo em contato com a parede da veia e garante maior eficácia no tratamento, possibilitando acabar com varizes de qualquer grau.
Dados levantados na Europa confirmam que esse tratamento tem eficácia semelhante à da retirada da veia por cirurgia. O método já é usado em outros centros com sucesso, como na University of Califórnia, San Diego, em La Jolla (EUA), em que o método é usado para tratamento da insuficiência venosa crônica grave. Em vários centros como Alemanha, Portugal e também na América do Sul (Chile), a escleroterapia com espuma vem sendo adotada para tratamento das varizes e suas complicações.
O método usado na Spaço Vascular® foi desenvolvido na Itália e é chamado método Tessari. Outros pioneiros como Monfreux, na França e Cabrera, na Espanha, aperfeiçoaram o método.
Dr. Eduardo Toledo de
Aguiar - diretor da Spaço Vascular® e pioneiro da escleroterapia com espuma no
Brasil - é membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), da Sociedade
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - SBACV - (foi Diretor Científico
da Regional de São Paulo da SBACV) e da International Union of Angiology.
Formou-se em 1972 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), fez Residência em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da FMUSP
e iniciou sua pós-graduação pelo Mestrado, seguido do Doutorado. Neste período
tornou-se Professor do Departamento de Cirurgia FMUSP, foi aprovado no concurso
à Livre-Docência e chegou a Professor Associado da Disciplina de Cirurgia
Vascular do Departamento de Cirurgia da FMUSP. Deixou a carreira universitária
em 2004 e dedica-se à Spaço Vascular® desde então.
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