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sábado, 9 de setembro de 2017

13 de Setembro – Com desempenho positivo, mercado comemora Dia Nacional da Cachaça



Disseminação de estratégias para elevar a qualidade do produto, recente entrada no Simples Nacional e proteção plena de propriedade pelo governo abrem as portas no mercado e criam expectativas para 2018



O mercado cachaceiro comemora o próximo 13 de Setembro, Dia Nacional da Cachaça, com um brinde especial. Isso porque, acontecimentos positivos neste ano vêm fazendo uma espécie de berço de benesses, que surtirá efeitos para o setor em 2018.

Antes uma bebida estigmatizada, agora, a “menina dos olhos” teve uma reviravolta em seus 500 anos de história e vêm conquistando sua devida importância no mercado nacional e internacional.

Tudo começou com os esforços dos produtores para diversificarem a produção, adotando estratégias para elevá-la à categoria premium no setor de destilados. Uma resposta direta a tendência do consumo de bebidas consideradas nobres. Com tantos aromas, qualidade, tradição e sofisticação, o ouro brasileiro não poderia mais ficar de lado na preferência dos consumidores.

Neste passo, novidades chegaram. O anúncio da entrada da Cachaça no Simples Nacional em 2018 reduzirá a carga tributária, o que deverá impactar os custos das empresas e, com isso, possibilitará a realização de investimentos, principalmente, em qualidade por parte dos produtores.

Na onda positiva, uma notícia que antes só habitava os melhores sonhos dos produtores também virou realidade. Um tão esperado e batalhado acordo bilateral foi firmado entre Brasil e México, dando proteção plena de propriedade e qualidade na comercialização nos dois países.  A partir de então, toda bebida vendida no Brasil com o nome de Tequila será de fabricação mexicana, assim como toda Cachaça vendida no mercado mexicano deverá ter sido fabricada em território brasileiro.

“Economicamente, esse ano está complicado por conta da gestão do país em todas as esferas, municipal, estadual e, principalmente, federal. Por conta disso, a postura do consumidor é muito defensiva, porque o cenário inspira cuidados. Mas, o setor tem conquistas importantes, inclusive, com as confrarias que estão surgindo, a melhoria do conhecimento sobre o produto e a redução do imposto. Acreditamos que isso vai nos ajudar nos anos seguintes. Estamos plantando sementes boas nesse ano”, afirma o presidente da Confraria Paulista da Cachaça, Alexandre Bertin.

A cachaça é hoje a segunda bebida alcoólica mais consumida no mercado interno. Perde apenas para a cerveja, que é fermentada. Reconhecida como tipicamente brasileira, se tornou aposta do setor de destilados. Com todo esse potencial, produzir cachaça ou aguardente, principalmente de maneira artesanal, é uma maneira de investir num negócio com grandes possibilidades de crescimento.

Já têm muitos produtores e futuros investidores de olho neste setor. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC, são 40 mil produtores e 4 mil marcas de cachaça no mercado nacional alocadas, principalmente, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.

O mercado para aguardente engarrafada se divide nos segmentos populares e premium. O maior consumo de cachaça encontra-se nas classes C e D, referindo-se às aguardentes produzidas nas grandes empresas, que comercializam a bebida em embalagens e preços populares. No entanto, é cada vez mais forte o crescimento de marcas de cachaça de alambique de qualidade no mercado.

Para os especialistas, o aumento do poder de compra impulsionado pelo Plano Real, fez com que parte dos consumidores das classes C e D migrassem para outros destilados e cachaças de preço mais elevado, como as artesanais. Adicionalmente, existe uma tendência nas classes A e B do consumo de cachaças de qualidade, especialmente as de embalagens sofisticadas.

Com o objetivo de atingir nichos de mercado, muitas empresas, especialmente os produtores de cachaça de alambique, desenvolvem produtos diferenciados, que têm contribuído para melhorar a imagem e expandir o mercado. As novas “roupagens” abandonaram a aparência pitoresca e agora apresentam projetos mais elaborados, em estilos artesanais ou sofisticados.

O envelhecimento da bebida é uma prática que agrega cores, sabores e aromas diferenciados. São utilizados barris de madeiras nativas, que possibilitam a modulação e caracterização da Cachaça envelhecida, permitem elaboração de blends de duas ou mais espécies e aumentam a complexidade aromática da bebida. O uso de madeiras nacionais e seus blends dão originalidade à Cachaça com atributos de sabores únicos e reconhecíveis.

Além do Carvalho, que é importado, as principais madeiras brasileiras que envelhecem Cachaça são: Amendoim, Jequitibá, Araruva, Cabreúva ou Bálsamo, Jequitibá Rosa, Cerejeira ou Amburana, Grápia, Ipê-roxo, Castanheira, entre outras. Algumas delas são consideradas ideais para a fabricação de tonéis de armazenamento, pois conferem pouca coloração e interação com a Cachaça, outras aportam cores mais intensas e aromas facilmente reconhecíveis e são consideradas ideais para fabricação de barris de envelhecimento.





Confraria Paulista da Cachaça






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