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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Sono profundo: especialista esclarece mitos e verdades sobre o travesseiro




Entre as verdades, o uso inadequado da peça pode ocasionar dores de cabeça e alterações de humor durante o dia


O sono é extremamente importante para ajudar no bom funcionamento do organismo. Estudos internacionais comprovam, por exemplo, a relação entre um sono ruim e a perda de memória e a irritabilidade. Mas para se obter uma boa noite de descanso, um dos principais aliados é o travesseiro, que deve ser escolhido com cuidado pelos usuários, segundo orienta a fisioterapeuta Sarah Brandão, especialista em Fsioterapia Ortopédica e Traumatológica e doutora em Educação pela Florida Christian University (EUA), que desmistifica questões importantes sobre o uso ideal do travesseiro.

Segundo Brandão, o travesseiro correto é aquele que se ajusta de forma alinhada à curvatura da sua cervical. “Existem os travesseiros baixos, os altos e os ideais. Os travesseiros muito baixos podem acarretar em dores no pescoço. Os muito altos podem gerar dor na torácica e nas costas. Os travesseiros muito duros podem machucar sutilmente os tecidos moles, como a região de fáscia, a região muscular, provocando até mesmo incômodos e dores na cabeça com frequência”, explica ela, que atua em Brasília.

A orientação dela é que o travesseiro seja colocado na base do crânio até o início do ombro, garantindo um alinhamento ideal do corpo. “Se com esta posição, o corpo não estiver alinhado, está na hora de rever seu travesseiro”, reforça ele. Segundo ele, o uso de um travesseiro incorreto pode ocasionar vários problemas, como a torcicolos, a dificuldade de se atingir o sono profundo, que ajuda na circulação sanguínea, na oxigenação e na reidratação do corpo. 


Ler na cama recostado em travesseiro faz mal? 

Faz. Isso é uma grande verdade, ainda mais se a altura do travesseiro for demasiada, fazendo com que o queixo se aproxime do peito, o que dará dor na torácica”.


Deve-se dispensar o travesseiro quando há dor na região do pescoço?

“Não. Sem o travesseiro, a cabeça fica pendurada, o que força ainda mais a musculatura. O travesseiro deve ser usado de forma com que a altura se encaixe entre a cabeça e o colchão”. 


Há problema que por trocar o travesseiro repentinamente?

“Não. A adaptação da troca de travesseiro dura geralmente entre 10 e 15 dias. Até lá, por uma questão de arranjo, é natural que o corpo reaja de alguma forma”.


Qual é a melhor posição para se dormir?

“Há estudos que comprovam que dormir de forma lateral seja o mais adequado, já que o corpo mantém uma postura mais alinhada e retilínea, o que gera menos tensões musculares. Se você não conseguir se adaptar a essa postura, durma da forma com que está acostumado. É melhor ter qualidade no sono que interrupções por causa de uma nova adaptação”.


Para um travesseiro saudável e limpo, deve-se colocar no sol?

“É um grande mito. O sol é um agente excelente de sanitização. Mas o travesseiro, por ter uma espuma mais volumosa, dificulta e não deixa a luz penetrar nas áreas internas. O que acontece na verdade com o travesseiro é o superaquecimento da espuma, o que causa vários estragos nas fibras”.


As pessoas com sintomas alérgicos precisam rever os travesseiros?

“Claro. Muitas alergias podem ter origem no travesseiro por causa dos ácaros, fungos e bactérias, que gostam de estar em locais escuros e quentes. O primeiro passo é adquirir um travesseiro antialérgico”.


Pode-se lavar o travesseiro em casa?

“Não é recomendado, já que nem todos os travesseiros são laváveis. Observe as especificações do seu antes de coloca-lo na máquina. Isso pode causar danos irreversíveis nele”.


Além do travesseiro, outros fatores podem causar dor de cabeça ao acordar?

“Primeiro fator é o travesseiro errado. Mas pode ser ainda a falta de água suficiente no corpo. Pessoas que moram em lugares mais secos, por exemplo, precisam ingerir mais líquidos. Além disso, há o desequilíbrio hormonal, que também causa cefaleia. Excesso de exercícios físicos também, ainda mais com postura inadequada, que causa a maior tensão dos músculos. A hipoglicemia é outro fator que causa da dor de cabeça ao acordar. Há também quem sinta dor por levantar muito rápido da cama. Isso se chama hipotensão ortostática, que faz com que o sangue não circule de forma natural pelo corpo. Há outros inúmeros fatores. Se você acorda com uma dor de cabeça recorrente, comece a avaliar o que está acontecendo junto a um especialista”, explica.



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