Sufocamento durante o sono,
rouquidão e queimação no esôfago são alguns dos sintomas de um problema
crônico, conhecido como Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Segundo o
gastroenterologista Eduardo Berger, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos,
mesmo não havendo um tratamento definitivo, é possível controlar a doença, que
afeta cerca de 20% da população mundial, e levar uma vida normal.
“Apesar de a cura ser
através de tratamento cirúrgico, o refluxo não é uma condição grave e pode ser
controlado com mudanças dietéticas, comportamentais e uso de medicamentos”,
afirma Berger. Ainda que menos frequentes, as complicações esofágicas e
respiratórias prejudicam significativamente a vida dos pacientes, com
aparecimento de quadros pulmonares graves e alterações no esôfago que, em longo
prazo, podem desenvolver o câncer no órgão.
Entre os sintomas constantes
estão azia ou queimação no esôfago, dor e opressão na região do estômago e do
peito, tosse, pigarro e rouquidão, entre outros. Os possíveis sinais
relacionados a este mal criam muitas duvidas entre os pacientes. Por isso, é
importante analisar a frequência dos incômodos e os prováveis fatores de piora.
Deve-se ter em mente que
este problema atinge qualquer faixa etária. No caso dos adultos, o relato dos
sintomas é fundamental para identificar o problema, podendo dispensar os exames
no primeiro momento. Caso os indícios persistam são necessários exames que possibilitarão
o melhor diagnóstico.
Para as crianças, a
cintilografia é o exame mais adequado. Trata-se de uma mamadeira normal,
contendo uma quantidade inofensiva de substância radioativa. A cintilografia
capta e registra imagens da radioatividade voltando do estômago para o esôfago.
É uma metodologia não invasiva, indolor e ambulatorial. Entretanto, nem sempre
capta o refluxo, pois este não é permanente.
Existem diferentes formas de tratamento que se
baseiam na necessidade de cada paciente. Elas podem ser feitas por meio de
medicamentos, cirurgias ou até mesmo simples dietas, com mudanças alimentares e
comportamentais.
Confira abaixo algumas dicas:
- Pare de fumar;
- Se houver sobrepeso ou
obesidade, emagreça;
- Reduza o consumo de
álcool;
- Evite deitar após as
refeições;
- Evite refeições volumosas
- o ideal é se alimentar a cada 3 horas;
- Eleve a cabeceira da cama
- ajuda nos casos de refluxo durante o sono;
- Evite usar roupas e cintos
apertados;
- Evite frutas cítricas,
tomates, cebolas, bebidas gasosas ou com cafeína, comidas apimentadas,
gordurosas ou fritas, chocolate, café, sucos e chá.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 -
Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
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