Pesquisa nacional conduzida pela Sociedade
Brasileira de Retina e Vítreo aponta alto índice (89%) de conscientização mesmo
entre o público que não tem contato direto com a doença
Na contra mão
da média nacional, paulistanos são bem informados sobre os riscos oculares
decorrentes do diabetes não controlado. É o que aponta pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo
(SBRV), em parceria com a Bayer,
que analisou o grau de percepção da população com relação às complicações
oculares ocasionadas pela doença. A pesquisa foi feita em oito capitais
brasileiras: Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, São Paulo, Brasília e Salvador, com 4 mil pessoas.
Mesmo sendo
uma doença com grande incidência no
Brasil e no mundo (14 milhões e 415
milhões de pessoas acometidas respectivamente, segundo o IDF -
International Diabetes Foundation) e complicações
graves, os riscos do diabetes não controlado são ignorados por uma parcela
significativa da população em todo o País.
No entanto,
em São Paulo verifica-se um alto
índice de conscientização sobre a relação entre o diabetes e a perda da visão.
Entre o público que não tem contato direto com a doença, quase 90% sabe que a doença pode levar a cegueira,
enquanto a média nacional não chega a 50%.
Entre os
diabéticos ou que têm familiares portadores da doença, a perda da visão é a complicação
mais temidas (45%) pelos
paulistanos. No entanto, 56% nunca
ouviram falar de retinopatia diabética e edema macular diabético,
principais consequências oculares da doença. O percentual se aproxima do
observado na média nacional, com 57%
de desconhecimento sobre o tema.
O edema
macular diabético (EDM) é uma complicação do diabetes, assim como a retinopatia
diabética (RD), e ambos são causados pelo aumento de açúcar no sangue, levando
a alterações nos vasos sanguíneos de todo o corpo, incluindo os vasos do olho,
especificamente da parte posterior do olho chamada de retina (RD) e de sua
porção central denominada mácula (EMD).
No caso do
EMD, existe um vazamento de fluído dentro da mácula, região central da retina
que dá nitidez e foco às imagens. A presença de fluído causa perda severa de
visão e pode levar à perda da visão central. Os principais sintomas do EMD são
manchas na visão, distorção de imagens, fotofobia, diminuição do contraste e
visão de cores, além de alterações no campo de visão.
"Em
relação ao diabetes, já se observa níveis de epidemia no Brasil. À medida que
esses números aumentam, proporcionalmente cresce o número de indivíduos que
correm o risco de desenvolver essas complicações oculares", afirma o
médico endocrinologista Dr. Luiz Turatti, presidente da Sociedade Brasileira de
Diabetes.
Um ponto
preocupante apontado pela pesquisa é que entre os paulistanos que possuem a
doença ou têm algum caso na família, 49%
afirmaram que os respectivos endocrinologistas nunca pediram exame de fundo de
olho, número maior do que observado na média nacional, com 38%. O exame é fundamental para o
diagnóstico precoce da complicação ocular. Cerca de 26% nunca passaram por uma consulta com um oftalmologista durante o
tratamento. Cenário que explica outro dado, 30% afirmaram terem dito diagnóstico
tardio de complicação ocular.
Neste ano, o
dia mundial do diabetes, celebrado no dia 14 de novembro, tem como tema central
"Os olhos no diabetes". Cerca de um terço das pessoas com diabetes desenvolvem algum grau de dano ocular,
segundo o IDF. Sem o tratamento adequado, esses
pacientes podem perder mais de duas linhas de visão em menos de dois anos.
Atualmente, o EMD é uma das razões mais
frequentes de perda severa da visão na população em idade ativa, o que
impacta ainda mais na sociedade como um todo, aumentando os custos sociais e econômicos tanto nas famílias como em
todo o país.
"O
diagnóstico precoce do Edema Macular Diabético permite que, em alguns casos, a
visão do paciente seja recuperada, impactando positivamente na sua vida social,
pois permite a retomada das atividades rotineiras e devolve sua
produtividade", afirma o médico oftalmologista Dr. Arnaldo Furman Bordon,
membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e diretor do Setor de Saúde
Ocular da Sociedade Brasileira de Diabetes.
No último
mês, a ANVISA aprovou uma nova terapia para o Edema Macular Diabético, através
da inibição da formação de novos vasos na retina, além de atuar na inflamação
causada pela doença. O Eylia®
(aflibercepte), da Bayer, é um
antiangiogênico, ministrado por injeção intravítrea (dentro do olho), que
apresenta mecanismo de ação exclusivo permitindo uma duração de atividade
dentro do olho maior que a dos outros medicamentos, além de permitir a extensão
do tratamento de acordo com os resultados visuais e anatômicos de cada
paciente. Os estudos realizados com Eylia® (aflibercepte) em EMD trazem
resultados importantes de ganho de visão já com a primeira injeção do
medicamento e este ganho de visão é mantido por até 3 anos dos estudos.
Eylia® também é
aprovado pela ANVISA para o tratamento de outras quatro doenças vasculares da
retina: degeneração macular relacionada à idade (DMRI) forma úmida, oclusão
venosa da retina (OVR) (nas suas duas formas de apresentação: oclusão da veia
central da retina - OVCR - e oclusão de ramo da veia retiniana - ORVR) e
neovascularização coroidal miópica (NVCm).
Bayer: Ciência para uma vida melhor
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