Ambientes aglomerados favorecem a
disseminação de doenças; infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica dá
dicas de como se precaver com antecedência
O ano de 2016
será marcado pela realização do grande evento esportivo no Rio de Janeiro.
Muitas festas promovidas em meio às aglomerações podem ser sinônimo também de
acontecimentos desagradáveis. “Ao planejar a participação em um grande evento,
é importante levar em consideração os riscos à saúde e saber como nos precaver
com antecedência. A vacinação é primordial para aqueles que frequentarão
ambientes aglomerados”, afirma Dra. Lígia Pierrotti, infectologista do Delboni Medicina
Diagnóstica.
Segundo
a especialista, os ambientes aglomerados são muito favoráveis à disseminação de
doenças. “Uma pessoa doente no meio da multidão pode propagar facilmente o
vírus, gerando situações de surtos e epidemias”, revela a especialista. Ela
explica que há formas de contaminação variadas, como por meio de secreções,
ingestão de alimentos ou líquidos contaminados, picadas de insetos e contato
com ferimentos na pele.
“Sabendo
disso, podemos dimensionar como pode ser fácil contrair uma doença quando há
uma grande migração de pessoas para um mesmo lugar, sobretudo se considerarmos
um local repleto de pessoas oriundas de locais distantes”, diz ela, reforçando
que indivíduos de outras localidades podem transportar germes que não são
comuns no Brasil.
Ela
explica ainda que algumas situações contribuem ainda mais para a facilitação da
transmissão das doenças, como por exemplo o estresse físico causado por noites
mal dormidas, alimentação inapropriada e deficiente, ingestão de bebidas
alcoólicas, particularmente comuns em grandes eventos. “Devemos também lembrar
que no período de inverno é quando há os grandes surtos de doenças
respiratórias virais e, nesse caso, podemos salientar a gripe como uma
importante doença a ser prevenida”.
Várias
doenças podem ser prevenidas por vacinação. Para a médica, em geral, as pessoas
acreditam que as vacinas estão associadas às crianças e descuidam-se da sua
proteção nas outras fases da vida. “Porém, a partir da adolescência passamos a
nos expor muito mais a riscos, e em contrapartida não nos atentamos às formas
de prevenção”, diz Dra. Lígia. Ela lembra que devemos ter sempre a carteira de
vacinação atualizada, para a nossa proteção individual e também na proteção
coletiva.
Confira as dicas para evitar doenças em ambientes
aglomerados:
·
Manter a carteira de vacinação atualizada. “Uma população bem protegida
minimiza em muito os riscos de surtos epidemias”, afirma a infectologista.
· Controle a
ingestão de líquidos e alimentos: evite os alimentos crus, ou ainda
certifique-se que esses alimentos estejam muito bem lavados. Evite alimentos
mal cozidos;
·
Os líquidos ingeridos devem ser confiáveis, inclusive as pedras de gelo. Feitas
com agua de má procedência, elas podem levar a uma infecção séria.
·
Cuidado com os frutos do mar, sobretudo aqueles que são ingeridos crus. Eles
são um grande risco se não forem de boa procedência;
·
Evite ambientes mal ventilados e com excesso de pessoas, por conta da
circulação de vírus;
·
Redobre a atenção com a higiene das mãos;
·
Fique atento também à proteção do ambiente contra a invasão de mosquitos e uso
de repelentes.
·
Evite regiões de mata onde o risco de picadas podem ser maiores, os pés devem
estar calçados com sapatos que protejam contra ferimentos;
·
Pratique o sexo seguro com uso de preservativos. Com esses cuidados podemos
minimizar o risco de exposição a doenças infecciosas.
·
As crianças devem estar sempre com a carteira de vacinação atualizada. Atenção
especial aos reforços das vacinas, pois muitos pais esquecem-se de fazê-los
quando a criança tem mais de 2 anos de idade. Uma criança corretamente vacinada
também se transformará em um adolescente e adulto bem protegido.
·
Atenção especial à vacinação contra a Gripe, que é muito importante aos menores
de 5 anos e nem sempre valorizada pelos pais.
C Caso seja morador de região onde normalmente não é
feita a vacinação contra a Febre Amarela e vá viajar para uma região com risco
da doença, a vacinação está indicada com 10 dias de antecedência à viagem.
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