Especialista
em emagrecimento destaca os vilões da vida saudável que estão disfarçados nas
prateleiras
Certificado
em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade Estadual de San
Diego, Califórnia, Rodrigo Polesso busca acabar com mitos que estão enraizados
na alimentação da maioria das pessoas. Criador do programa online de
emagrecimento Código Emagrecer de Vez, o especialista em já ajudou mais de
2 mil pessoas a mudarem a relação com os alimentos e adotarem um novo estilo de
vida.
Sempre
questionado sobre os alimentos ideais, Polesso explica que o indicado é ter o
que ele chama de Alimentação Forte, que é um estilo de vida alimentar baseado
no consumo correto e estratégico de alimentos de verdade e na prática de
hábitos comprovadamente saudáveis, para se atingir um peso ideal e mantê-lo por
toda a vida. “Além do excesso de carboidratos refinados e processados, que um
dos grandes culpados pelos altos índices de obesidade, é preciso combater o
consumo exagerado de produtos industrializados, que muitas vezes se dizem
saudáveis, mas são verdadeiras armadilhas”. O especialista destaca cinco
exemplos de alimentos que muita gente ainda acha que ajudam a emagrecer.
1-Pão integral
Segundo
Polesso, o consumo de pães e farinha integral não significa necessariamente uma
alimentação saudável. O especialista confirma que o trigo, integral ou não, é
um grande vilão do emagrecimento. Ele ensina que o trigo promove o descontrole
dos hormônios insulina e leptina no corpo, fornecendo uma ‘lenha’ de má
qualidade para o que Polesso chama de ‘fogueira do emagrecimento’.
"O trigo e seus derivados são digeridos pelo corpo muito mais
rapidamente que o próprio açúcar puro, isso sem contar nos antinutrientes e no
glúten, que é associado a uma grande variedade de problemas de saúde até mesmo
em pessoas que não se dizem intolerantes a ela", desmistifica Polesso, que
contraria as pesquisas recentes que geraram manchetes favoráveis ao consumo da
farinha integral. “O que fizeram foi um estudo observacional, que é muito
diferente do ensaio clínico randomizado feito em laboratório, já que só
observa acontecimentos e faz associações matemáticas que dão a ilusão de causa
e efeito”, explica. O especialista ensina que essas pesquisas basicamente pegam
uma amostragem de pessoas que consomem pães e massas integrais, e comparam suas
vidas com as daqueles que não o fazem. “A pesquisa não considera todos os
outros hábitos, com outras influências”.
2-Barra de cereal
Repletas
de açúcar e carboidratos, as barras de cereal são vendidas como um “lanchinho”
para que as pessoas não fiquem tanto tempo sem comer. Crítico dos alimentos
industrializados, Polesso destaca que o hábito de comer barras de cereal exige
a quebra de dois mitos. “Inventaram determinados tipos de alimentos para horas
diferentes do dia, mas não existe nenhuma lei definindo o que deve ser
consumido conforme a posição do sol, sendo que é possível consumir carnes ou
oleaginosas em qualquer horário, por exemplo”, explica. O outro mito que o
especialista procura desconstruir é a falsa ideia de que é necessário comer a
cada 3 horas. "Ao se alimentar a cada 3 horas, ainda tipicamente
carboidratos, se mantém o corpo em estado anabólico constante, mantendo os
níveis de insulina elevados no sangue, o que por si só estimula o armazenamento
de gordura e previne sua queima. Sem contar que este consumo constante de
alimentos não permite que o corpo se refaça, se recicle e se regularize",
ensina.
3-Produtos light
Além
de serem geralmente industrializados e repletos de ingredientes nocivos, os
produtos que levam o nome “light” nas prateleiras do supermercado apresentam
tipicamente redução de gordura boa. “Dessa forma, eles passam a ser
verdadeiros aglomerados de carboidratos, quando são justamente as gorduras de
qualidade que ajudam a prevenir o ganho de peso, através de uma maior
saciedade, colaborando para ao emagrecimento”, explica, lembrando que as
pesquisas mais recentes indicam a necessidade de consumir mais gordura do bem,
como a que está presente nos ovos, oleaginosas e carnes.
4-Mel
Muitas
pessoas passam a utilizar o mel como forma de adoçar algumas bebidas, mas
Polesso destaca que o fato de ele ser produzido por abelhas não o impede de ser
essencialmente açúcar. “Para as pessoas que querem perder peso como objetivo
primário, eu sugiro que ele seja retirado ou bastante reduzido da
dieta”, alerta. Segundo o especialista, pessoas que levam uma vida saudável e
um estilo de vida magro podem consumir mel com moderação. “Depende muito da
dose, mas simplesmente trocar o açúcar comum pelo mel não adianta para quem
procura emagrecer com prioridade, já que o ideal é cortar o consumo de doces ao
máximo, utilizando poucas e esporádicas doses de adoçantes mais saudáveis, como
Estévia, Xilitol ou Eritritol”, completa.
5-Iogurtes industrializados
Polesso
conta que os iogurtes naturais, bem como a manteiga, o queijo e outros
derivados do leite, são alimentos bem-vindos na dieta, já que são ricos em
gorduras de qualidade e proteínas, mas alerta para os tipos de iogurte repletos
de açúcar, que geralmente são colocados como opções saudáveis às crianças. “A
maioria dos iogurtes industrializados tem uma quantidade muito grande de
açúcar, e ainda utilizam leite desnatado ou apenas o soro do leite, removendo
muitos dos nutrientes mais importantes do alimento”, destaca.
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