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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Três passos para entender o diagnóstico e o tratamento da dengue




Como a dengue é diagnosticada? Quando a internação é necessária? Se minha dengue não é grande, por que preciso retornar para ao pronto-socorro mais de uma vez?
Devido ao alto índice de casos de dengue, essas perguntas estão cada vez mais comuns entre os brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já tem 460 mil casos notificados, sendo 100,1 mil apenas no estado de São Paulo.
Para esclarecer as principais dúvidas, a infectologista do Hospital São Luiz, unidade Morumbi, Raquel Muarrek Garcia explica passo a passo a doença, desde o surgimento dos primeiros sintomas, como é feito o diagnóstico e as
formas de tratamento.  
Passo a passo 
Passo 1 – Primeiros sintomas
Diagnosticar a dengue com rapidez é um dos segredos para combater a doença com maior eficácia. Aos primeiros sintomas recomenda-se procurar atendimento médico. Segundo a infectologista, os principais sinais de alerta são: febre alta (com duração de até 48h), dor de cabeça, dor muscular, dor na barriga, presença de manchas vermelhas no corpo, náusea, sinais de desmaio e dificuldade na ingestão de líquidos.  
Passo 2 – Diagnóstico médico
No pronto socorro o primeiro passo é o paciente responder a perguntas sobre os locais frequentados nos últimos 15 dias, que podem ajudar na avaliação, como por exemplo, se esteve em regiões com alto índice da doença. Em seguida, passará por um diagnóstico clínico e a realização do exame “prova do laço” – com um aparelho de pressão, o procedimento avalia a fragilidade do vaso sanguíneo e a tendência do paciente à hemorragia.
Também pode ser submetido a um exame de sangue para verificar a contagem de hematócitos e plaquetas. Caso a contagem de hematócitos esteja acima do normal e as plaquetas abaixo de 50 mil mm³ de sangue, há indícios de dengue.  
Passo 3 – Tratamento
Dependendo do diagnóstico e da gravidade do caso recomenda-se que o paciente faça o tratamento em casa ou que seja internado.
Há necessidade de internação quando o caso é sensível e mais grave. Geralmente quando o paciente apresenta sangramento, não consegue ingerir água e/ou a contagem de hematócitos e plaquetas não está normal. Podendo permanecer no hospital de dois a cinco dias.
Para pacientes que não estão dentro dos critérios considerados graves, recomenda-se voltar para casa, repousar e beber muita água.  “A dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido, por isso a hidratação é essencial”, explica a infectologista. Embora o paciente volte para casa após passar no pela primeira vez no pronto-socorro, ele deverá retornar ao hospital em 24 horas ou 48 horas para realizar um novo hemograma para acompanhar a contagem de plaquetas e hematócitos.
Este monitoramento deve ser constantes, principalmente nas primeiras 72 horas após o período de febre, consideradas as mais críticas da doença. O paciente deve fazer pelo menos três exames de sangue: o primeiro no início da dengue, o segundo após o período de febre e o terceiro para ver se as plaquetas já voltaram ao normal.
Segundo Raquel Muarrek Garcia, os principais sintomas da fase febril são: febre geralmente alta (39° a 40°) com início abrupto associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares nas juntas e atrás dos olhos, sinais de vermelhidão no corpo e dificuldade para tomar água. Entre o terceiro e sexto dia, o paciente não tem mais febre. Nesta fase, os principais sintomas são dor na barriga, vomito e hipotensão.

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