Infectologista esclarece as dúvidas
sobre a doença
Segundo boletim do Ministério da Saúde um terço das cidades paulistas já
possuem mais casos de dengue do que os registrados no mesmo período em 2014. No
estado há 167.165 mil confirmações de dengue.
A
dengue é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus transmitido pelo mosquito
Aedes aegypti infectado, que se desenvolve em áreas tropicais do mundo devido
às condições do meio ambiente que favorecerem seu desenvolvimento e
proliferação. Ao contrário do mosquito comum que pica durante a noite,
o mosquito pica durante o dia, sendo comum que as epidemias da Dengue
ocorram no verão, ou após períodos chuvosos.
A
Infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Andreia Maruzo
Perejão explica, “Caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de
plantas, e qualquer lugar onde possa se acumular água pode ajudar a
proliferação do mosquito transmissor”. A transmissão ocorre, quando o
mosquito é infectado após o contato com uma pessoa doente, transmitindo-a uma
pessoa sadia.
Existem
dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. “A dengue clássica é uma
doença que em mais de 95% dos casos, causa desconforto com geralmente sintomas
menos graves e raramente leva a morte. Após a picada do mosquito, os sintomas
se manifestam de três a catorze dias com febre alta, dor de cabeça, fraqueza,
dores musculares, enjoo e vômitos”, explica a médica.
A
dengue hemorrágica é outra forma mais grave da dengue clássica e mais rara.
“Nestes casos ocorrem sangramentos em algumas partes do corpo, um quadro
clinico mais grave esta situação pode evoluir para um colapso circulatório,
choque, e pode levar a pessoa à morte” esclarece a Infectologia. O diagnóstico
da dengue pode ser clínico e laboratorial, existindo quatro tipos diferentes de
vírus da dengue.
O
tratamento da doença é sintomático, e a ingestão de líquidos tem papel
importante na recuperação, “O paciente deve se manter em repouso, beber muito
líquido, e só utilizar medicamentos prescritos por médicos para aliviar as
dores e a febre. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de
cansaço, que geralmente desaparece completamente com o tempo”, orienta a
infectologista.
O
combate à Dengue é em sua maioria de prevenção, evitando que os locais se
tornem criadouros de larvas. “É necessário evitar que objetos no jardim ou
expostos ao ar livre se tornem recipientes de água. Nestes casos é importante
que os objetos sejam cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas
trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam fixados nas paredes dos
recipientes”, explica a profissional.
Seguem
algumas dicas da Dra. Andreia Maruzo Perejão para evitar que o mosquito se
prolifere: •Colocar terra nos pratinhos coletores das plantas para evitar o acumula da água
•Não deixar acumular água nas calhas do telhado;
•Colocar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa
•Tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris e tambores;
•Não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos que possam acumular água (latas, garrafas, cacos de vidro etc.);
Em
locais de maior ocorrência dessa doença, deve-se usar, sempre que possível,
calças, camisas de manga comprida e repelente contra insetos. “Pessoas que
estiveram em área de risco e que apresentarem febre durante ou após a viagem
devem procurar um Serviço de Saúde mais próximo”, finaliza a profissional.
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