Em evento na capital gaúcha,
especialistas apresentaram benefícios e indicações para o uso dos remédios
Considerados
o futuro da medicina para o tratamento de pacientes imunodeprimidos,
intolerantes aos medicamentos comuns ou pessoas expostas de forma involuntária
a agentes infecciosos, os imunobiológicos têm oferecido alternativas para
diferentes áreas médicas. Na dermatologia, os remédios mudam
radicalmente a forma de tratar a psoríase e também já têm mostrado
resultados efetivos para outras patologias dermatológicas. Este foi o tema
central do 1o Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica,
promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS)
promoveu, na sexta-feira (17/08), no campus da Unisinos em Porto Alegre (RS).
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Acreditamos que os imunobiológicos são uma opção excelente para a psoríase, mas
também passam a ser uma opção para outras doenças dermatológicas difíceis de
tratar. Este encontro teve como objetivo esclarecer seus benefícios e
incentivar os dermatologistas gaúchos a estudarem mais ainda este método que
veio para ficar – afirmou a presidente da SBD-RS, Clarissa Prati.
O
evento contou com quatro painéis. Ministrada por Anber Tanaka, a primeira
palestra ofereceu uma exposição geral sobre os imunobiológicos na
especialidade.
- Essas
medicações conseguem agir em órgãos específicos. Também apresentam melhor
eficácia e controle da doença. Têm mostrado dados seguros e sólidos que
garantem tranquilidade no seu manejo – declarou Tanaka.
Ao
defender que o dermatologista assuma o papel de tratar cada vez melhor o seu
paciente, Lincoln Fabricio apresentou os tratamentos mais indicados para
pacientes com psoríase.
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Pessoas que apresentam uma doença grave de pele também têm um impacto negativo
na sua vida social. Devido ao seu aspecto físico, a psoríase faz com que cada
vez mais o paciente se isole. A pele é o maior órgão de comunicação humana e
paciente sofre quando ela é comprometida – explanou Fabricio.
De
acordo com Daniel Nunes, outro palestrante do Simpósio, a psoríase é tratada,
geralmente, com três medicamentos, que apresentam eficácia menor, permitindo
até 75% de melhora. Já os remédios imunobiológicos podem garantir o
desaparecimento dos sintomas de forma integral.
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Infelizmente, ainda usamos inicialmente a opção mais convencional, pois o
acesso é facilitado pela rede pública de saúde. No entanto, é provável que no
próximo ano saia o novo tratamento da psoríase que inclua a medicação
imunobiológica. Talvez não contemple todos os tipos que podem ser utilizados,
mas já será um avanço – explicou Nunes.
Devido
ao alto custo, os remédios imunobiológicos para uso dermatológico ainda podem
ser adquiridos somente por via judicial ou em casos comprovados de
reumatologia. Desta forma, o tema ainda exige amplo debate dos especialistas.
Para André Carvalho, este ser o assunto central do Simpósio é muito
representativo.
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É importante falar sobre estes remédios. Normalmente usamos para psoríase, mas
existem outras doenças como urticária, dermatite atópica, melanoma e doenças
inflamatórias – destacou Carvalho.
O
Simpósio ocorre às vésperas da 2a Jornada Multisserviços, também
promovida pela SBD-RS, no sábado (18/08), no Campus da Unisinos em Porto Alegre
(Avenida Doutor Nilo Peçanha, 1600, bairro Bela Vista). A programação inicia às
8h30min e oferece sete blocos temáticos.
Francine Malessa
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