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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Terceira idade: cuidar da visão pode melhorar a saúde mental


Estudo desenvolvido por especialistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, chegou à conclusão de que pessoas submetidas à cirurgia de catarata conseguem preservar mais as funções mentais no avançar da terceira idade. Como parte de um estudo maior sobre envelhecimento chamado de ELSA (English Longitudinal Study of Ageing), os pesquisadores compararam as taxas de declínio cognitivo antes e depois da cirurgia de catarata, percebendo que em 50% dos casos houve desaceleração do declínio cognitivo durante os 13 anos de acompanhamento dos pacientes. Apesar de haver outros estudos nesse sentido, pela primeira vez o declínio cognitivo foi estudado em mais de dois mil idosos submetidos à cirurgia de catarata e mais de 3,6 mil adultos sem catarata. Os pesquisadores acreditam que o isolamento, o desânimo e o constrangimento em relação à própria condição são fatores que contribuem negativamente para o declínio da saúde mental.

No Brasil, a catarata acomete cerca de 50% das pessoas ao redor dos 70 anos. De acordo com o médico Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, o cristalino, lente natural localizada no interior dos olhos, vai ficando opaco com a idade e ativa os sintomas da catarata, que incluem ofuscamento às luzes, perda de contraste e diminuição de visão. “Na fase inicial da doença o paciente mal percebe que a catarata está se instalando, já que ele passa a enxergar de perto com muita facilidade. Mas essa sensação logo se transforma em maior sensibilidade à luz e, principalmente, aos reflexos e brilhos noturnos. Outros sintomas incluem visão embaçada, sensação de que as cores estão desbotadas e mudanças na cor da pupila”.

Neves diz que esse avanço progressivo impede a pessoa de realizar tarefas simples, como ler, dirigir, fazer a barba ou até mesmo cozinhar. Por isso a Ciência se apressa cada vez mais em garantir técnicas que proporcionem melhor qualidade de vida para quem já está na terceira idade. “Quase todo paciente com um quadro de catarata avançado chega ao hospital desanimado – o que é natural, haja vista a dependência de outras pessoas para fazer coisas simples, que antes eram feitas sem qualquer esforço. A catarata é a principal causa de cegueira reversível e seu tratamento não deve ser negligenciado. Afinal, são muitos os casos em que a dificuldade para enxergar acaba piorando muito a qualidade de vida do paciente, que passa a não querer se expor socialmente, se retrai e não raro desenvolve depressão”.

A cirurgia para remoção da catarata, seguida do implante de lentes intraoculares (LIOs), não só possibilita ao paciente voltar a enxergar, como ainda rejuvenesce a visão. “A nova geração de lentes intraoculares dispensa o uso de óculos depois da cirurgia. Além de ser um procedimento seguro, as lentes intraoculares implantadas têm a função de ajustar a visão conforme a necessidade do momento”, diz o médico – destacando que as lentes mais modernas podem ser multifocais ou acomodativas, dispensando o uso de óculos para perto ou para longe em 98% dos casos.

“Essa cirurgia é a única na Medicina em que o paciente fica melhor do que era antes da manifestação da doença. É como se a pessoa voltasse no tempo, enxergando com a nitidez de quando era jovem”, diz Neves. Atualmente, a cirurgia é feita sem internação, com uso de anestesia à base de colírios, e leva entre 10 e 15 minutos. Segundo o médico, a técnica de facoemulsificação, que dissolve o cristalino através de uma pequena incisão (menor de três milímetros), leva a uma menor inflamação e proporciona recuperação praticamente imediata, dispensando o uso de pontos.

Outros estudos apontam mais benefícios da cirurgia de catarata, como redução nos episódios de quedas – responsáveis por piorar a saúde geral dos pacientes – e redução de acidentes de trânsito pela baixa visão. “Pessoas com mais de 65 anos que estão preocupadas com uma queda na qualidade da visão deveriam se submeter o quanto antes e um exame detalhado. Afinal, às vezes o problema não é tão complexo para tratar e pode mudar radicalmente para melhor a vida do paciente e de seus familiares”, conclui Neves.






Fonte: Prof. Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br




Dois bilhões de pessoas no mundo sofrem com fome oculta


Mesmo dentro do peso ideal (ou acima), elas podem estar desnutridas 

A desnutrição nem sempre tem a ver com magreza ou peso baixo. Em alguns casos, como os da fome oculta, a pessoa pode parecer saudável, não apresentar sintomas característicos da carência de nutrientes, mas, na verdade, está subalimentada. A condição também conhecida como fome silenciosa ou deficiência marginal atinge, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada quatro pessoas, independente da condição socioeconômica. A nutricionista Camila Pedrosa, da clínica Viver Nutrição e Gastronomia, explica que a causa da fome oculta está associada aos maus hábitos alimentares. 

Segundo a especialista, mesmo ingerindo a quantidade de calorias ou até mais do que indicado, a pessoa pode apresentar o quadro de desnutrição “Uma dieta rica em alimentos industrializados, sem ingestão de frutas, legumes e verduras, que são as fontes de vitaminas e minerais, podem desencadear a condição”, explica Camila. 

A nutricionista também chama atenção para a falta de sintomas. “Normalmente, a deficiência marginal não apresenta alteração física, dificultando o diagnóstico. A pessoa pode estar acima ou com peso adequado e estar desnutrida”. Segundo ela, a comprovação é feita por meio de exame de sangue. Além disso, a deficiência nutricional pode causar inúmeras doenças, algumas, inclusive, graves. 

Veja o que a falta de cada vitamina pode desencadear: 
  •  Vitamina A: alteração no sistema  imunológico e até problemas de visão; 
  •  Vitamina D: prejuízo na absorção do cálcio;
  • Ácido fólico e Ferro: prejuízos no crescimento, desenvolvimentos das crianças e anemia; 
  • Zinco: ressecamento na pele, unhas quebradiças, queda de cabelo, baixa imunidade e diminuição de memória. 

Para o tratamento, é indicado o incentivo de uma alimentação mais saudável e gostosa. “O ideal é o consumo de frutas e alimentos ricos em nutrientes para o bom desenvolvimento do organismo. A regra é simples, desembalar menos e descascar mais, ou seja, comer comida de verdade. No entanto, quando os problemas nutricionais já estão instalados é necessário fazer a suplementação com multivitamínicos e poliminerais prescritos por um profissional”, diz a especialista.  

Como lidar com os 7 maiores incômodos da puberdade


 
É por volta dos 11 a 13 anos que a menina passa a ter alterações que mudam o seu corpo para sempre. Os hormônios sexuais estão trabalhando a mil, os contornos começam a exibir um corpo de mulher e a primeira menstruação aparece. Junto a isso, há uma série de mudanças nem sempre muito agradáveis, como ganho de peso, cólicas, acnes e crescimento de pelos. Você sabe por que esses problemas acontecem na puberdade e como amenizá-los? Confira os 07 maiores incômodos das adolescentes e como lidar com cada um deles:


Ganho de peso

Algumas meninas podem passar ilesas por esse problema se tiverem um estirão de crescimento na mesma fase da puberdade ou se não tiverem muita tendência a engordar. Mas, ainda assim, há grandes chances de aumento dos quadris, das pernas, mamas e até da barriga. Meninas que estão acima do peso tendem a ganhar cerca de três vezes mais peso do que as que estão dentro do peso normal. Para evitar os quilos extras, vale apostar em hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente. Ter o acompanhamento de um médico também é importante para garantir que o aumento do peso esteja dentro do esperado para a fase da puberdade.


Acne

O rosto empipocado por cravos e espinhas está relacionado ao aumento dos hormônios sexuais da fase da puberdade. Um dermatologista poderá ajudar a lidar com a acne sem precisar passar vergonha durante a adolescência. Ele pode indicar tratamentos e orientar na manutenção de alguns hábitos: lavar o rosto com sabonetes específicos, usar protetor solar e fazer limpeza de pele e hidratação.


Aumento de pelos no corpo

Essa mudança representa um dos primeiros estágios da puberdade do adolescente. O aumento de pelo está relacionado ao início do desenvolvimento sexual. Para saber se você pode começar a fazer depilação, consulte uma dermatologista que irá analisar a sua necessidade de acordo com a sua idade. Pode ser muito cedo, por exemplo, para fazer uma depilação a laser. Métodos mais simples, como lâmina e cera, podem ser boas opções, já que os pelos ainda estão mais escassos.


Aumento das mamas

As mamas maiores também marcam o início do desenvolvimento sexual com alterações hormonais. É hora de comprar o primeiro sutiã. Para que esse momento não vire um incômodo, prefira tecidos confortáveis - como algodão - e modelos que não apertam os seios demais.


Alterações de humor

As grandes variações dos hormônios sexuais dessa fase podem deixar as suas emoções à flor da pele. A famosa Tensão Pré-Menstrual (TPM) é a fase mais marcante, mas é possível amenizar com alguns cuidados. Uma pesquisa do American Journal of Epidemiology, por exemplo, apontou que mulheres com uma dieta rica em ferro têm de 30% a 40% menos risco de sofrer sintomas da TPM em comparação às que consomem pequenas quantidades do mineral.


Menstruação desregulada

É normal um período de irregularidade de dois anos após a primeira menstruação. Toda função hormonal comandada pelo cérebro e desencadeada pelos ovários pode levar algum tempo para amadurecer e deixar os ciclos menstruais regulares. Ainda é muito cedo para usar pílulas que regulam o ciclo menstrual. É preferível aguardar o desenvolvimento natural de todo o sistema reprodutor feminino, já que não consideramos que esses ciclos irregulares logo no início sejam um problema.


Cólicas

Uma das mais indesejáveis alterações do corpo durante a puberdade, a cólica, acontece pelo seguinte motivo: durante o ciclo menstrual, o útero prepara-se para uma gestação e a sua camada interna (chamada endométrio) se prolifera. Na ausência de uma gravidez, essas células do endométrio precisam ser eliminadas para dar início a um novo ciclo e se descamam em forma de sangramento, que é a menstruação. Durante esse processo, há uma contração da musculatura do útero e uma inflamação da região, que se manifesta pela dor, ou seja, a cólica.

Para combater esse problema, uma das saídas é o uso de medicação anti-inflamatória e antiespasmódica pela adolescente - mas sempre seguindo as recomendações de um ginecologista. Além disso, há hábitos que ajudam a aliviar as dores, como praticar atividade física regularmente, fazer bolsa de água quente na região e alimentar-se de maneira saudável, com opções ricas em vitaminas, cálcio (leite e lacticínios, brócolis e chia), magnésio (tomate, espinafre, aveia).


 

Dra. Karina Tafner - Ginecologista e Obstetra; Médica Assistente do ambulatório de Reprodução Assistida da Santa Casa (FCMSCSP); Especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa; Especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO


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