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terça-feira, 16 de abril de 2019

Importância do pré-natal para cães e gatos


O período pode durar até 63 dias para cadelas e gatas


Tudo muda em uma fêmea quando engravida, o ventre incha, as mamas aumentam, e também há alterações no comportamento. Por isso, é necessário ter alguns cuidados durante a gestação, para que o parto tenha menos riscos tanto para a mãe quanto para os filhotes. Após suspeita ou constatação da gestação, é adequado procurar o acompanhamento veterinário para realização de ultrassonografia, que deve ser realizada por volta do 21º dia da gestação. A Dra. Milena Guimarães do Hospital Veterinário Cão Bernardo afirma: “Após confirmada, é necessário repetir o exame de 15 em 15 dias, para saber a data provável do nascimento, assim como avaliar a saúde dos filhotes”.

Assim que confirmada, é necessário mudar a alimentação do animal, para uma ração que tenha mais vitaminas e proteínas, para ajudar no desenvolvimento dos fetos. Além disso, há a possibilidade de precisar de suplementos vitamínicos, tanto para auxiliar o desenvolvimento do filhote, como preparar a fêmea para a amamentação. O acompanhamento ainda pode evitar doenças como eclampsia e hipocalcemia (falta de cálcio para produção de leite).

Para quem planeja que a pet engravide, é muito importante saber se o animal é saudável antes, principalmente porque, diferente dos humanos, é comum que as fêmeas engravidem de muitos filhotes, podendo ter uma gestação com até 12 bebês. O parto de um pet pode durar até 24 horas, por isso é importante ter o acompanhamento com um veterinário, porque o desgaste é muito grande.

Se um feto morrer e não conseguir sair no momento do parto, esse filhote pode bloquear a passagem dos outros bebês e precisar de uma intervenção cirúrgica. Os bulldogs, por exemplo, por uma questão genética, precisam de cesárea. Uma fêmea só pode reproduzir depois dos dois anos de idade, porque antes o corpo do animal não está preparado para gestação.

A Dra Milena Guimarães, afirma que: “Nós não recomendamos que a fêmea engravide no primeiro cio, porque o corpo dela pode não estar totalmente desenvolvido, mas a partir do segundo quando ela será adulta e terá uma condição física melhor para receber os bebês. O limite para a reprodução é até os cinco anos”, finaliza.





Cão Bernardo

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Os gatos e as plantas: uma relação perigosa

 Pixabay


Especialista explica quais são as plantas mais perigosas e alerta para acidentes que pode levar o animal ao óbito.


Os apaixonados por felinos sabem que os bichanos são curiosos e adoram comer plantas espalhadas pelo jardim. Porém, todo cuidado é pouco quando falamos em folhagens e gatos, visto que muitos desses verdes são tóxicos e podem até levar o animal ao óbito. É por isso que a especialista da Nutrire, a Dra. Luana Sartori, explica quais os cuidados são essenciais para evitar acidentes.

São muitos os problemas que as plantas podem causar nos gatos, como doenças dermatológicas, digestivas, cardíacas e neurológicas - essas últimas extremamente graves, podendo colocar em risco a vida do bichano.

“A lista do que é tóxico é bem extensa, mas os principais itens são facilmente encontrados dentro de casa como sementes de maçã, que causam alterações na visão e na respiração”, diz. A uva também é considerada uma ameaça e pode fazer muito mal ao gato, levando-o a uma crise renal aguda.

Eucalipto, hera, antúrio, azaléia, espirradeira e o lírio devem ficar longe dos felinos, bem como calanchoé, babosa, jacinto, visco e tulipa. Também entram na lista as plantas comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge, espirradeira, glicínia, mamona e a castelinha.


O que fazer em casos de acidentes?

A Dra. Luana explica que os problemas causados pela ingestão dessas flores e plantas são muitos e todos merecem atenção especial. “Levar o animal imediatamente à clínica veterinária mais próxima é o principal. Também é necessário informar ao profissional o nome da planta para os primeiros socorros sejam feitos corretamente”, explica.


Atenção: Nada de dar leite, água ou qualquer outro remédio caseiro, pois isso pode piorar o estado do animal.

Para saber se há algo errado com seu pet, atente para alguns sintomas como prostração, vômito, desmaios, respiração fraca ou rápida demais e irritações na pele. “A grande questão é que as toxinas fazem com que o quadro se agrave muito rapidamente e o tempo de ação para socorrer o felino pode ser crucial nesse processo”, alerta.

A prevenção continua sendo o melhor remédio e evitar as plantas em casa sempre será a ação mais coerente. “Sabemos que as folhagens deixam o jardim e os apartamentos mais bonitos, mas quando se tem gatos todo cuidado é pouco. A indicação é que os apaixonados pelos felinos optem pelas flores artificiais”, finaliza a especialista.


Mito ou verdade? Saiba identificar as fake news de doenças respiratórias


Pneumologista desvenda as principais dúvidas sobre condições que atingem os pulmões, como DPOC e asma


Nos buscadores da internet, em aplicativos de mensagens e nas redes sociais, o que não falta é uma enorme quantidade de informações sobre saúde. A rede facilitou a criação de grupos de apoio para pacientes de diversas doenças, que permite a troca de experiências e informações conhecidas sobre sintomas e tratamento. Com tantas pessoas conectadas, as informações sobre saúde nas redes sociais podem ser produzidas por qualquer usuário. Não é difícil encontrar postagens sobre chás para asma, alimentos que curam a DPOC, entre outros. Essas informações são comuns para doenças populares, como as condições que atingem os pulmões.

Muitas vezes, esses assuntos tão atraentes e milagrosos podem ser armadilhas: as chamadas fake news. Esses conteúdos, geralmente criados sem validação de um médico, não tem comprovação científica. O problema está no potencial alcance dessas mensagens, já que, de acordo com a Pnad Contínua TIC 2017 do IBGE, mais de 126 milhões de brasileiros têm acesso à internet[i]. O Dr. José Roberto Megda, pneumologista da Residência de Clínica Médica do Hospital Universitário de Taubaté, aponta que o perigo é ainda maior no caso de doenças respiratórias. "Recebo alguns pacientes no consultório que me perguntam sobre posts de redes sociais. É importante que eles estejam próximos do especialista e se sintam à vontade para tirar todas as dúvidas com o pneumologista, evitando problemas com o tratamento". Confira, abaixo, os mitos e verdades de doenças respiratórias desvendados pelo Dr. Megda.


Apenas quem fuma ou já fumou tem doenças respiratórias.

MITO. O tabaco é, de fato, a principal causa de muitas doenças respiratórias, mas há outros fatores de risco, como poluição, fumaça de lenha, exposição a produtos químicos e poeira[ii] A mais conhecida entre as que têm ele como causa é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, ou apenas DPOC[iii]. Ela indica, geralmente, a combinação de doenças que reduzem o fluxo de ar nos pulmões, provocando sintomas como falta de ar, tosse seca e pouca disposição para fazer as atividades do cotidiano. Costumam ser chamadas de bronquite crônica e enfisema[iv].


Pessoas com condições respiratórias não podem tomar leite.

DEPENDE. O Dr. Megda sinaliza que "alergias a alimentos pode impactar na respiração da pessoa e, se ela tiver alguma doença respiratória, potencializada por fatores alérgenos, podem ocorrer crises". É o caso da asma, que tem origem genética e se manifesta com os sintomas de falta de ar e sensação de chiado no peito. Os pacientes com a asma manifestam a doença ao entrarem em contato com elementos que sensibilizam as vias aéreas, o que podemos chamar de "gatilhos" das crises. Para quem é intolerante à lactose, o leite de vaca pode se tornar um gatilho. Para os demais pacientes, o importante é consultar o especialista e incluir o leite de forma equilibrada na dieta.


A bombinha usada para o tratamento vicia

MITO. As bombinhas não causam nenhum mal à saúde dos pacientes e são a opção de tratamento mais recomendada pelos especialistas. O Dr. Megda sinaliza que "o dispositivo sempre foi alvo das informações falsas, o que, para um paciente que não tira as dúvidas com o médico, pode contribuir para a baixa adesão ao tratamento". Para facilitar a utilização regular do medicamento, o especialista reforça que o tipo de dispositivo usado faz toda a diferença. "Existe um tratamento que permite uma inalação mais suave por névoa, por exemplo, que facilita a absorção do remédio e torna a rotina do paciente mais prática". Quando tratadas adequadamente, a DPOC e a asma podem ter seus sintomas controlados – o que confere uma melhor qualidade de vida e nenhum impacto na rotina do paciente.


DPOC é doença de idosos

MITO. Embora atinja a população idosa, a DPOC pode se manifestar em pessoas a partir dos 40 anos, segundo o especialista. No Brasil, 14,9% das pessoas com idade superior a 40 anos têm doença[v]. A Iniciativa Global para DPOC (GOLD)[vi] sinaliza 5 fatores que ajudam a identificar quem pode ter a doença, já que esses sinais podem ser confundidos com o processo de envelhecimento: ter mais de 40 anos, ser fumante ou ex-fumante, apresentar tosse frequente, ter tosse com catarro constante e queixar-se de cansaço ou falta de ar ao fazer esforço, como subir escadas ou caminhar.


Os remédios só devem ser tomados nas crises

MITO. Doenças respiratórias como asma e DPOC não tem cura e, por isso, precisam ser acompanhadas constantemente por pneumologistas. Com o tratamento medicamentoso correto e constante, os pacientes não sentem impactos na rotina. O Dr. Megda alerta que "muitos pacientes caem no erro de acharem que estão bem porque já tomaram o remédio por um tempo e abandonam o tratamento. Sem o tratamento adequado e contínuo, eles voltam a ter exacerbações e recorrem ao pronto-socorro com frequência". Esses descuidos têm impactos na saúde pública. São mais de 83 mil internações ocasionadas por DPOC anualmente no Brasil. As internações pela doença custam aos cofres públicos aproximadamente R$ 38,7 milhões por ano[vii].


Alimentação impacta na qualidade de vida de quem tem DPOC

VERDADE. Ter uma alimentação desequilibrada interfere na quantidade de nutrientes e calorias no organismo, o que diminui a energia do corpo para as atividades básicas, como a respiração. O especialista explica que, no caso da DPOC, ficar muito tempo em jejum também é prejudicial. Isso porque, depois, ao comer um volume muito grande de comida em uma única refeição, o estômago pode ficar dilatado, comprimindo o diafragma. Assim, há uma limitação da respiração.


Natação faz bem para pacientes com asma

VERDADE. Se o paciente fizer o acompanhamento com o especialista regularmente e manter a rotina de tratamento com o medicamento indicado, ele pode praticar qualquer tipo de atividade física sem enfrentar problemas respiratórios – sempre com avaliação prévia de um pneumologista. Além do apoio do médico, é importante fazer exercícios com a orientação de um educador físico, que saberá indicar os treinos adequados para quem possui alguma doença respiratória. Um dos esportes mais recomendados tanto para asma quanto para a DPOC é a natação, que é de baixo impacto e trabalha bastante a respiração do praticante.


Chás e ervas como o agrião podem curar a asma

MITO. Não existe nenhum chá ou substância que cura a condição. A asma é uma doença crônica, mas pode ter seus sintomas controlados por meio de tratamento contínuo e adequado, que inclui o uso de medicamentos. Sem isso, a asma provoca sérios impactos na vida do paciente, tais como insônia, fadiga, diminuição do nível de atividades e falta na escola e trabalho. Por isso, o Dr. Megda reforça que "é importante estar atento às leituras feitas na internet e sempre consultar o médico, que pode dar as melhores indicações".






Boehringer Ingelheim


Referências:
[ii] Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 160 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 25). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf
[iii] Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of COPD – 2018 [Internet].
[iv] WHO. Chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Disponível em: http://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/chronic-obstructive-pulmonary-disease-(copd)
[v] Moreira Graciane, Manzano Beatriz, et al. PLATINO, a nine-year follow-up study of COPD in the city of São Paulo, Brazil: the problem of underdiagnosis. J Bras Pneumol. 2013;40(1):30-37
[vi] Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of COPD – 2018 [Internet].
[vii] Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). CID J44 – Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas. 2016. Disponível em: http://datasus.saude.gov.br/. Acesso em: 7 de jun 2018.

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