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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Dados inéditos traçam perfil contemporâneo do comportamento afetivo e sexual do brasileiro



Levantamento nacional com 3 mil entrevistados evidencia as diferenças entre homens e mulheres na expressão da sexualidade

Eles fazem sexo só por atração, gostariam de ter mais de oito relações sexuais por semana e iniciam a vida sexual mais cedo. Elas têm menos parceiros sexuais, rejeitam relações sexuais baseadas apenas na atração e muitas almejam fazer sexo apenas três vezes por semana.  As diferenças que persistem entre os gêneros na forma de viver a própria sexualidade são alguns dos destaques da pesquisa Mosaico 2.0, uma pesquisa conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, com apoio da Pfizer.

O levantamento, que ouviu 3 mil participantes com idade entre 18 e 70 anos, divididos em cinco faixas etárias, traça um perfil contemporâneo do comportamento afetivo-sexual do brasileiro e faz parte das comemorações dos 18 anos de Viagra, que chegou ao mercado em 1998. Foram avaliados indivíduos de sete regiões metropolitanas do País: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal.

A nova pesquisa é uma versão atualizada do estudo Mosaico Brasil, de 2008, que se consolidou como o primeiro e maior levantamento sobre sexualidade já realizada no País até aquele momento, também coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo. “Embora muita coisa tenha mudado e tenhamos a impressão de que hoje é mais natural falar sobre sexo, a sociedade ainda aborda essa temática com certa vulgaridade.  Muitas mulheres temem julgamentos relacionados a certos comportamentos sexuais, o que acaba fazendo com que limitem o próprio prazer. Não é tão fácil nem tão rápido se libertar de padrões anteriormente impostos”, comenta.

Em, média, o número de parceiros nos últimos 12 meses foi de dois para os homens e de um para as mulheres. E, apesar das várias diferenças comportamentais entre os gêneros, há um ponto em que a convergência é praticamente absoluta. Para 95,3% dos entrevistados o sexo é importante ou muito importante para a harmonia do casal, porcentagem que sobe para 96,2% entre os homens e fica em 94,5% para as mulheres. Curiosamente, a faixa etária que mais respondeu que sexo é pouco ou nada importante para a harmonia do casal foi a mais jovem, de 18 a 25 anos.


Total
|18 a 25 anos
|26 a 40 anos
|41 a 50 anos|
51 a 60 anos
|61 a 70 anos
Total
3.000
790
1.239
478
406
86
Muito importante
46,8
46,2
46,7
51,5
43,8
43
Importante
48,5
46,6
49,2
46,4
51,7
51,2
Pouco importante
4,1
5,9
3,6
1,7-
4,2
5,8
Nada importante
0,6
1,3
0,5
0,4
0,2
0
Importante + Muito Importante
95,3
92,8
95,9
97,9
95,6
94,2
Pouco ou Nada importante
4,7
7,2
4,1
2,1-
4,4
5,8


O que eles temem?
Quando o assunto é as principais preocupações relacionadas à vida sexual, as diferenças entre homens e mulheres também se tornam evidentes. Enquanto o principal fator apontado por elas é a possibilidade de contrair uma doença sexualmente transmissível (DST), opção assinalada por 45,9% das entrevistadas, a maior preocupação entre os homens é não satisfazer a parceira, temor apontado por 54,8% do grupo masculino.


Total
Homem
Mulher
Total
3.000
1.530
1.470
Não satisfazer sexualmente o(a) parceiro(a)
47,9
54,8
40,7
Pegar doença sexualmente transmissível (DST)
47,0
48,0
45,9
Perder a ereção / ou seu parceiro perder a ereção
28,8
46,9
10,0
Não ter excitação (não ter tesão) pelo(a) parceiro(a)
27,3
27,1
27,6
Ficar grávida / ou engravidar a parceira
26,3
17,7
35,2
Ejacular muito rápido / ou seu parceiro ejacular muito rápido
25,6
42,0
8,4
Não tenho qualquer medo em relação ao sexo
18,1
16,4
19,9
Não ter orgasmo (não conseguir gozar)
17,2
15,7-
18,8
Não ser aceito(a) pela(o) parceira(o)
14,8
14,2
15,4
Não conseguir “dar mais uma”
14,6
23,3
5,4
Não saber fazer alguma coisa (Ex. beijar, estimular o sexo da(o) parceiro(a)
12,5
8,8
16,3
Media
2,62
2,98
2,24


As preocupações também são diferentes quando se analisa os resultados por faixa etária: apenas entre os mais jovens, de 18 a 25 anos, o principal temor é contrair uma DST.  Essa preocupação se reflete em um outro comportamento da faixa mais jovem avaliado pela pesquisa: são eles os que mais se previnem durante as relações. A porcentagem dos que sempre utilizam preservativo no ato sexual é de 36,2% na faixa etária dos 18 aos 25 anos, índice que cai gradualmente até chegar a 10,5% entre aqueles de 60 a 70 anos de idade.
 

Usa Camisinha
Total  |
18 a 25  |
26 a 40   |
41 a 50  |
51 a 60  |
61 a 70    
Total
3.000
790
1.239
478
406
86
Uso sempre (meu parceiro usa) em todas as relações sexuais
27,9
36,2
28,4
23,0
19,5
10,5
Uso quando tenho relações com parceiros(as) eventual(is)
19,8
10,9
22,0
24,5
23,6
24,4
Uso (meu parceiro usa) raramente
9
10,1
10,1
6,3
7,9
2,3
Não uso (meu parceiro não usa) camisinha
36
26,8
35,8
43,1
42,6
51,2
Não faço sexo
4,4
12,3
3,2
1,5
3,4
7,3

Sexo ou Amor?
A maioria dos entrevistados (56%), independentemente de gênero, faz distinção entre vida afetiva e sexual, mas essa percepção é mais acentuada entre os homens (59,7%) do que entre as mulheres (51%). Mais da metade deles (50,8%) diz que se considera realizado em ambas as esferas, o que não se verifica para a maioria das mulheres: apenas 44,4% delas têm essa percepção. Analisando isoladamente cada um dos dois pilares, tanto sexualmente como afetivamente os homens estão mais realizados do que as mulheres. Em contrapartida, 13,5% das mulheres diz que não está satisfeita em nenhuma das duas situações, ante 8,6% dos homens.

Atração basta?
A importância do componente afetivo para as mulheres durante o ato sexual também fica clara quando os entrevistados são questionados sobre a possibilidade de fazer sexo apenas por atração. Enquanto 43,7% dos homens responderam que “com certeza” essa seria uma motivação para a relação sexual, apenas 22,2% das mulheres o fizeram.  Essa postura também é mais acentuada entre os participantes de 26 a 50 anos, e menos pronunciada entre aqueles de 18 a 25 anos, que são os que mais responderam “não, de forma alguma”.
 

Total
18 a 25
26 a 40
41 a 50
51 a 60
61 a 70
Total
3.000
790
1.239
478
406
86
Sim, com certeza
33,2
28,2
35,8
37,4
31
27,9
Acredito que sim
33,8
32,2
34,1
32,2
37,7
36,0
Acredito que não
19,3
21,3
17,9
17,8
21,4
18,6
Não, de forma alguma
13,7
18,4
12,3
12,6
9,9
17,4
Sim ou acredito que sim (1+2)
67,0
60,4
69,8
69,7
68,7
64,0
Não ou acredito que não (3+4)
33,0
39,6
30,2
30,3
31,3
36,0

Expectativas diferentes
Os universos masculino e feminino também se diferenciam em relação à frequência ideal de relações sexuais. Se a resposta mais escolhida pelas mulheres quando perguntadas sobre o número ideal de relações por semana foi “três vezes”, entre os homens a resposta mais adotada foi “mais de 8 vezes”, assinalada por quase um terço deles (26,8%). Em geral, a expectativa média é de 4 relações por semana para as mulheres e de 6 para os homens.

Em contrapartida, a vontade de fazer sexo não acompanha a realidade da vida sexual dos casais. Os homens, por exemplo, tendem a ter três relações por semana, enquanto as mulheres costumam ter duas. Na divisão por região metropolitana, em quase todas elas a resposta “três vezes por semana” é a que apresenta as maiores porcentagens. São exceções o Rio de Janeiro e Salvador, nas quais predominam a opção “duas vezes”. Além disso, quanto mais velhos os parceiros, especialmente a partir dos 60 anos, menor é essa frequência.

Envelhecimento e sexo
Quanto mais maduros os parceiros, mais qualidade tem a relação sexual, de acordo com os dados do Mosaico Brasil 2.0 que investigam a intimidade entre os mais velhos.  Enquanto os mais jovens relacionam muito mais um bom desempenho sexual ao fato de chegar ou não ao orgasmo durante o sexo, os mais maduros destacam a dedicação dispensada à relação sexual.

A idade dos parceiros também está diretamente relacionada à quantidade de atos sexuais em cada encontro. Quanto mais jovens, mais atos são relatados, em média de três a quatro, ao passo que quanto mais velhos, menos atos ocorrem por encontro, entre um e dois.  Além disso, a maioria das pessoas afirmou que o tempo decorrido entre os atos varia de 15 minutos a uma hora, tanto para homens como para mulheres, mas esse intervalo tende a ser maior com o avanço da idade. 

Envelhecer, em geral, atrapalha mais a performance sexual masculina do que a feminina, na percepção dos entrevistados. “Essa constatação está bastante associada com o aumento de incidência de disfunções sexuais com o passar dos anos, especialmente a disfunção erétil”, comenta a psiquiatra Carmita Abdo.

Dificuldades sexuais
As respostas de homens e mulheres evidenciam que as disfunções sexuais são frequentes entre os brasileiros. Mais de um terço (32,4%) da porção masculina da amostra, por exemplo, relata dificuldades para ter e manter uma ereção. Essa porcentagem é ainda maior na região metropolitana do Distrito Federal, onde chega a 39,3%, e menor na região de Salvador, com 23,9%. O baixo desejo sexual também é uma realidade para muitos homens, conforme a tabela abaixo:
DIFICULDADE PARA OBTER E MANTER A EREÇÃO
Total
Total
1.530
Grave
2
Minima+Moderada
30,4
Não tenho dificuldades sexuais
67,6


DIFICULDADE PARA CONTROLAR A EJACULAÇÃO
Total
Total
1.530
Grave
5,2
Minima+Moderada
39,9
Não tenho dificuldades sexuais
54,8


BAIXO DESEJO SEXUAL
Total
Total
1.530
Grave
1,7
Minima+Moderada
29,2
Não tenho dificuldades sexuais
69,1


Em relação às falhas de ereção, uma postura compreensiva é predominante entre os casais. Essa é a percepção tanto dos homens quanto das mulheres, especialmente no caso das faixas etárias mais maduras, conforme demonstra a tabela abaixo:


Total
18 a 25 anos
26 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70 anos
Total
1.530
257
635
325
260
53
Nunca falhei
35,9
42,4
39,5
36,3
23,1
22,6
Foi compreensiva(o) / Conversou comigo
28,7
19,1
26,1
32,0
37,7
41,5
Tentou me estimular para eu recuperar a ereção
19,2
13,6
17,8
20,0
26,5
22,6
Fingiu que não percebeu
3,5
1,6
4,6
2,5
4,2
1,9
Ficou sem graça, sem ação
3,1
3,1
3,0
3,1
2,7
5,7
Ficou irritada(o)
2,3
1,2
3,1
2,5
1,2
1,9
Sentiu-se culpada(o)
1,8
2,7
2,0
1,5
1,2
0,0
Não tenho parceira(o) sexual
5,5
16,3
3,8
2,2
3,5
3,8



















Total
18 a 25 anos
26 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70 anos
Total
1.470
533
604
153
146
33
Não passei por esta experiência com meu parceiro
31,3
33,2
31,8
32,7
24,0
18,2
Sou compreensiva / Converso com ele sobre o assunto
25,3
19,3
27,6
24,2
37,0
30,3
Tento estimulá-lo para que ele recupere a ereção
18,8
18,0
18,9
20,9
20,5
15,2
Finjo que não percebi
4,8
3,8
5,1
5,2
5,5
12,1
Fico sem graça, sem ação
2,9
2,8
3,3
3,3
0,7
6,1
Fico irritada
2,2
2,3
2,8
1,3
0,7
3,0
Sinto-me culpada
2,2
1,9
2,6
3,9
0,7
0,0
Não faço sexo com penetração do pênis
2,0
2,8
1,5
1,3
2,1
0,0
Não tenho parceiro(a) sexual
10,3
15,9
6,3
7,2
8,9
15,2






















Entre as mulheres chama a atenção a dificuldade para alcançar o orgasmo, condição que afeta quase metade das entrevistadas (43%), de forma leve à grave, com predominância nas duas faixas mais jovens da pesquisa, que compreendem pessoas entre 18 e 40 anos de idade. Em Belo Horizonte, por exemplo, a maioria da amostra, ou 51%, relata que enfrenta esse problema. Muitas dessas brasileiras, ou 32,5% das brasileiras, também sentem dificuldades em se interessar por sexo, especialmente aquelas entre 26 e 40 anos.

As dificuldades sexuais exercem um duplo impacto para a vida das pessoas. Se por um lado esse problema afeta o amor próprio para mais de um quarto dos homens (25,8%) e das mulheres (25,9%), um pouco mais de um quinto da amostra (22,4% dos homens e 21,8% das mulheres) afirma que a situação interfere também no relacionamento com o parceiro.  Em média, os entrevistados de toda a amostra tiveram três parceiros sexuais importantes em toda a vida.

Eles começam mais cedo
Para a maioria dos entrevistados, o início da vida sexual se deu entre os 15 e os 18 anos de idade, tanto entre os homens (57,6%) como entre as mulheres (50,7%). Assim, a média de idade na primeira relação foi de 17,7 anos. Mas, na divisão por gênero, é possível notar que os garotos iniciam a atividade sexual quase dois anos antes, em média aos 16,9 anos, ante 18,4 anos para as mulheres. No recorte por localidade, São Paulo se destaca como a única região em que a idade média para o começo da vida sexual se dá após a maioridade, aos 18,1 anos.

Já no início da vida sexual é possível perceber diferenças marcantes entre os comportamentos sexuais masculinos e femininos. Se 75,5% das mulheres tiveram a primeira relação com o namorado, apenas 40,8% dos homens o fizeram. Nesse contexto, São Paulo se destaca com a cidade em que as pessoas, independentemente do gênero, mais citaram o namorado como parceiro na primeira relação sexual: 66,6%. Além disso, se 47,8% das mulheres disseram que a primeira relação foi pior do que imaginaram ou muito ruim, essa percepção cai para 25,5% entre os homens.

Enquanto a porcentagem de iniciação sexual envolvendo profissionais do sexo é zero para a amostra feminina, esse índice chega a 11,4% entre os homens.  Mudanças na presença da garota de programa como primeira parceira sexual também denotam transformações de comportamento ao longo das gerações. Isso porque a referência a profissionais do sexo nesse período de iniciação é gradativamente maior entre as faixas mais velhas, como demonstra a tabela abaixo:


Total
18 a 25
26 a 40
41 a 50
51 a 60
61 e 70
Total
3.000
790
1.239
478
406
86
Garota(o) de programa
5,8
1,5
4,1
9,0
13,8
15,1
Amiga(o)
21,5
19,1
22,9
22,2
20,7
22,1
Namorada(o)
57,8
57,8
59,6
55,9
55,7
53,5
Prima(o)
3,8
2,7
4
5,2
3,4
4,7
Desconhecida(o)
6,5
5,2
7,7
7,1
5,4
4,7
Ainda não faço sexo
4,4
13,5
1,6
0,4
1,0
0
Prefiro não responder
0,1
0,1
0,1
0,2
0
0

Erotismo e autoestimulação
Quando se trata de estímulos à excitação, novamente o comportamento feminino é menos pronunciado. De acordo com os dados da pesquisa, cerca de 40% das mulheres do País não se masturbam e, dessas, quase uma em cada cinco mulheres (19,5%) nunca experimentou a prática. Já entre os homens, apenas 17,3% não se masturbam e 82,7% adotam essa forma de prazer.

Em relação aos estímulos sexuais visuais, por meio da visualização de conteúdo erótico na internet, quase metade das mulheres (45,2%) afirma que nunca acessa esse tipo de material, ante 20,8% dos homens. Em contrapartida, quando se trata do acesso frequente, as porcentagens são de 33,8% para o grupo masculino e de 9,7% entre a parcela feminina. De modo geral, contudo, a maioria dos homens e também das mulheres já buscou conteúdo dessa categoria na internet e o comportamento é predominante na faixa etária que vai dos 26 aos 40 anos de idade.




PFIZER

Médicos tratam dos mitos e verdades sobre a tireoide




Interior de São Paulo recebe ação de especialistas e alunos de medicina
#endocrinologia #sbemsp

O esclarecimento à população sobre mitos e verdades da tireoide estende-se para o interior de São Paulo, mobilizando médicos, estudantes e residentes locais. A ação faz parte da campanha que ainda percorre o Brasil para celebrar o Dia Internacional da Tireoide, e é dirigida pelos médicos da Sociedade Brasileira de Encodrinologia e Metabologia (SBEM).

Qualquer distúrbio na tireoide seja sua hipo ou hiperfunção pode se associar com efeitos em todo organismo. O hipotireoidismo ocorre em aproximadamente 10% dos brasileiros, o hipertireoidismo em torno de 2%-6% e os nódulos de tireoide são ainda mais constantes. A campanha deste ano traz um alerta à população, principalmente, sobre os riscos associados à prática crescente do emprego do hormônio T3 (triiodotironina) para tratamento de obesidade e outras condições clínicas, como a fadiga crônica.

Em São José do Rio Preto, no dia 26 de junho, haverá panfletagem e aula para leigos, com coordenação do Dr. Flavio Pirozzi, que declarou que “vivemos com uma atual situação na Medicina em que existe um uso indiscriminado e perigoso dos hormônios tiroidianos". Em Araçatuba, no dia 26, o Dr. Antonio Fontanelli coordenará a ação que tem recebido a participação marcante de alunos e residentes das universidades locais.

Verdades - A tireoide é a glândula que fica no pescoço e produz dois hormônios: a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), crescimento, desenvolvimento, fertilidade e reprodução. Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atuação nos batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, funcionamento intestinal e no metabolismo. 

O hipotireoidismo é uma doença comum que afeta de 8 a 12% dos brasileiros, e a forma mais grave é o congênito, que ocorre no recém-nascido. Se não for diagnosticado e tratado pode causar retardo mental irreversível. Seu diagnóstico é realizado através do exame do pezinho nos primeiros dias de vida. 

Durante a gravidez, o hipotireoidismo não diagnosticado e não tratado pode se associar com complicações à gestação e ao feto. Na gestação, o diagnóstico deve ser realizado no primeiro trimestre. Os exames para detectar o hipotireoidismo são a dosagem do TSH e do T4 livre.

Os principais sintomas do hipotireoidismo são sonolência excessiva, sono não reparador (acordar com cansaço), fadiga não habitual durante o dia, preguiça, lentidão e dificuldade para exercer tarefas e funções, esquecimento fácil, concentração baixa, tristeza, intestino preso, ressecamento de pele e cabelos, unhas fracas e ganho de peso inexplicável. Em crianças, o hipotireoidismo atrapalha o crescimento, as atividades e o rendimento escolar.

São consideradas pessoas de risco para hipotireoidismo: mulheres no período pós-menopausa, idosos, pessoas com antecedentes de doenças da tireoide na família, diabetes tipo 1 ou outras doenças autoimunes (Ex: vitiligo, lúpus, artrite reumatoide), antecedentes de radioterapia no pescoço ou em uso de medicamentos como amiodarona ou lítio.

O tratamento do hipotireoidismo deve ser feito, exclusivamente, com o uso da Levotiroxina (T4). O T3 ou triiodotironina não deve ser utilizado no tratamento do hipotireoidismo, exceto em raras circunstâncias.

Hormônios tireoidianos não devem ser usados em formulações. A prática não é segura e pode causar danos à sua saúde. “Nunca altere a dose e nunca mude a marca de sua Levotiroxina sem antes consultar seu médico”, alerta Dr. Sgarbi.

O hipotireoidismo não é causa de obesidade. Quando não tratado, associa-se apenas a um ganho leve de peso, em geral por retenção de líquidos.

As dosagens de hormônios T3 total, T3 livre e T3 reverso (T3R) não têm nenhuma utilidade para o diagnóstico do hipotireoidismo ou para avaliação nutricional. O T3 (triiodotironina) não deve ser usado no tratamento do hipotireoidismo, exceto em situações raras e especiais.

Embora o T3 em doses elevadas possa associar-se à perda de peso, o seu uso não é recomendado para emagrecimento, porque pode causar efeitos indesejáveis, como hipertensão arterial, arritmia cardíaca e morte. Também não há indicação de uso para combater estresse, cansaço ou desânimo (o uso também pode causar riscos a sua saúde).

A maioria das farmácias de manipulação não tem alta precisão para formular o hormônio em microgramas. Os hormônios formulados não estão sujeitos aos mesmos controles de qualidade dos medicamentos industrializados e não há monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Observamos um movimento crescente por setores da classe médica que têm divulgado mentiras sobre as dosagens laboratoriais e o uso terapêutico dos hormônios tireoidianos. Como esta glândula funciona como um maestro de uma orquestra, regendo todas as outras funções orgânicas, é importante que a população seja alertada sobre o emprego adequado tanto das dosagens laboratoriais, quanto do uso terapêutico desses hormônios, porque o uso incorreto, pode se associar a danos indesejáveis à saúde, como hipertensão arterial, arritmia cardíaca e até a morte”, declara Dr. José Augusto Sgarbi, médico da Regional São Paulo da SBEM (SBEM-SP) e diretor do Departamento de Tireoide da SBEM Nacional.



SBEM-SP
A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas.
 Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo - http://sbemsp.org.br/




Campanha sobre a Tireoide – Mitos e Verdades – São José do Rio Preto
Data: 24 de junho (sexta-feira) - Palestra às 20 horas, no Shopping Iguatemi, piso superior em frente ao terraço da Figueira.
Data: 25 de junho (sábado) - Entrega de panfletos de conscientização sobre a tireoide, das 15 às 18 horas, no Shopping Iguatemi, piso térreo em frente à loja da Unimed.
Endereço: Shopping Iguatemi - Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira 5.000 – Bairro Iguatemi - São José do Rio Preto/SP

Campanha sobre a Tireoide – Mitos e Verdades - Araçatuba
Data: 26 de junho (domingo) - Orientação e palpação da glândula, além da distribuição de folhetos explicativos
Horário: das 15h às 19 horas, no piso térreo do Shopping Praça Nova Araçatuba, ao lado da escada rolante.
Endereço: Shopping Praça Nova Araçatuba - Rua Carlos Pereira da Silva, 6000 - Jardim Guanabara, Araçatuba - SP

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