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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

GSH Banco de Sangue de São Paulo estará aberto no feriado de 7 de setembro

 


O GSH Banco de Sangue de São Paulo abrirá neste feriado de 7 de setembro (domingo) e convida a população a reservar um momento do dia para praticar um ato de solidariedade: doar sangue e salvar vidas. A unidade funcionará em seu horário normal, das 7h às 18h, pronta para receber os doadores com conforto e segurança.

Segundo Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue, feriados costumam provocar uma redução significativa nas doações. “As pessoas aproveitam o tempo livre para viajar ou descansar, o que é compreensível, mas é justamente nesses períodos que os estoques ficam mais baixos e os riscos aumentam para os pacientes que dependem de transfusões”, afirma.


Doar é rápido e salva vidas

“O feriado é uma oportunidade ideal para doar, já que muitos estão fora da rotina e podem dedicar cerca de 40 minutos para um gesto que pode salvar até quatro vidas”, reforça Janaína. A doação de sangue é um processo simples, seguro e fundamental, já que os hemocomponentes são vitais em procedimentos como cirurgias, tratamentos oncológicos, atendimentos de emergência e casos de doenças crônicas, entre outros.

A instituição ressalta que todos os tipos sanguíneos são bem-vindos e necessários neste momento. Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente, observando os requisitos abaixo. O endereço é Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso – funciona diariamente , das 7h às 18h, inclusive aos sábados, domingos e feriados.


Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar a partir de 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
  • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.
 

Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 99704-6527 (WhatsApp) e pelos telefones (11) 3373-2000 / 3373-2001
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


Recife Expo Center ilumina sua fachada de amarelo em apoio à campanha de prevenção ao suicídio



Durante todo o mês de setembro, o Recife Expo Center vai ser iluminado de amarelo em apoio ao Setembro Amarelo, a maior campanha de conscientização sobre prevenção ao suicídio do mundo. Criada em 2013 pelo psiquiatra Antônio Geraldo da Silva e, desde 2014, realizada no Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a iniciativa tem como objetivo salvar vidas, quebrar tabus e estimular o diálogo sobre saúde mental.

 

A campanha reforça que a informação, o acolhimento e o acesso a tratamento adequado são fundamentais para reduzir os índices crescentes de suicídio no país. No Brasil, em média, 38 pessoas tiram a própria vida todos os dias, somando cerca de 14 mil casos por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio já aparece como a quarta causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

 

A iluminação amarela da fachada do Recife Expo Center, visível para quem circula pelo Cais Santa Rita, busca sensibilizar a população e estimular a reflexão coletiva sobre a importância do cuidado com a saúde mental. O gesto simbólico se soma a uma série de ações nacionais que acontecem durante todo o mês, com destaque para o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro.

 

“O Recife Expo Center acredita que seu papel vai além de sediar eventos. Temos a missão de sermos também um espaço que inspira, acolhe e provoca mudanças sociais. Ao iluminar nossa fachada de amarelo, nos unimos a essa corrente de solidariedade e cuidado, reforçando que pedir ajuda é sempre o caminho mais seguro e humano”, afirma Tatiana Menezes, diretora do Recife Expo Center.

 

Integrado ao Novotel Recife Marina e à Recife Marina, o equipamento é referência na região para eventos corporativos, médicos, educacionais e sociais, e tem buscado cada vez mais abraçar causas que dialogam com a vida e o bem-estar da sociedade.

 

Serviço:

Recife Expo Center

Endereço: Cais Santa Rita, 156 – Recife – PE

Site: www.recifeexpocenter.com.br

Instagram: @recifeexpocenter

 

Setembro Verde – Mês de Conscientização sobre a Doação de Órgãos

Com 30 mil procedimentos realizados, Brasil bate recorde de transplante de órgãos e tecidos em 2024 

Especialista reforça importância da doação: “ato de responsabilidade e amor ao próximo”

Profissionais da equipe de transplantes do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), de Curitiba-PR

 

Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos, o chamado “Setembro Verde”. Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no último mês de junho, mostra que o Brasil bateu um recorde histórico no número de transplante de órgãos e tecidos: foram mais de 30 mil procedimentos realizados no ano de 2024. O índice supera o recorde anterior, de 2023, quando foram realizados 28.700 transplantes no país. Entretanto, o balanço positivo contrasta com o número de doadores efetivos, que registrou queda: foram 4.120 doadores em 2023 e 4.086 no ano passado. O Ministério informou ainda que, atualmente, 78 mil pessoas aguardam doação de órgãos no país. As maiores demandas são por rim, córnea e fígado. 

Especialista em transplante de órgãos abdominais do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), de Curitiba (PR), o cirurgião Igor Luna Peixoto explica que, em muitos casos, o transplante é a única saída quando ocorre a falência de um órgão. “Como se trata de um recurso naturalmente escasso e dependente exclusivamente da doação, sem esse ato de doar seria impossível salvar uma grande quantidade de pessoas todos os anos. A maioria dos hospitais possui uma comissão intra-hospitalar para doação de órgãos e tecidos para transplante (CIHDOTT). Essa equipe de profissionais faz uma busca de pacientes que estão em condições irreversíveis de recuperação neurológica, organizando todo o fluxograma necessário para cumprir todas as exigências necessárias ao diagnóstico de morte encefálica”, explica o médico, que também é professor convidado da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR). 

Outro ponto crucial nesse processo é a abordagem aos familiares, já que se trata de um momento delicado e de muita dor. “Esse processo é acompanhado de um suporte psicossocial especializado, pela equipe da CIHDOTT do hospital, e deve sempre deixar claro para a família que não há reversão para a condição neurológica do paciente (morte encefálica), e que o órgão doado pode efetivamente salvar vidas. Apesar de estar em morte encefálica, a viabilidade dos órgãos para transplante depende também da condição clínica do doador. Manter os órgãos e sistemas funcionando adequadamente após o diagnóstico de morte até a doação é o principal desafio. Para isso, é importantíssima a capacitação adequada de equipes de UTI que possam lidar com potenciais doadores”, explica Dr. Peixoto.

 

Processo idôneo e regulamentado 

É importante ressaltar que o processo de doação de órgãos é extremamente regulamentado e idôneo, seguindo protocolos rígidos e mundialmente aceitos do diagnóstico da morte encefálica. “Os órgãos doados são destinados conforme prioridade definida pelo Sistema Nacional de Transplantes, sem interferência de fatores externos”, conta o especialista, que destaca a importância da conscientização sobre o tema. “É necessário conscientizar a população a expressar o desejo de ser doador de órgãos aos seus familiares, pois essas são as pessoas que definirão o desfecho da doação”, finaliza.


CFM autoriza uso da ozonioterapia em tratamentos médicos específicos

Recurso poderá ser aplicado na conduta de úlceras venosas crônicas, úlceras arteriais isquêmicas, feridas infecciosas agudas e lesões decorrentes do pé diabético

 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2.445/2025 que autoriza e regulamenta o uso da ozonioterapia em condições médicas específicas. De acordo com a nova norma, a terapia poderá ser aplicada no tratamento de úlceras venosas crônicas, úlceras arteriais isquêmicas, feridas infecciosas agudas e lesões decorrentes do pé diabético. 

Além disso, foi autorizada como tratamento adjuvante para osteoartrite de joelho e dor lombar causada por hérnia de disco. Em resumo, a ozonioterapia utiliza uma mistura de oxigênio e ozônio, um gás de alta capacidade oxidativa controlada, que apresenta efeitos antimicrobianos, moduladores da resposta inflamatória e de estímulo à oxigenação tecidual. 

A autorização chega após anos de pressão de entidades médicas e associações de profissionais que defendem a prática. As primeiras solicitações de reconhecimento da ozonioterapia no Brasil remontam a 2011. Desde então, o tema foi avaliado diversas vezes pelo CFM, sempre sob o crivo da falta de evidências científicas robustas.

“O cenário começou a mudar com a Lei Federal nº 14.648/2023, que permitiu o uso da ozonioterapia como procedimento complementar em todo o território nacional. Cabia, no entanto, ao CFM definir critérios, limites e indicações médicas. Agora, com base em revisões sistemáticas e relatórios técnicos elaborados pelo seu Departamento de Ciência e Pesquisa, a autarquia decidiu regulamentar o procedimento”, esclarece o advogado Thayan Fernando Ferreira, especialista em direito de saúde e direito público, membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados

Os estudos analisados pelo CFM indicam que a ozonioterapia apresenta maior consistência de resultados em feridas crônicas, sobretudo no pé diabético, condição de alto impacto para a saúde pública. Revisões sistemáticas apontaram melhora na cicatrização, menor tempo de internação e redução de amputações. Já para a dor musculoesquelética, a eficácia é considerada de nível moderado. Ensaios clínicos mostram que as injeções intra-articulares de ozônio podem reduzir a dor e melhorar a função em pacientes com osteoartrite de joelho. Em relação à hérnia de disco, estudos sugerem benefício no alívio da dor lombar, mas os riscos de complicações exigem que a aplicação seja restrita a ambientes hospitalares e conduzida por especialistas.

“É preciso destacar que a ozonioterapia não é autorizada para o tratamento de cânceres nem de feridas neoplásicas, salvo em contexto de pesquisa clínica aprovada. O CFM deixa claro esse limite, em consonância com o princípio da precaução e da não maleficência na medicina. Com essa resolução, o Conselho cumpre sua função legal de disciplinar atos médicos, nos termos da Lei nº 3.268/1957 e do Decreto nº 44.045/1958, estabelecendo as condições seguras de uso”, explica o advogado.

A resolução estabelece critérios técnicos e éticos rigorosos. O uso é considerado ato médico exclusivo e deve ser precedido de diagnóstico nosológico preciso, para evitar riscos de uso inadequado. Além disso, a norma determina que os equipamentos de ozonioterapia devem ter registro regularizado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que os procedimentos sejam devidamente documentados em prontuário clínico.

“O artigo 7º da Resolução nº 2.445/2025 é claro ao afirmar que a indicação de ozonioterapia exige diagnóstico nosológico obrigatório. Isso significa que apenas médicos habilitados podem prescrever e executar o tratamento, resguardando a segurança do paciente e a responsabilidade profissional”, finaliza Thayan.


Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista

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 Médica explica como higienizar os ouvidos de forma segura e evitar complicações

O cotonete ainda é muito usado por quem acredita que ele ajuda na higiene dos ouvidos, mas o hábito pode trazer mais riscos do que benefícios. De acordo com a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, a forma correta de higienizar os ouvidos não envolve o uso desse tipo de haste. 

“A limpeza deve ser feita durante o banho, de maneira simples e segura. Basta colocar sabonete no dedo indicador e passar nas orelhas. Depois, ao enxaguar a cabeça, passar novamente o dedo. Fora do banho, é suficiente enxugar a região com a toalha”, explica a especialista. 

O cerúmen, conhecido como cera do ouvido, é um mecanismo natural de proteção. Ele impede a entrada de poeira, sujeira e até micro-organismos. “O cotonete pode irritar a mucosa e, em vez de retirar, empurrar a cera para dentro, causando a sensação de ouvido tampado e até uma diminuição temporária da audição”, alerta a médica. Além disso, o uso inadequado pode provocar lesões sérias, como ferimentos na parede do canal auditivo ou até perfuração do tímpano. 

Segundo a Dra. Priscilla, não há necessidade de limpar o ouvido internamente no dia a dia. “A limpeza diária no banho é suficiente. Esse cuidado simples já garante saúde e proteção ao ouvido”, reforça. 

Em alguns casos, no entanto, pode haver acúmulo de cerúmen que precisa de atenção médica. “Quando o paciente sente uma sensação de plenitude, como se o ouvido estivesse tampado, ou percebe diminuição da percepção auditiva, é importante procurar um otorrinolaringologista. Só o especialista poderá avaliar e indicar o procedimento adequado, que pode ser lavagem, aspiração ou curetagem”, afirma a Dra. Priscilla. 

O uso frequente de fones de ouvido também pode favorecer o problema. “Os fones funcionam como cotonetes, empurrando a cera e irritando a mucosa auricular”, explica a médica. 

A orientação final da especialista é clara: nada de improvisos ou objetos dentro do ouvido. “A limpeza diária é simples e eficiente. Se houver acúmulo de cera, sempre busque um profissional habilitado para avaliar e tratar da forma correta”, finaliza a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.


Verão se aproxima e especialistas orientam cuidados para manter as pernas bonitas e saudáveis nesta época começa agora

 

Alta nas temperaturas intensifica sintomas de varizes; médicos recomendam prevenção com exercícios, hidratação e técnicas minimamente invasivas


Com a chegada do verão, marcado por praias, piscinas e roupas mais curtas, cresce a atenção dedicada à aparência e à saúde das pernas. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) apontam que 47,6% da população adulta brasileira apresenta sinais de insuficiência venosa crônica, problema diretamente relacionado ao surgimento de varizes. O aumento das temperaturas pode intensificar sintomas como inchaço, dor e sensação de peso nas pernas.

A médica cirurgiã vascular Camila Kill, CEO da Vascularte, explica que o momento é propício para adotar uma rotina de prevenção. “O verão pede atenção às pernas, tanto pelo aspecto estético quanto pelo desconforto que o calor pode trazer. Por isso, os meses de agosto e setembro são ideais para quem deseja iniciar o tratamento das varizes ou investir em medidas para fortalecer a saúde venosa”, afirma.


Técnicas minimamente invasivas

Entre os recursos disponíveis, destaca-se o endolaser, procedimento que substitui a cirurgia convencional para tratamento de varizes. Feito em ambiente ambulatorial, com anestesia local e sem necessidade de internação, o método permite recuperação quase imediata. “O procedimento devolve ao paciente a liberdade de tratar algo que o incomoda sem passar por um processo cirúrgico desgastante. É um método seguro, eficaz e cada vez mais acessível”, diz Camila.

Apesar do avanço dessas técnicas, a cirurgia convencional,  conhecida como safenectomia,  ainda é indicada em alguns casos. O procedimento exige internação hospitalar, cortes e pontos, além de recuperação que pode se estender por até dois meses. Para quem deseja aproveitar o verão sem restrições, especialistas recomendam que a cirurgia seja feita com antecedência mínima de três meses, garantindo cicatrização adequada e resultado estético.

Camila explica que a praticidade dos métodos minimamente invasivos também atrai um público que antes não buscava tratamento. “Antes, muitos homens deixavam de procurar ajuda porque associavam o tratamento a um longo período de internação e afastamento do trabalho. Com os métodos atuais, eles passaram a enxergar que é possível cuidar da saúde venosa de forma rápida, sem comprometer a rotina”, afirma. Hoje, esse público já representa de 20% a 30% dos pacientes que procuram tratamento para varizes, segundo estimativas do setor.


Cuidados práticos para o verão

Além dos procedimentos médicos, especialistas reforçam medidas simples que podem ser incorporadas ao dia a dia. A prática regular de atividade física, como caminhadas ou exercícios aeróbicos, contribui para melhorar a circulação e reduzir o risco de varizes. A musculação, por sua vez, fortalece os músculos da panturrilha, auxiliando no bombeamento do sangue de volta ao coração e diminuindo o inchaço. 

Manter a pele hidratada também é fundamental para preservar a elasticidade e melhorar o aspecto estético, especialmente em períodos de exposição ao sol. Pequenas pausas ao longo do dia para movimentar as pernas evitam a sobrecarga causada por longos períodos em pé ou sentado. Já o uso moderado de salto alto é recomendado para não comprometer a musculatura das pernas e favorecer o conforto.

Camila ressalta que o conjunto de cuidados gera impacto positivo tanto na estética quanto no bem-estar. “O ideal é combinar atividade física, hidratação e, quando indicado, procedimentos minimamente invasivos. Esse equilíbrio é o que garante pernas mais bonitas e saudáveis para o verão”, conclui.

 


Dra. Camila Kill - médica cirurgiã vascular que, desde o início da carreira, dedica-se exclusivamente ao cuidado de pacientes com varizes. É mestre em cirurgia pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É CEO e fundadora da Lumivie Clinique, clínica especializada em cirurgia plástica e estética localizada em Pelotas (RS), e também da franquia Vascularte, voltada para tratamentos de varizes 100% ambulatoriais e sem cirurgia, com três unidades em funcionamento no Brasil e expansão prevista para 2025. Além disso, é mentora da LMV Club, mentoria voltada para médicos empresários que desejam potencializar suas unidades por meio do desenvolvimento da liderança, gestão e vendas.Cinco cuidados com as pernas no inverno para prevenir sintomas de varizes
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Saúde mental na terceira idade exige atenção especial

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Solidão e isolamento social são fatores de risco para depressão e suicídio na terceira idade, alerta psicólogo do Hospital Japonês Santa Cruz

 

O Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio, reforça a importância do acompanhamento da saúde mental em todas as fases da vida. No caso dos idosos, a atenção deve ser ainda maior. Segundo o artigo Suicídio em idosos: um estudo epidemiológico, elaborado por pesquisadoras da Escola de Enfermagem da USP, a taxa média de suicídio entre brasileiros acima dos 70 anos é de 8,2 casos por 100 mil habitantes na faixa etária de 70 a 79 anos e 8,4 casos por 100 mil entre os que têm mais de 80 anos. 

Para o psicólogo do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Eugênio Brajão, é preciso dar visibilidade ao tema. “O suicídio na terceira idade é 47% mais frequente quando comparado às demais faixas etárias. Nessa fase da vida, os idosos enfrentam o luto por entes queridos, limitações físicas, perda de papéis sociais e profissionais, além da adaptação a uma nova rotina física e mental. Todos esses fatores podem representar riscos importantes para o desenvolvimento da depressão”, explica. 

Entre os sinais que podem indicar sofrimento psíquico estão apatia, irritabilidade, alterações no sono e no apetite, além de queixas físicas recorrentes sem causa médica definida. “É fundamental que a família e os cuidadores estejam atentos a esses sinais. O idoso, muitas vezes, não expressa verbalmente o desejo de morrer, mas manifesta o sofrimento de forma indireta”, acrescenta o psicólogo. 

O fortalecimento do convívio social, o incentivo a atividades prazerosas, a escuta ativa e o acompanhamento psicológico e médico são estratégias essenciais de prevenção. Além disso, estimular a participação do idoso em atividades culturais, esportivas, sociais e de lazer ajuda a preservar a autoestima e reduzir a sensação de solidão. “O envelhecimento pode e deve ser vivido com dignidade. Falar sobre saúde mental na terceira idade é desmistificar preconceitos e reconhecer a importância de oferecer acolhimento, escuta e cuidado, garantindo que os idosos vivam esse período com respeito, atenção e afeto”, conclui o Dr. Eugênio.
 
 

Hospital Japonês Santa Cruz


Probióticos como aliados no cuidado da saúde íntima feminina

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Mais conhecidos por seus benefícios à saúde intestinal, os probióticos têm ganhado destaque também como aliados no cuidado com a saúde íntima feminina

 

Segundo estimativas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 40% das consultas ginecológicas no Brasil envolvem queixas relacionadas a infecções como vulvovaginites. Essas condições afetam diretamente a saúde e o bem-estar da mulher, sendo uma das principais razões para desconforto, coceira, alterações no corrimento e mau odor na região genital.

Nesse cenário, os probióticos, tradicionalmente associados ao equilíbrio da saúde intestinal, vêm se consolidando como importantes coadjuvantes no cuidado com a saúde íntima da mulher. Estudos recentes mostram que esses microrganismos vivos, quando ingeridos em quantidades adequadas, podem contribuir para o equilíbrio da microbiota vaginal e, com isso, auxiliar na prevenção de recorrência de infecções comuns, como a candidíase e vaginose bacteriana, e auxiliar no tratamento da infeção aguda como adjuvante ao tratamento convencional.

Isso porque uma flora vaginal saudável é composta majoritariamente por bactérias do gênero Lactobacillus, responsáveis por manter o pH da região levemente ácido (em torno de 4,5), um ambiente inóspito para bactérias nocivas. Porém, fatores como alterações hormonais, uso de antibióticos, menstruação e presença do esperma podem romper esse equilíbrio, favorecendo o surgimento de infecções. “Esse desequilíbrio da microbiota vaginal é mais comum do que se imagina, e o uso de probióticos orais pode ajudar a restaurar esse ecossistema de forma segura”, explica a Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari, que trouxe este produto inovador para a Marjan Farma a partir de um evento científico na Europa.

Além de apoiar o combate às infecções, os probióticos também são indicados no período pós-antibiótico, na menopausa, e em casos de infecções de repetição. “Eles não substituem o tratamento médico, mas funcionam como um complemento importante, principalmente na prevenção de recorrências”, afirma a médica. Ela ressalta ainda a importância de buscar orientação profissional antes de iniciar o uso. “Existem diferentes cepas de probióticos, e nem todas são indicadas para a saúde íntima. Por isso, é essencial escolher produtos de qualidade e adequados para cada necessidade”.

Ainda que não exijam prescrição médica para serem adquiridos, os probióticos devem ser utilizados com responsabilidade. Segundo a médica Rita de Cássia, head de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma, com o acompanhamento correto, esses aliados representam uma ferramenta moderna e eficaz para promover mais equilíbrio, conforto e bem-estar à saúde íntima da mulher. “É importante lembrar que cada organismo reage de forma diferente, por isso a orientação profissional é essencial para escolher o tipo de probiótico mais indicado e garantir resultados seguros e duradouros”, finaliza a especialista.
 

Marjan Farma - atua em todo território nacional, nos segmentos de prescrição médica, suplementos alimentares, fitoterápicos e probióticos, com opções de produtos relevantes no cuidado e prevenção de doenças, essência da vida. A empresa tem forte presença em tratamentos para a saúde feminina, saúde mental, gastrointestinal, metabólica, osteoarticular, cognitiva e energia, com mais de 30 produtos líderes de mercado. Por meio da área de pesquisa e inovação e seu compromisso com a ciência, tem desenvolvido e compartilhado ao longo de sua trajetória estudos científicos para melhoria da qualidade de vida, saúde, bem-estar e longevidade da população, conquistando a confiança da classe médica. A empresa, que tem aproximadamente 1.100 colaboradores, possui uma unidade fabril no bairro de Santo Amaro, na capital paulista.


Números do suicídio no Brasil mostram maior impacto entre homens jovens e reforçam papel de empresas e redes de apoio na prevenção

Especialistas alertam que o suicídio já é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no país e destacam a importância da escuta, do acolhimento e da promoção da saúde mental em todos os ambientes

 

O suicídio segue como uma das maiores causas de morte evitável no Brasil. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 32 brasileiros tiram a própria vida por dia, o que representa mais de 12 mil mortes anuais. No recorte etário, é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

As estatísticas mostram que os homens morrem por suicídio de três a quatro vezes mais do que as mulheres, embora elas apresentem maior número de tentativas. As taxas também variam conforme a região, estados do Sul e Centro-Oeste, como Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, registram índices superiores à média nacional. Entre adolescentes, estima-se que cerca de mil jovens entre 10 e 19 anos morram por suicídio a cada ano no país. Esses dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), SciELO Public Health e SciELO Brasil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade.

Entre os fatores de risco mais comuns estão transtornos mentais não tratados, histórico de tentativas anteriores, uso abusivo de álcool e drogas, além de situações de estresse intenso, como perda de emprego, conflitos familiares ou diagnósticos de doenças graves. Especialistas reforçam que em 90% a 95% dos casos havia algum transtorno psicológico diagnosticável.

Segundo Jair Soares, psicólogo, professor e fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT), “As experiências vividas, os sentimentos não expressos, os silêncios guardados, tudo isso deixa marcas. O tratamento é um caminho para revisitar essas camadas emocionais que nunca foram realmente compreendidas”, aponta. O tratamento realizado com a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), criada pelo mesmo, não se baseia em ressignificar traumas mas, sim, em reprocessar as causas dos traumas e, consequentemente, extinguir os comportamentos negativos, restaurando a qualidade de vida.

“Já salvamos milhares de pessoas com ideação suicida”, relata Jair Soares. “Atualmente estamos finalizando um projeto grandioso com pessoas com depressão maior e que, após a TRG, não possuem mais comportamentos alterados de humor e nem desejo de suicídio”, ressalta.

A identificação precoce de sinais pode salvar vidas. Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, insônia persistente, frases de desesperança como “quero desaparecer” e atitudes autodestrutivas devem ser levadas a sério. A orientação é procurar ajuda especializada em psicologia ou psiquiatria e, em casos de urgência, acionar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

O apoio da rede próxima é decisivo. Amigos e familiares podem atuar como primeiros agentes de prevenção ao ouvir sem julgamentos, incentivar a busca por tratamento e reduzir o acesso a meios letais. Já no ambiente corporativo, o papel das empresas se mostra cada vez mais relevante. Programas estruturados de saúde mental, canais de escuta sigilosa e políticas de bem-estar contribuem para a redução do estigma e para o acolhimento de colaboradores em sofrimento.

No mês de setembro, campanhas de conscientização como o Setembro Amarelo reforçam que conversar é o primeiro passo para quebrar o silêncio. O tema deste ano, “Conversar pode mudar vidas”, destaca a importância de ampliar espaços de diálogo e garantir que pessoas em vulnerabilidade emocional encontrem apoio.

 

 

Jair Soares dos Santos - psicólogo, terapeuta, hipnólogo, pesquisador e professor, além de ser o fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT). Criador da Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), sua trajetória é marcada por desafios pessoais que o motivaram a buscar soluções eficazes para o sofrimento emocional. Após enfrentar episódios de depressão e insatisfação com abordagens terapêuticas tradicionais, Jair dedicou-se ao desenvolvimento de uma metodologia que pudesse proporcionar alívio real e duradouro aos pacientes. Sua formação inclui graduação em Psicologia pela Faculdade Integrada do Recife e especializações em áreas como hipnoterapia e análise comportamental. Atualmente é doutorando em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO) na Argentina, onde desenvolve uma pesquisa com a TRG em pessoas com depressão e ansiedade, alcançando resultados promissores com a remissão dos sintomas nestes participantes. Há mais dois doutorados com a TRG a serem desenvolvidos neste momento.
Para mais informações, visite o Instagram.
 


Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas - IBFT
Para mais informações, visite o site ou o Instagram.

 

Setembro Azul alerta: perda auditiva pode levar até 7 anos para ser diagnosticada

Especialistas do Hospital Paulista alertam para a importância da audiometria e da prevenção ainda na juventude. Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva

 

O Setembro Azul, mês da visibilidade da comunidade surda e da saúde auditiva, traz à tona uma realidade preocupante: a perda de audição pode demorar até sete anos para ser diagnosticada e tratada. Segundo dados do Instituto Locomotiva, mais de 10,7 milhões de brasileiros têm algum grau de deficiência auditiva — e a grande maioria sequer utiliza aparelhos para correção.

De acordo com a fonoaudióloga Christiane Nicodemo, mestre em distúrbios da comunicação e linguagem e especialista do Hospital Paulista, há um desconhecimento generalizado sobre os fatores que agravam a perda auditiva. “As pessoas não têm o hábito de fazer exames regulares. Condições como diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo aceleram esse processo silencioso”, explica.


Audiometria: exame simples, barato e fundamental

A profissional reforça que a audiometria é a principal ferramenta para detectar precocemente qualquer alteração auditiva. “É um exame rápido, indolor e de baixo custo. E ainda assim, há resistência. Após a identificação de um problema, muitas pessoas ainda levam anos para buscar tratamento especializado”, completa Christiane.

A fonoaudióloga alerta também para consequências cognitivas da perda auditiva não tratada: “Na terceira idade, a falta de estímulos auditivos pode predispor à demência precoce, agravando ainda mais o quadro”.


Impacto global e custo invisível

A otorrinolaringologista Bruna Assis, também do Hospital Paulista, ressalta que a deficiência auditiva é uma condição de grande impacto mundial, mas muitas vezes invisível. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta que até 2050, cerca de 900 milhões de pessoas terão perda auditiva no mundo”, destaca a médica.

Além das consequências sociais, os custos econômicos também preocupam. “O impacto da perda auditiva não tratada chega a quase US$ 1 trilhão por ano globalmente, considerando desde a perda de produtividade até o isolamento social”, explica a otorrino.


Brasil: o silêncio dos números

Segundo levantamento da Semana da Acessibilidade Surda, 87% dos brasileiros com deficiência auditiva não utilizam aparelhos auditivos — muitas vezes por custo, estigma ou falta de diagnóstico. Ainda segundo a pesquisa, 57% das pessoas com deficiência auditiva têm mais de 60 anos, o que mostra a forte relação entre o envelhecimento e a perda auditiva.


Outros dados importantes:

  • O SUS realizou 26,7 milhões de procedimentos auditivos entre 2017 e 2020, incluindo fornecimento de aparelhos e implantes cocleares.
  • Apesar disso, apenas 8,4% das pessoas com deficiência auditiva frequentam serviços de reabilitação.
  • A presbiacusia — perda auditiva relacionada à idade — afeta de 36% a 64% dos idosos brasileiros, segundo o Conessp.


Escutar é prevenir

Para ambas as especialistas, a conscientização é o primeiro passo. A recomendação é que pessoas a partir dos 50 anos ou com fatores de risco realizem audiometrias anuais, mesmo sem sintomas evidentes.

“A perda auditiva é invisível. Quando percebida, muitas vezes o quadro já avançou demais. E o silêncio pode custar muito caro, para o indivíduo e para a sociedade”, alerta Dra. Bruna.


Números:

  • 10,7 milhões de brasileiros têm deficiência auditiva
  • 87% não usam aparelhos auditivos
  • OMS projeta 900 milhões de pessoas com surdez até 2050
  • Custo global da perda auditiva não tratada: US$ 980 bilhões por ano

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Setembro Vermelho alerta para os riscos das doenças cardiovasculares, principal causa de morte no Brasil

Mês de conscientização reforça a importância da prevenção e dos cuidados com a saúde do coração

 

Setembro é marcado pelo alerta à saúde cardiovascular, tema urgente em um país onde, a cada 90 segundos, uma pessoa perde a vida por doenças do coração. De acordo com o último levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2024, anualmente são registrados cerca de 400 mil óbitos relacionados a essas enfermidades, o que mantém as doenças cardiovasculares como a principal causa de morte no Brasil.

 

A campanha Setembro Vermelho tem como foco sensibilizar a população para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Ações educativas, consultas médicas regulares e mudanças de estilo de vida são estratégias centrais para reduzir os índices de mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

 

Segundo a médica cardiologista Fernanda Douradinho, falar sobre saúde do coração é essencial porque muitas doenças podem ser evitadas ou controladas com medidas simples. “É fundamental estimular a conscientização. Quanto mais cedo cuidamos da saúde cardiovascular, maiores são as chances de evitar complicações graves”, afirma.

Entre os fatores que mais comprometem o coração, ela destaca a hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, tabagismo, obesidade e o sedentarismo. “O acompanhamento regular permite identificar e controlar esses riscos antes que causem problemas sérios”, explica a especialista.

 

A adoção de hábitos saudáveis é outro ponto fundamental. “Uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física, manter o peso adequado, não fumar, dormir bem e gerenciar o estresse são pilares para proteger o coração. Além disso, é essencial seguir corretamente o tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão”, orienta Fernanda.

 

Ela também chama atenção para sinais que exigem atendimento imediato. “Dor no peito, falta de ar, palpitações, desmaios, inchaço nas pernas e o aumento persistente da pressão arterial são sintomas que não devem ser ignorados”, alerta a cardiologista.


Sobre a realização do check-up cardiológico, Fernanda reforça que a recomendação varia conforme idade e histórico. “Homens devem iniciar a avaliação a partir dos 35 anos e mulheres a partir dos 40. Se tudo estiver normal, pode ser repetida a cada dois ou três anos. Já quem tem fatores de risco deve começar mais cedo e realizar o acompanhamento anualmente”, aconselha.

 

Com o Setembro Vermelho, a mensagem ganha ainda mais relevância: cuidar do coração é uma atitude de prevenção que salva vidas. 

 

Fernanda Douradinho - Fernanda Douradinho da Rocha Silva é médica cardiologista, formada em 2007 pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (Centro Universitário Lusíadas). Realizou residência em Clínica Médica (2008–2010) e Cardiologia (2010–2012) no Hospital Ana Costa, em Santos. Possui título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia desde 2013. Atualmente, atua como médica diarista nas Unidades de Terapia Intensiva de Cardiologia do Hospital Ana Costa e do Hospital Guilherme Álvaro, professora da disciplina de Urgência e Emergência da Faculdade de Medicina da UNAERP e mantém seu consultório de cardiologia na Av. Ana Costa, em Santos.


Consumo de adoçantes pode acelerar declínio cognitivo, revela estudo da Faculdade Medicina da USP

Pesquisa mostrou envelhecimento cerebral equivalente a 1,6 anos nos maiores consumidores.


A substituição do açúcar por adoçantes artificiais pode representar mais do que uma simples mudança na dieta. Um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) apontou que o uso elevado desses produtos pode acarretar consequências inesperadas para a saúde cerebral a longo prazo. Os resultados foram publicados hoje, 3 de setembro, na Neurology®, revista médica da American Academy of Neurology.

A pesquisa acompanhou 12.772 adultos em todo o Brasil, com idade média de 52 anos, durante cerca de oito anos. Os adoçantes artificiais analisados no estudo - aspartame, sacarina, acessulfame-K, eritritol, xilitol, sorbitol e tagatose - são encontrados principalmente em alimentos ultraprocessados, como águas saborizadas, refrigerantes, bebidas energéticas, iogurtes e sobremesas de baixa caloria. Alguns também são utilizados como adoçantes de uso individual.

“Adoçantes de baixa ou nenhuma caloria são frequentemente vistos como uma alternativa saudável ao açúcar. No entanto, nossos achados sugerem que certos adoçantes podem ter efeitos negativos sobre a saúde cerebral. Observamos que pessoas que consomem maiores quantidades de adoçantes tendem a apresentar um declínio cognitivo mais rápido, especialmente aquelas com diabetes. É importante destacar, porém, que o estudo não estabelece relação de causa e efeito”, detalhou a autora do estudo, Profa. Dra. Claudia Kimie Suemoto, docente da disciplina de Geriatria da FMUSP. 

Os participantes foram divididos em três grupos, de acordo com a quantidade total de adoçantes consumida. Aqueles que ingeriam maiores quantidades (média de 191 mg/dia) apresentaram um declínio cognitivo 62% mais rápido em memória e habilidades de pensamento em comparação com os que consumiam menos (média de 20mg/dia). Esse efeito corresponde a 1,6 ano de envelhecimento cerebral antecipado. Já o grupo intermediário, que consumiu uma média de 64 mg/dia, apresentou queda 35% mais rápida, o que equivale a 1,3 ano. 

Foram realizados testes cognitivos no início, meio e no final do estudo, para acompanhar as habilidades de memória, linguagem e raciocínio ao longo do tempo. As avaliações analisaram aspectos como fluência verbal, memória de trabalho, recordação de palavras e velocidade de processamento.


MAIOR VULNERABILIDADE

Ao analisar os resultados por idade, os pesquisadores verificaram que pessoas com menos de 60 anos que consumiram as maiores quantidades de adoçantes apresentaram declínios mais rápidos na fluência verbal e na cognição geral, em comparação com aquelas que consumiram menores quantidades. Nenhuma associação foi observada em pessoas com mais de 60 anos. Já o diabetes foi apontado como um fator associado a um declínio mais rápido entre os participantes que consumiam maiores quantidades de adoçantes.

“Embora tenhamos encontrado associação com declínio cognitivo em pessoas de meia idade, com ou sem diabetes, são as pessoas com diabetes que tendem a usar adoçantes artificiais com mais frequência como substitutos do açúcar. Precisamos de mais pesquisas para confirmar esses resultados e avaliar se outras alternativas ao açúcar, como purê de maçã, mel, xarope de bordo ou açúcar de coco, podem ser opções eficazes”, completou a Profa. Dra. Claudia Suemoto.

O estudo utilizou como base os dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um levantamento multicêntrico que acompanha a saúde de servidores públicos de Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

 

DESTAQUES:

  • O estudo acompanhou 12.772 adultos com idade média de 52 anos;
  • Pessoas que consumiram as maiores quantidades totais desses adoçantes tiveram um declínio mais rápido nas habilidades gerais de memória e raciocínio em comparação com pessoas que consumiram as menores quantidades;
  • Ao analisar adoçantes individuais, o consumo de aspartame, sacarina, acessulfame-k, eritritol, sorbitol e xilitol foi associado a declínio mais rápido na cognição geral, especialmente na memória;
  • Não foi encontrada associação entre o consumo de tagatose e o declínio cognitivo;
  • O declínio mais rápido correspondia a cerca de 1,6 anos de envelhecimento cerebral;
  • Embora o estudo tenha encontrado ligações, ele não prova que os adoçantes causam declínio cognitivo;
  • Para o aspartame, a quantidade analisada é equivalente a uma lata de refrigerante;
  • O sorbitol foi o adoçante de maior consumo, com média de 64 mg/dia.
     

O estudo completo está disponível na Neurology®, o jornal médico da American Academy of Neurology: doi:10.1212/WNL.0000000000214023 *
  


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