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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Incerteza na economia, retenção de talentos e tecnologia são as preocupações dos CHROs nos próximos dois anos, diz estudo da Korn Ferry

A preparação da liderança para a transformação dos negócios, o uso da IA na análise de dados, o papel dos chefes de RH no trabalho dos CEOs e outros dados foram obtidos no material.

 

A consultoria global de gestão organizacional Korn Ferry divulgou um novo estudo que fortalece a compreensão dos negócios. Desta vez, o material é sobre os desafios de ser diretor de Recursos Humanos em 2025, contemplando a corda bamba da transformação empresarial, a busca por talentos e o equilíbrio da agenda de RH das empresas mundo afora. 

Apoiar o avanço dos negócios diante da disrupção, atuando como líder de transformação e consultor estratégico de talentos, é um desafio entre performar e transformar a organização. Segundo os chefes de RH, as principais tendências externas que terão maior impacto nos negócios nos próximos dois anos são: incerteza econômica (60%), escassez de mão de obra qualificada (30%) e os avanços tecnológicos em IA (37%). 

Veja os dados completos:

 


Para o sócio sênior e Líder de Consumo e Varejo América Latina na Korn Ferry, Tiago Salomão, a agenda de RH deve integrar a análise de impactos externos nos negócios, indo além das preocupações internas. Esse profissional ganha mais protagonismo, deixando de ser apenas suporte. Ele destaca a importância de estudar o comportamento do público-final da empresa, incluindo os consumidores, compreender a competitividade em inovação e monitorar a regulação do mercado. 

“O RH é a nova fronteira da estratégia. Ele deixou de ser um coadjuvante há muito tempo e, hoje, é responsável por viabilizar mudanças que impactam o negócio como um todo, desde a inovação até o crescimento sustentável. Empresas que ainda não fizeram este movimento estão atrasadas e podem sair do trilho”, comenta. 

A pressão sobre os CHROs está mais evidente do que nunca, já que precisam equilibrar a necessidade de crescimento e expansão com a busca por eficiência de custos e aumento de produtividade. Questionados sobre as principais prioridades estratégicas de negócios para os próximos dois anos, as respostas foram: crescimento e expansão de mercado (69%), custos com produtividade e eficiência (56%) e transformação (36%).

Veja os dados completos:

 


Estar pronto para transformar 

Diversas empresas têm grandes ambições em seus planos de negócio, mas suas capacidades organizacionais não estão alinhadas para alcançá-las. E essa transformação não pode esperar, já que, ao não evoluírem, correm o risco de ficar ultrapassadas. 

Nesse cenário, o estudo da Korn Ferry mostra que apenas 40% incorporam ideias disruptivas e práticas inovadoras em seus negócios. Em contraponto, 60% ainda resistem em se afastar das antigas maneiras de pensar e agir. 

O desalinhamento da liderança também surge como desafio para a transformação. Pelo menos 30% dos CHROs afirmam que seus líderes não estão plenamente alinhados com as necessidades dessa mudança. “Sem um equilíbrio claro entre a equipe e seus superiores, as organizações terão dificuldade para atingir todo o seu potencial”, destaca Salomão. 

Pelo menos 60% dos chefes de RH afirmam que a agilidade de aprendizagem é a principal característica buscada na contratação de líderes. Segundo eles, há três ações que os CHROs podem adotar na preparação de suas organizações para a transformação: 

1.   Realinhar estruturas, funções e recursos para oportunidades de crescimento;

2.   Avaliar como a IA e outras novas tecnologias estão remodelando o trabalho e as funções;

3.   Desenvolver líderes prontos para a mudança, que possam lidar com a disrupção e a tensão entre executar e transformar.

Abaixo, com detalhes, saiba quais são as principais prioridades para CHROS em 2025 (imediato).

 


 

“Balanço” de talentos

Quando o assunto é retenção de talentos, as ações dos chefes de RH são ainda mais claras. Pelo menos 72% desses profissionais afirmam que precisam atualizar seu Employee Value Proposition (EVP) para atrair futuros talentos. E 66% dizem saber como obter as habilidades necessárias para o futuro por meio de contratação e requalificação.

 

Os líderes de RH citam a pressão de curto prazo e a falta de planejamento de longo prazo como os principais desafios para equilibrar o investimento em talentos com o crescimento dos negócios. O estudo mostra que 37% dos CHROs afirmam que não há planejamento suficiente para as necessidades futuras da força de trabalho, enquanto 35% sentem-se excessivamente focados no crescimento de curto prazo, em detrimento das necessidades de talentos no longo prazo.

 

Tiago Salomão reforça que a escassez de talentos e habilidades críticas persiste, tornando a retenção de capacidades essenciais uma das maiores preocupações dos CEOs. “Para preencher essa lacuna, o RH precisa desenvolver uma estratégia de pessoas alinhada diretamente aos objetivos da companhia. É crucial identificar as principais capacidades organizacionais e de liderança, posicionar bem a organização para o futuro — renovando a marca empregadora — e ampliar a visão sobre liderança e sucessão”, explica.



Agenda de RH


Os CHROs são consultores estratégicos e líderes transformadores. Segundo o estudo da Korn Ferry, eles não se concentram mais apenas em pessoas: estão moldando a estratégia de negócios e liderando mudanças organizacionais.

 

Os dados revelam que 61% dos CHROs afirmam que seus CEOs frequentemente contam com eles para aconselhamento estratégico sobre questões de negócios importantes, e 60% impulsionam esforços de transformação, destacando uma mudança significativa na alta liderança.

 

Veja os dados completos:



 

“A complexidade dos desafios de negócios está crescendo, e as empresas buscam CHROs mais experientes e completos para liderar a transformação estratégica e de talentos. O estudo mostra que a idade média dos CHROs aumentou em 5 anos, e há uma preferência por profissionais com MBAs e carreiras diversificadas, com experiência em média em 4,5 organizações e 3,5 setores diferentes. Isso evidencia a valorização da ampla experiência intersetorial para navegar em meio à incerteza”, opina Salomão.

 

CHROS: a transformação da ia oportunidade em RH


Com a escassez de mão de obra tirando o sono dos CHROs, as habilidades tecnológicas baseadas em IA podem ser a resposta. Questionados sobre o papel que o RH deve desempenhar para ajudar as empresas a lidar com o impacto da Inteligência Artificial, 60% responderam requalificação e atualização profissional; 59%, gestão de mudanças; e 49%, liderança estratégica.

 

Veja os dados completos:



Apesar disso, os dados revelam que embora 42% dos CHROs priorizem o investimento em IA, apenas 5% das equipes de RH estão bem preparadas para adotá-la. Para 40% dos CEOs, o maior obstáculo é o “conhecimento e habilidades insuficientes relacionados à IA dentro da equipe de RH”. Curiosamente, 0% dos CHROs afirmam estar totalmente preparados.

 

Na busca por entender quais práticas de pessoas são mais impactadas pelos recursos de análise de dados de RH, a pesquisa revelou: aquisição e retenção de talentos (66%), engajamento e produtividade dos funcionários (60%) e agilidade e planejamento no local de trabalho (47%).

 

Em contraponto, diversidade, equidade e inclusão (21%) e desenvolvimento de liderança e planejamento de sucessão (40%) foram apontados como áreas de menor impacto.

 

Veja os dados completos:

 



Salomão lembra que, para a organização se manter competitiva e resiliente, os CHROs precisam aprimorar as capacidades funcionais do RH, preparando-o para enfrentar disrupções causadas por avanços em IA e outras tecnologias, bem como por mudanças econômicas e sociais que moldam o futuro do trabalho.

 

“É essencial avaliar como a IA pode melhorar a gestão de talentos, o planejamento da força de trabalho e a experiência dos colaboradores. Para isso, o RH deve incorporar agilidade ao seu modelo operacional, acelerando a tomada de decisões e alinhando-se às necessidades do negócio. Por fim, é crucial aprimorar a capacidade de análise de dados para impulsionar o desempenho e antecipar riscos relacionados à força de trabalho”, finaliza o especialista da Korn Ferry.

 

Metodologia

A Korn Ferry entrevistou 750 líderes seniores de RH (incluindo 450 CHROs) para entender suas principais prioridades em 2025 e além.



Roteiro de viagens: o que está em alta (e o que está ficando para trás)

O mercado do turismo está passando por transformações significativas, já que muitos viajantes têm mudado seus hábitos de consumo na hora de escolher o destino, revelando uma clara busca por experiências imersivas, personalização e conexão, seja com a natureza, com a cultura ou com o autocuidado. Sendo assim, comportamentos de turismo massificado mostram claros sinais de queda.

Para explicar mais sobre as novidades (e falar sobre o que está ficando para trás), Aline Poletti Tiano, especialista no setor de turismo, listou 5 pontos principais abaixo:


  1. Noctourism

O turismo noturno, ou noctourism, é uma das novidades mais comentadas do ano: explorar destinos após o pôr do sol, visitar mercados noturnos, observar estrelas em áreas escuras e fazer caminhadas guiadas sob a lua estão em alta.


  1. Calmcations

Viagens silenciosas e focadas no descanso, como retiros de bem-estar, meditação e desintoxicação digital, estão se popularizando. Resorts de alto padrão já oferecem programas que priorizam relaxamento profundo e equilíbrio mental, um antídoto ao estresse e conectividade em excesso. Spas, retiros de yoga, meditação, alimentação saudável, destinos com águas termais, práticas holísticas e reconexão com a natureza estão em alta.


  1. Anti-luxury

Turistas com alto poder aquisitivo tem buscado autenticidade ao invés de ostentação. Experiências como interações culturais reais e memórias emocionais estão redefinindo o padrão de luxo. Destinos “fora do óbvio” (lugares menos explorados, rotas alternativas), busca por segurança e qualidade, mas também por originalidade.


  1. Turismo sustentável e responsável

Destinos com práticas ecológicas (redução de plásticos, energia limpa, turismo de baixo impacto); interesse em apoiar a economia local; ecoturismo e turismo regenerativo (deixar um impacto positivo no destino).


  1. Viagem solo feminina

Mulheres viajando desacompanhadas aumentam em número e importância no mercado. Atualmente, elas representam uma grande parte de viajantes independentes e optam por cruzeiros ou experiências personalizadas, apoiadas por uma crescente oferta voltada para esse perfil.

Mas, e o que está ficando para trás? Segundo Aline Tiano, há uma queda considerável na procura por destinos já saturados e aqueles que costumam ter público em massa. Além disso, viagens superficiais estão perdendo espaço para viagens lentas e imersivas. “O turista moderno valoriza experiências que promovem conexão verdadeira com a cultura e o local visitado”, explica a especialista.

Agora, o desafio para os profissionais da área é criar roteiros que encantem com autenticidade, ofereçam calma, estimulem a imersão cultural e utilizem inteligência para personalizar jornadas únicas.

E você, o que procura no seu próximo destino?


Pesquisa da Serasa Experian mapeia perfil dos jovens das classes D e E e revela engajamento digital e disciplina financeira

Ferramenta Mosaic da datatech traça o perfil da geração que ingressa no mercado de trabalho e mostra comportamento focado em educação, estabilidade e aspirações tecnológicas

 

A Serasa Experian, primeira e maior datatech do país, levantou, por meio da solução de inteligência de dados Mosaic, o perfil dos jovens brasileiros das classes D e E que integram o mercado de trabalho. A partir do estudo que mapeou toda a população brasileira maior de idade, foram identificados quatro perfis de “Jovens Profissionais e Conectados”. A pesquisa destaca características como engajamento digital, disciplina no uso do crédito e dedicação à qualificação pessoal e profissional. Esses jovens estão presentes em todo o território nacional, abrangendo capitais, regiões metropolitanas, além de cidades do interior e do litoral.

 

“A inteligência do Mosaic nos permite enxergar um Brasil que muitas vezes não está nos radares das marcas, mas que representa um potencial real e inspirador de consumo consciente, digital e em crescimento. Esses jovens demonstram organização, aspiram crescimento e estão construindo sua trajetória de forma consistente. Para as marcas, compreender esse comportamento é estratégico, pois abre espaço para iniciativas mais assertivas e inclusivas”, afirma a CMO da Serasa Experian, Giovana Giroto.


 

Quatro dimensões da nova geração: Perfis das classes D e E identificados no estudo

 


Início da Vida Adulta


Esse perfil reúne jovens em início de trajetória profissional, em áreas como comércio, agroflorestal e serviços. Embora tenham score de crédito mais baixo, destacam-se pela responsabilidade: 86% não possuem dívidas vencidas. Têm no celular a principal ferramenta de ascensão, utilizando aplicativos de estudo, plataformas de jogos e conteúdos educacionais que complementam recursos formais. No consumo, priorizam itens essenciais e buscam crescer dentro das próprias comunidades, com baixa mobilidade geográfica.


 

Jovens Assalariados


Com 67% adimplentes, esses jovens equilibram orçamento apertado com investimentos em dispositivos de maior valor, como smartphones de ponta. Atuam em setores administrativos e de varejo, possuem escolaridade média e utilizam frequentemente aplicativos de capacitação, fidelidade, tecnologia e oportunidades profissionais. O consumo digital e a preferência por pagamentos parcelados refletem planejamento e projeção de evolução.


 

Nova Geração de Trabalhadores


Inclui assalariados, pequenos produtores e comerciantes. São organizados financeiramente, com 62% adimplentes, e investem em aplicativos de educação, eletrônicos, busca de emprego e soluções voltadas ao MEI. A escolaridade varia, mas o engajamento digital é consistente, com interesse por dispositivos de maior valor e plataformas que ampliem a qualificação profissional ou a renda complementar.


 

Consciência Financeira na Juventude


Formado por microempreendedores, servidores públicos e profissionais administrativos, esse grupo mantém controle financeiro (59% sem dívidas vencidas) e utiliza aplicativos de estudo, emprego e formalização. Além de estabilidade, busca crescimento e responde bem a programas de educação financeira, microcrédito e plataformas de fidelidade que reconheçam seus esforços e aspirações.

 

“O uso de dados mostra uma realidade muito mais rica e estratégica dos jovens: estamos falando de consumidores que planejam, priorizam e demonstram uma relação madura com o crédito e o consumo digital. Quando conhecemos melhor esses públicos, conseguimos enxergar oportunidades concretas de conexão, com ofertas mais assertivas, jornadas mais inclusivas e um diálogo que respeita suas metas reais e o que eles já constroem”, reforça Giovana.


 

Sobre o Mosaic

 

O Mosaic é uma solução da Serasa Experian que combina dados demográficos, comportamentais e socioeconômicos para oferecer segmentações refinadas da população brasileira, ajudando empresas a entender melhor seus públicos e a tomar decisões estratégicas mais assertivas.

 

Experian
experianplc.com



Fraudes em leilões: golpes praticados por falsos leiloeiros crescem no mercado

               

                               Freepik

“Muitos não possuem registro legal, não prestam caução e operam com dados empresariais falsos”

 

A atividade de leiloeiro público no Brasil é regulamentada pelo Decreto nº 21.981/1932, que define os critérios para o exercício da profissão. Trata-se de uma função personalíssima, ou seja, só pode ser exercida por pessoa física devidamente habilitada e registrada na Junta Comercial do estado onde atua. No Estado de São Paulo, esse registro é feito junto à Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo).

Os leiloeiros são responsáveis por intermediar a venda pública de bens móveis e imóveis, judiciais ou extrajudiciais, mediante lances competitivos. Os valores pagos pelos arrematantes devem ser depositados diretamente na conta do leiloeiro oficial, nunca em nome de terceiros. Caso haja autorização para que outra pessoa receba os valores, essa delegação deve estar formalmente registrada e pode ser verificada junto à Junta Comercial ou no edital do leilão.

Para verificar se um leiloeiro está devidamente registrado em São Paulo, o cidadão pode acessar o portal da Jucesp e realizar a consulta diretamente por meio do seguinte link: https://www.institucional.jucesp.sp.gov.br/consultaLeilao.html.

Nos últimos anos, o crescimento dos leilões online atraiu não apenas consumidores, mas também fraudadores que se passam por leiloeiros, criando sites falsos e simulando leilões de bens inexistentes. Segundo dados da Febraban, houve um aumento de 450% nas denúncias de golpes relacionados a falsos leilões em 2024 e o Sindicato dos Leiloeiros identificou mais de 50 sites falsos criados para aplicar golpes, e essa lista cresce diariamente.

Esses golpistas se aproveitam da aparência profissional dos sites e da falta de conhecimento dos compradores para induzi-los ao erro. Muitos desses falsos leiloeiros não possuem registro legal, não prestam caução e operam com dados empresariais falsos.

Para mitigar riscos e proteger os participantes, os leiloeiros oficiais são obrigados a prestar caução ou seguro caução, conforme previsto no decreto regulador. Esse instrumento funciona como uma garantia contra eventuais prejuízos causados por má conduta ou falhas na execução do leilão. Em caso de dano, o valor da caução pode ser acionado judicialmente para ressarcir o lesado.

Antes de participar de um leilão, é essencial verificar:

- Se o leiloeiro está registrado e regular na Junta Comercial. Verifique pelo link acima, nunca clique em um link fornecido por terceiros;

- Se os pagamentos são direcionados ao leiloeiro ou à conta autorizada.

A segurança jurídica nos leilões depende da transparência e da atuação responsável dos leiloeiros. A atenção aos detalhes pode ser a diferença entre uma boa oportunidade e um prejuízo irreparável.

 

 Marcio Shimomoto - Presidente da Jucesp

 Fonte: https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/fraudes-em-leiloes-golpes-praticados-por-falsos-leiloeiros-crescem-no-mercado

 

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio

 

Saiba tudo sobre as entregas dos kits e horários do XX Troféu Independência do Brasil

As distribuições dos kits serão neste sábado, 6, das 10h às 20h na Decathlon Ricardo Jafet, e prova será realizada no domingo, 7, a partir das 6h50, no Parque Independência 


A JJS Eventos e a Sagaz Esportes informam que as entregas dos kits aos atletas que participarão do XX Troféu Independência do Brasil serão neste sábado, 6 de setembro, das 10h às 20h, na Loja Decathlon Ricardo Jafet, localizada na Av. Dr. Ricardo Jafet, 2070 - Vila Mariana, São Paulo - SP, 04123-020.

Com distâncias de 5K para Corrida e Caminhada e 10K para Corrida e Corrida Especial, a programação do dia da prova será:

6h45 - Início Aquecimento/alongamento;

6h50 – Largada Corrida Especial 10 km;

7h - Largada da Corrida 10 km /Corrida 5km e Caminhada 3Km

A organização ressalta que não haverá entrega do kit no dia da prova, sendo para a retirada os participantes deverão apresentar as comprovações exigidas e o comprovante de pagamento. Quem optar pela retirada por terceiros, ela pode ser feita mediante a apresentação da autorização que consta no site https://www.trofeuindependenciabrasil.com.br/


Sobre a XX edição

O XX Troféu Independência do Brasil, tradicional corrida e caminhada que acontece em 7 de setembro (domingo) a partir das 6h50, abrem as comemorações do feriado nacional e percorrem as ruas em torno do Parque Independência em São Paulo, onde ocorreram os fatos históricos em 1822 no bairro do Ipiranga, estão chegando ao fim.

Promovido pela primeira vez numa aliança entre a JJS Eventos e a Sagaz Esportes, o evento é voltado para até 5 mil participantes e terá as seguintes premiações: 

  • Corrida 10km: Geral e Elite: troféu para 5 primeiros colocados de cada categoria (Masculino e Feminino) e premiação em dinheiro: 1º Colocado Masculino e Feminino - R$ 1.500,00, 2º Colocado Masculino e Feminino - R$ 1.000,00, 3º Colocado Masculino e Feminino - R$ 800,00, 4º Colocado Masculino e Feminino - R$ 600,00 e 5º Colocado Masculino e Feminino- R$ 400,00
  • Corrida 5km: serão premiados com troféus os 5 primeiros de cada categoria (masculino e feminino)
  • Especial (PCD): somente 1º colocado de cada categoria - Deficiente intelectual, Deficiente membros superiores femininos, Deficiente membros inferiores, Deficiente auditivo, Deficiente visual
  • Caminhada 3K: medalha para todos os participantes, sem premiação com troféu
  • Premiação Equipe | Grupos e Assessorias - As cinco primeiras Equipes ou Grupos e Assessorias que tiverem a maior quantidade de inscritos/participantes, receberão um troféu por reconhecimento de melhor desempenho e divulgação do evento

Além disso, ao final todos os participantes receberão medalha, além de produtos das empresas apoiadoras.

O XX Troféu Independência do Brasil conta com o Apoio Oficial da Prefeitura de São Paulo e Federação Paulista de Atletismo (FPA), Apoio da Montevérgine e Apoio de Mídia da Rádio Transamérica. O regulamento e todas as informações podem ser conferidos no site oficial https://www.trofeuindependenciabrasil.com.br/  

 

Serviço:

Retirada Kits XX Troféu Independência do Brasil

Data: 06/09/2025 (sábado)

Horário: 10h às 20h

Local: Loja Decathlon Ricardo Jafet

Endereço: Av. Dr. Ricardo Jafet, 2070 - Vila Mariana, São Paulo - SP, 04123-020

XX Troféu Independência do Brasil

Data: 07/09/2025 (domingo)

Horário:

6h45 - Início Aquecimento/alongamento;

6h50 – Largada Corrida Especial 10 km;

7h - Largada da Corrida 10 km /Corrida 5km e Caminhada 3Km

Local: Parque Independência

Endereço: Av. Nazaré, s/n - Ipiranga, São Paulo - SP, 04263-200

Regulamento e informações:  https://www.trofeuindependenciabrasil.com.br/

 

Violência patrimonial: o crime silencioso que destrói a autonomia feminina

Especialista explica como identificar esse tipo de agressão e quais medidas podem ser tomadas para combatê-lo 

 

A violência patrimonial, embora menos visível que outras formas de agressão, é uma realidade que atinge milhares de mulheres no Brasil e compromete diretamente sua autonomia financeira e emocional. Trata-se de um crime silencioso, tipificado pela Lei Maria da Penha, e muitas vezes não reconhecido de imediato, já que é naturalizado em relações conjugais e familiares. 

 

Como identificar uma vítima 

Casos comuns incluem o controle abusivo de cartões bancários, impedimento de trabalhar, retenção de documentos, destruição de objetos de valor sentimental ou materiais e até a apropriação de salários e heranças. Por ser muitas vezes confundida com conflitos financeiros cotidianos, a violência patrimonial acaba invisibilizada, o que dificulta a denúncia e a proteção adequada da vítima.  

Marcos Toledo, professor de Direito da Una Catalão, explica que ambas as situações envolvem questões econômicas, porém há uma distinção em como as implicações legais as veem. “A violência patrimonial tem por característica principal o controle, a punição ou a restrição da autonomia financeira da vítima, desde que aplicada no contexto familiar, sendo considerada como um crime e estando previsto na lei Maria da Penha, em seu artigo 7. Como exemplo, temos a venda de bens sem o consentimento da vítima, como bens de valor agregado que foram adquiridos em conjunto, o controle abusivo de finanças a ponto de não permitir o acesso da vítima às contas bancárias, destruição de objetos pessoais como celulares e notebooks ou confisco de documentos pessoais. Nas tratativas de conflitos financeiros, temos o fato de divergências sobre como administrar ou dividir bens ou recursos financeiros, mas que, são geralmente tratados em esfera cível.”  

Além de restringir o acesso aos próprios recursos, esse tipo de agressão gera dependência financeira e enfraquece a autonomia da mulher, dificultando sua saída de relacionamentos abusivos. 

 

Como lidar com a situação 

A Lei Maria da Penha prevê medidas protetivas específicas, como a restituição de bens e documentos, proibição de venda ou destruição de patrimônio comum e até o afastamento do agressor do lar.  

O advogado explica que denúncia pode ser feita por qualquer pessoa, seja vítima direta ou testemunha, mas existem alguns passos que auxiliam para que se tenha maior efetividade, como reunir provas sobre a violência em questão. “Mensagens de texto ou de áudio através de prints são uma forma de demonstrar o caráter agressivo de falas, como também o testemunho de outras vítimas que vivenciaram essa situação. Registrar objetos que foram danificados e ter cópias de extratos bancários, quando o agressor pegar o dinheiro sem a permissão da vítima, também é uma forma de demonstração.”  

Ainda assim, mais políticas públicas e campanhas educativas são necessárias para dar visibilidade ao tema e garantir que as mulheres identifiquem esse tipo de violência a tempo. Enquanto sociedade, Toledo alerta para que “possamos observar certas falas e comportamentos que envolvem a nós e às pessoas que estão ao nosso redor. Sempre que presenciarmos uma situação com comentários vexatórios, como ‘você não entende de dinheiro’ ou ‘deixa que eu cuido disso’, podemos já identificar uma possível agressão”.  

A denúncia é um passo essencial. Mulheres que suspeitam estar sendo vítimas de violência patrimonial podem buscar apoio em delegacias especializadas, Defensorias Públicas, Ministério Público ou por meio do telefone 180, canal nacional de atendimento à mulher. 

 

Centro Universitário Una

 

Dia Mundial da Saúde Sexual: mais de 3,6 mil kits contra o HIV já foram retirados na Linha 4-Amarela

Ação pioneira alia tecnologia, mobilidade e saúde pública na luta contra o HIV e outras ISTs

 

No Dia Mundial da Saúde Sexual, celebrado em 4 de setembro, a ViaQuatro e a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo destacam os avanços de um programa pioneiro que já impactou milhares de pessoas: as máquinas automáticas de entrega de kits contra o HIV instaladas nas estações da Linha 4-Amarela. Ao todo, mais de 3,6 mil kits de proteção ao vírus já foram distribuídos por meio dessa iniciativa. 

A primeira máquina entrou em operação em junho de 2024, na Estação Vila Sônia – Professora Elisabeth Tenreiro e 1.406 retiradas dos kits já foram registradas no local. Em julho do mesmo ano, a Estação Luz também passou a contar com o equipamento e distribuiu 2.265 kits até agosto de 2025. Com isso, o projeto tem se consolidado como referência em acesso facilitado à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Os equipamentos disponibilizam, de forma prática e segura, a profilaxia pré e pós-exposição ao HIV (PrEP e PEP), além de kits de autoteste de HIV, sempre mediante prescrição médica que pode ser obtida via teleconsulta no aplicativo e-saúdeSP. As estações ainda disponibilizam gratuitamente preservativos masculinos para que os passageiros possam garantir o acesso à proteção durante o seu trajeto pela cidade de São Paulo. 

“Celebrar o Dia Mundial da Saúde Sexual com esse balanço positivo mostra como inovação e compromisso social podem caminhar juntos. Estamos contribuindo para que milhares de pessoas tenham acesso facilitado à prevenção e ao cuidado com a saúde”, afirma Antônio Marcio Barros Silva, diretor de operações da ViaQuatro.
 

Importância no Dia Mundial da Saúde Sexual

O Dia Mundial da Saúde Sexual foi criado em 2010 pela Associação Mundial para a Saúde Sexual (WAS) com o objetivo de promover a consciencialização sobre a saúde sexual em todo o mundo. A data serve para encorajar a educação sexual, englobando a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez não planejada, saúde reprodutiva e o respeito e consentimento nos relacionamentos. 

A data reforça a necessidade de ampliar o acesso a informações e recursos de prevenção. As máquinas instaladas pela parceria entre ViaQuatro e Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo materializam esse propósito, aproximando a população de ferramentas concretas para a proteção e o autocuidado. 

Segundo o Ministério da Saúde houve um aumento de 168% nos casos de HIV entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil nos últimos 10 anos. Dados do órgão sobre a sífilis mostraram 1.538.525 novos casos entre 2010 e 2024, atingindo a maior taxa registrada em 2023 (113,8 por 100 mil habitantes). As taxas de infecção por HIV foram reduzidas, com 1,3 milhão de novas infecções em 2024 e há, ainda, uma preocupação com a baixa cobertura vacinal de HPV, que deixa crianças e jovens mais vulneráveis a cânceres.


terça-feira, 2 de setembro de 2025

Saiba como funcionam as lentes de contato que evitam o avanço da miopia

Freepik
A Dra. Michelle Farah explica que os dispositivos atuam para estabilizar a visão de crianças e adolescentes míopes

 

Muito provavelmente você tem ou conhece alguém com miopia. Nos últimos anos, o número de pessoas com o problema de visão cresceu consideravelmente e a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que até 2050, metade da população do planeta seja míope. A miopia costuma se manifestar na infância ou adolescência e, embora a hereditariedade seja um componente importante, o uso frequente de telas é apontado como um dos motivos para o avanço dos casos. 

A Dra. Michelle Farah, oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da rede Vision One, explica que “a miopia acontece quando o olho é um pouco mais alongado que o normal ou quando a curvatura da córnea é mais acentuada. Isso faz com que a imagem se forme antes da retina, resultando em dificuldade para enxergar de longe. A visão de quem tem miopia é nítida para perto, mas os objetos distantes ficam borrados”. 

A correção da visão pode ser feita com o uso de óculos ou de lentes de contato, sendo que a cirurgia refrativa é indicada para pacientes adultos que apresentam grau estável há no mínimo um ano. “No caso das crianças e adolescentes, o tratamento não visa apenas melhorar a visão, mas também frear a progressão da miopia e hoje isso pode ser feito com lentes de contato especiais, como as de ortoceratologia ou lentes de duplo foco”, complementa a médica.
 

A oftalmologista esclarece de que forma cada uma destas lentes atua na estabilização da miopia:

  • Ortoceratologia: de uso noturno, esta lente rígida é projetada para remodelar a córnea durante o sono. Ao acordar e remover a lente, o paciente tem visão clara durante o dia, sem necessidade de óculos ou lentes de contato. O método exige adaptação personalizada e acompanhamento individualizado para garantir segurança e eficácia.
     
  • Duplo foco: desenvolvidas especificamente para o controle da miopia em crianças, essas lentes apresentam uma zona central que corrige o erro refrativo para longe e anéis concêntricos que criam desfocagem periférica miópica, mecanismo que reduz o crescimento excessivo do olho e o aumento da miopia. Seu design foi inspirado nas lentes multifocais, tradicionalmente usadas em adultos para presbiopia, mas adaptado para atender às necessidades do público pediátrico.

De acordo com a Dra. Michelle Farah, “não existe uma idade mínima fixa para utilizar as lentes de contato que evitam a progressão da miopia. O mais importante é avaliar a maturidade e responsabilidade da criança, bem como o apoio da família para seguir os cuidados necessários. Em geral, crianças a partir dos sete ou oito anos já podem usar, desde que haja acompanhamento próximo”. 

Os cuidados com a higienização das lentes devem ser sempre adotados, reforça a oftalmologista, que dá seis recomendações importantes: 

- lavar bem as mãos antes de manipular as lentes;

- seguir rigorosamente o esquema de limpeza e desinfecção indicado pelo oftalmologista, além de usar apenas produtos específicos recomendados por ele para higienizar e armazenar as lentes;

- higienizar o estojo diariamente com a mesma solução de limpeza das lentes, deixar secar ao ar e substituir a cada três meses;

- nunca deixar que as lentes e o estojo entrem em contato com a água, pois isso aumenta o risco de infecções graves;

- retirar as lentes de contato ao tomar banho, entrar na piscina ou no mar;

- dormir somente com lentes que tenham esta indicação.

“A escolha entre utilizar óculos ou lentes de contato depende de fatores como idade, grau de miopia, estilo de vida, facilidade de adaptação e capacidade de cuidar das lentes de forma adequada”, complementa a médica. O ideal é que a decisão seja tomada em conjunto com o oftalmologista, considerando o perfil da criança, o apoio dos pais e as características do tratamento indicado.


Interrupção precoce do uso de aspirina nos primeiros meses após infarto não é segura, conclui estudo inédito do Einstein


  • Retirada precoce da aspirina reduz sangramentos, mas não propicia proteção suficiente para infarto, AVC e trombose, mostra pesquisa com mais de 3.400 pacientes;
  • Estudo é destaque no principal congresso de cardiologia do mundo e foi selecionado para publicação na revista New England Journal of Medicine. 

 

O Einstein liderou um dos maiores estudos clínicos já realizados no Brasil sobre tratamento pós-infarto agudo do miocárdio. A pesquisa NEO-MINDSET, que acompanhou por 12 meses mais de 3.400 pacientes com síndromes coronarianas agudas, é um dos destaques do congresso anual da European Society of Cardiology (ESC), em Madrid, que termina nesta segunda-feira (1/9). Além disso, foi escolhida para publicação no New England Journal of Medicine (NEJM), uma das revistas científicas mais influentes do mundo.

Coordenado pelo Einstein em parceria com o Ministério da Saúde, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o estudo avaliou se seria seguro suspender o uso da aspirina após a angioplastia com stent, mantendo apenas um antiplaquetário potente (prasugrel ou ticagrelor). Hoje, o tratamento padrão combina aspirina com outro antiplaquetário — a chamada dupla anti-agregação plaquetária. Porém, como a aspirina pode aumentar o risco de sangramentos, havia dúvidas sobre sua continuidade.

Estudos prévios indicavam que é possível retirar a aspirina após alguns meses, mantendo-se um período inicial de dupla anti-agregação. Mas permanecia incerto se a retirada poderia ser realizada logo após o infarto. Os resultados da pesquisa do Einstein demonstram que, na maioria dos casos, manter a dupla medicação desde o início é mais seguro, reforçando o protocolo tradicional e influenciando práticas médicas no mundo todo.

Os pesquisadores observaram que a retirada precoce da aspirina resultou em uma redução significativa nos sangramentos, com uma incidência de 2,0% no grupo que não utilizou aspirina, em comparação a 4,9% no grupo que manteve a terapia dupla. Por outro lado, a alteração no protocolo padrão não manteve a proteção contra eventos cardiovasculares graves — como infarto, acidente vascular cerebral ou necessidade urgente de nova revascularização — no grupo sem aspirina (7,0% versus 5,5%). Além disso, o número de casos de trombose de stent, uma complicação séria desse tipo de procedimento, pareceu maior entre os pacientes que não receberam aspirina (12 casos contra 4 no grupo controle).

“O artigo confirma que a monoterapia antiplaquetária, ou seja, o não uso da aspirina, reduz sangramentos, mas ainda não alcança a segurança necessária para substituir completamente a estratégia padrão nas primeiras semanas ou meses após o infarto”, explica Pedro Lemos, diretor do programa de cardiologia e pesquisador do Einstein, autor sênior da publicação. O cardiologista destaca que os achados são importantes, no entanto, para garantir cada vez mais protocolos embasados em evidências científicas.

A Academic Research Organization (ARO) do Einstein foi o centro coordenador nacional do projeto, responsável pela condução regulatória, operação do ensaio clínico e análise estatística. O estudo, que envolveu 50 centros hospitalares de diversas regiões do Brasil, contemplou 3.400 pacientes, sendo a maior parte do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A publicação no New England Journal of Medicine e a seleção como destaque no principal congresso de cardiologia do mundo reforçam a maturidade da pesquisa clínica conduzida no Brasil. Trata-se de uma contribuição relevante para a prática médica global, que projeta a cardiologia e a ciência médica brasileira no geral em um cenário de excelência científica internacional. O estudo exemplifica como a pesquisa científica de qualidade influencia positivamente a assistência à saúde, mas também que o rigor necessário para a geração de evidências é contemplado com respeito e relevância”, avalia Luiz Vicente Rizzo, diretor executivo de Pesquisa do Einstein.

A ARO é referência em pesquisa clínica de excelência, com infraestrutura completa e equipes especializadas que garantem rigor metodológico em todas as etapas dos estudos, desde o desenho até a análise estatística e farmacovigilância. Atua em projetos estratégicos privados e públicos, por meio do Proadi-SUS, promove parcerias com indústria, governo e academia, e investe na formação de profissionais, fortalecendo a pesquisa clínica no Brasil com impacto internacional.

 

O corpo após a bomba: Quais são os riscos dos anabolizantes?


O consumo de anabolizantes disparou no Brasil — crescimento de 670% entre 2019 e 2024, segundo levantamento do Valor Econômico e da Anvisa —, mesmo após a proibição para fins estéticos em 2023. Mas o maior perigo nem sempre está durante o uso: quando o efeito passa, o corpo pode enfrentar uma série de colapsos físicos e hormonais, alguns irreversíveis. 

Originalmente desenvolvidos para auxiliar na recuperação de massa muscular em pacientes com queimaduras graves, câncer ou desnutrição, os anabolizantes passaram a ser usados por frequentadores de academias, homens e mulheres, para ganho estético e muscular. Porém, o uso prolongado dessas substâncias eleva os riscos de doenças cardiovasculares, problemas no fígado, câncer, infarto, derrame, hipertensão, insuficiência cardíaca, tromboses e até embolia pulmonar. 

“Nos homens, podem ocorrer redução dos testículos, infertilidade, perda de cabelo e acne. Nas mulheres, além da queda de cabelo e acne severa, há também o engrossamento da voz, aumento do clitóris e alterações hormonais", explica o endocrinologista e diretor executivo da startup de saúde e educação médica, G7med, Marcio Krakauer. 

Quanto à reversibilidade dos efeitos, o especialista esclarece que isso depende da dose e do tempo de uso. Enquanto alguns sintomas, como oleosidade e acne, podem regredir, doenças cardiovasculares, diabetes e alterações hormonais muitas vezes são permanentes. Krakauer é enfático ao desmentir o mito de que a testosterona possa ser usada para emagrecimento, afirmando que “não há qualquer indicação médica para o uso da testosterona com essa finalidade”. 

O aumento de massa magra promovido pelos anabolizantes depende também de alimentação adequada, exercícios de resistência e fatores genéticos. Ao interromper o uso, seja por decisão pessoal, surgimento de efeitos colaterais ou falta de recursos, os ganhos desaparecem rapidamente. O corpo pode entrar em colapso, apresentando sintomas como falta de ar, dor no peito, alterações hepáticas, pressão alta, inchaço nas pernas, queda brusca de desempenho e problemas hormonais severos. Além disso, o uso dessas substâncias pode prejudicar ainda mais quem possui diabetes, interferindo no controle glicêmico e aumentando os riscos de complicações. 

O médico destaca ainda que é importante diferenciar a terapia de reposição hormonal (TRH) do uso de anabolizantes para ganho muscular. A TRH é indicada para homens com hipogonadismo e utiliza doses fisiológicas de testosterona, aplicadas por meio de gel ou decanoato. Já os esteróides são usados exclusivamente para ganho de massa muscular e não têm relação com reposição hormonal. 

“Diante do crescimento expressivo do consumo e dos riscos à saúde, o alerta é para que o uso de anabolizantes seja sempre acompanhado por profissionais especializados, evitando que a ‘bomba depois da bomba’ comprometa a qualidade de vida dos usuários”, completa. 



Marcio Krakauer - Médico Endocrinologista; Fundador e Presidente da ADIABC – Ass. de Diabetes do ABC (1998); Cofundador e Diretor Médico Executivo do G7med.


Saúde da mulher em diferentes fases da vida: quais são os cuidados necessários?

Ginecologista da Universidade de Franca (Unifran) orienta sobre hábitos e ações de prevenção importantes na adolescência, fase adulta e menopausa

 

A saúde da mulher e o cuidado com o corpo feminino, para além de exames de rotina, representam a prevenção e a valorização da vida. Com o objetivo de esclarecer mitos, oferecer informações precisas e indicar medidas importantes para cada fase, a médica Elisabete Lilian Dair, ginecologista e docente do curso de Medicina da Universidade de Franca (Unifran) comenta sobre o assunto.

 

Adolescência e o início da vida reprodutiva: prevenção e conscientização

A adolescência e o início da vida adulta são períodos de intensas transformações hormonais e sociais para as jovens. Segundo a doutora Elisabete, é crucial que, desde cedo, as adolescentes compreendam seu corpo e adotem hábitos que influenciarão sua saúde futura: "Recomendo que as adolescentes façam visitas regulares ao ginecologista para discutir temas como menstruação, contracepção e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST)", afirma. 

A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) é um dos pilares da prevenção, idealmente realizada entre 9 e 14 anos, para evitar o câncer de colo de útero e outras doenças relacionadas ao vírus. Além disso, a ginecologista ressalta a importância do uso correto de preservativos e do acesso a métodos contraceptivos seguros e eficazes. 

Outro ponto de atenção é o combate a crenças equivocadas que podem prejudicar a saúde e o bem-estar das jovens: "Mitos como a ideia de que a virgindade é sinônimo de saúde ou pureza, ou que a menstruação é algo sujo ou vergonhoso, precisam ser combatidos. É fundamental que as jovens tenham acesso a informações precisas e confiáveis sobre sua saúde", pontua a médica. A construção de hábitos saudáveis, como dieta equilibrada, prática regular de exercícios e sono adequado, também são essenciais para essa fase.

 

Fase adulta e a transição para a menopausa: equilíbrio e qualidade de vida

Na fase adulta, a mulher enfrenta desafios como gravidez, maternidade e, posteriormente, a transição para a menopausa. A profissional de saúde enfatiza a importância do planejamento familiar, que permite às mulheres o acesso a informações e recursos para decidir sobre a gestação de forma segura e eficaz. A prevenção de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, por meio do controle de peso e outros fatores de risco, também é um ponto de atenção. 

A menopausa, embora seja uma fase natural, pode vir acompanhada de sintomas desconfortáveis, como ondas de calor e alterações de humor. "Recomendo que as mulheres busquem apoio médico e emocional durante essa fase e que considerem a terapia hormonal se necessário, sempre com foco na prevenção e tratamento precoce", explica a ginecologista. 

Manter a qualidade de vida e o bem-estar físico e emocional também é fundamental. "Incentivo minhas pacientes a se manterem ativas e engajadas, seja por meio de exercícios físicos ou atividades sociais", diz a médica. O acompanhamento médico regular e o acesso a tratamentos para os sintomas da menopausa, além de apoio psicológico, são ferramentas que a Medicina oferece para auxiliar a mulher a atravessar essa fase da vida com mais tranquilidade.

 

Saúde da mulher idosa: longevidade com qualidade e prevenção

Com o aumento da expectativa de vida, a saúde da mulher na terceira idade ganha ainda mais relevância. A médica destaca que nessa fase a prioridade deve ser a manutenção da autonomia e independência. "A prevenção de doenças comuns, como osteoporose e doenças cardiovasculares, é crucial. Recomendo exames regulares, dieta saudável e equilibrada e a manutenção da massa muscular para preservar a autonomia", afirma. Além dos cuidados físicos, o bem-estar emocional e psicológico é igualmente importante. "Incentivo minhas pacientes a se manterem conectadas com amigos e familiares e a buscar atividades que promovam a saúde mental e física", relata a ginecologista. 

A Medicina e a sociedade têm um papel fundamental em apoiar a mulher idosa a viver plenamente, desmistificando a ideia de que a velhice é sinônimo de fragilidade. Isso se dá por meio do acompanhamento médico contínuo, do apoio social e da promoção da autonomia, oferecendo recursos para que elas possam viver de forma plena e saudável. "Meu objetivo é ajudar as mulheres a viverem de forma plena e saudável em todas as fases da vida. Acredito que a saúde da mulher é fundamental para a saúde da família e da sociedade como um todo", conclui. 



Unifran
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