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sábado, 8 de março de 2025

Como compreender suas emoções para expressar melhor?

Quando nos compreendemos, conseguimos entender todos os nossos
lados, tanto os positivos quanto os negativos, e podemos
trabalhar em nós mesmos a partir disso.. (
 Unsplas

A dificuldade em reconhecer e expressar sentimentos pode gerar distanciamento afetivo e conflitos: veja técnicas para evitar o isolamento


 

Nossas emoções fazem parte da nossa personalidade, elas ditam quem somos e como reagimos aos nossos sentimentos, tanto os bons quanto os ruins. Os nossos comportamentos e decisões são inteiramente baseados na neurociência das emoções e na forma como lidamos com elas. Afinal, o convívio social depende da nossa inteligência emocional, que é a capacidade de reconhecer nossos sentimentos, e o autoconhecimento é o pilar fundamental para qualquer tipo de relação. 

De acordo com uma pesquisa da Associação Médica Brasileira, apenas 5,1% dos brasileiros fazem terapia. A terapia é uma peça fundamental para a nossa saúde emocional, que ensina como equilibrar diversas emoções, assim como lidar e manejar sentimentos bons e ruins que nos guiam diariamente. 

Jacqueline Sampaio, psicóloga da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health, com uma abordagem da Gestalt Terapia diz: “Nossas emoções influenciam diretamente a forma como nos relacionamos com o mundo e tomamos decisões. A inteligência emocional é essencial para o convívio social, pois nos permite reconhecer e administrar nossos sentimentos de maneira saudável. O autoconhecimento, desenvolvido por meio da terapia, é a base para equilibrar as emoções e construir relações mais genuínas e harmoniosas.” 

Pensando nisso, Jacqueline cita 5 técnicas para uma melhor compreensão de si e para aprimorar a sua inteligência emocional:
 

1. Praticar a atenção plena no presente

Para nos compreendermos melhor, é essencial observar nossos pensamentos, emoções e sensações sem julgamento. Exercícios como a respiração consciente e a observação dos próprios sentimentos ajudam a fortalecer essa conexão.
 

2. Identificar e nomear emoções

Muitas vezes, não conseguimos expressar emoções porque não sabemos como identificá-las. A autoconsciência emocional é a melhor forma para entendermos o que estamos sentindo e como estamos sentindo. É extremamente importante ir na raiz do sentimento e se perguntar: “o que eu estou sentindo agora? Por que estou sentindo isso? O que me fez sentir isso? Qual é o gatilho? Como eu estou lidando com essa emoção?”
 

3. Responsabilizar-se pelos próprios sentimentos

Uma estratégia fundamental é assumir responsabilidade pelo que sentimos, em vez de projetá-los nos outros. Evitar frases como “Você me deixou triste” e substituir por “Me sinto triste quando isso acontece”, ajuda a ter mais clareza sobre essas emoções, facilitando qualquer tipo de comunicação.
 

4. Expressar emoções de forma autêntica

Ao compreender melhor nossas emoções, é importante expressá-las de maneira autêntica. Sem rodeios, comunique o que sente, da forma mais clara possível.
 

5. Reconhecer padrões de comportamento

Observar nossas reações diante de situações semelhantes pode revelar padrões inconscientes e que nos impedem de expressar emoções livremente. Por isso, é importante perceber e reconhecer esses padrões para nos permitir agir de formas mais intencionais.
 

Invista na sua saúde mental e tenha uma vida mais harmoniosa. Agende uma consulta com a psicóloga Jacqueline Sampaio. Saiba mais, aqui!




Jacqueline Sampaio - psicóloga e empreendedora, fundadora da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health, onde adota a abordagem Gestalt, focada no autoconhecimento e na superação de barreiras internas. Atualmente, atende pacientes em 15 países, oferecendo planos de terapia que variam de individuais a anuais. Especializada em Saúde Mental pela USP, em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com aprofundamento em Motivação para o Sucesso na Harvard University, ela transformou desafios pessoais e profissionais em uma trajetória de sucesso. Saiba mais, aqui!
Instagram: jacquesuamente


A mulher e a família uma constante luta por seus direitos

 pexels
Especialistas indicam que garantia legal em divórcios e heranças promove autonomia feminina 

 

O direito de família vem se tornando uma das áreas mais importantes para a afirmação dos direitos femininos no Brasil. Em meio às transformações sociais, a advocacia familiarista está preparada para orientar e defender mulheres em questões como divórcios, partilhas de bens, custódia de filhos e heranças — situações que frequentemente envolvem tensões emocionais e estruturais. Segundo a Pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2024 do IBGE, só no último ano foram registrados mais de 400 mil divórcios no país, muitos deles iniciados pela parte feminina em busca de segurança e equidade.

Nesse cenário, o advogado familiarista Dr. Henrique Hollanda destaca que “a segurança jurídica é fundamental para que as mulheres se sintam amparadas durante todo o processo de dissolução do casamento”. Ele explica que a partilha de bens deve seguir uma linha de justiça, levando em conta a participação de cada cônjuge na constituição do patrimônio. No caso de mulheres que se dedicaram exclusivamente ao lar ou aos filhos, é fundamental haver um olhar sensível para o fato de que o trabalho doméstico e o cuidado não-remunerado representam contribuições sociais e econômicas para a família.

Além do patrimônio, outro ponto crítico é a divisão da guarda dos filhos, que deve prezar pelo melhor interesse da criança. Conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) evidenciou em um relatório de fevereiro de 2025, mais de 68% dos processos de guarda resultam em compartilhamento, mas muitos ainda esbarram em conflitos que necessitam da intervenção de profissionais capacitados. Para as mulheres, o respaldo de um advogado familiarista garante que tanto seus direitos quanto os das crianças sejam respeitados, especialmente em cenários de violência doméstica ou abandono afetivo.

O direito à herança também se revela fundamental para a autonomia econômica das mulheres. Em muitos casos, é o único recurso que garante sustentabilidade a longo prazo após a perda do cônjuge ou de um parente próximo. Dr. Henrique Hollanda ressalta que, “no Brasil, as mulheres ainda lidam com a disparidade salarial e com um mercado de trabalho desafiador; portanto, a defesa de um inventário equilibrado e transparente cumpre um papel decisivo na redução de injustiças e na promoção da igualdade”.

Esses exemplos ilustram como a advocacia familiarista não se restringe a processos burocráticos, mas exerce um poder de transformação social, permitindo que mulheres tenham voz ativa na reorganização de suas vidas. De um lado, há a busca por soluções extrajudiciais, como a mediação, que pode agilizar acordos e aliviar o desgaste emocional. De outro, há a possibilidade de uma disputa judicial, em que a experiência e a sensibilidade de um advogado comprometido com as causas femininas podem fazer toda a diferença.

Nesse sentido, o trabalho de profissionais como Dr. Henrique Hollanda representa um farol de segurança. É nas incertezas de um divórcio, na angústia pela guarda dos filhos ou na necessidade de um inventário que muitas mulheres encontram, por meio da justiça, a chance de recomeçar. Ao garantir que direitos sejam respeitados e acordos sejam justos, a advocacia familiarista mostra-se essencial para construir um futuro mais digno e equilibrado para todas. 

 

Dr. Henrique Hollanda - Advogado especialista em Direito da Família e Sucessões
Hollanda e Sinhori Advogados Associados
@henriquehollandaadvogado
contato@hollandaesinhori.adv.br
https://www.hollandaesinhori.adv.br/
Rua Ébano Pereira, 11, conjunto 1.802. Curitiba/PR.


Dicas e sugestões de destinos para mulheres que viajam sozinhas em São Paulo

Pedra Bela Vista, em Socorro (Foto: Banco de Imagens SETUR-SP, Tacio Philip Sansonovski)


Roteiros de aventura, relaxamento, cultura e muito mais para quem busca autonomia e segurança

 

Viajar sozinha é uma experiência transformadora que oferece liberdade para explorar novos destinos, viver novas aventuras e se reconectar consigo mesma. Para as mulheres que desejam aproveitar ao máximo essa jornada, o Estado de São Paulo oferece uma infinidade de destinos incríveis, ideais para quem viaja sozinha ou em grupos de mulheres. Se você está buscando tranquilidade, contato com a natureza, cultura rica ou até mesmo atividades de aventura, aqui vão 10 opções de destinos paulistas que prezam por segurança, infraestrutura e um acolhimento especial. 

Independentemente do estilo de viagem ou destino escolhido, a maior riqueza de viajar sozinha é a liberdade de se redescobrir e aproveitar cada momento. Não deixe o medo ou a falta de informação te impedir de explorar lugares incríveis em São Paulo!

 

1. Ilhabela e São Sebastião

Um paraíso para quem ama o mar, trilhas e aventura. São Sebastião e Ilhabela possuem ótimas infraestruturas de hospedagem e muitos atrativos para mulheres que viajam sozinhas, como passeios de barco, veleiro e mergulho, além das praias urbanas, tranquilas e seguras para caminhar e relaxar. Para quem busca um pouco mais de isolamento, as trilhas e cachoeiras da região são ideais, e vale a pena contratar um guia local para maior segurança nos locais com acesso mais difícil.

 

2. Cunha

Este destino é perfeito para quem ama arte e natureza. Com sua charmosa atmosfera bucólica, Cunha é um excelente local para viagens tranquilas e relaxantes. Além do famoso Lavandário, há ateliês de arte e várias opções gastronômicas, ideal para quem busca descanso e inspiração.

 

3. Santos

Com uma infraestrutura completa e acesso fácil a partir de São Paulo, Santos é uma excelente opção para quem deseja conciliar cultura, lazer e praticidade. O Centro Histórico da cidade, com suas igrejas e museus, oferece uma imersão na história e cultura paulista, enquanto a praia é perfeita para momentos de lazer sozinha ou com amigas.

 

4. Brotas, Águas de São Pedro, São Pedro e Piracicaba

Se você é fã de aventura e natureza, esses destinos são ideais. Brotas é famosa por suas atividades radicais, como rafting e boiacross. Já Águas de São Pedro oferece uma experiência de descanso com boa gastronomia e hospedagens confortáveis, como o Grande Hotel Senac. Piracicaba é uma ótima escolha para quem gosta de turismo histórico e cultural, com diversas construções antigas e centros culturais.

 

5. Iporanga e Eldorado

Para as amantes de aventura e mistério, Iporanga e Eldorado são destinos perfeitos. A famosa Caverna do Diabo e o Parque PETAR, com suas cavernas e trilhas, oferecem experiências únicas para quem gosta de natureza e adrenalina. Pousadas e glamping garantem uma estadia confortável e segura para quem viaja sozinha.

 

6. Cananéia e Ilha Comprida

Se o seu desejo é estar em contato direto com a natureza, esse é o destino ideal. Ambas as cidades estão situadas no Vale do Ribeira, com praias paradisíacas e trilhas. Para quem gosta de frutos do mar, as ostras de Cananéia são imperdíveis. Ideal para quem quer relaxar e explorar a região em pequenos grupos ou sozinha.

 

7. Serra Negra, Socorro e Águas de Lindóia

Esses destinos são perfeitos para um final de semana de compras, gastronomia e relaxamento. Em Serra Negra, há a réplica da Fontana di Trevi, enquanto Socorro oferece aventuras como a tirolesa do Parque dos Sonhos. Águas de Lindóia, com seus balneários, proporciona uma experiência revigorante para quem busca descanso e cuidado com o corpo.

 

8. Mairiporã e Atibaia

Com paisagens deslumbrantes e boas opções de hospedagem, esses destinos são ideais para quem quer fugir da agitação da capital paulista sem abrir mão do conforto. Além das trilhas e da comida deliciosa, Atibaia oferece festivais, como o de Morango, e turismo religioso, como o Santuário de Schöenstatt.

 

9. São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão

Esses destinos na Serra da Mantiqueira oferecem uma combinação perfeita de cultura, natureza e tranquilidade. Conheça a Pedra do Baú, explore as vinícolas locais ou desfrute das delícias gastronômicas, tudo isso em um ambiente seguro e acolhedor, ideal para quem viaja sozinha. Campos do Jordão é uma excelente opção para quem busca a paz das serras e atividades culturais.

 

10. Itu e Salto

Para quem busca história e cultura, Itu e Salto são destinos imperdíveis. Conheça o centro histórico de Itu, o Museu Fama e o famoso Trem Republicano que une as duas cidades. Além disso, a gastronomia local é excelente, com destaque para o tradicional filé à parmegiana.

 

Dicas Importantes: 

* Segurança: Todos os destinos mencionados são conhecidos por sua boa infraestrutura e segurança, mas sempre é recomendável estar atenta aos horários e procurar informações locais sobre a segurança da área. 

* Acomodações: Muitos desses destinos oferecem opções que atendem tanto quem viaja sozinha quanto grupos de mulheres, com serviços personalizados, incluindo guias locais, para garantir uma experiência mais segura e tranquila. 

* Contato com a Natureza: Para as viajantes que buscam relaxamento e conexão com a natureza, diversos desses destinos oferecem trilhas, praias desertas e experiências únicas de bem-estar, perfeitas para quem viaja sozinha.


O Dia da Mulher é um clichê ou uma homenagem justa?


Por décadas, as mulheres foram excluídas de posições de liderança no mundo corporativo. Eram escolhidas para papéis secundários, invisibilizadas e desvalorizadas apenas por serem mulheres. Felizmente, muita coisa mudou. Hoje, vemos mulheres ocupando cargos de alto escalão e mostrando todo o seu potencial.

 

Nesse contexto, o Dia Internacional da Mulher se apresenta como uma data carregada de significados históricos e sociais. No ambiente corporativo, a ocasião é uma oportunidade para as empresas demonstrarem o reconhecimento e a valorização das mulheres em suas equipes. Mas aí surge a pergunta: será que essas ações são realmente genuínas? Ou acabam se tornando gestos superficiais, mais preocupados com a imagem da companhia do que com uma transformação real?

 

Do ponto de vista de reputação, as ações no Dia da Mulher podem ser extremamente positivas, desde que sejam autênticas. O público, tanto interno quanto externo, está cada vez mais atento ao chamado pinkwashing: quando empresas utilizam datas simbólicas apenas para autopromoção, sem implementar mudanças concretas ou políticas reais de inclusão.

 

Por exemplo, lançar campanhas externas exaltando a igualdade de gênero, enquanto dentro da organização faltam práticas que promovam equidade ou oportunidades reais para mulheres. Essa incoerência pode comprometer a credibilidade da marca. Por outro lado, quando as iniciativas são genuínas e refletem um compromisso contínuo com a valorização feminina, elas fortalecem a imagem da empresa como um ambiente diverso, inclusivo e justo.

 

Acredito que as empresas devam, sim, realizar ações no Dia da Mulher, mas com algumas ressalvas fundamentais. Essas iniciativas precisam agregar valor verdadeiro às colaboradoras. Não basta um gesto simbólico, é preciso criar espaços e oportunidades, onde as mulheres se sintam ouvidas, reconhecidas e apoiadas.

Quando conduzidas com seriedade e propósito, as ações no Dia da Mulher têm impacto positivo tanto para as colaboradoras quanto para a reputação da empresa. No entanto, elas precisam fazer parte de um esforço maior, um compromisso contínuo com a inclusão, o respeito e o desenvolvimento humano.

O Dia da Mulher pode até soar como um clichê para alguns, mas é uma homenagem que o planeta deve às mulheres há muito tempo. Não se trata apenas de celebrar, mas de reconhecer o caminho percorrido e, principalmente, o longo percurso que ainda temos pela frente.

Celebrar o Dia da Mulher é, acima de tudo, uma oportunidade de fazer a diferença para as funcionárias, para as empresas e para a sociedade como um todo.

 


Flávia Morizono - diretora de planejamento e operações da agência de eventos corporativos e live marketing, Joia - Experiências que Transformam.


5 provas de que as crenças de idade sobre as mulheres não são reais

Canva
Apesar de muitas pessoas acreditarem que as fases da vida podem limitar algumas decisões, Marciele Scarton, autora de “O Grande Poder”, fala sobre como essa ideia não é verdadeira

 

 A idade é apenas um número? Para muitas pessoas, certos marcos etários vêm acompanhados de crenças limitantes, como a ideia de que, depois de determinada fase da vida, é tarde para recomeçar, aprender algo novo ou realizar sonhos. No entanto, essas suposições podem ser ressignificadas. Marciele Scarton, mentora em desenvolvimento feminino e autora do best-seller "O Grande Poder: Acesse Sua Força Feminina para Alcançar Tudo o Que Deseja", esclarece que nossas crenças são moldadas ao longo do tempo, mas podemos reformulá-las para viver com mais liberdade e realização.

E, no contexto do Dia Internacional da Mulher, essa reflexão se torna ainda mais relevante, pois é uma data que celebra a força, a determinação e a capacidade de reinvenção de todas as mulheres, independentemente da fase da vida em que se encontram.

“É normal pensar que é tarde demais para fazer uma nova faculdade, para ser mãe, para casar. Crescemos com “regras”, que na verdade não existem e isso não pode impedir que a gente vá em busca de nossos sonhos, que podem mudar em qualquer fase da vida”, explica a mentora.

Pensando nisso, Marciele listou 5 provas que essas crenças são falsas:


O aprendizado não tem prazo de validade 

A neurociência e estudos sobre aprendizagem mostram que o cérebro humano tem plasticidade ao longo de toda a vida. Ou seja, é possível aprender um novo idioma, desenvolver uma habilidade ou iniciar uma nova carreira em qualquer fase.

"A crença de que só podemos aprender quando jovens é uma ilusão. Nossa capacidade de evoluir nos acompanha ao longo de toda a vida, basta que estejamos dispostos a isso", afirma Marciele.


Histórias de sucesso começam em qualquer idade 

Diversas pessoas conquistaram feitos impressionantes mais tarde na vida. A escritora Toni Morrison publicou seu primeiro livro aos 39 anos e ganhou um Prêmio Nobel depois dos 60. A apresentadora Hebe Camargo estreou seu programa, em nível nacional, aos 57 anos. Histórias como essas mostram que nunca é tarde para dar um novo passo.

"O tempo não é um limitador para o sucesso. Muitas vezes, a maturidade nos permite enxergar oportunidades que antes passavam despercebidas", ressalta ela.


A saúde pode melhorar com o tempo 

Idade não é sinônimo de decadência. Muitas pessoas descobrem o prazer da atividade física na maturidade, melhoram a alimentação e desenvolvem novos hábitos saudáveis. O importante é focar na qualidade de vida, independentemente do número no RG.

"Cuidar do corpo e da mente é um processo contínuo. Pequenas mudanças ao longo dos anos podem gerar grandes impactos na nossa saúde e bem-estar", destaca a autora.


Relacionamentos e felicidade não têm idade 

A crença de que amor e felicidade pertencem apenas aos mais jovens é um mito. Casamentos, novas amizades e experiências significativas podem acontecer em qualquer momento da vida. Felicidade é sobre conexões e propósito, não sobre idade.

"A felicidade não tem tempo de vida útil. Quando nos permitimos viver plenamente, encontramos significado e conexões verdadeiras em qualquer fase da vida".


Reinventar-se é sempre possível 

Mudar de carreira, de cidade ou de estilo de vida não é privilégio de quem está no início da vida adulta. O mundo está cheio de exemplos de pessoas que deram viradas impressionantes depois dos 40, 50, 60 anos ou mais. A reinvenção é uma escolha acessível a qualquer um disposto a desafiar padrões e crenças limitantes.

"Sempre há tempo para começar algo novo. A coragem de se reinventar é o que nos mantém vivos e em constante evolução", conclui Marciele Scarton.

 

Marciele Scarton - jornalista, escritora e palestrante natural de Bento Gonçalves (RS). Com uma carreira dedicada ao desenvolvimento pessoal e à liderança feminina, lançou seu primeiro livro, Mulheres do Interior, em 2013, quando percebeu seu potencial para inspirar outras mulheres. Desde então, tem se destacado por abordar o paradoxo da felicidade feminina e as pressões modernas sobre as mulheres. Sua obra mais recente, O Grande Poder: Acesse Sua Força Feminina para Alcançar Tudo o Que Deseja, apresenta uma metodologia prática baseada em sete passos fundamentais para desbloquear o poder feminino.

 

Uma luta que não pode parar


O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data de luta, resistência e reflexão. É uma ocasião para relembrar as conquistas e os desafios da população feminina ao longo da história e reforçar a importância da cultura da legalidade como ferramenta para garantir seus direitos. 

O alinhamento aos valores democráticos se manifesta no dia a dia das mulheres quando elas têm acesso igualitário à educação, à saúde, ao mercado de trabalho e à participação política. É a certeza de que seus direitos serão respeitados e que a lei será aplicada de forma justa e igualitária. No entanto, os obstáculos ainda são muitos. 

No Brasil, mesmo com leis como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, a violência contra a mulher segue em níveis alarmantes: em 2023, foram registrados 1.410 casos de feminicídio, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Isso demonstra que a legislação, apesar de avançada, precisa ser efetivamente aplicada e disseminada para que alcance todas as mulheres, especialmente as mais vulneráveis.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres também é outro reflexo da ausência de cidadania plena e ativa para todos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que as trabalhadoras continuam ganhando, em média, 23% menos do que seus pares do sexo masculino, mesmo desempenhando as mesmas funções. Essa disparidade reforça a importância de garantir que os direitos das mulheres sejam cumpridos na prática. 

A promoção da cultura da legalidade também passa por estimular a participação das mulheres nos espaços de decisão. Embora as mulheres já ocupem mais espaços, ainda são minoria em cargos de poder. Em 2023, o Brasil ocupava a 142ª posição no ranking mundial de representação feminina na política. Apenas 15% das cadeiras no Congresso Nacional são ocupadas pelas parlamentares, o que revela a necessidade urgente de ampliar suas posições de liderança e decisão. 

Portanto, o Dia Internacional da Mulher não deve ser apenas uma data para celebrar conquistas, mas também para reconhecer que ainda há muito a ser feito. Precisamos promover o acesso à educação jurídica e ao conhecimento sobre direitos fundamentais, ampliando as oportunidades para mulheres, proporcionando-lhes informação e suporte para que possam reivindicar seus direitos e construir trajetórias mais autônomas e seguras. 

Necessitamos trabalhar de modo incansável por uma sociedade que compreenda que os direitos femininos são inerentes à condição humana e ao exercício pleno da cidadania. Por isso, precisamos fortalecer a cultura da legalidade, garantindo que todas as mulheres conheçam seus direitos e tenham condições reais de exercê-los. 

Em um país como o Brasil, onde a desigualdade ainda é muito presente, é determinante que todos engajem-se nesse processo de mudança. Somente poderemos avançar na conquista de um mundo mais justo e igualitário se houver união da sociedade, ações do Terceiro Setor, políticas públicas efetivas e a conscientização de cada um de nós. 


Anne Wilians - fundadora do Instituto Nelson Wilians (INW).

 

Dia Internacional da Mulher: um convite à análise de quem faz história e constrói o futuro

Chegamos a mais um mês de março e, consequentemente, à reflexão de uma importante data desse período. O Dia Internacional da Mulher, que não é restrito a apenas um marco no calendário, nos convida a pensar nas ações que realizamos ao longo de todo o ano em prol da equidade de gênero e da promoção do protagonismo feminino. Temos muito caminho a percorrer neste sentido, mas também podemos e devemos aproveitar o momento para celebrar as conquistas já alcançadas.

Lígia Mackey e Marilia Gregolin

Para quem trabalha com Engenharia, Agronomia, Geociências, Tecnologia e Design de Interiores, existe um exemplo claro e real do que é possível alcançar ao integrar diversidade à governança corporativa e política pública. Trata-se do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), o maior conselho de fiscalização profissional da América Latina e o maior representante das profissões da área tecnológica no Brasil, atualmente, liderado por duas mulheres. 

Já foi inédito que, em praticamente 90 anos de existência, o Crea-SP elegesse uma mulher para presidir a autarquia entre seus 370 mil profissionais registrados. Mais, além de uma presidente, este Conselho tem também uma vice-presidente. Esses feitos, contudo, não são isolados. São resultados que mostram o potencial transformador de repensar as estruturas tradicionais, buscando meios de garantir uma participação efetiva das mulheres no mercado de trabalho e em posições de liderança. 

Para entender isso, precisamos voltar um pouco mais na história, a um passado em que nos deparamos com trajetórias de mulheres como Enedina Alves Marques, primeira engenheira negra do Brasil, e Dorothy Johnson Vaughan, engenheira americana que foi pioneira no desenvolvimento da tecnologia aeroespacial. Florence Bascom foi a segunda mulher a fazer um doutorado em Geologia nos Estados Unidos, e a dinamarquesa Inge Lehmann, geóloga e sismóloga, foi quem descobriu os núcleos interno sólido e externo líquido da Terra. Já a britânica Beatrice Shilling usou a Engenharia na época da Segunda Guerra Mundial para reverter um problema no motor dos aviões de combate. Anos mais tarde, foi a vez da engenheira Mae Carol Jemison se tornar a primeira astronauta afro-americana a ir ao espaço. 

Elas são apenas algumas entre tantas que inspiram meninas e mulheres até hoje. E o poder da pluralidade que carregam que se mostra infinito ao servir de legado para gerações que estão por vir. Que procuremos então fazer o mesmo, afinal, em todo o país, somos 20% dos mais de um milhão de engenheiros, agrônomos, geocientistas, tecnólogos e designers de interiores. Ainda que sejamos minoria nas profissões, pois as mesmas têm um histórico majoritariamente masculinizado, somos maioria na sociedade. Ou seja, se queremos que as decisões sejam tomadas de forma propositiva e visando o todo, em qualquer âmbito que seja, precisamos fazer parte do desenvolvimento de ideias e projetos. Precisamos ser inseridas no debate, antes mesmo que as decisões sejam tomadas. 

O impacto que as gestões femininas têm para a saúde organizacional e para o desempenho dos negócios é verdadeiro - uma pesquisa conduzida pela FIA Business School com mais de 150 mil participantes de 150 empresas, revela que 79% dos entrevistados confiam totalmente em suas CEOs (ante 72% que disseram o mesmo para os CEOs). 

Como pessoas em cargos de liderança e profissionais da área tecnológica, nosso compromisso é dar visibilidade ao assunto e provocar essa reflexão em toda a classe. Pois, discutir e ressaltar a diversidade é um posicionamento humanitário, consciente e sustentável que evidencia a preocupação com o futuro que construímos. Uma consciência que precisa estar intrínseca a tudo. 




Lígia Mackey - engenheira civil e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP)

Marilia Gregolin - engenheira agrônoma e vice-presidente do Crea-SP


 Crea-SP

 

Neurologista explica sobre o TDAH em Mulheres Adultas

No Mês da Mulher, é crucial falarmos sobre uma condição frequentemente mal compreendida e subdiagnosticada em mulheres adultas: o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Segundo o Dr. Matheus Trilico, neurologista referência em TDAH em adultos, este transtorno vai muito além da simples desatenção, apresentando nuances e desafios únicos que merecem foco especial e ação imediata.

 

O Enigma do Diagnóstico Tardio

"O diagnóstico de TDAH em mulheres adultas é frequentemente um quebra-cabeça complexo", explica o Dr. Matheus. Uma pesquisa recente publicada no Journal of Child Psychology and Psychiatry revela que mulheres são diagnosticadas significativamente mais tarde que homens. "Isso se deve, em parte, à apresentação atípica dos sintomas e ao mascaramento por outras condições como ansiedade e depressão", acrescenta o especialista.

 

Prevalência e Desafios no Brasil

Estudos recentes buscam elucidar a prevalência do TDAH em adultos no Brasil. "Um estudo realizado em uma área metropolitana brasileira encontrou uma prevalência de 4,59% em adultos", informa o Dr. Trilico. Embora esses dados não especifiquem a prevalência em mulheres, o neurologista ressalta que "a prevalência de TDAH tende a ser menor em mulheres em comparação com homens, o que torna o diagnóstico ainda mais desafiador."

 

Manifestações Diversas do TDAH

O TDAH pode se manifestar de três formas: predominantemente desatento, predominantemente hiperativo/impulsivo ou combinado. "É crucial entender que a manifestação do TDAH em adultos difere significativamente daquela observada em crianças", explica Dr. Matheus Trilico. 

Na infância, meninos tendem a exibir mais sintomas de hiperatividade e impulsividade, enquanto meninas são mais propensas a apresentar sintomas de desatenção. "Essa diferença na apresentação pode contribuir para o diagnóstico mais tardio em meninas, já que os sintomas de desatenção são menos disruptivos", observa o especialista.

 

Além da Hiperatividade Visível

Contrariamente à crença popular, o TDAH em mulheres adultas nem sempre se manifesta como hiperatividade física. "Muitas mulheres experimentam o que chamamos de 'hiperatividade interna' - uma agitação mental constante e dificuldade em desacelerar os pensamentos", esclarece Dr. Trilico. Esta forma de hiperatividade pode passar despercebida por anos, levando a diagnósticos equivocados ou tardios.

 

O Desafio das Comorbidades

Um estudo publicado no Journal of Attention Disorders destaca que mulheres com TDAH frequentemente apresentam comorbidades psiquiátricas. "Ansiedade e depressão podem mascarar o TDAH, criando um 'ofuscamento diagnóstico' que dificulta a identificação do transtorno", alerta o neurologista. Este fenômeno ressalta a importância de uma avaliação clínica abrangente e sensível às particularidades femininas.

 

Impacto na Vida Adulta

O TDAH não tratado pode ter consequências significativas na vida adulta. "Vemos impactos em relacionamentos, carreira e bem-estar emocional", observa Dr. Matheus. Uma pesquisa recente publicada no Neuroscience and Biobehavioral Reviews revela que mulheres adultas com TDAH são mais propensas a relatar sintomas como "distração fácil", "dificuldade em organizar tarefas" e "fala excessiva", além de experimentarem impactos adversos significativos em suas vidas pessoais.

 

Estratégias Iniciais de Manejo 

Dr. Trilico sugere algumas estratégias iniciais que mulheres podem implementar em suas vidas diárias:

  1. Estabeleça rotinas estruturadas e use lembretes visuais.
  2. Pratique técnicas de mindfulness para melhorar o foco.
  3. Divida tarefas grandes em etapas menores e mais gerenciáveis.
  4. Utilize apps de organização e gerenciamento de tempo.
  5. Busque apoio de amigos, familiares ou grupos de suporte. 

"Essas estratégias podem ajudar no manejo dos sintomas, mas não substituem o diagnóstico e tratamento profissional", enfatiza o especialista, que é referência em TDAH em adultos no Brasil.

 

Inspiração e Esperança 

Figuras públicas como Simone Biles, ginasta olímpica, e Greta Gerwig, diretora de cinema, são exemplos inspiradores de mulheres que alcançaram o sucesso apesar - e talvez até por causa - de seu TDAH. "Estas mulheres mostram que o TDAH não é um obstáculo intransponível, mas uma parte de quem elas são", ressalta Dr. Matheus Trilico.

 

O Caminho para o Autoconhecimento

O neurologista encoraja as mulheres que se identificam com os sintomas descritos a buscarem ajuda profissional rapidamente. "O diagnóstico preciso é o primeiro passo para o tratamento adequado e uma vida plena", afirma. 

"Entender o TDAH em mulheres é mais do que um desafio médico; é um passo crucial para a equidade em saúde mental", conclui Dr. Trilico. No Mês da Mulher, que esta discussão sirva como um catalisador para maior compreensão, empatia e suporte às mulheres que vivem com TDAH. A ação é urgente: quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, melhor a qualidade de vida. 



Dr. Matheus Luis Castelan Trilico - CRM 35805PR, RQE 24818. Médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA); Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR); Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR; Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista.
https://blog.matheustriliconeurologia.com.br/

 

4 virtudes para deixar a rotina mais leve

Pexels
Filósofo Deusiel Diaz reforça práticas diárias para cultivar equilíbrio, leveza e propósito em qualquer fase da vida 

 

Encontrar equilíbrio em meio aos altos e baixos pode parecer difícil, mas quando pequenas atitudes e reflexões são implementadas à rotina, é possível notar mudanças nas relações – consigo e com os outros – e nos sentimentos.

Assim como nas mensagens inspiradoras que traz no livro 180 motivos em frases e pensamentos para refletir e aquecer o coração, o filósofo Deusiel Diaz explica que toda mudança deve começar de dentro para fora. Por isso, compartilha quatro virtudes que todos devem incluir no cotidiano como caminho para uma vida mais rica de propósito. Confira:

 1. Pratique a humildade

A humildade é a base para o aprendizado e o crescimento pessoal. Reconhecer que sempre temos algo a aprender, independentemente da nossa experiência, nos abre a novas perspectivas e evita o orgulho que nos impede de evoluir.

“Ter humildade para sempre aprender é um excelente princípio para deixar a ignorância.” (180 motivos em frases e pensamentos para refletir e aquecer o coração, p. 33)

2. Cultive a generosidade

Ser generoso não se limita apenas a gestos materiais, mas também ao tempo, ao apoio emocional e à escuta atenta. A generosidade cria conexões profundas e transforma a vida daqueles ao nosso redor, além de fortalecer a empatia e compaixão.

“A bondade é uma virtude louvável. Assim como a maldade e a hipocrisia são aberrações nada justificáveis. E em nenhuma circunstância devem ser aceitáveis.” (180 motivos em frases e pensamentos para refletir e aquecer o coração, p. 166)

3. Desenvolva a paciência

A paciência é uma virtude essencial para lidar com as frustrações. Ao desenvolver a calma e a tolerância, você aprende a lidar melhor com os obstáculos e a manter a paz interior, mesmo nas situações mais desafiadoras.

“Ignore as críticas e tenha uma atitude serena. Mas não se torne um pretensioso de acreditar que as críticas são sempre injustas.” (180 motivos em frases e pensamentos para refletir e aquecer o coração, p. 151)


4. Exerça a gratidão

Divulgação
 Deusiel Diaz
A gratidão muda nossas perspectivas. Quando começamos a valorizar o que temos, em vez de focar no que falta, somos mais felizes e contentes. A prática da gratidão transforma os momentos simples em motivos de celebração e nos ajuda a manter a motivação em períodos difíceis.

“Sejamos gratos constantemente. A gratidão nos eleva a um bem-estar espiritual. Além de ser uma lei do cosmo que funciona reciprocamente.” (180 motivos em frases e pensamentos para refletir e aquecer o coração, p. 152)



Mulher é força, coragem, resistência e justiça


A mulher é força. É coragem. É presença que transforma, voz que ecoa e revolução que se move todos os dias. Em um mundo que ainda carrega as marcas da desigualdade, as mulheres seguem em marcha, construindo pontes e rompendo barreiras com coragem e resiliência. Elas não pedem espaço — conquistam, ocupam e reescrevem suas próprias histórias com dedicação, altivez e bravura em suas ações.  

Na advocacia, especialmente na área criminal, as mulheres constroem uma história marcada pela luta, pela competência e pela coragem de ocupar espaços que, por muito tempo, lhes foram negados. Elas não apenas defendem seus constituintes — defendem a própria liberdade de existir e atuar com respeito e dignidade.

As advogadas criminalistas sabem que cada sustentação oral, cada audiência e cada ato processual carrega, além do peso técnico, a necessidade constante de reafirmar sua legitimidade. Elas lidam não só com a dureza das questões criminais, mas também com o preconceito e a resistência de um sistema que ainda precisa avançar muito em termos de igualdade de gênero. 

Mesmo assim, seguem firmes. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as mulheres já são maioria na advocacia: 667.606 advogadas em um total de 1.310.512 profissionais registrados. Esse número simboliza a conquista de um espaço que começou a ser desbravado por Myrthes Gomes de Campos, a primeira mulher a se formar em Direito no Brasil, em 1898, e que precisou lutar por quase uma década para ser aceita no Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). 

Mas a história de resistência feminina na advocacia vem de muito antes. Esperança Garcia, mulher negra escravizada, escreveu, em 1770, uma carta ao governador do Piauí denunciando os maus-tratos que ela e outras pessoas sofriam. Séculos depois, esse documento foi reconhecido como a primeira petição escrita por uma mulher no Brasil — um símbolo da força feminina e da crença inabalável no poder da palavra na busca por justiça. 

Hoje, as advogadas criminalistas honram esse legado todos os dias. Elas enfrentam o peso dos casos mais complexos, sustentam a defesa com técnica e ética, e contribuem para a construção de uma advocacia mais humana e plural.  

No âmbito da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), as mulheres não são coadjuvantes — são protagonistas, ocupando cargos de liderança e impulsionando ações que fortalecem as prerrogativas da advocacia feminina. E em ações concretas de valorização e reconhecimento, a Abracrim formatou a sua diretoria nacional com paridade de gênero, sendo formada por seis homens e seis mulheres e, ainda, ampliou as representações femininas nas presidências estaduais e nas comissões temáticas nacionais, reflexo do real e efetivo valor da mulher no mundo jurídico e em todos os campos da sociedade.  

Valorizar essa presença e ampliar as oportunidades para as mulheres na sociedade é uma responsabilidade coletiva. Mais do que homenagens, é essencial implementar políticas que garantam respeito, segurança e igualdade no exercício da advocacia, para que nenhuma profissional precise escolher entre ser mulher e ser advogada. 

Conquistas por elas foram conquistadas e outras ainda serão … a luta continua e é uma luta de todas e de todos e nessa caminhada de lutas as advogadas criminalistas seguirão escrevendo a história da advocacia com coragem, resistência e um compromisso inabalável com a justiça. 

Parabéns a todas por esse Dia Internacional da Mulher que é de celebração pela presença, valor e coragem das mulheres que fortalecem a advocacia criminal e inspiram a construção de um futuro mais justo e igualitário.

 

Sheyner Yàsbeck Asfóra - presidente nacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – Abracrim

 

MULHERES, COMO COMBATER NOSSAS CRENÇAS DISFUNCIONAIS E BANIR DE VEZ RELACIONAMENTOS TÓXICOS?

Hiperfoco Feminino nos Relacionamentos Afetivos Leva ao Adoecimento Mental 

 

Os casos de feminicídio, as notícias alarmantes sobre violência e abuso contra as mulheres, o assédio praticado no ambiente de trabalho, na rua, nas festas populares, nos reality shows da TV. 

As disputas familiares que culminam em divórcios desastrosos, os “exposed” (exposição nas redes sociais) que não poupam ninguém e abalam dignidade e autoestima. O machismo que atinge anônimas e famosas, ricas e pobres – e que ocorre no mundo todo, mas em especial no Brasil... 

Quero falar um pouquinho sobre o Mês de Março, que é considerado o Mês das Mulheres - e começo refletindo, como Psicóloga: será que temos o que comemorar? Certamente que sim. São muitas as conquistas; porém há também muito trabalho a ser feito. Homens e parceiros, também falo com vocês. 

A questão é interna, mulher. É sobre você. Sobre seu primeiro e mais importante relacionamento: consigo mesma! É sobre colocar ordem na casa. É sobre não normalizar este hiperfoco desastroso ao qual fomos treinadas: o de só colocar energia nos relacionamentos amorosos. Isso nos leva ao adoecimento, pois nos desfocamos de nossa própria existência.   

E a partir daí, pensemos:  por que será que entramos e mantemos relações tão ruins por tanto tempo? Será que merecemos tão pouco na vida…? A resposta pode estar na própria crença feminina limitante, que desenvolvemos ao longo dos anos, sem perceber. 

Atendo muitas mulheres, muitas delas bem sucedidas ou com potencial incrível, talentosas, fortes, amorosas, divertidas, inteligentes, mas que simplesmente acreditam que não podem sentir mais e viver mais - e que acabam se colocando neste “lugar” pequeno, um lugar de estagnação, de águas paradas! 

Aliás, como vimos, esta crença falsa e disfuncional (que pode vir da nossa família e sociedade, mas principalmente de nós mesmas) pode atingir as celebridades, ricas, famosas, padrões de beleza... enquanto as mais humildes também não são poupadas; ao contrário, ficam ainda mais vulneráveis e expostas. 

Já parou para entender que a única coisa que realmente nos distancia dos nossos objetivos, da vida sonhada, é a forma como a gente pensa sobre o nosso merecimento? 

Enquanto mantivermos este padrão de pensamento distorcido e focado no outro... nada mudará! Entretanto, quando a gente decide entender de onde vem esta rigidez, poderá ganhar forças para brigar até alterar este padrão e escrever a própria história.    

O problema de continuar neste velho padrão são os ciclos de dependência emocional e relacionamentos frios, desgastados, falidos e, por que não dizer: abusivos e tóxicos. 

A vida pessoal e profissional também não prospera, pois uma área contamina a outra. E a convivência com a família não fica das melhores... Ou seja: fracassamos ou sentimos que fracassamos em todas as esferas da vida. 

Mas, cá entre nós, durante o processo de descoberta pessoal (chamado de rebeldia por muitos), pode ser que ninguém goste ou entenda que você resolveu mudar. É possível até que sejamos chamadas de egoístas. 

Mesmo assim: recomendo fortemente que você pare de querer dominar o outro e domine a si própria com todas as forças. A economia energética será grande. 

Outros conselhos que poderiam ser vendidos: comece a prestar atenção na própria alimentação, faça um esporte, cuide de si mesma, compre aquela roupinha, mas não para agradar alguém... Também não se isole e preste atenção na qualidade das amizades e afetos. Você merece o melhor. Cerque-se apenas do que te faz bem. 

Já reparou como homens e meninos valorizam os momentos de descontração entre eles? Outro detalhe: eles mantêm seus hobbies, atividades, coleções e brincadeiras durante a vida adulta. Isso nos fornece uma pista!

 

Tratamento: a forma de tratar a dependência emocional é com psicoterapia, a ideia é entrar em terapia para que a pessoa possa organizar esses pensamentos e essas crenças sobre ela mesma. É um carinho com nossa saúde mental. 

As políticas públicas já estão entendendo isso e avançando, o que é muito muito bom para ajudar a reestruturar esta mulher fragilizada. 

Eu desejo que você desenvolva todo o seu potencial. Homens e parceiros, vamos juntos por um mundo mais justo e equilibrado?

 

Elisangela Niná -CRP 120921/06 - Psicóloga
@psielisangelanina


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