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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Morte do Excel? Buscas por curso sobre ferramenta saltam 400%; Veja as principais dúvidas dos internautas

 

 iStock

Mesmo na Era da IA, a clássica planilha de dados, amada por uns e odiada por outros, segue relevante e amplamente utilizada

  

Em um momento em que muitos processos são automatizados e o uso de IA toma a frente de tarefas mais operacionais, é possível se questionar sobre a utilidade de alguns conhecimentos e ferramentas até então tidos como importantes no mercado de trabalho. Vilão para alguns e amigo de outros, o Excel é um desses instrumentos que sempre foi tido como essencial em um bom currículo. 

 

Criado há quase 30 anos, o Excel revolucionou a forma como se trabalha com dados, tendo se tornado a principal ferramenta para organizar, analisar e visualizar informações de forma prática e eficiente.

Mas será que aprender sobre Excel ainda faz sentido no cenário atual? Uma pesquisa realizada pela DataCamp, plataforma de cursos de dados e de inteligência artificial, revelou que os brasileiros buscam, sim, se especializar na famosa planilha e que seu conhecimento segue sendo demandado. Prova disso é que as buscas por “curso de excel avançado” cresceram 400% no último ano. Pesquisas semelhantes como “curso online de excel” e “curso grátis de excel” aumentaram em 140% e 50%, respectivamente.

Martijn Theuwissen, COO do DataCamp fala sobre a importância da ferramenta no cenário atual do mercado de tecnologia. "Ainda que existam ferramentas mais avançadas, especialmente com a ascensão da AI, o Excel permanece sendo a porta de entrada para quem está começando a trabalhar com análise de dados. Ele possibilita aprender conceitos fundamentais, tais como fórmulas, tabelas dinâmicas e gráficos. Além disso, é uma importante ferramenta de integração corporativa, já que a maioria das empresas segue utilizando o Excel para atividades cotidianas, como relatórios e orçamentos".

 

As maiores dúvidas dos brasileiros quando o assunto é Excel

Assim como aumentam as buscas por cursos de Excel, crescem também as questões acerca da ferramenta. Neste cenário, em que o programa é utilizado para diversas finalidades, a DataCamp investigou quais as maiores perguntas quando o assunto é Excel. Para tirar a dúvida - e a curiosidade - foram analisadas as buscas realizadas na internet ao longo dos últimos doze meses.

Passando por fórmulas básicas, utilização de comandos e atalhos, e por algumas funções mais complexas, abaixo, é possível conferir o ranking com as dez maiores dúvidas dos brasileiros sobre a ferramenta:

 

 Esclarecendo as dúvidas mais comuns sobre o Excel:


 

  1. Como fazer planilha: planilhas são ferramentas que ajudam a criar, organizar e analisar dados. De forma geral, toda tabela criada no Excel é considerada como uma planilha, sendo possível utilizar as linhas e as colunas para a visualização e organização desses dados. 

De todo modo, o Excel oferece alguns modelos de planilhas prontos que podem facilitar e agilizar a vida dos usuários. Para acessar esses modelos, abra o programa no celular ou computador e clique em “Novo”. Estarão disponíveis, então, alguns modelos de planilhas como: planilha de listas, controle de gastos, agenda, calendário, entre outras.

 

2.           Como somar: uma das fórmulas mais pesquisadas do Excel também é uma das mais simples, e ela pode ser feita basicamente de duas formas. Dentro de uma célula digite: 

=célula1+célula2 

Exemplo: =B4+C2+D3

 

Com a fórmula de SOMA, também é possível somar intervalos de células que estejam na mesma linha ou coluna.  

=SOMA(célula1:célula2)

Exemplo: =SOMA(A2:A10) 

 

3.           Como calcular porcentagem: existem algumas variações cálculos de porcentagens. Abaixo, confira como calcular uma porcentagem simples. 

Exemplo: Caso queira descobrir qual a porcentagem de frutos estragados de uma cesta com 20 maçãs, sendo que 8 frutos já não estão bons. 

 

= 8/20

 

O resultado será 0,4. Com a célula que contém o resultado selecionada, no cabeçalho do Excel pressione a opção “%”. O resultado é de 40%.

 

4.           Como fixar linha: a função deixa uma linha ou coluna “congelada” enquanto é possível rolar o restante da tabela. Para isso, selecione a linha ou coluna que deseja congelar. Vá até a função “Exibir”, localizada na barra de tarefas, e selecione a opção “Congelar Paineis”.

 

5.           Como subtrair: a subtração pode ser feita da mesma forma que a adição, apenas mudando o sinal da operação para o símbolo negativo.

 

= SOMA(célula1-célula2-célula3)

Exemplo: =SOMA(B1-B2-B3) 

 

6.           Como fazer PROCV: a função funciona como o popular cara crachá. Ela serve para localizar um valor ou um texto em uma tabela, indicando sua correspondência.

 

A fórmula: 

 

=PROCV(valor_procurado, tabela, número_da_coluna, [procurar_exato_ou_aproximado])

 

Exemplo: utilizando a função PROCV na tabela abaixo, se o valor procurado fosse Maria, a função retornaria 3⁰ colocado.

 

Aluno

Colocação

João

1º Colocado

José

2º Colocado

Maria

3º Colocado

 Caso ainda tenha dúvidas, é possível conferir um tutorial mais aprofundado aqui.

 

7.           Como mesclar células: é possível combinar duas ou mais células que estejam na mesma linha ou coluna em uma única célula. Selecione o intervalo de células que deseja que sejam combinadas. No grupo “Alinhamento”, localizado na barra de tarefas, selecione a seta do botão “Alinhamento” e, então, a opção “Mesclar Células”. 

 

8.           Como somar horas: essa função soma células que representam horas. O primeiro passo é garantir que as horas estejam descritas corretamente, devendo conter horas, minutos e segundos. Para isso, é possível ir no menu superior, clicar em “Geral” e, então, na opção “Hora”. É importante destacar que o Excel usa o padrão de 24 horas. Tendo esse cuidado, você pode somar utilizando a fórmula da SOMA (que pode ser conferida no item 2).

 

9.           Como colocar itens em ordem alfabética: além de colocar uma lista em ordem alfabética, essa função também pode ser utilizada para colocar uma sequência de números em ordem crescente ou decrescente. Primeiramente, selecione as células que deseja ordenar. Na barra de tarefas, clique na opção “Classificar e Filtrar” e selecione “Classificar de A a Z” ou “Classificar de Z a A”, de acordo com a ordem necessária.

 

10.       Como fazer tabela dinâmica: essa função pode ajudar a resumir e organizar uma grande quantidade de dados. Com ela, é possível alternar linhas e colunas para visualizar diferentes tipos de informações, de diferentes maneiras, de acordo com o que precisa ser analisado.

 

Para isso, selecione as células ou intervalos desejados na tabela original. Na sequência, na barra de tarefas clique em “Inserir” e, então, em “Tabela Dinâmica”. A partir de então, já na tabela dinâmica, através de um painel localizado do lado direito da tabela, arraste os campos desejados para as áreas de linhas e colunas.

 

Para uma explicação mais detalhada de como fazer uma tabela dinâmica, confira o tutorial completo citado no item 6.

 

Metodologia

Para descobrir o crescimento do interesse em cursos sobre excel e as principais dúvidas dos brasileiros sobre a ferramenta, a DataCamp partiu da investigação dos termos comumente utilizados pelos brasileiros para essa procura, como: “curso de excel”, “excel curso de” e “excel como”, “excel para”. Foram levantadas as buscas de plataformas da internet como Google, Bing, Youtube, TikTok, X e Pinterest. Analisaram-se então os dados disponíveis do último ano, correspondendo ao período de janeiro de 2024 a dezembro de 2024. Para a criação do ranking, foram selecionados os dez primeiros questionamentos que apresentaram maior volume de buscas, na soma dos últimos doze meses.

 

ESG no varejo: como transformar compromissos em ações concretas

Nos últimos anos, a sociedade registra um crescente engajamento das pessoas em causas ambientais, sociais e de governança, o chamado ESG (Environmental, Social & Governance). E a influência dessa camada mais consciente da população está redefinindo os hábitos de consumo, com um impacto significativo no varejo. Hoje, os brasileiros se tornaram criteriosos em suas escolhas de compra, levando em consideração o compromisso das marcas com a sustentabilidade e questões sociais. Investidores também estão adotando critérios mais rigorosos ao avaliar onde alocar seus recursos, com base nas decisões das empresas em relação à diversidade e governança corporativa.

Para incorporar eficazmente os princípios do ESG no varejo, é fundamental compreender o que esse conceito abrange. É preciso conhecer e implementar ações baseadas nos princípios que definem práticas sólidas em questões ambientais, sociais e de governança. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU servem como uma bússola para direcionar as empresas em direção a práticas mais responsáveis e sustentáveis.

Esses objetivos fornecem um mapa abrangente de como as empresas podem contribuir para um mundo melhor (usando três metas dos ODS: igualdade de gênero, trabalho decente e vida na água), e isso é particularmente relevante para o varejo. Ignorar a igualdade de gênero, submeter funcionários a más condições de trabalho ou não adotar práticas sustentáveis em relação à água não é apenas um erro moral, mas também pode ter sérias implicações para a reputação e o sucesso de sua marca. Afinal, nos negócios de hoje, a responsabilidade é um componente fundamental da lucratividade.

Após entender alguns princípios fundamentais do ESG, é necessário mergulhar nas melhores práticas que podem ser implementadas no setor varejista. Ao traduzir esses conceitos em ações tangíveis, sua loja não apenas cumpre sua responsabilidade social, mas também se destaca no mercado e fortalece a conexão com os clientes.

Aqui estão algumas práticas que você pode adotar em sua loja:


Redução do Impacto Ambiental: Adote políticas rigorosas de consumo eficiente de recursos naturais. Isso não apenas ajuda o planeta, mas também pode economizar dinheiro a longo prazo. Além disso, tome medidas para diminuir o desperdício e promova práticas de gestão de resíduos e reciclagem. Dessa forma, além de reduzir impacto ambiental, também pode criar uma imagem positiva para sua marca.

Inclusão e Diversidade: Implemente políticas sólidas de inclusão e diversidade em sua empresa. Procure construir uma equipe diversificada em termos de classe social, idade, etnia e orientação sexual a partir do processo seletivo. A diversidade não apenas enriquece a cultura da empresa, mas também traz diferentes perspectivas que podem impulsionar a inovação e a criatividade.

Cultura Organizacional Saudável: Crie e promova uma cultura organizacional que valorize a saúde dos colaboradores e crie um ambiente de trabalho positivo. Isso envolve a manutenção de dinâmicas que garantam uma jornada equilibrada para seus funcionários, levando em consideração aspectos como bem-estar emocional e mental. Uma equipe saudável é mais produtiva e engajada.

A chave para o sucesso no ESG é a implementação consistente dessas práticas. Não se trata apenas de adotar políticas para marcar caixas, mas de incorporar esses princípios no DNA de sua empresa. Quando o ESG se torna uma parte integrante de sua cultura empresarial, ele não apenas beneficia sua marca, mas também a sociedade como um todo.

Portanto, varejista, vá além dos compromissos e transforme-os em ações concretas.

 


Rafael Brych - diretor de Marketing e Inovação do Grupo Selbetti


Pricefy by Selbetti
www.pricefy.com.br


Quanto custa fazer um intercâmbio em 2025?

Universidade do Intercâmbio destaca as diferentes modalidades e média de valores de estudo para este ano

 

Estudar no exterior é um sonho que muitas pessoas consideram inalcançável por conta dos custos financeiros, mas será que é realmente impossível? Com valores que variam amplamente entre destinos e tipos de programas, o planejamento financeiro é uma ferramenta essencial para quem deseja fazer intercâmbio. 

Pensando nisso, a Universidade do Intercâmbio, consultoria que presta atendimento a pessoas interessadas em estudar no exterior, detalha os custos médios de aprender e morar fora do Brasil em 2025. Confira:

 

Custos para intercâmbios de longa duração

Os custos de educação no Brasil já são um grande desafio para muitas famílias. Em instituições particulares, uma graduação pode custar entre R$ 1.500 e R$ 3.000 por mês (ou até mais, dependendo do caso), totalizando cerca de R$ 27.000 anuais. 

Agora, imagine esses valores multiplicados quando se trata de estudar no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, as universidades têm uma média de US$ 35.000 anuais, podendo ultrapassar US$ 90.000 em instituições de elite. O Reino Unido segue uma tendência semelhante, com custos médios de £25.000 por ano, enquanto na Europa e Austrália, os valores giram em torno de €20.000 e AU$ 35.000, respectivamente. 

Além das mensalidades, o custo de vida em cidades como Nova York, Londres ou Sydney pode chegar a US$ 2.500 mensais, considerando hospedagem, alimentação e transporte. Por outro lado, salários mínimos em países como os EUA permitem que até mesmo empregos básicos, como entregadores de pizza, gerem rendas superiores a US$ 4.000 por mês, o que contrasta fortemente com a média salarial brasileira de R$ 2.600.

 

Custos para intercâmbios de curta duração e viagens a turismo

Já se o objetivo é algo mais curto, como um curso de inglês, por exemplo, os valores também podem variar bastante. As escolas consideradas mais acessíveis costumam oferecer programas por US$ 2.000 a US$ 6.000, enquanto instituições renomadas cobram entre US$ 10.000 e US$ 20.000 por ano. Além disso, é preciso considerar despesas extras como passagens aéreas, seguro saúde e acomodação, que podem somar até US$ 2.000 a US$ 3.000 mensais. 

Viagens de lazer também não são baratas. Uma viagem de 10 dias para a Disney, por exemplo, custa em média R$ 15.000 por pessoa, enquanto um mochilão pela Europa de 15 dias pode variar entre R$ 40.000 e R$ 50.000.
 

Como economizar

Se os valores parecem assustadores, saiba que as bolsas de estudo podem transformar o que antes parecia impossível em realidade. Para garantir uma oportunidade assim, é essencial começar a se preparar com antecedência, já que a maioria dos programas exige que você envie sua candidatura até um ano antes do início do curso.

Documentos como cartas de motivação e currículos em formato internacional são indispensáveis, além de comprovantes de proficiência no idioma, dependendo da exigência do edital. Há vários tipos de bolsas, como as Full Tuition, que cobrem 100% das mensalidades, e as Full Ride, que incluem também despesas de vida, como passagens, seguro e alimentação. Diversas instituições oferecem também programas de bolsas como:

  • Governamentais: Iniciativas como Fulbright (EUA), Chevening (Reino Unido) e Eiffel (França) são altamente prestigiadas, mas também muito concorridas;
  • Universidades (internas): Muitas faculdades possuem programas internos que oferecem descontos ou benefícios personalizados para estudantes internacionais;
  • Empresas e fundações (externas): Organizações como Coca-Cola, Microsoft e a Fundação Obama também financiam programas globais de bolsas em parceria com instituições educacionais;

Fazer intercâmbio em 2025 pode parecer financeiramente desafiador, mas com as informações certas e um planejamento estratégico, é possível tornar esse sonho realidade. Seja por meio de bolsas de estudo completas, programas de curto prazo ou até mesmo intercâmbios de idioma, existem opções para todos os perfis e orçamentos.
 



Universidade do Intercâmbio


O Futuro da Engenharia: Como Transformar Desafios em Oportunidades

A engenharia está no centro das soluções para os maiores desafios do nosso tempo: do combate às mudanças climáticas à criação de tecnologias sustentáveis e inclusivas. No entanto, a profissão enfrenta um obstáculo preocupante: o desinteresse crescente dos jovens. Se quisermos garantir um futuro inovador e competitivo, é essencial reinventar a forma como a engenharia é percebida e ensinada.

 

O alerta dos números 

Os dados do censo da educação superior revelam uma realidade preocupante. Em 2016, os cursos presenciais de engenharia no Brasil registraram 284 mil ingressantes. Em 2021, esse número caiu pela metade. O enfraquecimento da indústria e a redução do financiamento estudantil são parte da explicação, mas a falta de atratividade da profissão também pesa. Muitos jovens simplesmente deixaram de enxergar a engenharia como uma carreira capaz de transformar o mundo e suas próprias vidas.
 

A nova engenharia 

A solução para reverter esse cenário não está apenas em aprimorar a formação técnica, mas em ressignificar o papel da engenharia na sociedade. Os engenheiros de hoje e do futuro devem ser apresentados como protagonistas de inovações que impactam diretamente o cotidiano das pessoas. Do desenvolvimento de fontes limpas de energia à criação de cidades inteligentes, a engenharia precisa ser vista como uma ferramenta para um mundo mais seguro, eficiente e acessível. 

Além disso, contar histórias inspiradoras de engenheiros que estão mudando realidades é essencial para engajar os jovens. Casos de sucesso de profissionais que desenvolveram tecnologias acessíveis ou soluções inovadoras para desafios ambientais podem despertar o interesse de uma nova geração de talentos.
 

Currículos que formam inovadores 

As melhores escolas de engenharia do mundo já estão repensando seus currículos. Não se trata apenas de incluir disciplinas mais modernas, mas de reformular todo o modelo de ensino. É preciso capacitar docentes, investir em laboratórios de ponta, fortalecer parcerias com a indústria e promover um ambiente acadêmico colaborativo e interdisciplinar. 

Hoje, um engenheiro precisa dominar não só a engenharia clássica, mas também conceitos de inteligência artificial, ciência de dados, materiais avançados e até humanidades. Problemas complexos exigem soluções criativas, e isso só é possível quando há integração entre diferentes áreas do conhecimento.
 

Diversidade: um Caminho sem volta 

Outro desafio é tornar a engenharia mais inclusiva. A predominância masculina na profissão é uma herança do passado que precisa ser superada. No exterior, diversas universidades têm adotado ações afirmativas para atrair mais mulheres para a carreira, com resultados expressivos. Ambientes acadêmicos mais acolhedores, aumento do número de professoras e campanhas que valorizam a presença feminina na engenharia são algumas das estratégias de sucesso. 

Mas a inclusão precisa ir além do gênero. Expandir o acesso à engenharia para jovens de diferentes perfis socioeconômicos e culturais amplia a diversidade de ideias e soluções dentro da profissão.
 

Um futuro promissor 

Apesar dos desafios, o futuro da engenharia é promissor. A demanda por profissionais altamente qualificados continuará crescendo, e aqueles que estiverem preparados para enfrentar problemas complexos serão altamente valorizados. As instituições que investirem em currículos inovadores e na formação integral de seus alunos colherão frutos. 

Mais do que nunca, é hora de posicionar a engenharia como uma profissão que alia competência técnica a um profundo senso de propósito. Convido os jovens a refletirem sobre seu papel como protagonistas das soluções para um mundo melhor. Juntos, podemos transformar desafios em oportunidades e garantir que a engenharia continue a ser a força propulsora do progresso do Brasil.

 


Marcello Nitz - Engenheiro de Alimentos, reitor e professor dos cursos de engenharia de alimentos e engenharia química do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT)


Operação pente-fino cancela quase 50% dos auxílios do INSS; saiba como proceder se o seu benefício foi suspenso

Linha fina: Especialista em Direito Previdenciário, Washington Barbosa, orienta sobre os passos para recorrer de suspensões indevidas e manter o benefício

 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) finalizou a operação pente-fino, realizando a revisão no auxílio por incapacidade temporária. A medida resultou em uma economia de R$ 2,4 bilhões nos últimos seis meses. Foram analisados 684.262 benefícios entre 9 de julho e 31 de dezembro do ano passado, dos quais 356.422 (47,9%) foram encerrados por não atenderem mais aos critérios de concessão. O valor médio dos auxílios cancelados foi de R$ 1.745,07. 

De acordo com o Governo, os cancelamentos ocorreram porque os beneficiários não apresentavam mais a condição que justificava o recebimento do auxílio. 

Washington Barbosa, especialista em Direito Previdenciário, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas e CEO da WB Cursos, esclarece que essa revisão tem como objetivo assegurar que os recursos públicos sejam destinados a quem realmente necessita. O Governo alega os cancelamentos ocorreram porque os beneficiários não apresentavam mais a condição que justificasse o recebimento do auxílio. 

"Espero que tenha sido um cancelamento válido porque as pessoas melhoram mesmo. Mas tenho receio de que isso seja pressão para redução de custos e tanto os peritos quanto servidores estejam sendo forçados a fazer isso", diz o especialista. 

Para aqueles que se sentirem prejudicados, Barbosa afirma que é possível recorrer da decisão. “O primeiro passo é reunir toda a documentação médica que comprove a continuidade da incapacidade. Em seguida, deve-se protocolar um recurso administrativo junto ao INSS, solicitando uma nova perícia. Caso o recurso seja negado, o beneficiário pode buscar a via judicial para reverter a decisão”, informa o especialista. 

Ele diz ainda que é fundamental que os segurados mantenham seus dados e documentos atualizados junto ao INSS. “Eles também devem estar atentos às convocações para perícias, a fim de evitar a suspensão indevida doe benefício”, acrescenta Barbosa.
 

Benefício cortado

No caso de indeferimento de um benefício, ou nesse caso específico do pente-fino, que é uma questão de suspensão ou cancelamento do benefício, o primeiro passo é atualizar os laudos, ensina o especialista. 

“Se você tinha um laudo médico lá de trás que dizia que você estava incapaz, você tem que agora atualizá-lo, ou seja, fazer um novo laudo. Se tiver feito algum exame novo, eles também devem ser utilizados” 

O próximo passo para isso será procurar um advogado de sua confiança para que analise o caso e tome a melhor decisão, diz Barbosa. “Ou ele vai fazer um recurso administrativo, que vai para o Conselho de Recursos da Previdência Social, ou vai direto para o Judiciário. Essas são as duas opções que ele tem”. 

Portanto: guarde todos os documentos. “Guarde o laudo inicial, se forem feitos outros laudos ou exames, guarde tudo isso. Essa documentação é muito importante para instruir o processo, para montar o processo de maneira adequada e que vai dar mais chance para que a situação isso seja revertida”, finaliza Barbosa.  



Fonte:

Washington Barbosa - especialista em Direito Previdenciário, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas e CEO da WB Cursos


Brasileiros nos EUA impulsionam busca pela cidadania italiana em meio a mudanças migratórias

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Políticas de imigração mais rigorosas nos Estados Unidos e as vantagens do passaporte europeu estão levando um número crescente de brasileiros a buscar esse reconhecimento

 

Nos últimos anos, a busca pela cidadania italiana entre brasileiros que vivem nos Estados Unidos disparou. Antes motivado principalmente pela valorização das origens familiares, esse movimento agora ganha força diante das incertezas geradas pelas políticas migratórias norte-americanas e das vantagens oferecidas pelo passaporte italiano. Com ele, é possível residir, estudar e trabalhar legalmente nos 27 países da União Europeia, sem a necessidade de vistos ou permissões especiais. 

Contudo, para muitos brasileiros nos EUA, obter a cidadania italiana não significa, necessariamente, uma mudança para a Europa, mas sim uma alternativa para evitar um retorno forçado ao Brasil. A nacionalidade italiana oferece um plano B diante do endurecimento das regras de imigração nos EUA, especialmente com a volta de Donald Trump ao cenário político e suas promessas de restrições mais severas.
 

Por que a cidadania italiana se tornou um caminho estratégico?
 

Incertezas migratórias nos EUA: Nos últimos anos, as políticas de imigração norte-americanas sofreram mudanças significativas, tornando os processos de visto e permanência mais complexos. Com possíveis novas restrições à frente, ter um passaporte europeu garante mais flexibilidade para quem deseja continuar nos EUA ou considerar outras opções no futuro.
 

Direito de residência na União Europeia: Além de permitir uma estadia prolongada nos EUA sem o risco de deportação imediata em caso de mudanças na legislação, a cidadania italiana abre portas para morar e trabalhar legalmente em qualquer país da União Europeia.
 

Oportunidades para empresários e investidores: Muitos brasileiros enxergam a Europa como um ambiente de negócios mais favorável, com menor carga tributária em algumas regiões e acesso facilitado ao mercado global.
 

Mobilidade internacional ampliada: Com um passaporte italiano, viajar para diferentes países se torna mais simples, eliminando burocracias como solicitação de vistos e restrições alfandegárias.
 

Como dar início ao processo de reconhecimento? 

Embora o reconhecimento da cidadania italiana envolva uma série de trâmites, contar com uma assessoria especializada torna o processo mais ágil e seguro. A Master Cidadania, referência no assunto, oferece suporte completo para brasileiros que vivem nos Estados Unidos, desde a pesquisa genealógica até o reconhecimento formal. 

“Nosso objetivo é proporcionar tranquilidade para quem busca a cidadania italiana, seja para permanecer nos EUA sem preocupações, mudar para a Europa ou simplesmente ter mais liberdade de escolha. Trabalhamos com soluções sob medida para cada caso, garantindo segurança jurídica e rapidez no processo”, afirma Welliton Girotto, CEO da Master Cidadania. 

Diante das incertezas migratórias, a cidadania italiana se tornou uma alternativa valiosa para muitos brasileiros nos EUA. Mais do que um vínculo com as raízes familiares, ela representa um passaporte para novas oportunidades, seja no presente ou no futuro.



Com preço igual, 49% dos brasileiros preferem comprar em livrarias físicas

• 2ª edição da pesquisa Panorama do Consumo de Livros, da Câmara Brasileira do Livro, aprofunda análise de preço, demografia e comparação com outros bens culturais

• Estudo mostra que 42% das pessoas adquiriram até 5 obras nos últimos 12 meses

• 56% compraram apenas livros físicos e 77% pretendem fazer novas aquisições nos próximos três meses

 

A pesquisa “Panorama do Consumo de Livros”, da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e realizada pela Nielsen BookData, aponta que 49% dos brasileiros prefeririam comprar livros em lojas físicas, caso os preços fossem equivalentes, enquanto 44% optariam por lojas online. Além disso, 42% dos consumidores adquiriram entre 3 e 5 livros no último ano, e 11,5% compraram mais de 10 obras. 

As mulheres representam 62% dos consumidores que adquiriram mais de 10 livros nos últimos 12 meses. Dentre elas, 41% pertencem à classe B, predominante no Nordeste, e 39% à classe C, com maior concentração no Sudeste. 

As principais razões para a compra de um livro foram para crescimento pessoal e lazer. No comparativo com outras atividades culturais, o livro foi a segunda categoria mais consumida (16%), atrás apenas do cinema (19%). Já a compra de ingressos para shows ocupou a terceira posição (11%). 

“Chegamos à 2ª edição da pesquisa Panorama do Consumo de Livros, desenvolvida para traçar o perfil e os hábitos dos compradores de livros no Brasil. Este levantamento nos permite acompanhar padrões de consumo, preferências e comportamentos dos brasileiros, evidenciando a necessidade de ações efetivas para o fomento à leitura. Este acompanhamento nos mostra que o Brasil precisa cada vez mais de políticas sérias e eficientes para a formação de leitores e o fortalecimento do livro”, afirma Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro. 

Quanto aos hábitos de compra, 55% dos consumidores preferem adquirir livros online, atraídos pelas ofertas e pela conveniência. Por outro lado, 39% optam pela compra presencial, valorizando a experiência de manusear o livro antes da compra, a disponibilidade imediata e a maior variedade de títulos. 

Em relação aos preços, os consumidores consideram os livros para entretenimento e lazer (48%) e os livros infantis e juvenis (40%) nem caros nem baratos. Já os livros escolares (55%) e os livros voltados para aprimoramento pessoal e profissional (41%) foram classificados pela maioria como caros. 

“Esta edição mostrou que os livros voltados para entretenimento/lazer e os títulos infantis/juvenis não são considerados caros pelos consumidores. Isso indica que o preço não representa uma barreira para a aquisição desses livros. Além disso, comparado a outras atividades culturais, o livro foi a segunda categoria cultural mais consumida no país, ficando apenas atrás de cinema. O estudo também reforça que as mulheres são as maiores consumidoras de livros do Brasil”, ressalta Mariana Bueno, coordenadora de pesquisas econômicas e setoriais da Nielsen BookData. 

Sobre os formatos, 56% dos consumidores compraram exclusivamente livros impressos nos últimos 12 meses, enquanto 14% adquiriram apenas livros digitais. Outros 30% compraram tanto impressos quanto digitais. 

A pesquisa também aponta que, na última compra presencial, os gêneros mais procurados foram: não-ficção para adultos (59,9%), ficção adulta (36,7%) e científico, técnico e profissional (14,2%). Já na última compra online, os gêneros mais populares foram: não-ficção para adultos (57,7%), ficção adulta (39,3%) e científico, técnico e profissional (15,1%).

 

Não compradores

O estudo apurou que 84% dos não compradores reconhecem a leitura como uma atividade importante. A falta de tempo (31,8%) é o principal motivo apontado pelos não consumidores para não terem adquirido nenhum livro nos últimos 12 meses. O acesso a PDFs e a disponibilidade de livros digitais gratuitos, somados, ocupam a segunda posição, sendo mencionados por 32,4% dos não consumidores. Já o preço aparece em terceiro lugar, apontado por 16,7%. 

Entre os fatores que desmotivam a aquisição de livros, destacam-se o preço (35,5%), a falta de livrarias na região (26,2%) e a falta de tempo para ler (24,2%). A percepção de preço elevado aparece em relação a outros bens culturais. Para 52% das pessoas, os ingressos para shows são caros, enquanto partidas de futebol em estádios (44%) e canais esportivos pay-per-view (37%) também são considerados financeiramente inacessíveis por uma parcela significativa do público. 

A análise por classe social mostra que a percepção sobre o preço varia entre os grupos econômicos. Para as classes A e B, o fator preço pesa mais (50% e 48%, respectivamente), enquanto, entre as classes C e DE, esse percentual é menor (46% e 42%). 

Quando questionados sobre quais livros tentaram ou gostariam de ter comprado, mas consideraram caros, a maioria dos não consumidores (35%) mencionou títulos voltados ao aprimoramento pessoal e profissional.

 

Metodologia

Este estudo analisou o comportamento de compra de livros no Brasil através de uma metodologia rigorosa, envolvendo 16 mil entrevistas com pessoas maiores de 18 anos, cobrindo todas as regiões (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste, Centro-Oeste) e estratos socioeconômicos (A, B, C, DE). O estudo, realizado entre 14 e 20 de outubro de 2024, incluiu tanto compradores quanto não compradores de livros, garantindo uma ampla representatividade com uma margem de erro de apenas 0,8% e um nível de confiança de 95%.

 

Câmara Brasileira do Livro - CBL


A fisioterapia como uma aliada para a saúde mental

Pexels
Especialista explica como atividade alivia sintomas físicos de transtornos como ansiedade e depressão, promovendo bem-estar e qualidade de vida 

 

Pessoas que enfrentam transtornos mentais frequentemente sofrem com sintomas físicos que impactam sua qualidade de vida. Nesse cenário, a fisioterapia surge como uma aliada essencial, promovendo bem-estar e ajudando na recuperação tanto do corpo quanto da mente. 

O transtorno de ansiedade, por exemplo, pode causar taquicardia, dores no peito, falta de ar, dores de cabeça e problemas digestivos. Já a depressão pode levar à fadiga, distúrbios do sono e mudanças extremas no apetite. A Síndrome de Burnout, por sua vez, pode provocar cansaço excessivo, tonturas e desconfortos gastrointestinais. Além desses sintomas, muitas pessoas com fragilidade na saúde mental sofrem com rigidez muscular, alterações posturais, dificuldades de movimento e dores crônicas. 

De acordo com Carol Nascimento, especialista em Fisioterapia da Una Jataí, o tratamento fisioterapêutico pode ser um grande diferencial para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. “A saúde não é apenas a ausência de doença, mas a tríade entre corpo físico, mente e bem-estar social. Esses elementos estão interligados, e a fisioterapia pode atuar de maneira holística para promover esse equilíbrio”, explica. 

A fisioterapia utiliza abordagens especializadas, como exercícios terapêuticos, relaxamento muscular, técnicas de respiração e condicionamento postural. Essas práticas ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, melhorar a disposição e o humor, aumentar a consciência corporal e promover o relaxamento. A longo prazo, contribuem para a recuperação funcional e autonomia do paciente, fortalecendo não apenas o aspecto físico, mas também o mental. 

Nascimento reforça que um tratamento eficiente deve contar com a colaboração de diferentes áreas da saúde. “Hoje, não conseguimos pensar em saúde sem uma equipe multidisciplinar. A fisioterapia, em conjunto com a psicologia, nutrição e outras especialidades, permite um cuidado mais amplo e eficaz para o paciente”, destaca.  



Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte - SBRATE



Educação financeira nas empresas: como promover o bem-estar e aumentar a produtividade

Líderes atentos ao estresse financeiro de seus colaboradores ajudam a criar um ambiente de trabalho mais saudável e colaborativo 

 

 

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada em novembro de 2024, o número de famílias endividadas no Brasil tem se mantido em níveis muito altos nos últimos dois anos, com viés de alta: saímos de 76,6% em 2023 para 77% em 2024, refletindo uma realidade preocupante que também afeta os profissionais dentro das empresas. O estresse financeiro impacta não apenas a vida pessoal, mas também a produtividade e o bem-estar no trabalho. Por isso, as organizações têm um papel fundamental em apoiar seus colaboradores, proporcionando ferramentas e recursos para o controle financeiro.    

Segundo Claudia Machado, VP de Benefícios da Howden, corretora especializada em seguros de alta complexidade, a educação financeira no ambiente corporativo não é apenas uma questão de oferecer benefícios, mas sim de contribuir para a qualidade de vida. "O estresse financeiro pode gerar problemas como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e outros, que afetam diretamente a saúde mental e o desempenho no trabalho. Quando a empresa oferece apoio nesse sentido, ela cria um ambiente mais saudável e produtivo", afirma. 

 

As organizações precisam identificar as necessidades financeiras de seus funcionários por meio de indicadores, como pesquisas de clima, o aumento de solicitações de crédito consignado e um acompanhamento próximo do RH. Mas, para Claudia Machado, o aspecto mais importante é a comunicação constante e o feedback das lideranças. "Líderes atentos podem perceber sinais de estresse financeiro e, com isso, proporcionar o apoio necessário antes que os problemas se agravem", explica. 

 

A implementação de programas pode variar conforme o perfil da empresa, sendo que algumas optam por workshops, enquanto outras preferem oferecer cursos online ou usar aplicativos de acompanhamento de benefícios. Integrar o processo de onboarding também é uma estratégia importante. Quando a empresa oferece benefícios como previdência privada, por exemplo, pode ser uma excelente oportunidade para incentivar a poupança e o planejamento financeiro de médio e longo prazo. Isso ajuda a entender a importância de uma boa gestão financeira desde o início da jornada na companhia. 

 

Educação financeira como diferencial organizacional 

Além dos benefícios tradicionais, a promoção de iniciativas de educação financeira pode ser um diferencial para a marca empregadora. Organizações que investem no desenvolvimento integral de seus colaboradores, incluindo o suporte financeiro, se destacam no mercado, e atraem talentos que buscam ambientes que não apenas cuidem de sua saúde física, mas que também estejam comprometidos com seu bem-estar financeiro, fortalecendo a imagem da empresa.  

 

Em um cenário de constante mudança econômica, o apoio das organizações aos seus colaboradores se torna essencial para garantir não apenas a estabilidade pessoal dos funcionários, mas também a prosperidade organizacional. “As empresas que abraçam a educação financeira como parte de sua cultura estão criando um ambiente mais saudável e sustentável para todos”, finaliza a executiva.  

 

Howden

 

Maior importador de potássio do mundo, Brasil pode diminuir dependência internacional quase pela metade

Fundamental para a agricultura, por conta da produção de fertilizantes,
potássio hoje utilizado no Brasil vem do exterior, quase em sua totalidade
96% do potássio utilizado hoje no país é importado de países como Canadá, Rússia e Bielorrússia; mineral é essencial para a produção de fertilizantes


Completamente dependente do potássio vindo de outros países, o Brasil pode, em breve, diminuir a sua dependência desse mineral, fundamental para a agricultura. Isso deve se tornar realidade nos próximos anos, com a estruturação da maior mina de potássio do país, que será construída na cidade de Autazes (AM), localizada a 113 quilômetros da capital, Manaus.

Além de abrigar usinas de extração, refinamento, descarte e escoamento, o empreendimento também vai contar com um terminal portuário. O projeto nasceu em 2008, mas, as licenças necessárias para dar início à construção só foram concedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), no ano passado.

A previsão inicial é que a usina entre em operação em 2028, produzindo inicialmente 2,4 milhões de toneladas por ano, o equivalente a 20% da demanda do país. Ao final da fase 2 do projeto, em 2032, a expectativa é que 40% das necessidades nacionais sejam atendidas.

Com investimento previsto de US$ 2,5 bilhões, a mina será subterrânea e acessada por poços de profundidade de 800 metros. O empreendimento só vai utilizar água e calor para concentrar o potássio com até 95% de pureza.

Atualmente, mais de 96% do potássio utilizado no país é importado e vem especialmente do Canadá, Rússia e Bielorússia. “O potássio é um dos três principais macronutrientes da agricultura, junto com nitrogênio e fósforo, e é essencial para a produção de fertilizantes e nutrição das plantas, pois ele ajuda no crescimento, na floração, na frutificação e também na resistência das plantas contra pragas e doenças”, explica o coordenador geral e científico da NPV (Nutrientes Para a Vida), Valter Casarin.

Ainda segundo Casarin, o cuidado com o solo, por meio do uso de fertilizantes, é fundamental para a sociedade de hoje e também para as gerações futuras. “Os fertilizantes desempenham um papel importante no fornecimento de nutrientes essenciais para as plantas, garantindo colheitas abundantes e alimentos de alta qualidade. Isso garante alimentação saudável para a população de todo mundo, afinal, daqui a alguns anos a população mundial deve chegar a 10 bilhões de pessoas e o Brasil já é um dos maiores exportadores de alimentos do planeta”, finaliza.



NPV - Nutrientes Para a Vida


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