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quinta-feira, 27 de março de 2025

Mudanças climáticas do outono favorecem o aumento de doenças respiratórias: saiba como se prevenir e evitar complicações

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Divulgação
Faculdade Santa Marcelina
Especialista da Faculdade Santa Marcelina orienta sobre prevenção e cuidados com o início da estação


 Com a chegada do outono em 20 de março há um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias que deixa em alerta especialistas e toda a população. As mudanças climáticas, caracterizadas por quedas de temperatura e redução da umidade do ar, favorecem o agravamento de condições como gripes, resfriados, rinite alérgica, sinusite, bronquite, asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Segundo a Profª Ma. Vanessa Lentini da Costa Zarpellom, do Curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, também há uma crescente incidência de pneumonia e COVID-19 durante a estação.
 

Fatores que agravam as doenças respiratórias 

A queda e a oscilação na temperatura são fatores determinantes para o agravamento das doenças respiratórias. A redução da umidade do ar resseca as vias respiratórias, tornando-as mais vulneráveis a infecções. Outro agravante é a permanência em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que facilita a disseminação de vírus e bactérias. 

Para Vanessa, as mudanças bruscas de temperatura também influenciam negativamente a saúde respiratória. “A inalação de ar frio pode desencadear crises em pessoas com doenças crônicas como asma e DPOC. Por isso, pacientes com essas condições devem seguir rigorosamente as medicações prescritas, evitar gatilhos como poeira e fumaça, manter a vacinação em dia e se hidratar adequadamente”, explica.
 

Sintomas de alerta e diagnóstico 

Entre os sintomas que demandam atenção estão tosse persistente, falta de ar, chiado no peito, coriza, congestão nasal, dor de garganta, febre e cansaço excessivo. Caso esses sintomas sejam intensos ou prolongados, é necessário realizar uma avaliação médica. 

A docente explica que a diferença entre resfriado, gripe e crise alérgica pode ser sutil, mas observável. “O resfriado costuma ser mais leve, sem febre alta, apresentando coriza, espirros e congestão nasal. A gripe, por sua vez, é mais intensa, com febre alta, dores no corpo e cansaço. Já a crise alérgica não apresenta febre, mas causa espirros frequentes, coceira no nariz e olhos lacrimejando”, comenta. 

Para ter o diagnóstico de doenças respiratórias agravadas pelo clima, exames como teste de PCR ou testes de antígeno para influenza e COVID-19, hemograma, raio-X de tórax e provas de função pulmonar são indicados conforme a necessidade do paciente.
 

Prevenção e cuidados 

Algumas medidas podem ajudar a prevenir doenças respiratórias durante o outono:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Manter os ambientes ventilados;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Hidratar-se bem e evitar o ar seco;
  • Reduzir a exposição a poeira e mofo.

Além disso, para fortalecer a imunidade é importante manter uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas C e D, zinco e proteínas. A prática regular de atividades físicas, sono adequado e redução do estresse também contribuem para um sistema imunológico fortalecido.

 

Importância da vacinação 

A vacina contra gripe deve ser tomada anualmente, especialmente por grupos de risco como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades. A vacina contra pneumococo é essencial para idosos e pacientes crônicos, enquanto a vacina contra COVID-19 deve ser reforçada a cada seis meses em pessoas com mais de 60 anos e imunocomprometidos. 

Recentemente, foi aprovada a vacinação de gestantes contra o vírus sincicial respiratório, que pode beneficiar dois milhões de bebês e reduzir as internações de prematuros. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros no Brasil.
 

O papel dos umidificadores e da ventilação 

Para finalizar, a Profª Ma. Vanessa Lentini da Costa Zarpellom, explica que ter um ambiente bem ventilado é uma das formas mais eficazes de reduzir a propagação de vírus e bactérias. “O uso de umidificadores pode ser benéfico em locais muito secos, mas deve ser feito com moderação para evitar a proliferação de fungos”, conclui.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

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