Para Bruna Makluf, nutricionista da WeFit,
plataforma de emagrecimento e bem-estar, é recomendado evitar as barras e
bombons ultraprocessados
Nesta
quarta-feira (26) o Dia do Cacau é celebrado, e de acordo com os dados
divulgados pelo Kantar WorldPanel, e coletados pela Mondelez, os brasileiros
vem consumindo mais chocolates. Nos últimos quatro anos, a inserção do item nos
lares brasileiros obteve um aumento de 85,5%, em 2020, para 92,9% em 2024, a
frequência de consumo também teve uma alta de 56% para 65%. Já a Associação
Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), cada pessoa
consome em média 3,9 kg de chocolates por ano. Para Bruna Makluf, nutricionista
da WeFit, plataforma de emagrecimento e bem-estar, o alto consumo do cacau pode
ser prejudicial, apesar de poder apresentar benefícios à saúde.
"O
chocolate não é esse vilão que muitas pessoas afirmam ser. É importante
ressaltar que ele pode ser adicionado no dia a dia sem apresentar riscos à
saúde, portanto, que siga algumas estratégias. Como, por exemplo, escolher os
que possuem um maior teor de cacau, sendo acima de 70%, e também os que possuem
uma baixa quantidade de açúcar, em contrapartida, mais antioxidantes. Outro
fator essencial para que não prejudique o organismo é fazer um controle de
porção, consumindo pequenos pedaços após a principais refeições, como o almoço
e o jantar, assim há menos chances de comer além do necessário", afirma a
nutricionista da WeFit.
Ainda
segundo Bruna, o chocolate amargo é rico em flavonoides, que possuem
propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Entre os benefícios desse
componente, estão o estímulo da produção de serotonina, contribuindo para o
bem-estar emocional e a ajuda no controle do apetite, quando consumido de
maneira equilibrada. Esse tipo de chocolate também pode melhorar a saúde
cardiovascular ao promover a circulação sanguínea.
Um
estudo recentemente publicado na Nature Scientific Reports apontou que o
consumo moderado de chocolate amargo pode ajudar a controlar a pressão arterial.
Isso porque os compostos antioxidantes presentes na composição atuam promovendo
a dilatação dos vasos sanguíneos, o que reduz a resistência vascular e melhora
a circulação do sangue. Porém, para garantir esses efeitos positivos, é
necessário escolher chocolates com alto teor de cacau, preferencialmente acima
de 50%.
"Em
contrapartida, o consumo excessivo de chocolates ricos em açúcares e gorduras
saturadas pode aumentar o acúmulo de gordura corporal. Ele também pode elevar
os níveis de glicose no sangue, favorecendo picos de insulina e compulsão
alimentar, além de sobrecarregar o fígado e dificultar a digestão”, alerta
Bruna.
A
nutricionista também indica evitar os chocolates ultraprocessados, já que, além
de possuírem uma adição excessiva de açúcares, também há a presença de gorduras
ruins em sua fabricação. Para isso, durante as idas ao mercado, é fundamental
ler os rótulos e escolher as opções que tenham o cacau como o primeiro
ingrediente da lista. Outra dica que a profissional enfatiza, é dar preferência
aos chocolates que tenham menos de 5 componentes em sua produção, além de
evitar os que contenham óleos hidrogenados e excesso de adoçantes artificiais.
A atenção com o chocolate branco
Polêmico
por conta de ser produzido a partir da manteiga do cacau, uma gordura obtida
das sementes do fruto, Bruna alerta que essa é a opção rica em gorduras, o que
pode ser prejudicial ao organismo. "Isso porque são produzidos com óleos
vegetais hidrogenados. O alto consumo desse chocolate pode provocar a diminuição
do bom colesterol (HDL) e o aumento do mau colesterol (LDL). Então, é
importante ter uma maior cautela ao consumi-lo, diminuindo a frequência, por
exemplo", indica Makluf.
Bruna
também ressalta que o mais importante é que a todo momento a moderação e a
consciência alimentar sejam lembradas para manter um equilíbrio saudável. O
chocolate pode ser uma boa opção de doce para ser adicionado ao planejamento
alimentar, desde que seja consumido de forma planejada e sem excessos. Assim, é
possível desfrutar dos benefícios do cacau sem comprometer a saúde e os
objetivos nutricionais.
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