Pesquisar no Blog

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Vendas de Natal: saiba como a hiperpersonalização na experiência do cliente pode alavancar os lucros nessa época

 

Freepik 

 Estudo mostra que 78% dos usuários têm maior probabilidade de comprar novamente de uma marca quando seu conteúdo é hiperpersonalizado

 

A temporada de Natal e fim de ano é uma oportunidade única para criar conexões mais profundas com seus clientes. E, em um mercado cada vez mais competitivo, a hiperpersonalização é a chave para transformar esse período de compras em um sucesso para os negócios.


Um estudo da McKinsey revela que 78% dos consumidores têm maior propensão a comprar novamente de marcas que oferecem conteúdo altamente personalizado, o que destaca a importância dessa estratégia, enquanto outro estudo conduzido pela Deloitte revela que 90% dos consumidores mostram preferência por campanhas de marketing altamente personalizadas. 

 

Tudo isso vai além da simples customização de mensagens e produtos. Trata-se de uma abordagem que analisa dados de maneira profunda, compreendendo o comportamento, as preferências e até mesmo o estado emocional do cliente. Com esse conhecimento, as empresas conseguem criar experiências relevantes e envolventes, oferecendo ofertas direcionadas de maneira eficiente, seja no seu site, redes sociais, e-mail marketing ou aplicativos móveis.


De acordo com o Opinion Box, 72% dos consumidores esperam ser tratados como indivíduos únicos, com suas preferências e desejos sendo reconhecidos pelas empresas. Além disso, 73% expressam preferência por adquirir produtos ou serviços de marcas que já proporcionaram experiências personalizadas e agradáveis. Na estratégia de vendas de Natal, um momento especial do ano, é possível ir além, criando experiências de compra memoráveis e personalizadas para os clientes.

 

Antonio Muniz, CEO da Agiletech e especialista em tecnologia e negócios, explica sobre a estratégia. “A hiperpersonalização surge como uma ferramenta poderosa para as empresas que almejam se destacar em mercados altamente competitivos e satisfazer as crescentes expectativas dos consumidores por experiências mais personalizadas e pertinentes”, destaca o especialista.  

 

Como a hiperpersonalização pode ajudar seu negócio nas vendas de fim de ano?

        A estratégia oferece uma série de benefícios, como o aumento do engajamento, a conversão mais alta e a fidelização do cliente, especialmente durante a temporada de Natal, quando os consumidores buscam ofertas especiais e experiências únicas. Quando os clientes se sentem reconhecidos e atendidos de maneira individualizada, isso pode resultar em compras recorrentes não apenas durante o período de festas, mas ao longo do ano seguinte.

        Ao fornecer conteúdo e ofertas altamente relevantes para cada cliente, as empresas podem aumentar significativamente o engajamento e a interação. Além disso, a personalização extrema leva a uma melhor conversão, uma vez que os clientes estão mais propensos a responder positivamente às ofertas que atendem às suas necessidades específicas.

        Oferecer uma experiência altamente personalizada cria um vínculo emocional mais forte entre a marca e o cliente, aumentando a fidelidade e reduzindo a probabilidade de churn, ou seja, clientes que deixam de comprar. Por outro lado, clientes satisfeitos e engajados estão mais propensos a fazer compras repetidas e a gastar mais, o que, por sua vez, impulsiona a receita da empresa.

        “Na era da hiperpersonalização, as empresas têm a oportunidade única de não apenas atender, mas antecipar as necessidades de cada cliente individualmente. Ao compreender profundamente suas preferências e comportamentos, podemos não apenas oferecer produtos e serviços, mas também criar experiências que ressoam em um nível emocional. Essa conexão genuína não apenas impulsiona o engajamento e a fidelidade do cliente, mas também molda o futuro dos negócios, onde a personalização é a chave para o sucesso duradouro ", analisa Antonio Muniz.

 

Dicas para implementar a hiperpersonalização na experiência do cliente no mundo digital:

 

1) Coleta de dados eficiente: a base da estratégia está no uso inteligente dos dados. Sistemas de CRM e ferramentas de análise podem ser usados para coletar informações relevantes, como histórico de compras, preferências de produtos e interações anteriores. Durante o período de festas, estas informações podem ser usadas para enviar ofertas personalizadas de Natal, lembrando ao cliente de produtos que ele já demonstrou interesse ou que combinam com seus gostos.

 

2) Segmentação avançada: no lugar de enviar uma promoção genérica, dividir os clientes em segmentos mais específicos, como: compradores frequentes, clientes de última hora ou aqueles que já compraram presentes para amigos no ano passado, pode ser muito mais eficaz. Com isso, é possível direcionar campanhas exclusivas para cada perfil, tornando as ofertas mais atraentes e personalizadas.

 

3) Ofertas e conteúdos dinâmicos: as ferramentas de automação podem adaptar as ofertas de acordo com o comportamento do cliente em tempo real. Se um cliente está navegando em produtos de decoração de Natal, por exemplo, ele pode receber ofertas especiais para itens relacionados, como enfeites ou presentes exclusivos, aumentando a relevância da experiência de compra.

 

4) Comunicação multicanal: a hiperpersonalização deve ser aplicada de maneira consistente em todos os canais. Durante as festividades, a empresa pode integrar suas ações de marketing no site, e-mail, redes sociais e até mesmo em campanhas de SMS. Assim, os clientes terão uma experiência fluida e contínua, independentemente de onde estão interagindo com a marca..

 

5) Testes e otimização contínua: testes A/B são indicados para avaliar quais tipos de personalização têm melhor resposta durante a temporada de fim de ano. Isso pode incluir a personalização de temas de Natal, descontos especiais ou promoções limitadas. A otimização contínua garantirá que as campanhas estejam sempre ajustadas para maximizar os resultados..

 

6) Transparência e consentimento: o uso dos dados deve ser sempre transparente, com os clientes tendo conhecimento de como suas informações estão sendo utilizadas, especialmente em campanhas de marketing personalizadas. Neste período, a confiança é fundamental para a criação de um relacionamento duradouro e, ao ser transparente, a empresa estará solidificando a lealdade do cliente.

      “Implementar a hiperpersonalização no mundo digital exige mais do que apenas tecnologia; requer uma mentalidade centrada no cliente e um compromisso contínuo com a excelência. Ao utilizar dados de forma inteligente, segmentar estrategicamente e adotar uma abordagem de melhoria contínua, as empresas podem não apenas oferecer experiências personalizadas excepcionais, mas também construir relacionamentos sólidos e duradouros com seus clientes. A verdadeira chave está em entender que a hiperpersonalização não é apenas uma estratégia, mas sim uma filosofia que permeia toda a organização, impulsionando a inovação e o crescimento sustentável,” afirma o especialista em tecnologia e negócios.

       Oferecer experiências altamente relevantes e personalizadas não apenas aumenta o engajamento e a fidelidade do cliente, mas também constrói conexões mais profundas e duradouras que impulsionam o crescimento e o sucesso a longo prazo. Essa filosofia centrada no cliente, baseada em dados e estrategicamente orientada, não apenas satisfaz as expectativas dos clientes, mas as supera, garantindo um futuro sustentável e próspero em um mercado cada vez mais competitivo.

        Ao adotar a hiperpersonalização nas estratégias de vendas para o Natal e fim de ano, a empresa cria uma experiência de compra que não só atende, mas supera as expectativas dos seus clientes. No mundo digital de hoje, personalizar de forma inteligente não é apenas uma vantagem, mas tornou-se uma necessidade para um sucesso sustentável.

 

 


Antonio Muniz - Professor MBA Executivo Agilidade, Tecnologia e Negócios da Anhanguera Educacional, Antonio é líder destacado no campo da tecnologia e negócios, atuando como CEO da Advisor10X AgileTech Services e oferecendo consultoria estratégica. Além disso, é autor e editor de livros sobre tecnologia e gestão, e fundador da Jornada Colaborativa. Como presidente do Comitê de Tecnologia em duas academias, ele promove o networking e o desenvolvimento profissional. Muniz é reconhecido por sua dedicação em conectar pessoas e ideias para impulsionar o sucesso mútuo. Saiba mais em: linkedin.com/in/antoniomunizoficial

 

Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais é um passo decisivo na prevenção de crimes sexuais


A sanção da Lei nº 15.035/2024, criando o Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, representa um marco na proteção contra crimes sexuais no Brasil, trazendo avanços significativos no fortalecimento da segurança das vítimas e na prevenção de novos casos. Esta legislação modifica o Código Penal com o objetivo de aprimorar o combate aos crimes contra a dignidade sexual, instituindo um sistema público de consulta que disponibilizará informações sobre condenados por esses delitos. A iniciativa é um passo essencial para proteger mulheres, crianças e adolescentes, garantindo ao mesmo tempo o sigilo absoluto do processo e a preservação das informações relacionadas às vítimas. 

O novo cadastro público trará informações sobre condenados em primeira instância por crimes graves contra a dignidade sexual, incluindo nome completo, CPF, descrição do crime e pena aplicada. São os delitos: 

• Estupro (art. 213)

• Registro não autorizado da intimidade sexual (art. 216-B)

• Estupro de vulnerável (art. 217-A)

• Favorecimento da prostituição ou exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável (art. 218-B)

• Mediação para servir à lascívia de outrem (art. 227)

• Favorecimento da prostituição ou exploração sexual de adultos (art. 228)

• Manutenção de casa de prostituição (art. 229)

• Rufianismo (art. 230). 

Importante ressaltar que a medida busca ampliar a transparência e fortalecer os mecanismos de proteção, contribuindo para a segurança de toda a sociedade. 

O sistema também assegura o respeito aos direitos fundamentais, determinando a exclusão dos dados caso o réu seja absolvido em instâncias superiores, em consonância com os princípios de presunção de inocência e devido processo legal. 

A nova lei sancionada aproxima o Brasil de práticas internacionais bem-sucedidas. Nos Estados Unidos, desde 1996, o National Sex Offender Public Website (NSOPW) mantém um cadastro público de ofensores sexuais. A iniciativa surgiu como parte da Megan’s Law, criada após o brutal assassinato de Megan Kanka, de apenas 7 anos, por um vizinho com histórico de crimes sexuais. 

O modelo americano possibilita que comunidades consultem dados detalhados, como identidade, endereço e fotografia de condenados. Essa transparência é um dos pilares da proteção comunitária, alertando a população sobre possíveis riscos. Com o tempo, a legislação foi ampliada por normas como o Adam Walsh Act, consolidando-se como referência global no combate a crimes sexuais. 

Na Europa, a Convenção de Lanzarote, adotada em 2007, representa outro marco. Esse tratado internacional reforçou a proteção de crianças contra abusos sexuais, incentivando a criação de registros compartilhados entre os Estados-Membros da União Europeia. Essa rede de dados permite monitorar deslocamentos de condenados e restringir o acesso a menores em qualquer país da região, consolidando um esforço coletivo contra a exploração infantil. 

No Brasil, a implementação do cadastro será um desafio que exigirá equilíbrio entre transparência e respeito aos direitos constitucionais. O veto presidencial à manutenção dos dados por até dez anos após o cumprimento da pena reflete essa preocupação, evitando possíveis excessos que poderiam ferir a dignidade humana. 

Mais do que um instrumento punitivo, o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crimes de Estupro é uma ferramenta essencial para a prevenção. Ele permitirá que instituições e cidadãos tomem decisões informadas, especialmente em ambientes que envolvam pessoas vulneráveis, como escolas, hospitais e empresas. 

Além disso, o novo sistema sinaliza um alinhamento com as melhores práticas globais, mostrando que o Brasil está comprometido em adotar medidas efetivas para enfrentar os crimes sexuais de forma sistemática e integrada. 

A Lei nº 15.035/2024 vai além da esfera legal. Ela é um compromisso ético com a segurança e a dignidade das vítimas em potencial. Em tempos de crescente demanda por justiça social, essa legislação reafirma que a proteção dos mais vulneráveis é uma prioridade. 

Sua implementação bem-sucedida será um marco ético na consolidação de uma política pública que combina tecnologia, transparência e respeito aos direitos humanos, pavimentando o caminho para uma sociedade mais segura e vigilante. 

 

Raquel Gallinati - delegada de polícia, mestre em Filosofia e pós-graduada em Ciências Penais, Direito de Polícia Judiciária e Processo Penal. Atua como secretária de Segurança Pública de Santos e é Diretora da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil.

 

Dia Nacional da Criança com Deficiência: promovendo inclusão, conscientização, respeito e acolhimento


O Dia Nacional da Criança com Deficiência, comemorado em 09 de dezembro, tem como objetivo sensibilizar a sociedade para os direitos e necessidades das crianças com deficiência. A relevância deste dia é lembrada pelo Defensor Público Federal André Naves. 

“Este dia busca aumentar a compreensão sobre as dificuldades enfrentadas por crianças com deficiência e suas famílias, quebrando estigmas e preconceitos. Ao educar a sociedade sobre as diversas deficiências e a necessidade de inclusão e acessibilidade, é possível criar um ambiente mais acolhedor. A data celebra também a diversidade e a individualidade de cada criança, reforçando que todas têm o direito de serem tratadas com dignidade, independentemente de suas limitações”, enfatiza Naves. 

A data serve também para incentivar o empoderamento das crianças com deficiência e de suas famílias. Todas essas crianças têm potencialidades a serem desenvolvidas, apesar das dificuldades. E essas potencialidades podem ser ampliadas se houver um ambiente inclusivo, que ofereça acessibilidade e suporte adequado, como programas educacionais especializados, terapias e a participação em atividades comunitárias. 

“As crianças com deficiência possuem um vasto leque de potencialidades, assim como qualquer outra criança. A deficiência, por si só, não define as capacidades cognitivas, sociais, emocionais ou criativas de uma criança. Cada indivíduo é único, e suas habilidades e talentos podem se manifestar de maneiras diferentes, dependendo de fatores como ambiente e oportunidades de aprendizado”, afirma o Defensor Público, que complementa: “Se nós dermos à essas crianças condições de acesso pleno à educação, estaremos aumentando, cada vez mais, a produtividade agregada de todo o mercado de trabalho. Nós estaremos incluindo socialmente todas essas crianças, futuros cidadãos, seja no trabalho ou em outras frentes. E nossa democracia só cresce com a inclusão de todos”, ressalta Naves. 

Deste modo, é primordial promover a inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares e em atividades sociais. Precisamos também do cumprimento das legislações e da criação de novas políticas públicas que garantam seus direitos: maior acesso à educação, saúde, lazer, transporte e outros serviços essenciais. 

O Dia Nacional da Criança com Deficiência chama atenção também para a necessidade urgente de investimentos na capacitação de profissionais de diferentes áreas, para que eles possam atender as necessidades específicas dessas crianças, com mais empatia e eficiência. 

“Nesta data, precisamos ressaltar a importância do debate sobre inclusão social e educacional; respeito às diferenças; e fortalecimento de políticas públicas que promovam um ambiente mais justo e igualitário para todos, independentemente de suas condições”, conclui o Defensor Público André Naves.


André Naves - Defensor Público Federal

 

Como evitar armadilhas nas compras e promoções do fim de ano


Foto de Foto de Max Fischer
Especialista traz dicas para consumidor garantir seus direitos e não cair em ciladas em dezembro

 

Com a chegada do fim de ano, as lojas se enchem de consumidores em busca de presentes, as promoções se multiplicam e os aeroportos ficam lotados devido ao aumento no volume de viagens. Mas crescem também as dúvidas e problemas relacionados aos direitos dos consumidores. 

Segundo Aldo Nunes, advogado atuante em Direito do Consumidor, é essencial que os consumidores conheçam seus direitos e adotem cuidados específicos para evitar problemas durante esse período.
 

Compras e trocas de produtos

Um dos principais pontos de atenção para os consumidores no fim de ano é a questão das compras e das trocas de produtos. De acordo com advogado, é fundamental entender que os direitos variam dependendo da forma como a compra é realizada, seja online ou em uma loja física. 

“Nas compras online, o consumidor tem o chamado direito de arrependimento, previsto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Isso significa que ele pode desistir da compra em até sete dias após o recebimento do produto, independentemente do motivo”, explica o advogado. Nunes destaca que o direito de arrependimento é uma proteção ao consumidor que compra sem poder verificar fisicamente o produto. “Esse prazo de sete dias é para o consumidor ter certeza de que aquele item atende às suas expectativas. Caso não esteja satisfeito, ele pode solicitar a devolução do valor pago, inclusive com reembolso do frete”, complementa. 

Por outro lado, em compras realizadas em lojas físicas, não existe a obrigação legal de aceitar trocas por arrependimento. “É importante que o consumidor saiba que a troca de um produto comprado em uma loja física é uma liberalidade do estabelecimento, a menos que o item apresente algum defeito”, salienta Nunes. Para lidar com situações de produtos defeituosos, o advogado orienta que o consumidor deve exigir a reparação ou substituição do item. Caso o problema não seja resolvido em até 30 dias, é possível optar pela substituição do produto, a devolução do valor pago ou um abatimento proporcional do preço.
 

Promoções de Fim de Ano

As promoções de fim de ano, como as liquidações de Natal e as ofertas que antecedem o Ano Novo, são um chamariz para muitos consumidores, mas também podem esconder algumas armadilhas. “Infelizmente, é comum observarmos a prática dos preços manipulados, quando os comerciantes elevam os preços pouco antes do período de promoção para, em seguida, anunciá-los com descontos que na verdade não são reais”, alerta Aldo Nunes. 

Para evitar cair em fraudes, o advogado recomenda que o consumidor acompanhe o histórico de preços dos produtos que pretende adquirir. “Existem aplicativos e sites que fazem o monitoramento dos preços ao longo do tempo, e isso pode ser uma ferramenta valiosa para identificar se a promoção é realmente vantajosa”, sugere. 

Além disso, Aldo lembra que o consumidor tem direito a informações claras e precisas sobre os produtos e serviços oferecidos. Se uma promoção apresentar informações enganosas ou publicidade abusiva, o consumidor deve acionar os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. “É um direito garantido pelo CDC que o consumidor receba informações verdadeiras e completas. Propagandas enganosas são passíveis de sanções, e o consumidor tem o direito de exigir o cumprimento da oferta”, ressalta.
 

Passagens aéreas também no radar do CDC

O aumento no número de viagens durante o período de fim de ano também pode trazer imprevistos como cancelamentos, atrasos e overbooking de voos. Aldo Nunes orienta que, em situações como essas, as companhias aéreas têm obrigações previstas por lei para garantir a assistência aos passageiros. 

“Em caso de atrasos superiores a uma hora, a companhia deve oferecer facilidades de comunicação, como acesso a telefone e internet. Se o atraso ultrapassar duas horas, deve ser oferecida alimentação adequada, e, caso chegue a quatro horas, o passageiro tem direito a acomodação em hotel e transporte até o local, caso necessário”, explica Nunes. 

Em casos de cancelamento de voo ou overbooking, o passageiro pode escolher entre a reacomodação em outro voo da própria companhia ou de uma empresa parceira, o reembolso integral do valor pago ou a execução do serviço por outra modalidade de transporte. “É importante que o consumidor conheça seus direitos e exija a assistência adequada, pois muitas vezes as companhias aéreas tentam minimizar suas responsabilidades”, comenta o advogado. 

Quando se trata de pacotes de viagens, Aldo alerta para a necessidade de ler atentamente os contratos e ficar atento às cláusulas de cancelamento e remarcação. “Os pacotes turísticos também têm regras claras sobre cancelamentos e alterações, e o consumidor deve estar ciente das condições antes de fechar a compra. Em caso de desistência, pode haver cobranças de multas, mas estas devem ser proporcionais e estar devidamente informadas no contrato”, explica.
 

Dicas práticas para proteger seus direitos

Reunimos algumas dicas práticas que podem ajudar os consumidores a aproveitar o fim de ano com segurança:

  1. Verifique as políticas de troca e devolução: antes de efetuar uma compra, especialmente de presentes, pergunte ao vendedor sobre a política de troca da loja e, se possível, peça que isso seja registrado na nota fiscal.
  2. Cuidado com ofertas tentadoras demais: preços muito abaixo do mercado podem ser um indício de fraude. Desconfie de ofertas com descontos exagerados, especialmente em lojas desconhecidas.
  3. Exija nota fiscal: a nota fiscal é o principal documento que comprova a compra e garante os direitos do consumidor em caso de problemas. Nunca aceite realizar compras sem exigir esse documento.
  4. Conheça os seus direitos: seja em compras físicas ou online, é fundamental que o consumidor conheça seus direitos. A leitura do Código de Defesa do Consumidor pode ajudar a esclarecer dúvidas e evitar prejuízos.
  5. Cuidado nas viagens: ao planejar uma viagem, informe-se sobre os direitos em relação a cancelamentos e atrasos. Tenha sempre os contatos da companhia aérea e dos órgãos responsáveis para eventual necessidade de reclamação.

O fim de ano é uma época de celebração e, com cuidados simples, os consumidores podem evitar muitos problemas. Aldo Nunes lembra que a informação é a principal aliada do consumidor. “Estar bem informado é a melhor forma de garantir que seus direitos sejam respeitados. Aproveite as festas, mas faça isso com consciência e segurança”, conclui o especialista.

 

75% dos brasileiros acham que uso de IA na escola deve aumentar em 10 anos

Freepik
73% dos entrevistados no estudo tiveram contato superficial ou nulo com tecnologia durante a educação básica

 

 

Atualmente, alguns conhecimentos vêm ganhando um grau de importância diferenciado na vida da população, e, entre eles, estão os que envolvem o uso de tecnologias. No entanto, nem todos os brasileiros tiveram contato com disciplinas da área no seu tempo de escola, e a maioria teve que encontrar suas formas individuais de aprendizagem. 

Uma pesquisa realizada pela DataCamp, plataforma de cursos online de tecnologia e dados, revelou que, de forma geral, o conhecimento dos brasileiros na área não parte da educação básica, pois 73% dos entrevistados no estudo tiveram contato superficial ou nulo com tecnologia durante a escola.

 


 O futuro das escolas (ou as escolas do futuro)


Uma vez que grande parte da população não teve contato com o uso de tecnologias e interpretação de dados na escola, é inevitável refletir sobre como esse cenário pode ser diferente em alguns anos. Uma discussão já bastante presente trata sobre os desafios da inserção da inteligência artificial nas salas de aula, especialmente pelo uso indiscriminado de ferramentas como o ChatGPT por parte dos alunos. 

Neste contexto, os entrevistados foram convidados a imaginar como estará o futuro da educação em dez anos, e o ponto que aparece com grande destaque está realmente ligado ao maior uso da inteligência artificial entre alunos e professores (75%). Também foram citados a substituição de livros e cadernos por tablets e notebooks (51%) e o aumento de aulas online em detrimento das presenciais (41%).  

Martijn Theuwissen, COO do DataCamp, reflete sobre o uso de tecnologias nas escolas. “Se aproximar de novas tecnologias e transformá-las em aliadas não é uma tarefa fácil. O importante é perceber que a mesma energia que é utilizada ao se negar as novidades tecnológicas é aquela que pode te colocar no caminho de compreendê-las. As ferramentas já estão aí, então é importante buscar — através de livros, cursos, profissionais capacitados — a sua melhor forma de aprendizagem, para estar por dentro de conhecimentos que, no fundo, realmente podem ajudar”, completa Theuwissen.

 

O jeitinho brasileiro 

Mesmo em um cenário em que, de forma geral, a população não possui uma bagagem de conhecimento escolar em tecnologia, lidar com aparelhos eletrônicos, aplicativos ou inteligências artificiais não parece ser um grande desafio para os brasileiros, pois 89% dos entrevistados afirmam ter facilidade no contato com novas tecnologias. 

Dentro dessa grande parcela de respondentes, 52% avaliam sua relação com a tecnologia como excelente, destacando que, de forma geral, aprendem sozinhos e com facilidade, enquanto os outros 37% admitem que, mesmo tendo facilidade, às vezes precisam de alguma orientação no início do contato com alguma novidade. Apenas 10% consideram ter dificuldade e reconhecem levar algum tempo para aprender de forma efetiva.

 


“O brasileiro é um povo muito atento às novidades, e sua presença na internet é muito expressiva e notável em todo o mundo. Esse interesse faz com que a população não fique para trás quando falamos em novidades no segmento — pelo contrário. Mesmo que o entendimento da tecnologia não seja passado da forma mais tradicional, pode-se perceber que a necessidade e a curiosidade fazem com que as pessoas encontrem sua própria forma de aprender”, reflete Theuwissen.

 

Como superar as limitações 

É normal que não se domine algumas áreas de conhecimento sem grandes prejuízos no dia a dia, mas esse não é o caso do contato com as tecnologias e os dados. Existem dificuldades rotineiras que os brasileiros acabam enfrentando por não entenderem alguns pontos que estão dentro dos âmbitos desses saberes. 

Entre as principais dificuldades estão: limitações em atividades cotidianas, como realizar compras online, utilizar bancos digitais ou fazer agendamentos de consultas (59%); desconhecimento em segurança digital (58%); dificuldade no uso de aplicativos de transporte ou de redes sociais (51%), e falta de confiança ao utilizar ferramentas no trabalho ou em estudos (46%).  

Para superar as dificuldades, as estratégias que os entrevistados avaliam como mais eficazes para desenvolver habilidades em tecnologia e dados são assistir a vídeos na internet (53%); participar de projetos extracurriculares ou clubes de tecnologia (52%), e realizar cursos por conta própria (48%).  

“Mais uma vez, podemos perceber algumas dificuldades que são enfrentadas por parte da população pela falta de domínio de algumas ferramentas que, muitas vezes, são relativamente simples. Para a resolução de dúvidas e aprofundamento de conhecimentos, a busca por cursos é uma ótima opção. Eles podem combinar diferentes abordagens, como tutoriais em vídeos, aprendizagem interativa e realização de projetos que irão consolidar de forma duradoura a compreensão dos conteúdos”, analisa Theuwissen.

 

Metodologia 

Público: foram entrevistados 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 16 anos e de todas as classes sociais. 

Coleta: os dados do estudo foram levantados via plataforma de pesquisas online. 

Data de coleta: entre os dias 29 de outubro e 03 de novembro de 2024.

 

DataCamp
https://www.datacamp.com/pt/


O poder transformador do ESG na Bolsa: Segurança para investidores e avanço de resultados nos negócios

O conceito de ESG (Ambiental, Social e Governança), cada vez mais interconectado e sensível a questões ambientais e sociais, deixou de ser uma tendência para se consolidar como uma prioridade estratégica em empresas de diversos setores. Muito além de uma resposta às demandas de sustentabilidade, a adoção de práticas ESG representa uma poderosa alavanca para resultados financeiros expressivos, enquanto protege investidores e promove um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade.

No setor de água e efluentes, onde a gestão responsável de recursos hídricos é vital para a segurança das populações e a saúde ambiental, essa realidade é evidente. Soluções inovadoras, como sistemas avançados de tratamento e tecnologias de reuso, demonstram como a gestão responsável de recursos pode promover tanto retornos financeiros quanto benefícios ambientais. Empresas que investem nessa área posicionam-se como líderes na transição para uma economia mais sustentável. 

Vivemos em uma era de transparência radical. Consumidores, investidores e reguladores têm à sua disposição ferramentas para avaliar em tempo real o impacto das ações empresariais. Essa vigilância contínua torna o ESG um fator determinante para a confiança e longevidade no mercado. Empresas que falham ou ignoram essas práticas enfrentam consequências imediatas, seja por boicotes, quedas no valor de mercado ou danos irreparáveis à reputação. 

Desastres ambientais, como rompimentos de barragens, contaminações, vazamentos químicos e crises de abastecimento hídricos, demonstram o custo exorbitante da negligência. Esses eventos devastadores trazem perdas irreparáveis às comunidades afetadas e riscos financeiros e reputacionais imensuráveis para as empresas envolvidas, afastando investidores e comprometendo a continuidade do negócio. 

Por outro lado, aquelas que integram ESG ao seu modelo de negócios, desfrutam de uma série de benefícios, como a redução nos riscos operacionais e custos relacionados a penalidades regulatórias ou desperdícios de recursos, atração de investidores comprometidos com critérios sustentáveis e abertura de novas oportunidades de mercado. 

As práticas ESG sólidas mitigam riscos e impulsionam inovações. No Brasil, por exemplo, iniciativas em saneamento e reuso de água estão redefinindo o papel das empresas na resolução da escassez hídrica, mostrando como desafios globais podem ser transformados em oportunidades de mercado. 

A confiança do mercado é um dos maiores ativos de qualquer organização. Escândalos ambientais ou problemas sociais inesperados podem destruir a reputação de uma empresa em questão de dias, impactando negativamente seu valor de mercado e afastando investidores. No entanto, empresas alinhadas a critérios ESG demonstram compromisso com a sustentabilidade, o que reduz a volatilidade de ações e traz maior previsibilidade de resultados. 

Além disso, há um movimento crescente entre as novas gerações de investidores, que buscam não apenas retornos financeiros, mas também impacto positivo em suas escolhas. Relatórios indicam que fundos alinhados ao ESG frequentemente superam seus pares tradicionais em rentabilidade, especialmente em cenários econômicos instáveis. Isso reflete a percepção de que empresas sustentáveis estão mais preparadas para enfrentar crises e inovar. 

Mais do que atender a exigências regulatórias, integrar ESG à estratégia empresarial representa uma mudança de paradigma na forma como as empresas operam, conectando resultados financeiros a uma agenda de impacto positivo, o que fortalece a competitividade em um mercado global cada vez mais exigente. 

Para líderes empresariais, ESG representa a oportunidade de alinhar crescimento econômico à responsabilidade social e ambiental. Para os investidores, é a garantia de apostar em organizações preparadas para os desafios do presente e as oportunidades do futuro. O caminho está traçado: sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade inadiável.



André Ricardo Telles - CEO da Ecosan, empresa de soluções sustentáveis para o tratamento de água e recuperação de efluentes. Pós-Graduado em Inovação na Universidade CUOA na Itália, com MBA pela FGV, Telles já publicou livros no Vale do Silício pela IBM-USA e está à frente de inovações que transformam desafios ambientais em soluções de engenharia eficientes e sustentáveis.


Responsável por 4% do PIB nacional, Silvicultura é importante aliada da sustentabilidade na indústria de transformação

 

Freepik

Segmento de florestas plantadas produziu 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões em papel e 1,5 milhão de m³ de madeira nobre

 

Em 7 de dezembro é comemorado o Dia Nacional da Silvicultura, uma menção ao setor rural responsável pela produção de florestas plantadas. Para se ter uma ideia dos resultados positivos do manejo e a pegada sustentável dessa importante atividade agrícola, diariamente são plantadas 1,8 milhão de árvores com fins comerciais. 

A informação divulgada pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvore) é resultado de um estudo realizado anualmente. A atividade de silvicultura é responsável por 4% do PIB (Produto Interno Bruto), e produziu em 2023, 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e ainda, 1,5 milhão de metros cúbicos de madeira para exportação.

É importante esclarecer que a silvicultura é o método de cultivar florestas, a fim de evitar o desmatamento das matas nativas e a destruição dos biomas nacionais. O relatório anual da organização MapBiomas destacou que, nos últimos cinco anos o Brasil perdeu mais de 8,5 milhões de hectares de vegetação nativa, por retirada ilegal de árvores. Em outras palavras, o espaço atingido equivale a duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro. 

Outro ponto de atenção foram as regiões do Cerrado e Matopida (Bahia, Piauí, Tocantins e Maranhão), que registraram o maior índice de remoção da vegetação nativa, com 49%. Portanto, foram responsáveis por quase metade do desmatamento ocorrido no território nacional. 

Freepik
Diante das informações elencadas sobre a flora nacional é fundamental incentivar os produtores a optarem pela cultura de árvores plantadas, como pinus e eucalipto, já que são matérias-primas de papel e celulose e ainda, apresentam alto valor agregado.

O Senac EAD conta com um portfólio completo de cursos na área ambiental, de cursos livres a pós-graduação. Além disso, a graduação de Tecnologia em Gestão Ambiental recebeu nota máxima do MEC, pela nota obtida no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). 

Os concluintes também têm direito a solicitarem a carteira profissional do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), no estado onde residem. Portanto, se você tem interesse de iniciar uma carreira na área de meio ambiente, venha para o Senac EAD. Acesse o site e confira as opções de aprendizado.

 

Senac EAD

 

Fim de ano sem dívidas: planejamento financeiro é o segredo para evitar gastos excessivos

Confira as dicas para iniciar 2025 com tranquilidade


O fim de ano se aproxima; uma época de celebração, marcada pelas compras de Natal, viagens e confraternizações. No entanto, é também um período que pode gerar desequilíbrios financeiros para muitas pessoas. A soma dos custos com presentes, festas e viagens, junto aos encargos típicos do início do ano – como matrículas escolares, IPTU e IPVA – pode pesar no orçamento. Para evitar o endividamento, o segredo está em priorizar o planejamento financeiro e pensar no longo prazo.

Segundo especialistas, a combinação de crédito mais caro, aumento da inadimplência e um cenário econômico desafiador reforçam a importância do uso do 13º salário de forma estratégica. Até dezembro de 2024, esse adicional será pago a cerca de 92,2 milhões de brasileiros, conforme o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

Para tanto, o primeiro passo é fazer um cálculo para o controle do orçamento, de acordo com a diretora regional da Central Unicred do Brasil - Núcleo Multirregional, Carolina Ramos.

“O ideal é priorizar o pagamento de dívidas existentes e evitar gastos impulsivos. O momento exige cautela e foco no equilíbrio financeiro. Então, deve haver uma definição de limites para as compras e gastos”, ressalta.

Investimento

A diretora reforça que o 13º salário, além de ser um alívio financeiro no final do ano, também pode se transformar em uma ferramenta estratégica para garantir maior segurança no futuro. Segundo ela, uma das maneiras de utilizar esse recurso extra é destiná-lo, total ou parcialmente, para carteiras de investimentos ou aporte extra no plano de previdência privada.

“Esse mecanismo de poupança complementar é uma oportunidade de garantir uma renda adicional na aposentadoria ou aumentar os recursos no médio ou longo prazo, promovendo maior segurança financeira e independência econômica”, afirma.

A especialista explica que um dos pontos fortes da previdência privada é a flexibilidade. Na Unicred, o Plano Precaver, que é administrado pela Quanta Previdência Cooperativa, chama atenção dos cooperados também porque oferece baixa taxa de administração, de 0,25% ao ano, e 0% de taxa de carregamento, o que ajuda a maximizar os lucros do plano. Ela acrescenta que as contribuições mensais são aplicadas no mercado financeiro, através de carteiras e gestores altamente confiáveis, para serem rentabilizadas. “No tempo escolhido pelo cooperado, o saldo acumulado é transformado em renda ou resgate de acordo com as opções de cada plano. O Precaver, elaborado com base na filosofia cooperativista, não possui fins lucrativos, além de possibilitar a dedução de até 12% no Imposto de Renda, dependendo do montante dos aportes”, comenta. 

 


Sistema Unicred

Governança de Dados: a falha invisível que pode comprometer a estratégia de IA do seu negócio

 No cenário competitivo atual, onde as mudanças tecnológicas ocorrem rapidamente, a Inteligência Artificial (IA) não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica. Independentemente do setor, as empresas precisam utilizar a IA para otimizar processos, aumentar a eficiência e, acima de tudo, continuar inovando e se destacando no mercado. Assim como a evolução nas técnicas de fabricação melhorou a qualidade e diversidade de produtos, a IA está revolucionando a forma como as empresas operam, tomam decisões e interagem com seus clientes.

A questão agora não é mais se as empresas devem adotar novas tecnologias, mas como podem fazê-lo de forma que gere valor real e mensurável. Gosto de relacionar a IA a uma máquina cognitiva em constante evolução. Ela vai além de simplesmente processar dados, aprendendo continuamente com eles e gerando novos conhecimentos e insights.

Quando uma empresa adota essa tecnologia de forma inteligente, o potencial para inovação se torna exponencial, transformando o conhecimento existente em novas camadas de entendimento. Isso permite que as organizações se adaptem, antecipem mudanças e estejam sempre à frente em um cenário dinâmico e competitivo.

Entretanto, é fundamental que as empresas compreendam os desafios associados a essa transformação. Estamos falando de um sistema que, ao gerar conhecimento com base em dados, pode, se não for devidamente supervisionado, criar "alucinações", ou seja, produzir interpretações errôneas.

A analogia é simples: é como digitar em um teclado sem verificar se as teclas estão funcionando corretamente. Você pode achar que está escrevendo algo coerente, mas, se as teclas não responderem como esperado, o resultado será apenas uma sequência de caracteres sem sentido.

Sem uma governança robusta de dados, as empresas correm o risco de tomar decisões com base em informações incorretas, uma vez que dados mal estruturados ou imprecisos podem levar a previsões totalmente equivocadas. Por exemplo, uma empresa que utiliza IA para gerenciar sua cadeia de suprimentos pode enfrentar problemas se as informações de demanda forem incorretas, resultando em produção excessiva ou escassez de produtos, o que afeta diretamente o fluxo de caixa e a satisfação dos clientes. Nesse caso, o problema não está na tecnologia, mas na falta de controle sobre a qualidade dos dados que a alimentam.

A governança de dados é essencial para o sucesso de qualquer implementação eficaz de IA. Empresas que dominam essa área sabem que dados desorganizados ou inconsistentes não apenas geram "ruído", mas também comprometem a operação como um todo. Assim como a gestão eficiente das finanças ou operações, a governança de dados é um diferencial competitivo que assegura decisões mais precisas e estratégicas.

Ignorar essa área pode comprometer até as melhores estratégias, resultando em falhas operacionais e impacto direto no retorno sobre o investimento. Por isso, as empresas que avançam na adoção de IA devem priorizar uma governança rigorosa de dados, pois decisões estratégicas não podem ser baseadas em informações imprecisas, especialmente em mercados tão voláteis.

Neste ambiente de negócios, a adoção da IA já deixou de ser uma escolha. Empresas que ainda hesitam em investir estão perdendo terreno para concorrentes que já entenderam seu valor. O sucesso depende da execução: tratar os dados como ativos estratégicos é o caminho para gerar insights confiáveis e criar uma base sólida para inovação contínua. A IA tem o potencial de transformar os negócios, mas isso só ocorre com uma governança sólida e uma estratégia bem definida.

As empresas que se adaptarem a essa nova realidade continuarão a liderar seus mercados. Sem dúvida, a IA é o ingrediente essencial para o sucesso futuro de qualquer organização, e o momento de agir é agora.




Filipe Cotait - CEO da Scala, empresa brasileira de soluções de analytics e inteligência artificial (IA) do Grupo Stefanini

 

Brasil tem maior reserva de água doce do mundo, mas enfrenta desafios hídricos graves

Seminário no Biopark debate reúso da água e anuncia laboratório para análise de águas a partir de 2025 

 

O Brasil, conhecido por abrigar a maior reserva de água doce em estado líquido do planeta, enfrenta um cenário preocupante: 128 milhões de pessoas vivem em áreas sob risco hídrico, e, entre 2017 e 2020, cerca de 89 milhões foram impactadas por secas e estiagens, conforme dados do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Para reverter esse quadro, especialistas apontam ações fundamentais, como a proteção e recuperação de nascentes, a despoluição de mananciais e o investimento no reúso da água.


Laboratório de águas

Uma dessas iniciativas será desenvolvida no Parque Tecnológico do Oeste do Paraná - Biopark, em Toledo, que abrigará um Laboratório para Análise de Águas e Efluentes. A previsão de início das atividades em pesquisa é em fevereiro de 2025. O Laboratório foi uma necessidade mapeada por meio da UMIPI (Unidade Mista de Pesquisa e Inovação) Oeste Paranaense, uma parceria entre Biopark Educação, Biopark e Embrapa, e está sendo implantado no Biopark Educação, com o apoio da Fundação Araucária, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) do estado do Paraná e da Prefeitura de Toledo. O laboratório terá como objetivo principal o desenvolvimento de soluções sustentáveis para o reúso da água e a promoção de políticas públicas que fortaleçam a sustentabilidade das cadeias produtivas.


Inovação na gestão hídrica

O anúncio foi feito durante o Seminário “Desafios e Oportunidades na Gestão Hídrica, Reúso da Água como Caminho para a Sustentabilidade”, realizado no Biopark e que reuniu pesquisadores de instituições renomadas, como USP, Unesp, UFSC e Embrapa, além de representantes do setor industrial. O evento teve como foco a discussão de práticas e tecnologias inovadoras voltadas ao reúso da água, com ênfase nos setores agropecuário e industrial. “O encontro promoveu um debate essencial sobre o aproveitamento responsável da água, trazendo soluções que podem transformar a forma como gerimos esse recurso vital", destaca o vice-presidente do Biopark Educação, Paulo Rocha.

De acordo com o diretor da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Paraná (Seti), Marcos Pelegrina, a pesquisa científica tem papel estratégico no desenvolvimento estadual. “O orçamento da Secretaria aumentou de R$ 70 milhões para R$ 800 milhões em cinco anos, refletindo o compromisso do Paraná com a ciência e a inovação. Nosso objetivo é que o Laboratório de Águas se torne uma referência nacional”, frisa.

“Este laboratório foca no recurso mais importante e escasso do futuro: a água. Ele conectará a agricultura, a indústria e mais de 140 cadeias produtivas, fortalecendo o papel estratégico da pesquisa aplicada”, destaca o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe. 

 

 Biopark


3 livros para possibilitar um mundo mais sustentável

Entre as indicações abaixo, há desde obra que defende a adoção da economia circular até poemas sobre o descarte de lixo em excesso

 

Especialistas em meio ambiente e ativistas do mundo inteiro defendem uma mesma ideia: é necessário adotar estratégias sustentáveis no cotidiano das pessoas, nos processos das empresas e nas políticas públicas para existir um futuro no planeta. Somente assim, os seres humanos e a natureza podem viver em diálogo. 

Para refletir sobre o tema, as indicações abaixo trazem reflexões sobre sustentabilidade e chamam atenção para a importância de pensar sobre a vida na Terra. Confira:

 

Reciclagem de A a Z

Especialista em economia circular, presidente do Instituto Nacional de Economia Circular e professor universitário, Marcelo Souza lançou este livro para explicar a importância de as empresas das mais diversas cadeias pensarem em maneiras de reduzir o descarte de materiais e aumentarem a vida útil de seus produtos. Além de ser o caminho para uma vida plena no mundo, é uma maneira dos empreendimentos também crescerem economicamente.

(Autor: Marcelo Souza | Onde comprar: Amazon)

 

 

Poemas de Plástico

Primeiro livro de literatura feito totalmente de plástico reciclado e reciclável. Esta é a premissa da obra de Pedro Tancini, que usou um papel sintético para as folhas e produziu uma capa com colagens de objetos plásticos colhidos nas praias de São Paulo. Por meio de poemas, o autor reflete sobre como a ideia da descartabilidade no mundo contemporâneo afeta tudo, inclusive as relações emocionais e interpessoais.

(Autor: Pedro Tancini | Onde comprar: Amazon)

 

 

A Árvore dos Alados

Geógrafo, consultor sobre meio ambiente e escritor, Don Policarpo convida as crianças e os adolescentes a se perceberem como cidadãos capazes de transformar o planeta. No enredo, um menino é convocado a defender a humanidade das atrocidades que a espécie cometeu contra a natureza. Durante o tribunal, vários animais falarão sobre como o lixo e poluição afetaram suas vidas.

(Autor: Don Policarpo | Onde comprar: Amazon)

 

Posts mais acessados