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segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Quero empreender: E agora? 10 dicas essenciais sobre como escolher o melhor negócio para você

Escolher o negócio certo não é uma tarefa simples, mas também não precisa ser uma odisseia desnecessária por mares de complexidade. A chave, muitas vezes, está em unir paixão com estratégia, o desejo com viabilidade, e, acima de tudo, a simplicidade com a excelência.

Ao longo dos anos, tenho visto muitos empreendedores caírem na armadilha de escolher negócios baseados em modismos, aparentes tendências - passageiras - ou em conselhos mal fundamentados. Vou compartilhar com você algumas considerações que faço antes de me envolver em qualquer novo empreendimento. E, se você é novo em meus escritos, não se assuste com a objetividade e acidez. Vamos lá.


1. Conheça a Si Mesmo

Você precisa se perguntar: "Eu realmente entendo no que estou me metendo?" Antes de tudo, conheça suas paixões, habilidades e limites. Aristóteles disse uma vez que "o conhecimento de si mesmo é o princípio de toda sabedoria." E ele estava certo. Se você não tem afinidade com o setor ou com as atividades que o negócio exige, estará fadado ao fracasso, ou pior, à infelicidade. Não precisa ser apaixonado por ir ao dentista se seu plano é abrir uma clínica, porém é importante ser apaixonado pelo processo de construção do negócio. Entende?

2. Pesquise o Mercado com Afinco

Não basta ter uma boa ideia; você precisa saber se há um mercado para ela. Pesquise sua concorrência, entenda seu público-alvo e descubra se há espaço para mais um jogador nesse campo. "A ignorância é a mãe de todos os desastres", já dizia Sófocles. E no mundo dos negócios, a falta de informação é a rota mais curta para o fracasso. Vejo muita gente achando que tem um diamante guardado como se mais ninguém tivesse ideia similar, dispa-se de egos e levante os prós e contras, nem tudo é feeling.


3. Avalie a Viabilidade Financeira

O que adianta uma ideia genial se ela não é financeiramente viável? Antes de se lançar, faça as contas. Qual é o investimento inicial necessário? Quais serão os custos operacionais? E o retorno, quando virá? Se as respostas a essas perguntas não forem claras, talvez seja melhor repensar. Não caia em planos de negócios a la sebrae. Mundo cor-de-rosa só em filmes da barbie. 


4. Simplifique, Simplifique, Simplifique

Como eu sempre digo: "Limpe o mato." Não complique. Muitos negócios falham porque seus fundadores criam sistemas complexos demais, carregados de burocracia desnecessária. Uma empresa leve, com processos claros e eficientes, tem muito mais chances de prosperar do que elefantes brancos no meio da sala.


5. Seja Realista com a Localização

Se o seu negócio depende de uma localização física, escolha com cuidado. Um ponto comercial mal escolhido pode ser o beijo da morte para seu empreendimento. Faça uma análise detalhada sobre o fluxo de pessoas, o perfil do público na região e, claro, o custo-benefício.


6. Pense no Longo Prazo

Não se deixe seduzir por modismos. Como já disse antes, tendências vêm e vão. Pense se o negócio que você está escolhendo tem potencial de crescimento e, principalmente, sustentabilidade a longo prazo. Se não tiver, você estará construindo castelos na areia. Evite voos de galinha.


7. Franquia ou Negócio Próprio?

Essa é uma pergunta que muitos me fazem e, tête-à-tête eu sempre vou explicar que franquias seguem padrões, não apenas uma marca. Abrir uma franquia pode ser uma excelente escolha para quem quer uma "receita de bolo" que já deu certo. Mas lembre-se: não é bilhete de loteria premiado, mesmo uma franquia exige dedicação, energia e você deve estar preparado para seguir as regras do jogo estabelecidas pelo franqueador.


8. Escute, Mas Não Demais

Conselhos são importantes, mas não deixe que eles abafem a sua voz interior. Muitas vezes, as pessoas ao seu redor vão tentar desmotivar você ou empurrar ideias que não têm nada a ver com o seu perfil. Escute o suficiente para não ser teimoso, mas tome suas decisões baseado no que faz sentido para você.


9. Estude a Concorrência

Quem são os gigantes do seu setor? E os pequenos players? Ainda mais, estude os negócios locais. O que eles estão fazendo certo? E errado? Como você pode fazer diferente? Entender a concorrência é essencial para encontrar seu próprio espaço e não ser apenas "mais um".


10. Foque na Solução, Não no Problema

Por fim, seja um solucionador de problemas. Como líder, seu trabalho não é só identificar o que está errado, mas apresentar soluções práticas e eficazes. E lembre-se: "Tempo é dinheiro." Não desperdice nem o seu, nem o dos outros.

Escolher o negócio certo é uma arte que combina autoconhecimento, estratégia e, é claro, ousadia. Se você seguir estas dicas, estará um passo mais próximo de encontrar o empreendimento ideal para o timing certo e para o seu perfil. Só não se esqueça: o sucesso, como a felicidade, não é um destino, mas uma jornada. Boa sorte!

 

Lucas Atanazio Vetorasso - líder global no segmento de franquias com negócios espalhados por vários países pelo mundo

 

Direitos trabalhistas garantem a participação ativa dos pais na vida dos filhos

Especialista analisa os direitos no âmbito corporativo


Assim como as mães, os pais também possuem direitos trabalhistas relacionados com à paternidade, garantias previstas pela legislação que asseguram, entre outras coisas, maior participação do genitor na criação dos filhos.  

No Brasil, a licença-paternidade é um direito assegurado por lei. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) traz em seu artigo 473 situações em que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: “São cinco dias consecutivos, em caso de nascimento de filho, de adoção ou de guarda compartilhada. Caso o empregador seja optante pelo programa Empresa Cidadã, o prazo será estendido para 20 dias”, explica a advogada Juliana Mendonça, sócia do Lara Martins Advogados, mestre em Direito e especialista em Direito e Processo do Trabalho. Outras ausências são previstas em lei, como acompanhamento de esposa ou companheira em até seis consultas médicas, ou em exames complementares, durante o período de gravidez e um dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica.     

O advogado Aloísio Costa Junior, sócio do escritório Ambiel Advogados e especialista em Direito do Trabalho, ressalta que a Constituição Federal também estabelece esse direito, embora a regulamentação específica ainda esteja pendente: “Em dezembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Congresso Nacional teria 18 meses para criar uma lei específica sobre a licença-paternidade, sob pena de o próprio Supremo fixar novas regras”. 

Em situações trágicas, como o falecimento da mãe no parto, a legislação brasileira assegura que o pai tenha direito à licença-maternidade pelo período restante a que a mãe teria direito. "Isso inclui os 120 dias de licença-maternidade," esclarece Mendonça. No entanto, Costa lembra que esse direito não será concedido em casos de falecimento do filho ou de abandono. 

Além dos prazos previstos na CLT, a advogada ressalta que de acordo com a lei 8.213/1991, o segurado da Previdência Social que obtiver a guarda unilateral da criança para fins de adoção terá direito a licença-maternidade pelo período de 120 dias, mesmo sendo do sexo masculino.  

A compatibilização da vida profissional com as responsabilidades familiares é uma preocupação crescente. Sobre a possibilidade de horários de trabalho flexíveis para cuidar dos filhos, os empregados com filho, enteado ou pessoa sob guarda judicial de até 6 anos de idade ou com deficiência têm prioridade nas vagas de teletrabalho, trabalho remoto ou a distância. “A lei prevê, que devem ser adotadas as seguintes práticas: regime de tempo parcial; banco de horas; jornada 12/36; antecipação de férias individuais; além de horários de entrada e saída flexíveis. Em alguns casos, os acordos ou convenções coletivas podem prever condições específicas para horários flexíveis”, enfatiza a advogada.  

Para a implementação de políticas de horário flexível, a especialista sugere que as empresas estabeleçam políticas claras e as comuniquem aos empregados; permitam o trabalho remoto em determinados dias; implementem horários de trabalho escalonados; ofereçam a possibilidade de compensação de horas e estabeleçam programas de apoio e orientação para os pais. Aloísio também orienta que isso pode ser feito tanto por iniciativa própria das empresas por meio de regulamento interno, por acordos individuais com os empregados ou por negociação coletiva com o sindicato da categoria dos trabalhadores. 

Outro ponto relevante que merece atenção é a discriminação sofrida pelos pais no ambiente de trabalho: "Se um pai sentir que está sendo discriminado por exercer seus direitos relacionados à paternidade, ele pode procurar o departamento de Recursos Humanos da empresa para relatar o caso; consultar um advogado especializado em direito do trabalho e registrar uma denúncia no Ministério Público do Trabalho”, aconselha a especialista. 

Sobre essa questão, o advogado ressalta: “o desrespeito a qualquer direito relacionado à paternidade pode ser objeto de reclamação trabalhista contra o empregador, para exigir o cumprimento da lei e/ou indenização pelos prejuízos eventualmente sofridos”.  

“Com a conscientização e o cumprimento desses direitos, busca-se promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e justo para os pais, permitindo que eles participem ativamente da criação de seus filhos e contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade mais equilibrada e igualitária”, finaliza a professora.  

“A licença-paternidade não deve ser vista apenas como um direito individual do trabalhador, mas também, e principalmente, como mecanismo de proteção dos direitos sociais e coletivos, especialmente das famílias e das crianças. A verdadeira presença do pai e sua participação nos cuidados da criança recém-nascida ou adotada gera benefícios de longo prazo para toda a sociedade, cabendo também às empresas colaborar para que esse objetivo seja alcançado”, conclui Costa.  

 

Fontes:  

Aloísio Costa Junior: sócio do escritório Ambiel Advogados, especialista em Direito do Trabalho.  

Juliana Mendonça: sócia do Lara Martins Advogados, é mestre em Direito e especialista em Direito e Processo do Trabalho.  


Mais de 6,5 milhões de pequenos negócios tomaram crédito no início deste ano

O resultado é o melhor em oito anos, segundo levantamento do Sebrae com dados do Banco Central


Nos três primeiros meses do ano, 6,5 milhões de pequenos negócios tomaram empréstimo no Brasil, chegando a um montante de R$ 109 bilhões. O resultado é o melhor em oito anos – antes disso, no primeiro trimestre de 2016, 2,8 milhões de microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte haviam buscado crédito junto ao sistema financeiro. Os dados são de um levantamento do Sebrae com base nas informações fornecidas pelo Banco Central do Brasil (BCB).

A maior quantidade de tomadores de crédito está entre os donos de microempresas (4,35 milhões), seguido por 1,4 milhão de MEI. Entre as modalidades de crédito e financiamentos mais comuns de janeiro a março, estão compras parceladas em cartões de crédito, cheque especial e capital de giro.

Os dados mostram também que o número de microempreendedores individuais (MEI) com alguma operação de crédito no sistema financeiro teve um crescimento de quase 100% em três anos. Isso porque no primeiro trimestre de 2021, cerca de 770 mil MEI tomaram algum tipo de empréstimo. Já nos primeiros três meses deste ano, o volume passou para 1,4 milhão de microempreendedores individuais. No mesmo período, em 2021, os MEI foram responsáveis por 1,98 milhão de transações, chegando a 3,3 milhões de operações em 2024.

Alternativa

O Sebrae tem atuado, junto ao governo federal, para ampliar o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito por meio do Programa Acredita. O Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), gerenciado pela instituição, habilitou 29 instituições bancárias para ofertar os recursos, que foram possibilitados com o aporte de R$ 2 bilhões do Sebrae e que vai viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos.

 

A transformação das empresas pela diversidade

A diversidade no mercado de trabalho é um tema de crescente relevância nas discussões corporativas e sociais. A inclusão de diferentes perspectivas culturais, de gênero, etárias e raciais promove um ambiente de trabalho mais justo e traz benefícios tangíveis para as empresas. No entanto, a ascensão de minorias a cargos de liderança ainda enfrenta barreiras significativas. E, quando falamos em diversidade, o país tem um cenário amplo. As mulheres, por exemplo, são maioria de acordo com o Censo de 2022, e representam 51,5% da população.

Entretanto, nem as mulheres nem as pessoas não brancas, nem os LGBTQIA+ e muito menos os PCDs, estão devidamente representados em determinados nichos da sociedade brasileira, como o mercado de trabalho. Seja nas grandes corporações, seja nos pequenos negócios, ainda prevalece um perfil de trabalhador que é branco, homem, cisgênero, heterossexual e sem deficiências. Então, onde as pessoas pertencentes a grupos minorizados são alocadas? Quais são seus cargos, suas remunerações, sua visibilidade no mercado, sua relevância estratégica para tomadas de decisão? Precisamos, o quanto antes, começar a olhar para esse cenário e promover um ambiente muito mais inclusivo e plural nas organizações.

O mesmo Censo de 2022 aponta que, enquanto 55,8% da população brasileira se autodeclaram negros (pretos e pardos), sabemos que os cargos de liderança passam muito longe dessa margem. E o recorte de gênero não é muito melhor. Um estudo da Consultoria Bain & Company revelou que as mulheres ocupam apenas 37% dos cargos de gestão no Brasil. Tudo isso mostra um imenso descompasso entre a composição demográfica brasileira e as oportunidades de trabalho recebidas pela população.

Outra pesquisa, desta vez realizada pela Talenses e Insper em 2021, destacou que 64% dos profissionais LGBTQIA+ afirmaram ter enfrentado discriminação no ambiente de trabalho. As mulheres também são frequentemente alvo de preconceito. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas de 2020 demonstrou que 53% delas já sofreram algum tipo de discriminação de gênero em suas carreiras.

Não se trata apenas de justiça social, mas de uma estratégia de negócios que não pode ser substituída por nenhuma outra. Afinal, uma gestão sustentável é a única que traz resultados a longo prazo, considerando aspectos como sociedade, meio ambiente e governança. São resultados positivos para todos os grupos de interesse. Uma série de estudos, pesquisas e levantamentos demonstra que organizações mais diversas  têm melhor desempenho em suas áreas de atuação. Um relatório da McKinsey & Company de 2020 constatou que empresas no quartil superior em diversidade étnica e racial são 36% mais propensas a obter retornos financeiros acima da média. Se o recorte for a diversidade de gênero, essas empresas têm 25% mais chances de lucrar mais que a concorrência.

No exterior, um dos atrativos do Brasil é justamente essa profusão e diversidade cultural. Por que seria diferente no universo corporativo? Empresas mais diversas promovem ambientes de trabalho mais inovadores e criativos. A resolução de problemas é mais eficaz quando gerida por equipes compostas por pessoas com diferentes origens. Segundo a Harvard Business Review, empresas que valorizam a diversidade cultural e étnica têm 45% mais chances de aumentar o marketshare e são 70% mais propensas a capturar novos mercados.

Tornar os ambientes corporativos mais inclusivos e diversos é um desafio que precisa começar a ser enfrentado já no recrutamento, garantindo que candidatos de diferentes características sejam considerados. Depois, programas de mentoria para apoiar o crescimento profissional de negros, mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ são boas formas de assegurar a formação de lideranças mais inclusivas, gerando vínculos de pertencimento. Criar comitês de diversidade, oferecer regularmente sensibilizações e conscientizações sobre o tema para os colaboradores, implementar políticas de igualdade salarial e garantir a acessibilidade no ambiente de trabalho completam as estratégias para isso.

No século XXI, é indispensável que as organizações reconheçam a importância da pluralidade e invistam em ações concretas para promovê-la. Aquelas que seguirem essa premissa estarão, sem dúvida, à frente das demais.

 

Andréia Malaquias - especialista em Desenvolvimento Humano Organizacional e responsável pelo Programa de Diversidade da Tecnobank, empresa com 96% de satisfação dos colaboradores, por quatro anos consecutivos no Ranking GPTW entre as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil.


Moradia digna é condição para a cidadania

Mesmo consagrado na Constituição e reafirmado em legislações posteriores, o direito à moradia adequada está longe de ser uma realidade para todos. Ainda hoje, dezenas de milhões de brasileiros vivem em situação precária, habitando casebres frágeis, cômodos abarrotados, áreas irregulares, ou, pior, sem nem ao menos poderem contar com um teto. 

Esse problema social dramático é expresso, em termos quantitativos, por meio do conceito de déficit habitacional, cujos dados mais recentes vieram a público em maio. Segundo a Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo oficial do índice, em 2022, o déficit alcançou a indecente marca de 6.215.313 domicílios, ou 8,3% de todas as habitações ocupadas do país. O número corresponde a um crescimento de 4,2% com relação ao dado anterior, de 2019. 

Em valores absolutos, São Paulo e Minas Gerais ocupam o topo da lista, com déficits de 1,2 milhão e 556 mil moradias, respectivamente. Na outra ponta aparecem os estados de Roraima, com 30,9 mil, e do Acre, com 28,7 mil. Já o déficit habitacional relativo, isto é, proporcional ao total de domicílios ocupados, se concentra sobretudo na região Norte, com Amapá (18%) e Roraima (17,2%) à frente. Os menores índices se encontram no Rio Grande do Sul (5,9%) e no Espírito Santo (6,3%). 

Mas o que esses indicadores todos querem dizer exatamente? De modo geral, o déficit expressa a noção mais imediata e intuitiva do número de moradias necessárias para solucionar as demandas habitacionais básicas da população. Ele tem o papel de dimensionar a quantidade de domicílios incapazes de atender o direito de acesso a um lar minimamente adequado e, dessa forma, acaba por nos fornecer a medida do descumprimento desse direito fundamental. 

O déficit habitacional se desdobra em três variáveis: habitações precárias, composta de domicílios rústicos ou improvisados; coabitação, constituída por moradias do tipo cômodo e por aquelas com mais de uma família em situação de adensamento e, finalmente, ônus excessivo com aluguel urbano, caso dos domicílios com renda de até três salários mínimos que despendem mais de 30% do que ganham com a locação. 

Regionalmente, as habitações precárias são mais comuns no Norte e no Nordeste, com o Maranhão (211 mil) e a Bahia (199 mil) apresentando os maiores valores absolutos. No Maranhão, que também lidera esse indicador em termos proporcionais, ele representa 66,2% do déficit. Em seguida vem o Amapá, com 61,8%. 

A coabitação, por sua vez, é encabeçada pelos estados de São Paulo (262 mil) e do Pará (145 mil), com maior prevalência na região Norte. No caso do ônus excessivo com aluguel, a maior concentração, em valores absolutos, está em São Paulo (927 mil) e no Rio de Janeiro (319 mil). Já em termos de participação relativa ao total de domicílios em déficit habitacional, o predomínio também se dá nas áreas mais ricas do país, com o Distrito Federal à frente. 

Além do déficit, a Fundação João Pinheiro calcula também o índice de inadequação domiciliar, formado por imóveis cujas deficiências prejudicam a qualidade de vida dos seus moradores. Trata-se de habitações que necessitam de algum tipo de melhoria na infraestrutura urbana, que estão situadas em localidades desprovidas de serviços públicos essenciais, como esgotamento sanitário, energia elétrica e coleta de lixo, ou que se encontram em situação fundiária irregular. 

Assim, diferentemente do déficit, que remete às necessidades de reposição ou mesmo de construção de novas moradias, a inadequação pode ser reduzida, ou até eliminada, se os atributos que estão faltando ou que são ofertados de forma precária forem fornecidos ou melhorados. 

A inadequação, entretanto, se parece um problema de resolução um pouco mais simples do que o déficit, compreende, por outro lado, um número muito maior de imóveis. Encontram-se nessa categoria 26,5 milhões de moradias, onde residem principalmente trabalhadores de baixa renda, mulheres e negros. Isso representa nada menos que 4 em cada 10 domicílios do país! 

Ao mesmo tempo em que tantos e tantos imóveis se mostram impróprios para serem habitados, existe, paradoxalmente, uma quantidade imensa de moradias vagas. Segundo o último censo, o Brasil tem 11,4 milhões de casas e apartamentos vazios. Só na cidade de São Paulo, 590 mil domicílios estão nessa situação. 

Esse estado de coisas revela não apenas a má distribuição das moradias nacionais como também evidencia as dificuldades da população mais pobre para acessar o estoque habitacional existente. Desde 2001, contudo, o Estatuto da Cidade dá aos municípios instrumentos para enfrentar essa situação e promover a chamada função social da propriedade, caso do IPTU progressivo e até da desapropriação do imóvel. 

São Paulo implementou tais medidas em 2010, mas outras capitais, como Salvador e Rio de Janeiro, ainda não contam com elas. A aprovação –e, sobretudo, a utilização– dessa diretriz em todas as grandes cidades brasileiras somada a um programa de construção de casas robusto e socialmente inclusivo têm potencial para fazer frente a esse problema. 

Quando fui secretário de Habitação do Estado de São Paulo, durante o governo Mário Covas, pude testemunhar, nas inaugurações e entregas à população, a importância que um lar pode ter para quem sempre morou de maneira improvisada. Os olhos marejados ao receber as chaves me pareciam a prova de que, a partir daquele momento, uma nova vida se iniciava. 

Porque uma casa é mais do que uma casa. Não há como ter direitos sem possuir uma moradia digna. Ela, afinal, é a porta de entrada da cidadania, a condição básica para que se possa usufruir de direitos como saúde, educação e segurança.

 

Dimas Ramalho - conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.


Dia Internacional da Juventude (12/08): 5 passos essenciais para conquistar uma carreira de sucesso

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82% dos jovens dizem não saber ou ter dúvidas do que fazer profissionalmente, aponta pesquisa da Cmov


O Dia Internacional da Juventude é celebrado anualmente em 12 de agosto, com o objetivo de reconhecer o papel fundamental dos jovens nas sociedades e de focar na educação e conscientização sobre a responsabilidade que eles assumem como representantes do futuro do planeta. A data foi criada por iniciativa da ONU em 1999, como consequência da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pelos Jovens, realizada em Lisboa, Portugal. 

Segundo o IBGE, os jovens entre 15 e 29 anos correspondem a 23% da população brasileira, somando mais de 47 milhões de pessoas. 

Muito se ouve que o jovem é o futuro de uma nação, devido às suas características, como coragem, modernidade, criatividade e espontaneidade. Eles são a geração que traz novas ideias tanto no mundo social quanto no profissional. “Os jovens são cheios de esperança, buscam o novo e enfrentam as mudanças. Nessa fase da juventude, eles enfrentam vários desafios que os fazem amadurecer e compartilhar experiências. Eles têm uma energia e uma vontade inata de desafiar o status quo, o que os torna potentes catalisadores de mudanças sociais, políticas e culturais. Trazem novas perspectivas e questionam práticas antigas, impulsionando o progresso”, frisa Augusto Jimenez, CMO da Minds Idiomas. 

A cada nova era, os jovens se deparam com um mundo repleto de informações e tendências tecnológicas, o que, consequentemente, reflete diretamente nas profissões, trazendo novos processos e formas de atuação. Por conta disso, muitos acabam ficando em dúvida sobre qual caminho seguir para garantir estabilidade financeira e, ao mesmo tempo, qualidade de vida. 

Uma pesquisa realizada pela Cmov (solução 100% digital para o desenvolvimento e inclusão de jovens no mercado de trabalho) com mais de 2 mil jovens em todo o Brasil apontou que 82% afirmam não saber ou ter dúvidas sobre o que fazer profissionalmente. Aliada a essa angústia está a grande dificuldade que os jovens enfrentam para ingressar no mercado de trabalho. Para se destacar e fazer a diferença no mundo corporativo é preciso considerar a importância da educação. Quanto mais conhecimento e experiência na área, melhores são as chances de sucesso na carreira que deseja seguir. 

Pensando nisso, Augusto Jimenez cita 5 passos essenciais para conquistar uma carreira de sucesso:

  • Conheça o seu perfil: antes de escolher uma profissão, é essencial se identificar com a área em que se pretende atuar. Trabalhar com paixão não só contribui para melhores resultados profissionais, mas também enriquece a vida pessoal;
  • Aprofunde-se na área de seu interesse: as profissões estão constantemente se adaptando às novas tendências tecnológicas, e é fundamental acompanhar essas mudanças para não ficar para trás;
  • Administre o seu tempo: a geração Z é a que mais se preocupa com a qualidade de vida. Saber equilibrar o tempo entre trabalho e lazer é uma das prioridades desse grupo, que está incentivando as empresas a adotar novos formatos de trabalho para promover o bem-estar em todos os aspectos da vida;
  • Networking: participar de eventos profissionais, acadêmicos ou de entretenimento permite expandir o leque de oportunidades. Afinal, quem não é visto não é lembrado;
  • Aprenda uma segunda língua: um dos aspectos que se destaca é a fluência em inglês, o idioma global dos negócios. Uma pesquisa da Catho confirmou que um profissional brasileiro com fluência no idioma pode ter um salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade. 

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Vai fazer intercâmbio nos Estados Unidos?! Veja como se preparar para aproveitar as Olimpíadas de 2028

Foto: AFP

A partir de 2026, 39,8% dos estudantes pensam em fazer um intercâmbio, segundo a Pesquisa Belta

 

As Olimpíadas de Paris estão prestes a terminar, com abertura no dia 26 de julho e encerramento no próximo domingo (11) no Stade de France. Tom Cruise fará uma aparição especial, pousando no campo do estádio com a bandeira olímpica. São dias de muita emoção para os amantes do esporte. E se você está planejando fazer um intercâmbio nos próximos anos e também é fã de esportes, as Olimpíadas de 2028 podem ser um evento emocionante a se considerar. 

Para 2028, os Jogos Olímpicos de Verão serão realizados em Los Angeles, Estados Unidos. Esta será a terceira vez que Los Angeles sediará os Jogos Olímpicos, tendo sido a cidade sede anteriormente em 1932 e 1984. Unir uma paixão ao desejo de realizar um intercâmbio é algo motivador. Imagine fazer um intercâmbio durante os Jogos Olímpicos, quando o estudante terá a oportunidade de vivenciar um evento global de grande importância cultural e esportiva, o que pode enriquecer sua compreensão sobre diferentes culturas e nações. 

“Os Jogos Olímpicos atraem pessoas de todo o mundo, oferecendo uma excelente oportunidade para conhecer culturas de diferentes países, expandir sua rede de contatos e criar amizades internacionais. Participar de um evento dessa magnitude é uma experiência única que pode ser um diferencial significativo no seu currículo. Demonstra que o estudante tem interesse em eventos globais e é capaz de se adaptar e aproveitar oportunidades em um ambiente internacional”, ressalta Alexandre Argenta, Presidente da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio). 

A pesquisa da Belta revelou que, a partir de 2026, 39,8% dos estudantes estão pensando em fazer um intercâmbio. Com os Jogos Olímpicos ocorrendo daqui a 4 anos, os estudantes que planejam um intercâmbio terão tempo para se preparar financeiramente e pesquisar sobre o destino. Como o evento acontecerá nos Estados Unidos, o intercambista poderá aproveitar uma ampla gama de experiências culturais, educacionais e pessoais. Eles terão a oportunidade de conhecer pessoas de diferentes origens e tradições, contar com a alta qualidade das instituições de ensino, e participar de eventos como festivais, shows e atividades esportivas. Além disso, poderão explorar desde as praias da Califórnia até as montanhas do Colorado.
 

Preparar-se bem para o intercâmbio pode ajudar a maximizar sua experiência durante os Jogos Olímpicos e tornar sua estadia em Los Angeles ainda mais memorável. Pensando nisso, Alexandre Argenta oferece algumas dicas para que você se prepare e aproveite ao máximo sua experiência durante o intercâmbio:
 

1- Prepare-se financeiramente: as Olimpíadas podem implicar em custos adicionais, como transporte, alimentação e ingressos. Planeje seu orçamento com antecedência para garantir que você tenha recursos suficientes para aproveitar o evento sem preocupações financeiras;

2- Planeje-se antecipadamente: certifique-se de que seu passaporte e visto estão em ordem. Reserve sua acomodação com antecedência. Los Angeles pode ter alta demanda durante os Jogos Olímpicos, então planeje com antecedência para garantir um bom lugar para ficar.

3- Pesquise sobre a cidade e o evento: antes de viajar, familiarize-se com a cidade sede dos Jogos e suas atrações. Pesquise sobre a infraestrutura olímpica, os locais de competição e as áreas que serão mais movimentadas durante o evento.
4- Adapte seu cronograma de estudos e de lazer: planeje sua agenda de intercâmbio para garantir que você possa aproveitar as Olimpíadas sem comprometer seus estudos ou outras responsabilidades.
5- Adquira ingressos com antecedência: ingressos para eventos olímpicos podem esgotar rapidamente. Fique atento ao cronograma de vendas e adquira seus ingressos com antecedência. Além disso, considere a possibilidade de comprar ingressos para eventos secundários ou para competições menores, que também podem ser muito interessantes e menos concorridos.
6- Prepare-se para o clima: o verão de Los Angeles é bastante quente e seco, com temperaturas geralmente variando entre 20°C e 30°C, podendo ocasionalmente subir um pouco mais. É uma boa ideia estar preparado para o calor intenso, usando roupas leves, protetor solar e mantendo-se hidratado. 

Descubra os programas de intercâmbio oferecidos pelas agências credenciadas pelo Selo Belta, incluindo cursos profissionalizantes, curso de idiomas e outros. Transforme seu sonho de uma viagem internacional de estudos em realidade, com segurança. Saiba mais, aqui! 



Belta – Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio
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O que esperar das Olimpíadas de Los Angeles 2028


Plataforma de viagens aborda inovações na cidade para os próximos Jogos de Verão


Com o fim dos Jogos Olímpicos de 2024, Los Angeles se prepara para ser o próximo epicentro do esporte mundial. Conhecida por seu espírito inovador e culturalmente rico, a Cidade dos Anjos não é apenas um destino turístico, mas também uma referência em infraestrutura esportiva e turística. De olho na tendência do turismo esportivo, o Hurb, empresa de tecnologia no mercado de turismo há 13 anos, destaca as inovações implementadas no destino para receber o megaevento.

Situada na ensolarada Califórnia, Los Angeles é um ícone global, eternizado nos filmes de Hollywood. Suas praias e diversidade geográfica já foram palco dos Jogos Olímpicos em 1932 e 1984, estando mais uma vez prontas para receber turistas apaixonados por uma variedade de esportes em 2028. No ano passado, o destino recebeu mais de 50 milhões de visitantes, e a expectativa é que esse número aumente a cada ano.

Para aqueles que desejam conhecer a capital do entretenimento, um dos destinos mais ensolarados e multiculturais do mundo, o Hurb conta com pacotes de viagem com embarque para os próximos anos. E além dos eventos olímpicos, os viajantes poderão explorar atrações icônicas de Los Angeles, como o Hollywood Walk of Fame, o Griffith Observatory e as praias de Santa Monica e Malibu.

Mas o cenário da cidade ainda deve mudar até 2028. Adotar os princípios da Agenda Olímpica 2020, por meio de Jogos fiscalmente prudentes, que proporcionem benefícios duradouros à cidade-sede e ao Movimento Olímpico, é uma das prioridades de LA28. Este compromisso com a sustentabilidade não é apenas uma promessa, mas um marco para o futuro dos megaeventos e das próximas gerações.

LA28 será um modelo de megaevento sustentável. A cidade utilizará 100% de instalações existentes e temporárias, com planos para reutilizar ou retornar todos os materiais ao seu estado natural. Assim, Los Angeles acelera sua meta de atingir o desperdício zero, por meio de operações locais e estratégias de reciclagem. Por fim, também espera-se que os Jogos Olímpicos de LA28 sejam os primeiros “Jogos de Energia Positiva”. A meta é gerar mais energia por meio de fontes renováveis e esforços de eficiência energética do que a energia necessária para a realização dos Jogos.

Diante desses investimentos e inovações sustentáveis, as Olimpíadas de Los Angeles 2028 deixarão um legado positivo e de longo prazo para a cidade e suas futuras gerações que vão além do esporte. Los Angeles, que recebe anualmente milhões de turistas, promete superar todas as expectativas em 2028. A edição promete ser histórica por explorar os pilares de sustentabilidade em todas as suas formas - inclusão social, benefício econômico e gestão ambiental.

Visto Sim - Se você está planejando viajar para eventos como as Olimpíadas de Los Angeles 2028 ou a Copa do Mundo de 2026, o Visto Sim pode ajudar a simplificar todo o processo de obtenção de vistos e passaportes. A plataforma oferece consultoria personalizada, cuidando de toda a burocracia para que você possa focar apenas na sua viagem. Desde a análise do perfil até o preenchimento de formulários e orientações estratégicas, o Visto Sim é o parceiro ideal para facilitar sua viagem para os EUA.



Hurb


Café sustentável: práticas para um futuro mais justo e equilibrado


O setor cafeeiro, que historicamente tem sido um pilar econômico para muitos países da América do Sul, está enfrentando uma transformação significativa. Com a crescente conscientização global sobre as questões ambientais e sociais, produtores de café estão sendo pressionados a adotar práticas mais sustentáveis. A boa notícia é que muitos já estão abraçando essa mudança, implementando práticas que não apenas melhoram a qualidade do café, mas também contribuem para um futuro mais equitativo e ecologicamente consciente. 

Nossa região lidera a indústria mundial de café, e a adoção de práticas sustentáveis é particularmente notável. Por exemplo, no Brasil, maior produtor mundial do grão, a diversidade de qualidades e sabores, aliada ao crescimento na produção, tem permitido ao país ocupar uma parcela de cerca de 40% do mercado global. Além disso, ele tem investido no uso racional dos recursos hídricos, do melhoramento genético e manejo específico, que resultam em um produto de maior valor agregado e de alta qualidade. 

Essa evolução também possibilita ao setor a aquisição de certificados que atestam essas boas práticas. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), por exemplo, avalia que cafés com certificados socioambientais já representam mais de 15% da produção brasileira, com 60 milhões de sacas por ano. Para o agricultor, as certificações trazem uma gama de benefícios uma vez que estimulam a melhoria de práticas sustentáveis no campo, abrindo novos mercados e agregando valor ao produto diante de um mercado extremamente exigente e competitivo. 

Outro ponto é que elas permitem a rastreabilidade da cadeia de valor, da lavoura à indústria. Esse é o aspecto crucial do setor daqui para frente. As boas práticas sustentáveis não dizem respeito apenas à preservação ambiental, mas, sim, do planejamento de toda cadeia de produção a fim de viabilizá-la econômica, social e ambientalmente, proporcionando bons resultados que sustentem sua existência no futuro. 

Na Colômbia, mundialmente conhecida pela qualidade de seu café, a preocupação do setor com as condições de produção é evidente. O país é o segundo na América do Sul com o maior número de produtores com o selo Fair Trade (comércio justo), que assegura que os grãos foram produzidos respeitando direitos humanos e legislações do trabalho. No país, cerca de 257 cooperativas e associações de produtores possuem o selo, contra apenas 54 no Brasil. 

Mesmo que a comprovação das ações de sustentabilidade seja altamente relevante, principalmente com a chegada de demandas internacionais, vale ressaltar que, apesar dos consumidores brasileiros declararem em diversas pesquisas a preferência por produtos de empresas com responsabilidade social e ambiental em suas cadeias, essa atitude muitas vezes não se reflete na prática. Desta forma, um dos desafios também é quanto ao reconhecimento e valorização dos selos. 

A complexidade está na garantia de manutenção das práticas o tempo todo, principalmente nos períodos de maior demanda, como na colheita. O selo deve assegurar rastreabilidade e acompanhar os avanços na cafeicultura da região, aliado aos desafios da cadeia de custódia do café e especificidades de cada país produtor. 

Pensando que a agricultura sustentável viabiliza mudanças em todo o processo de produção – desde o plantio até o produto final -, casos como o do café, que representa uma das culturas agrícolas que mais progrediram em termos de sustentabilidade, servem como exemplo para expandir iniciativas para os demais segmentos. 

Planejar as ações com intencionalidade e medir o bom impacto já gerado pela produção de café, seja para as pessoas, seja para o meio ambiente, é um ponto que deve ter continuidade pelos produtores. A liderança global da América do Sul permite que sejamos referência para outros países fora da região. E, por isso, é necessário um esforço de comunicação em todos os momentos: da porteira para dentro e, depois, da porteira para fora, até chegar na xícara. Valorizar os indivíduos dessa cadeia que fazem acontecer proporciona reconhecimento de uma cultura que vem se renovando e tem apenas a crescer com o tempo.

 

Ana Paula Almeida - Engenheira Ambiental e Analista de Sustentabilidade na Fundação Eco+

Paula Tavares é Bióloga - mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, sócia na MFT Conagro.

 

 Implementação de práticas de governança corporativa: avanços e desafios no varejo

As exigências regulamentares e legais no Brasil têm aumentado significativamente e forçaram as empresas a se adaptarem para evitar sanções. A conformidade com leis como a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe rigorosos padrões de conduta e proteção de dados, obrigando as empresas a implementarem áreas de compliance para garantir a conformidade e mitigar riscos legais. Além disso, a prevenção de perdas e a gestão de riscos são componentes essenciais de um programa de compliance eficaz.

As empresas varejistas enfrentam desafios como erros operacionais, fraudes e furtos que impactam diretamente a lucratividade e implementar áreas de compliance ajuda a identificar e mitigar esses riscos, proporcionando uma maior segurança financeira e operacional. Por outro lado, a reputação é um ativo valioso para qualquer empresa, onde escândalos de corrupção ou falhas em compliance podem resultar em danos severos à imagem, afetando sua relação com clientes, investidores e parceiros.

Ao adotar áreas de compliance, as empresas demonstram um compromisso com a ética e a transparência, fortalecendo a confiança do mercado. Os varejistas têm encontrado na eficiência operacional o grande diferencial para seus resultados e programas de compliance bem estruturados contribuem para a padronização de processos e a criação de controles internos eficientes. Isso não apenas ajuda na conformidade com normas, mas também otimiza as operações, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.

Como benefício estrutural importante, promover uma cultura de ética e conformidade dentro da organização é fundamental e as áreas de compliance ajudam a estabelecer e reforçar uma cultura organizacional que valoriza a integridade, o que, por sua vez, promove comportamentos alinhados com os valores da empresa e reduz práticas prejudiciais. Por fim, a pressão do stakeholders, como investidores, clientes e outras partes interessadas, que estão cada vez mais exigentes quanto às práticas de governança das empresas enxergam na implementação de áreas de compliance o atendimento a essas expectativas além de ser um diferencial competitivo no mercado.

Esses fatores combinados têm levado as empresas varejistas a reconhecerem a importância estratégica de investir em áreas de compliance, visando não apenas atender às exigências legais, mas também melhorar sua eficiência operacional, mitigar riscos e fortalecer sua reputação no mercado. O aumento da transparência tornou as empresas cada vez mais comprometidas com a prestação de contas e existe um esforço contínuo para melhorar a qualidade das informações divulgadas aos acionistas e ao mercado, incluindo relatórios financeiros detalhados, práticas de divulgação de riscos e a adoção de relatórios de sustentabilidade (ESG - Environmental, Social, and Governance).



Anderson Ozawa - CEO da AOzawa Consultoria, especialista em governança Operacional e Corporativa, palestrante, consultor, professor da FIA Business School e autor do livro “Pentágono de Perdas: Transformando Perdas em Lucros”


AOZAWA CONSULTORIA


Vagas Limitadas

Serasa Experian abre novas inscrições para jovens de baixa renda, que moram em periferias de São Paulo se profissionalizarem gratuitamente em Tecnologia

Programa Transforme-se, desenvolvido pela companhia, traz 515 bolsas gratuitas para pessoas de 18 a 29 anos; inscrições podem ser feitas pelo site até o dia 08 de setembro

 

A Serasa Experian, primeira e maior Datatech do Brasil, disponibiliza 515 bolsas de estudo gratuitas para jovens de baixa renda, de 18 a 29 anos que moram nas periferias de São Paulo e desejam ingressar no mercado de tecnologia. O programa Transforme-se, desenvolvido pela companhia, já viajou por diversos Estados e realiza sua segunda edição na capital, contemplando dessa vez as zonas sul, leste e oeste. As vagas são para quem cursa ou tenha completado o ensino médio em escola pública ou particular como bolsista. Além disso, a iniciativa concederá bolsa auxílio por aula frequentada, de R$ 25 por participante, com objetivo de apoiar em deslocamentos e alimentação.

 

As inscrições ficam abertas até o dia 08 de setembro e podem ser realizadas pelo link: https://www.serasaexperian.com.br/transforme-se/.



A iniciativa, em sua primeira vez em São Paulo, foi capaz de beneficiar mais de 200 estudantes da região e agora o programa traz novidades. Agora, além de estudarem sobre informática e programação de dados, os estudantes terão acesso a 20 horas de formação em Finanças Pessoais. “Nessa nova temporada do programa Transforme-se, estamos indo além do apoio à inclusão no mercado de trabalho. Queremos incentivar o futuro próspero e a saúde financeira dos estudantes por isso incluímos esse novo curso. Sabemos que é fundamental que os jovens saibam fazer uso consciente de seus recursos para assim realizar seus sonhos”, comenta o head de sustentabilidade & ESG da Serasa Experian, Paulo Gustavo Gomes.

 

O Transforme-se é um programa desenvolvido pela Serasa Experian, que tem como parceiro educacional o Senac, além da ONG Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social que atua na superação da pobreza nas favelas e periferias. Nesse projeto são responsáveis pelo acompanhamento social dos jovens em situação de socio vulnerabilidade. A iniciativa foi criada há 2 anos e tem como objetivo profissionalizar pessoas em situação de vulnerabilidade social para atuarem na área de tecnologia.

 

Em uma pesquisa recente feita com ex-alunos da primeira edição do Transforme-se, foi possível constatar que depois de um ano da conclusão do curso, 81% dos participantes conquistaram posições de trabalho, aumento de renda ou mudança para área de tecnologia

 

Desde o lançamento até agora o Transforme-se já formou mais de 1000 estudantes por todo o Brasil e pretende, até a primeira metade de 2025, acumular 2.200 formandos. Essa é a 5ª edição do programa, que anteriormente já contemplou, além de jovens de baixa renda, mulheres e pessoas com deficiência em busca de potencializar a inclusão e a diversidade no setor.


 

Como o Transforme-se vai funcionar em São Paulo?


· Bolsas 100% gratuitas para estudar com toda a estrutura oferecida pelo Senac, além do Jeito Senac de Educar.

· Carga horária de até 280h divididas entre Finanças Pessoais, Informática Básica, Lógica de Programação e Programação de Sistemas.

· Mentoria com profissionais da Serasa Experian.


· Bolsa-auxílio mensal, sendo R$ 25 por aula frequentada.


· Acompanhamento social e pedagógico individualizado.


· Inscrições no site: https://www.serasaexperian.com.br/transforme-se.


· As aulas serão ministradas presencialmente nas unidades do Senac:


ZONA LESTE:

Senac Vila Prudente – R. Orfanato, 316 - São Paulo, 03131-010

Senac Penha - R. Francisco Coimbra, 403 - São Paulo, 03639-000


ZONA OESTE:

Senac Lapa Tito - R. Tito, 54 - Vila Romana, São Paulo, 05051-000


ZONA SUL:

Senac Largo Treze R. Dr. Antônio Bento, 393, São Paulo, 04750-000

Senac Jabaquara - Av. do Café, 298 - Jabaquara, São Paulo, 04311-000

Senac Aclimação - R. Pires da Mota, 838 - Aclimação, São Paulo, 01529-000

 


Experian
experianplc.com




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