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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Entenda porque seus olhos ardem no invern

Levantamento mostra que a baixa umidade, telas, medicamentos e doenças sistêmicas alteram a lágrima. Veja os cuidados.

 

Secura nos olhos, dor, ardência, sensação de corpo estranho, visão embaçada ou flutuante que piora no vento e locais bastante iluminados são os sintomas da síndrome do olho seco, uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima. Um levantamento realizado nos prontuários de 13,3 mil pacientes consultados de janeiro 2022 a julho de 2024 pelo Instituto Penido Burnier de Campinas mostra que 25% dos pacientes foram detectados com olho seco e 1 em cada 5 dos diagnósticos (20%) ocorreram nos meses de inverno. No período analisado o hospital encontrou 3286 pacientes com olho seco. Nos meses de inverno o número de diagnósticos aumentou 20% totalizando 854 casos. 

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do hospital, afirma que o olho seco é uma condição crescente no mundo todo com uma prevalência que chega a 50% nos países mais áridos. A doença, explica, desestabiliza a lágrima que tem a função de proteger a superfície ocular e manter a saúde da córnea, lente externa do olho responsável por 60% de nossa refração. O tratamento incorreto é um perigo. O especialista esclarece que pode causar deficiência visual grave por lesão na córnea ou nas glândulas que produzem a lágrima. 

 

Fatores de risco

Queiroz Neto afirma que o uso incorreto das telas  é um problema para a visão de todos nós. Isso porque, diante delas fazemos pouco movimento com o globo ocular e diminuímos o número de piscadas de vinte vezes por minuto para seis a sete vezes. Esta redução, pontua, aumenta a evaporação da lágrima e faz o olho seco atingir todas as faixas etárias. “A lágrima tem a função de proteger a superfície das agressões externas. Quando evapora, nossos olhos ficam mais vulneráveis a infecções recorrentes que podem lesar a córnea”,explica..

Outros fatores de risco são o uso incorreto de lentes de contato, permanecer a maior parte do tempo em ambientes com ar-condicionado, diabetes, ceratocone, blefarite, cicatrizes na córnea, frouxidão palpebral, síndrome de Sjögren e inflamações na superfície do olho.

 

Tipos de olho seco

O especialista diz que a frequência da doença aumenta quanto maior a idade, mas, é mais comum entre mulheres. O tipo mais frequente de olho seco é o evaporativo que responde por 70% dos casos, salienta. Pode ser causado pelo uso de colírio impróprio que aumenta muito a viscosidade da lágrima, higiene incorreta dos olhos ou blefarite (inflamação da pálpebra) obstruir a glândula de meibômio, responsável pela produção da camada gordurosa da lágrima.  O outro tipo é a deficiência aquosa, uma diminuição da produção lacrimal decorrente de uma lesão na glândula de meibômio por tratamento incorreto do olho seco, medicamento para hipertensão arterial, depressão ou anti-histamínico.


Diagnóstico

“O diagnóstico é feito com um equipamento que permite examinar as 3 camadas da lágrima sem tocar na superfície do olho”, salienta. O exame também inclui a avaliação das pálpebras inferior e superior e das glândulas de meibômio. Por isso, evita a progressão da condições que alteram a lágrima.


Tratamentos

A última palavra em tratamento de olho seco evaporativo é a luz pulsada que desobstrui a glândula de meibômio e estimula a produção da camada lipídica do lágrima. “Dependendo da gravidade da obstrução o uso de colírio apenas dá um leve alívio ao desconforto. A luz pulsada é aplicada em três sessões aplicadas uma/mês, podendo ser necessária a reaplicação em alguns casos. Como terapia de apoio ao tratamento é indicado colírio lubrificante e suplementação de ômega 3, salienta.

Os casos graves de deficiência da camada aquosa da lágrima mais frequentes na menopausa, andropausa, TRH (Terapia de reposição hormonal) e uso de medicamentos para hipertensão arterial, depressão ou anti-histamínico o especialista diz que uma microcirurgia em que é implantado um plug no olho para reter a lágrima no globo ocular é o mais indicado.

Os casos leves de olho seco podem ser tratados com colírios lubrificantes, sempre com indicação de um oftalmologista. Isso porque, explica, cada um tem uma substância ativa e o uso de colírio incorreto pode agravar o problema.


Prevenção

As recomendações de Queiroz Neto para prevenir o olho seco são:

·         No sono - Nunca durma com maquiagem ou lente de contato nos olhos.

·         Descanse - Nas telas descanse os olhos a cada 20 minutos, olhando por 20 segundos para uma distância de 20 pés (6 metros).

·         Telas - Posicione as telas 35º abaixo da linha dos olhos.

·         Água - tome 35 ml de água/quilo de seu peso ao dia.

·         Higiene - Limpe a borda das pálpebras com um cotonete embebido em xampu infantil neutro.

·         Colírio – Não instile sem indicação de um oftalmologista. Todo colírio é medicamento, conclui.

 

Teste da orelhinha: por que ele é tão importante?

Procedimento, que se tornou obrigatório nas maternidades a partir de 2010, visa prevenir doenças que podem ser irreversíveis, caso não identificadas precocemente


A Lei Federal 12.303/2010, que tornou obrigatória e gratuita a realização do chamado “teste da orelhinha” em todos os hospitais e maternidades do Brasil, completa neste mês de agosto 14 anos de vigência, com um saldo de mais de 35 milhões de bebês avaliados a partir de então, contribuindo para um aumento significativo no diagnóstico precoce da surdez.
 

Estudos regionais apontam que a obrigatoriedade do teste, a partir de 2010, elevou em torno de 10 vezes o volume de identificação de doenças do gênero no país - o que é algo a ser comemorado. Afinal, a prevenção é sempre o melhor (e mais barato) remédio, especialmente quando se trata de políticas públicas. 

Por outro lado, estimativas do Ministério da Saúde dão conta de que a cobertura do exame ainda não alcança 100% dos brasileiros. Esse número, conforme as projeções do órgão, alcança pouco mais de 90% dos bebês nascidos em território nacional. Um indicativo, portanto, de que a conscientização ainda se faz necessária, conforme destaca o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista - referência em saúde de ouvido, nariz e garganta. 

"É sempre importante reforçar aos pais, sobretudo, a importância de assegurar a realização do teste da orelhinha em seus filhos. Trata-se do primeiro passo para avaliar a audição dos bebês recém-nascidos e, assim, evitar a ocorrência de problemas futuros que podem vir a ser irreversíveis, caso não identificados logo no início dos primeiros anos de vida. O fracasso na detecção precoce da perda auditiva na criança resulta em diagnósticos e intervenções em idades muito tardias e prejuízo no desenvolvimento global da criança", enfatiza o especialista. 

Dr. Gilberto destaca que cerca de 50% dos casos de perda auditiva hoje existentes poderiam ser evitados ou suas sequelas diminuídas, se ocorressem precocemente medidas de detecção, diagnóstico e reabilitação. "Por isso que, além da obrigatoriedade, também é preciso conscientização sobre esse tema", conclui.

 

Como funciona 

Rápido e indolor, o teste da orelhinha pode ser realizado enquanto o bebê dorme, sem dor ou qualquer desconforto. O exame é realizado por meio da inserção de uma minúscula sonda dentro do canal auditivo, capaz de emitir estímulos sonoros e captar a resposta das células ciliadas externas da cóclea. Essas células participam da captação e da amplificação do som. 

Caso o exame detecte a existência de alguma alteração, o bebê é encaminhado para um serviço de diagnóstico, onde são realizados avaliação otorrinolaringológica e exames complementares. Um deles é o BERA, também conhecido como PEATE (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico), que avalia de forma mais completa todo o sistema auditivo. Assim como o teste da orelhinha, ele não é invasivo e deve ser realizado enquanto a criança dorme. 

Também há casos de crianças em que o teste da orelhinha deve ser refeito. Isso acontece quando elas apresentam vérnix (líquido residual do parto) no conduto auditivo externo, o canal da orelha, o que prejudica o diagnóstico. Nestas situações, o bebê deve realizar novo teste após 30 dias de vida, quando se espera que esse líquido já tenha sido eliminado e as respostas, então, sejam mais fidedignas.

 



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Agosto Branco: câncer de pulmão é o quarto tipo mais incidente no Brasil

Tabagismo continua sendo o principal fator de risco

 

O Agosto Branco é dedicado ao combate ao câncer de pulmão, mês escolhido para intensificar a conscientização sobre a importância da prevenção. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, serão diagnosticados mais de 32 mil casos por ano. No Brasil, este é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. Globalmente, é o mais letal entre todos os tipos de câncer, com o tabagismo sendo o principal fator de risco, responsável por 80% a 90% dos casos fatais. 

A alta mortalidade está associada ao diagnóstico tardio da doença. De acordo com a oncologista Luciana Buttros, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), apenas cerca de 30% dos casos de câncer de pulmão são passíveis de tratamento cirúrgico. A maioria dos casos não pode ser operada devido à extensão da doença já avançada ou à condição clínica do paciente.

 

Importância do diagnóstico precoce 

O câncer de pulmão é silencioso e geralmente não apresenta sintomas nas fases iniciais. Tosse persistente com sangue, rouquidão, dor no peito e perda rápida de peso geralmente aparecem em estágios mais avançados. Por isso, a oncologista destaca a importância do diagnóstico precoce. "A solução para um diagnóstico mais rápido pode ser alcançada através de exames preventivos, como a tomografia computadorizada de baixa dose (LDCT) para indivíduos de alto risco – adultos com mais de 50 anos, fumantes atuais ou que pararam nos últimos 15 anos, e com alta carga tabágica", diz a médica. 

Para o tratamento, a identificação de mutações driver (alterações no genoma do tumor que promovem o desenvolvimento do câncer) é fundamental, direcionando a terapia-alvo. "Além disso, há opções como cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia, quando indicadas", explica.

 

Tabagismo é o principal fator de risco 

Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo, afetando tanto fumantes quanto ex-fumantes. "Parar de fumar é e continuará sendo a principal mudança de estilo de vida para evitar o câncer de pulmão", orienta a médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba. Outras causas incluem tabagismo passivo, poluição ambiental, exposição a gases tóxicos, doenças pulmonares e histórico familiar. Portanto, pessoas que não fumam devem considerar o rastreamento precoce para avaliar o risco de desenvolver a doença. A médica ainda reforça a importância da atividade física regular e de uma dieta balanceada para fortalecer o sistema respiratório.

 



Instituto de Oncologia de Sorocaba

Recuperação do assoalho pélvico e descanso mental - especialista reforça importância de cuidados no puerpéri

Garantir a saúde física e mental da mulher após o parto é essencial 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o puerpério se define como o período que ocorre logo após o parto, também denominado de pós-parto, no qual o corpo da mulher está em processo de recuperação da gravidez, sofrendo uma série de modificações físicas e psicológicas. Diante desse cenário, a mãe torna-se suscetível a quadros de depressão pós-parto, que podem variar em intensidade e manifestação. Por isso, assegurar seu bem-estar durante essa fase é fundamental.

Jéssica Ramalho, cofundadora da Acuidar, rede de cuidadores especializados, explica que a demanda por assistência a puérperas tem crescido consideravelmente nos últimos anos. “O público passou a reconhecer que não se trata de um exagero. A mulher, durante esse momento, está passando por alterações hormonais significativas, além de lidar com mudanças em sua rotina e corpo”, esclarece. “Contar com apoio adequado é mais que necessário”, completa.

Portanto, é vital proporcionar um ambiente de suporte emocional e prático para as mulheres na condição de pós-parto. Isso inclui não apenas cuidados médicos e acompanhamento psicológico, mas também o apoio de familiares, amigos e profissionais treinados, que podem ajudar a mãe a enfrentar esse período de transição. Vale ressaltar que promover a conscientização sobre a depressão pós-parto e outras questões de saúde mental é fundamental para garantir que as mulheres recebam o suporte necessário para uma recuperação saudável.

A seguir, confira algumas dicas estabelecidas por Jéssica que corroboram com um quadro saudável para as puérperas.

 

Cuidados com a postura

Durante a gestação, o corpo passa por mudanças significativas para acomodar o bebê, o que muitas vezes resulta em alterações na postura e no alinhamento dos músculos. Após o parto, é comum que a mulher sinta desconforto nas costas devido a essas mudanças. Praticar exercícios de fortalecimento muscular específicos para as costas e para a região abdominal pode ajudar a restaurar a postura natural do corpo. Além disso, ao amamentar ou carregar o bebê, é importante manter uma postura adequada para evitar dores crônicas e problemas musculares a longo prazo.

 

Recuperação do assoalho pélvico

O assoalho pélvico é uma estrutura muscular crucial que suporta os órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero e o intestino. Durante a gravidez e o parto, esse conjunto de músculos pode enfraquecer devido ao estiramento e à pressão exercida pelo bebê. Exercícios de Kegel, ou seja, contrações e relaxamentos dos músculos do assoalho são uma prática recomendada para fortalecer esses músculos e prevenir problemas como incontinência urinária e prolapso pélvico. Consultar um profissional de saúde para aprender a realizar essa prática corretamente é essencial para obter os melhores resultados.

 

Cuidados com a amamentação

A amamentação é um momento íntimo e importante entre mãe e bebê, mas pode ser desafiador no início. Além de garantir uma boa pega do bebê ao seio para evitar fissuras nos mamilos, é fundamental cuidar da hidratação e da proteção dos mamilos. O uso de cremes específicos para os mamilos pode ajudar a prevenir o ressecamento e as rachaduras, que podem ser dolorosas e dificultar a amamentação. Estar atenta a sinais de mastite, como dor intensa, vermelhidão e febre, também é crucial para procurar ajuda médica caso seja necessário.

 

Descanso mental

Além do repouso físico, encontrar momentos para relaxar mentalmente é crucial para a saúde emocional da mãe no puerpério. Com a chegada de um bebê, é normal sentir-se sobrecarregada ou ansiosa. Praticar técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness ou simplesmente reservar um tempo para atividades prazerosas, pode ajudar a reduzir o estresse e promover um bem-estar geral. 



Acuidar
https://www.acuidarbr.com.br/


Entenda a importância da ingestão de líquidos no inverno  

A maioria das pessoas tende a beber mais água durante o verão ou nos dias mais quentes, devido ao calor ou à sensação térmica elevada. No entanto, o que nem todos sabem é o quão comum é as pessoas ficarem desidratadas durante o inverno.  

De acordo com a nutricionista Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani, mestre em Ensino nas ciências da saúde com especialização em Nutrição Clínica, e, também, professora e coordenadora do Curso de Nutrição do Centro Universitário UniBrasil, isso acontece devido às perdas de líquido corporal que se mantem elevadas durante os dias frios dessa estação do ano.

 

Porém, esses níveis de desidratação muitas vezes são menos percebidos, assim como os indivíduos tendem a não ingerir água regularmente no inverno, entendendo que não há necessidade de manter o consumo como no verão”, ressalta.  

  

Importância para o organismo 

A educadora explica que o corpo humano é formado por um elevado percentual de água, que responde por importantes funções em nosso organismo, como a hidratação do corpo, pela composição das células e do sangue, assim como pela lubrificação das articulações e mucosas.  

 

A coordenadora do curso de Nutrição do UniBrasil acrescenta, ainda, que a água também é usada em todos os processos digestivos do nosso organismo, sendo responsável pela eliminação de resíduos, entre outras funções. “Logo, para manter a homeostasia, beber água é fundamental”, assegura.  

 

Edilceia orienta ainda que o melhor líquido para se ingerir quando o objetivo é a hidratação, é a água, uma vez que ela será absorvida facilmente, devido à composição. “Porém, cabe destacar que outros líquidos são importantes e podem trazer benefícios à saúde, tais como sucos de frutas naturais, chás, além de alimentos suculentos, como algumas frutas e vegetais. Desta forma, a água presente em sua composição também será utilizada pelo nosso organismo”. 

 

Neste aspecto, a orientação de Edilceia quanto à ingestão de líquidos “é de 35ml de água para cada quilo de peso corporal para adultos e de 50ml a 60ml de água por quilo de peso corporal para crianças”, instrui. 

 

A nutricionista lembra ainda que bebidas como refrigerantes não são adequadas para hidratação, pois, em sua grande maioria são ricas em sódio e aumentam a osmolaridade, levando o organismo a requisitar água logo após a ingestão. “Assim quando se utiliza essas bebidas com a intensão de ‘matar a sede’, ela passa logo após sua ingestão, porém, minutos depois a sede retorna. Por isso, o ideal é hidratar com água, sempre”, complementa. 

 

Sinais de desidratação 

 

No dia a dia é possível identificar os sinais que o corpo nos dá, expressando que está desidratado, salienta a coordenadora. “A sensação de boca seca é um dos primeiros sinais da desidratação. Entretanto é importante ficar atento à diminuição da diurese. Se a eliminação da urina diminuir, se a urina estiver escura e com odor forte, também são sinais de que o organismo está com falta de água, assim como dores de cabeça, tontura e fraqueza. Além disso, quando a desidratação fica severa, os batimentos cardíacos aumentam e a pele perde a elasticidade”, explica a nutricionista. 

  

Ela enfatiza também a importância de compreender que desidratação é algo grave e que sintomas como cãibras e fraqueza muscular também podem ocorrer com uma perda de percentual do líquido corporal. “Se a desidratação não for tratada, ou seja, se o indivíduo não receber líquidos, o quadro pode agravar. A insuficiência renal, os problemas cardíacos – como infarto e a perda da capacidade do organismo em regular a temperatura corporal – são riscos latentes”, alerta.  

 

 

Mudança de hábito 


Shutterstock

 

Apesar de todos os benefícios para a saúde, muitas pessoas têm dificuldades para manter o hábito de beber água várias vezes ao dia. De acordo com a nutricionista, quando não se desenvolve o hábito de beber água na infância é mais difícil de mantê-lo. “A maioria das pessoas associa a necessidade de ingestão de água à sede, porém, a sede quando presente é um sinal de que nosso organismo já está com falta de água”, reforça. 

 

Por fim, a professora destaca que, embora não haja malefícios no consumo excessivo de água, uma vez que nosso organismo elimina o excesso, a ingestão apenas de água em quantidades extremamente elevadas sem outros alimentos que forneçam micronutrientes necessários à regulação do uso e distribuição da água corporal pode levar à baixa quantidade de sódio no compartimento extracelular, provocando o desenvolvimento de um quando chamado Hiponatremia. 


MIOPIA - Um problema crescente de saúde pública e coletiva

 A miopia vem se tornando uma grande preocupação de saúde pública e coletiva.

 

A famosa deficiência visual para enxergar de longe, a miopia, é habitualmente corrigida com a prescrição de simples óculos com lentes corretivas. Mas a verdade por trás desta preocupação vai além da necessidade do uso dos óculos.

Em pesquisa recente populacional, realizada pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), a miopia foi o problema autodeclarado mais frequente entre os brasileiros com 43,2% dos brasileiros se identificando como míopes. Proporcionalmente, o problema é maior nas faixas etárias entre 16 e 49 anos e nas faixas com nível educacional mais elevado (vide relatório final no site da SBO: www.sboportal.org). Estes dados são exatamente os mesmos obtidos em outras partes do mundo, onde estamos vendo um aumento exponencial do número de casos de miopia. A OMS estima que em 2030 o número de míopes ultrapasse os 3 bilhões no mundo.

Mas, por que acontece esta explosão de miopia?

Os especialistas concordam que os hábitos de vida moderna e o tempo dedicado a telas (celulares, tablets e computadores) são os grandes responsáveis. Entre os hábitos de vida, talvez o mais relevante seja a diminuição de atividades em ambientes externos e ao livre. Isto aliado ao aumento do uso da visão de perto em telas, como o celular, proporciona um fenômeno que desencadeia o desenvolvimento e o agravamento da miopia.

Uma explicação simples, poderia ser a seguinte. O olho normal (não míope) faz esforço para enxergar para perto, através da contração da musculatura interna do olho. Em contra-partida, o olho míope enxerga naturalmente muito bem para perto, sem correção, com pouco ou nenhum esforço. Entende-se, então, porque o excesso do uso da visão de perto gera uma tendência para que o olho se torne míope, na tentativa de diminuir o esforço visual.

O impacto do aumento dos casos de miopia vai muito além do acesso da população ao exame oftalmológico e aos óculos. Existem evidências incontestáveis na literatura médica que os olhos míopes são mais propensos de doenças oculares, tais como problemas retinianos e glaucoma. As consequências da miopia ultrapassam o impacto individual da deficiência visual e do adoecimento ocular, mas impactam profundamente coletivo. O aumento da miopia gera uma elevação futura nos custos relacionados à saúde, impactando enormemente os sistemas de saúde e a sociedade.

Como lidar com esta situação?

Em primeiro lugar, faz-se necessário uma mudança de hábitos de vida, com estímulo para atividades ao livre, principalmente das crianças e adolescentes, além da adequação do tempo de uso telas de acordo com a idade. Aqui, é importante o envolvimento de toda a sociedade, através de campanhas de esclarecimento e educação das pessoas. Seria muito útil o envolvimento dos serviços de atenção primária a saúde e da mídia leiga para que se possa alcançar o maior público possível.

Em segundo lugar, identificação dos casos de miopia para a devida correção visual, mas também para estabelecer terapias coma finalidade de retardar ou paralisar o agravamento da miopia. Existem hoje diversos meios médicos (colírios e lentes especiais de óculos) que conseguem ajudar a lidar com a miopia progressiva, principalmente nos mais jovens. Neste ponto, deve-se trabalhar para facilitar o acesso da população ao médico oftalmologista.

A miopia vem se tornando um grande problema, mas serve de alerta para a necessidade de mudança de hábitos de vida das pessoas. Existem, hoje em dia, meios para evitar ou limitar o impacto crescente desta condição ocular tão frequente. Basta juntarmos os esforços e lutarmos pela saúde ocular da nossa população. Vamos em frente!



Ricardo Augusto Paletta Guedes
Presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Fonte: https://www.sboportal.org.br/noticias/miopia-um-problema-crescente-de-saude-publica-e-coletiva


Estética Íntima Feminina: soluções para hipotrofia, lipodistrofia e escurecimento vulvar pode melhorar a autoestima e bem-estar das mulheres

 

Dra Debora Maranhao, ginecologista da Clínica Romana, explica como os novos procedimentos podem restaurar a confiança e melhorar a qualidade de vida feminina 

 

A saúde íntima feminina é uma área vital que transcende a estética, impactando profundamente na autoestima, no bem-estar e na saúde ginecológica das mulheres. Sentir-se confortável e confiante com o próprio corpo é essencial para uma vida plena e satisfatória. Problemas como hipotrofia, lipodistrofia e escurecimento da região da vulva são frequentemente relatados, causando não apenas desconforto físico, mas também afetando a autoimagem e a qualidade de vida das mulheres.

Essas condições podem levar a sentimento de insegurança e vergonha, influenciando negativamente a vida sexual e os relacionamentos . Segundo a Dra. Debora Maranhao, especialista em ginecologia da Clínica Romana, a saúde íntima feminina está intrinsecamente ligada à saúde ginecológica geral, e o tratamento adequado dessas questões pode melhorar significativamente o bem-estar geral das mulheres. Compreender e tratar essas condições de maneira sensível e eficaz é fundamental para restaurar a confiança e promover uma vida saudável e equilibrada.


Hipotrofia, Lipodistrofia e Escurecimento Vulvar: o que são?

A hipotrofia vulvar é a redução no volume do tecido adiposo e muscular na região da vulva, resultando em uma aparência mais magra e fina. A especialista explica que essa condição pode ocorrer devido ao envelhecimento natural, alterações hormonais, perda de peso significativa, ou até mesmo após o parto. A falta de volume pode fazer com que a pele da vulva pareça mais flácida e menos elástica. Já a lipodistrofia refere-se à distribuição irregular da gordura corporal, que, na região da vulva, pode levar a uma aparência assimétrica ou desproporcional.

“A hipotrofia e a lipodistrofia na região íntima são preocupações legítimas para muitas mulheres, que podem perceber esses sintomas na região íntima ao longo da vida ou após procedimentos como partos ou cirurgias bariátricas. Mulheres que têm consciência do seu corpo podem se sentir desconfortáveis e inseguras com essas mudanças, que acabam afetando não apenas sua aparência física, mas também seu bem-estar emocional. É crucial que essas questões sejam abordadas com sensibilidade por profissionais qualificados, para garantir resultados satisfatórios e uma experiência positiva para as pacientes”, comenta a especialista. 

O escurecimento vulvar é uma condição muito comum, em que a pele da região vulvar se torna mais escura do que o tom natural da pele ao redor. Essa hiperpigmentação pode ser causada por vários fatores, incluindo inflamação crônica, fricção constante, alterações hormonais, infecções repetidas e envelhecimento. Além disso, o uso de roupas apertadas, depilação e alguns produtos de higiene pessoal também podem contribuir para o escurecimento da pele. 


A importância do tratamento adequado

Felizmente, existem opções de tratamento disponíveis para corrigir a hipotrofia, a lipodistrofia e o escurecimento vulvar. Segundo a especialista, procedimentos como preenchimento com ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno injetáveis podem restaurar o volume e a firmeza da região, enquanto técnicas de clareamento a laser e peelings químicos podem uniformizar a pigmentação da pele. Essas abordagens médicas não apenas melhoram a estética, mas também ajudam as mulheres a recuperar sua autoconfiança e qualidade de vida. É crucial oferecer tratamentos sensíveis e eficazes para abordar essas questões, garantindo resultados satisfatórios e uma experiência positiva para as pacientes.

“Como mulher, sei que cada detalhe do nosso corpo pode afetar o nosso bem-estar e a nossa autoestima. Como médica, sei da importância de trazer protocolos que ajudem as nossas pacientes a manterem a saúde ginecológica em dia. Por isso, cada vez mais queremos trazer para a Clínica Romana protocolos que atendam todas às necessidades das nossas pacientes, proporcionando a elas um cuidado integral com a saúde e autoestima”, comenta a médica Romana Novais, fundadora da Clínica Romana. 

A Dra. Debora Maranhao também introduz o RN Intimus, um protocolo inovador para otimizar a estética íntima, que aborda as principais queixas das pacientes. "O RN Intimus visa unir em uma única sessão, tecnóloga, produtos de alta qualidade e efetividade em estética íntima. Com o objetivo de entregar resultados perceptíveis e satisfatórios para as pacientes logo após a primeira sessão e que se potencializam a longo prazo, a partir de 3 pilares: melhora da flacidez e qualidade da pele através da aplicação de bioestimuladores de colágeno injetáveis e também do uso de laser; clareamento da região vulvar por meio de laser e peeling químico, com orientação para a continuação desse clareamento em casa; tratamento da hipotrofia e a lipodistrofia, ou seja, quando a vulva fica “muito magrinha”, fina e com a pele mais flácida, através do preenchimento com ácido hialurônico, restabelecendo os contornos anatômico locais e gerando um aspecto de rejuvenescimento da região”, finaliza a ginecologista.  

 



Dra Debora Maranha - Médica (CRM: 184349 | RQE: 863161-1) formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é especialista em ginecologia e obstetrícia. Realizou residência médica em ginecologia no Hospital Israelita Albert Einstein e obteve o Título de Especialista pela FEBRASGO. A Dra. Débora Maranhão atualmente atende na Clínica Romana, onde presta serviços em ginecologia e estética íntima, e também no Hospital Albert Einstein. Ela é especialista em cirurgia ginecológica minimamente invasiva e cirurgia robótica, com destaque no uso de tecnologias a laser e harmonização íntima.



Clínica Romana
Site | Clínica Romana


Vitiligo: doença que afeta mais de 1 milhão de brasileiros tem cura?

Envato
Dermatologista do CEJAM esclarece essa e outras dúvidas, além de compartilhar dicas para o cuidado diário com a pele 


O vitiligo, doença que se caracteriza pela perda de pigmentação da pele, afeta até 2% da população mundial. No Brasil, a condição está entre as 25 mais comuns, atingindo mais de um milhão de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

Personalidades, como o eterno rei do pop Michael Jackson e a modelo Winnie Harlow, que se tornou uma referência de empoderamento sobre o tema, são exemplos de figuras públicas que lidaram ou lidam com esse diagnóstico. 

Recentemente, a notícia de que um dos filhos da empresária e estrela de reality show Kim Kardashian, fruto de seu relacionamento com o rapper Kanye West, também foi diagnosticado com vitiligo, trouxe novamente à tona a discussão sobre o tema. No entanto, a influencer não revelou qual dos quatro seriam. 

"O vitiligo pode afetar qualquer pessoa, sem distinção de idade, sexo ou etnia. As causas exatas ainda não são totalmente compreendidas. Supõe-se que seja uma combinação de fatores genéticos e autoimunes", afirma a Dra. Flavia Rosalba Rodrigues, dermatologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim". 

Tudo começa a partir da agressão do próprio sistema imunológico aos melanócitos, células encarregadas de pigmentar a pele, levando à sua destruição ou mau funcionamento e desencadeando uma mudança na pigmentação cutânea. Como consequência, surgem as manchas brancas que podem se expandir pelo corpo de maneira imprevisível. 

Apesar de, normalmente, não provocarem dor ou coceira, essas manchas podem causar desconforto emocional em virtude das alterações visuais que promovem. Elas podem se desenvolver de duas formas: desde o nascimento ou com o tempo, em qualquer fase da vida. 

Segundo a dermatologista, além da influência genética, outros fatores podem contribuir para o seu surgimento ou agravamento. O estresse, por exemplo, pode desencadear ou intensificar a condição. "Questões emocionais podem ter um papel significativo no vitiligo, apesar de não serem a causa direta. As alterações na aparência, resultantes da doença, podem gerar estresse adicional, ansiedade e impactar a autoestima.” 

Lesões na pele e queimaduras solares também podem precipitar o aparecimento das manchas nas áreas afetadas. E, aparentemente, a exposição a alguns produtos químicos e substâncias irritantes pode estar ligada ao desenvolvimento ou piora do quadro. 

O diagnóstico da doença é realizado por um dermatologista através da observação das manchas na pele. Mas, em alguns casos, pode ser necessária a realização de exame de pele ou outros testes para se ter uma confirmação precisa. 

O quadro não tem cura, porém, pacientes com o diagnóstico podem realizar diferentes tipos de tratamentos para melhorar a aparência da pele. "Eles podem variar de acordo com cada caso e sua gravidade. Podem ser utilizados cremes, que ajudam a reduzir a inflamação e estimular a repigmentação da pele, terapia com luz ultravioleta (UV), para estimular os melanócitos, e terapias de camuflagem para cobrir as manchas brancas. Em casos mais severos, tratamentos cirúrgicos, como o transplante de melanócitos, podem ser considerados", explica a especialista. 

Além disso, o acompanhamento psicológico também é parte essencial, pois ajuda a lidar com todo o impacto emocional causado.
 

Cuidados diários fazem toda a diferença

Além dos tratamentos prescritos durante as consultas médicas e de suporte emocional, a Dra. Flavia enfatiza que os indivíduos com vitiligo necessitam de um cuidado especial com a sua pele.

Confira abaixo algumas orientações:

  • Use protetor solar: A pele com manchas brancas carece de proteção da melanina e pode queimar mais facilmente. Para reduzir o risco de queimaduras solares e câncer de pele, aplique um protetor solar com fator de proteção 30 ou superior em todas as áreas expostas do corpo. Esse cuidado deve ser uma parte constante na rotina;
  • Hidrate a pele: É importante manter a pele bem hidratada para evitar ressecamento e irritação. Isso pode ser feito através do uso regular de loções, cremes ou óleos hidratantes. Mas atenção, escolha produtos suaves para não causar irritações adicionais na pele;
  • Monitore as manchas: Acompanhe regularmente para notar qualquer mudança. Consultas periódicas com um dermatologista são importantes para avaliar a condição da pele e ajustar o tratamento conforme necessário.


E, em todo caso, evite:

  • Exposição excessiva ao sol: A pele com vitiligo é mais sensível às queimaduras solares devido à falta de melanina. Reduzir a exposição ao sol e usar protetor solar são fundamentais para prevenir danos;
  • Estresse excessivo: Embora seja difícil evitá-lo, técnicas para lidar com essa reação podem ser úteis, por isso, busque a que melhor se encaixe na sua rotina. Algumas opções como meditação, yoga e exercícios podem ajudar positivamente;
  • Dormir tarde e se alimentar mal: Por fim, é importante manter uma alimentação balanceada e garantir um sono de qualidade para a redução dos níveis de estresse no organismo.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
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Agosto Dourado: No Brasil, 67,7% das gestantes com diagnóstico de HIV são mulheres negras

A transmissão vertical pelo aleitamento materno é uma realidade que pode ser evitada, caso sejam seguidas todas as orientações médicas
 

Agosto, também conhecido como "Agosto Dourado", é o mês dedicado ao incentivo e conscientização sobre o aleitamento materno, ressaltando os inúmeros benefícios dessa prática para a saúde do bebê e da mãe. No entanto, muitas mães vivendo com HIV/Aids enfrentam a impossibilidade de vivenciar esse momento de conexão com seus bebês, uma vez que são orientadas a não amamentar para evitar a transmissão vertical do vírus. 

De acordo com o segundo volume do Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra, entre 2011 e 2021, o número de casos de HIV detectados em gestantes pardas e pretas aumentou anualmente, passando de 62,4% em 2011 para 67,7% em 2021. Observou-se uma maior proporção desses casos entre as gestantes com idade entre 15 e 29 anos, que representaram 69,6% das notificações. 

Durante a gestação e o parto, há o risco de transmissão do HIV, assim como de outras doenças. É importante destacar que o HIV pode ser transmitido através da amamentação. Diante dessa realidade, a infectologista dos Hospitais Samaritano e Indianápolis, Dra. Rafaela Arvai Pereira, enfatiza que orientar as mães a não amamentar em caso de infecção é uma medida de proteção ao bebê. 

"Médicos prescrevem medicamentos para a mãe não produzir leite, evitando o ingurgitamento mamário, a mastite ou outros problemas, e recomendamos o uso de fórmula láctea", explica a infectologista. Essa fórmula é fornecida gratuitamente pelo governo, assegurando o acesso a uma alternativa segura e adequada para a alimentação do recém-nascido.
 

Diagnóstico durante a gestação 

No Brasil, a notificação de gestantes, parturientes e puérperas com HIV é obrigatória desde o ano 2000, com o objetivo de prevenir a transmissão vertical da infecção de mãe para o bebê. Contudo, o boletim epidemiológico revela que, em 2021, mais de 70% das notificações de AIDS em crianças com menos de 14 anos eram de pessoas negras, sendo 6,3% pretas e 64,9% pardas. Além disso, o documento destaca um aumento de 12% na proporção de pessoas pretas e pardas testadas para HIV ou AIDS, que passou de 50,3% em 2011 para 62,3% em 2021. 

Nesse contexto, é essencial que as gestantes realizem testes para HIV, sífilis e hepatites durante os três primeiros meses de gestação, nos três últimos meses e em casos de exposição de risco e/ou violência sexual, respectivamente. Além disso, o teste para HIV deve ser realizado no momento do parto, independentemente de exames anteriores. 

Para as gestantes diagnosticadas com HIV durante a gestação, é recomendado o início imediato do tratamento com medicamentos antirretrovirais, que deve se estender por toda a gestação e, se orientado pelo médico, também no momento do parto. Essa abordagem visa prevenir a transmissão vertical do HIV para o bebê. 

"É de extrema importância que todas as pessoas vivendo com HIV, incluindo as mães, tomem os medicamentos antirretrovirais diariamente, de preferência no mesmo horário e também sem pular nenhum dia, uma vez que essa disciplina resulta em uma carga viral indetectável, o que significa intransmissibilidade", ressalta Dra. Rafaela. O recém-nascido também deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado regularmente por um profissional de saúde.
 

Prevenção e cuidado para o crescimento saudável do bebê 

É fundamental enfatizar que mulheres com diagnóstico negativo para o HIV durante o pré-natal ou parto devem utilizar camisinha (masculina ou feminina) nas relações sexuais, inclusive durante o período de amamentação, como medida preventiva para evitar a infecção e garantir o crescimento saudável do bebê. 

A presidente do Projeto Criança Aids (PCA), ONG de São Paulo que atua com crianças e famílias de crianças que vivem com HIV/Aids, Adriana Galvão Ferrazini, frisa que o ato de não amamentar é uma prova de amor e de direito à vida. 

“Mulheres amamentando podem ser infectadas e só ter conhecimento do fato quando já estiverem doentes da Aids, quando os sintomas das comorbidades aparecem nelas e em seus filhos também infectados, através do leite materno”, salienta Adriana. “Por isso a importância da testagem periódica para o vírus HIV, do uso de preservativos masculino ou feminino e da PrEP (profilaxia pré-exposição), durante a amamentação“
 

Casos em crianças 

Os dados oficiais divulgados pelo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids revelam que os casos de HIV em crianças menores de 5 anos de idade têm se mantido estáveis nos últimos dois anos. Entre 2019 e 2021, a taxa de detecção nessa faixa etária registrou uma significativa queda de 35,4%, passando de 1,8 para 1,2 casos por 100 mil crianças. 

“Em nossa ONG temos diversos casos de crianças que foram infectadas através do aleitamento materno e infelizmente a descoberta do ocorrido foi tardia, algumas dessas crianças já têm sequelas irreversíveis por conta das doenças causadas pela Aids”, pontua a presidente do PCA. 

O "Agosto Dourado" é um momento oportuno para reforçar a importância da não amamentação em casos de infecção por HIV/Aids e promover a conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e o cuidado adequado para as mães e seus bebês. A adoção de medidas preventivas e a busca por assistência médica qualificada são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar de todos.
 

Sobre o PCA 

O Projeto Criança Aids (PCA) é uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos que atende famílias em vulnerabilidade social responsáveis por crianças e adolescentes vivendo e convivendo com HIV/AIDS. 

O PCA atua desde 1991 no auxílio e no resgate da dignidade das crianças e seus familiares. Por meio de uma equipe de assistentes sociais, o Projeto visita regularmente as casas de todas as famílias responsáveis para conferir a frequência escolar, condições de saúde e moradia, além de ofertar cestas básicas mensais com produtos de higiene pessoal, limpeza doméstica e alimentos. 

Atualmente, o Projeto atende cerca de 40 crianças, propiciando acolhimento e reflexão voltadas para o resgate psicossocial e educativo realizados por equipe interdisciplinar composta por: psicólogo, assistente social, farmacêutica, enfermeira, pedagoga, psicopedagoga e estagiários das áreas afins.

 

Afogamento de bebês e crianças: como os pais e cuidadores podem evitar?

Reprodução

Confira 6 dicas práticas para proteger os pequenos dessa situação

 

O Brasil registra, em média, três mortes de crianças e adolescentes por afogamento todos os dias. A informação foi divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que analisou os registros de óbitos entre 2021 e 2022: foram duas mil e quinhentas vítimas desse tipo de acidente.As crianças de um a quatro anos de idade foram as principais vítimas, com o registro de 943 mortes. Em seguida, estão 860 óbitos de adolescentes de 15 a 19 anos. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), a maioria desses incidentes ocorre em piscinas domésticas e durante momentos de lazer na água. A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para evitar essas tragédias. 

Segundo a enfermeira pediátrica e especialista em segurança e prevenção de acidentes, Juliana Muniz supervisão das crianças precisa ser constante, mas sem tolher a criatividade e o momento de diversão delas: “Crianças pequenas nunca devem ficar sozinhas perto da água, seja em piscininhas pequenas de plástico, seja em piscinas maiores, nem por um breve momento, elas são rápidas e ainda não tem noção do perigo”, orienta a enfermeira especialista em segurança e prevenção de acidentes com crianças. 

Para casas com piscina, o ideal é ter barreiras físicas, como cercas ao redor de piscinas ou com portões de segurança que se fecham automaticamente. A educação é um caminho para aumentar a segurança das crianças: “Ensinar as crianças a nadar desde cedo também pode fazer a diferença, hoje em dia existem cursos de natação para bebês a partir de 6 meses em diversas localidades que ajudam a desenvolver habilidades essenciais de sobrevivência na água. Mas, nada substitui a atenção constante dos pais”, aconselha a enfermeira pediátrica.


A seguir, veja 6 dicas práticas da enfermeira pediátrica Juliana Muniz para os pais para evitar situações de afogamento:


  1. Criança na água sempre perto de um adulto: Quando a criança estiver na água, ela sempre precisa estar a um braço de distância do adulto. Nada de distrações como conversar com outros adultos, dar as costas, mexer ou enviar mensagens pelo celular.
  2. Roupinhas de banho com cor chamativa: Na hora de comprar as roupinhas de banho para os pequenos, escolha sempre cores vibrantes como rosa, vermelho e laranja que se diferenciam das cores da piscina para se caso ocorra alguma situação, a visualização da criança seja mais fácil. Evitar cores como cinza, azul claro
  3. Barreiras de Proteção: Instale cercas ao redor de piscinas com portões de segurança que se fecham automaticamente para evitar o acesso não supervisionado.
  4. Precisou se ausentar? Chame outra pessoa: Se precisar se ausentar chame alguém para assumir o compromisso de olhar a criança para você;
  5. Escolha da boia: Nada de boia na barriga ou no braço, hoje em dia existem coletes homologados, seguros e indicados para crianças a partir dos dois anos. Inclusive algumas delas têm cores e desenhos lindos que os pequenos vão adorar usar;
  6. Em caso de afogamento: A primeira ação é ligar para o 193 e retirar imediatamente a criança da água, jogando objeto flutuante e puxando, mas sem se colocar em risco.

Com essas medidas simples, os pais podem garantir um ambiente seguro e tranquilo para seus filhos, evitando acidentes e garantindo que os momentos de lazer na água sejam apenas de alegria e diversão.



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