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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Vitiligo: doença que afeta mais de 1 milhão de brasileiros tem cura?

Envato
Dermatologista do CEJAM esclarece essa e outras dúvidas, além de compartilhar dicas para o cuidado diário com a pele 


O vitiligo, doença que se caracteriza pela perda de pigmentação da pele, afeta até 2% da população mundial. No Brasil, a condição está entre as 25 mais comuns, atingindo mais de um milhão de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

Personalidades, como o eterno rei do pop Michael Jackson e a modelo Winnie Harlow, que se tornou uma referência de empoderamento sobre o tema, são exemplos de figuras públicas que lidaram ou lidam com esse diagnóstico. 

Recentemente, a notícia de que um dos filhos da empresária e estrela de reality show Kim Kardashian, fruto de seu relacionamento com o rapper Kanye West, também foi diagnosticado com vitiligo, trouxe novamente à tona a discussão sobre o tema. No entanto, a influencer não revelou qual dos quatro seriam. 

"O vitiligo pode afetar qualquer pessoa, sem distinção de idade, sexo ou etnia. As causas exatas ainda não são totalmente compreendidas. Supõe-se que seja uma combinação de fatores genéticos e autoimunes", afirma a Dra. Flavia Rosalba Rodrigues, dermatologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim". 

Tudo começa a partir da agressão do próprio sistema imunológico aos melanócitos, células encarregadas de pigmentar a pele, levando à sua destruição ou mau funcionamento e desencadeando uma mudança na pigmentação cutânea. Como consequência, surgem as manchas brancas que podem se expandir pelo corpo de maneira imprevisível. 

Apesar de, normalmente, não provocarem dor ou coceira, essas manchas podem causar desconforto emocional em virtude das alterações visuais que promovem. Elas podem se desenvolver de duas formas: desde o nascimento ou com o tempo, em qualquer fase da vida. 

Segundo a dermatologista, além da influência genética, outros fatores podem contribuir para o seu surgimento ou agravamento. O estresse, por exemplo, pode desencadear ou intensificar a condição. "Questões emocionais podem ter um papel significativo no vitiligo, apesar de não serem a causa direta. As alterações na aparência, resultantes da doença, podem gerar estresse adicional, ansiedade e impactar a autoestima.” 

Lesões na pele e queimaduras solares também podem precipitar o aparecimento das manchas nas áreas afetadas. E, aparentemente, a exposição a alguns produtos químicos e substâncias irritantes pode estar ligada ao desenvolvimento ou piora do quadro. 

O diagnóstico da doença é realizado por um dermatologista através da observação das manchas na pele. Mas, em alguns casos, pode ser necessária a realização de exame de pele ou outros testes para se ter uma confirmação precisa. 

O quadro não tem cura, porém, pacientes com o diagnóstico podem realizar diferentes tipos de tratamentos para melhorar a aparência da pele. "Eles podem variar de acordo com cada caso e sua gravidade. Podem ser utilizados cremes, que ajudam a reduzir a inflamação e estimular a repigmentação da pele, terapia com luz ultravioleta (UV), para estimular os melanócitos, e terapias de camuflagem para cobrir as manchas brancas. Em casos mais severos, tratamentos cirúrgicos, como o transplante de melanócitos, podem ser considerados", explica a especialista. 

Além disso, o acompanhamento psicológico também é parte essencial, pois ajuda a lidar com todo o impacto emocional causado.
 

Cuidados diários fazem toda a diferença

Além dos tratamentos prescritos durante as consultas médicas e de suporte emocional, a Dra. Flavia enfatiza que os indivíduos com vitiligo necessitam de um cuidado especial com a sua pele.

Confira abaixo algumas orientações:

  • Use protetor solar: A pele com manchas brancas carece de proteção da melanina e pode queimar mais facilmente. Para reduzir o risco de queimaduras solares e câncer de pele, aplique um protetor solar com fator de proteção 30 ou superior em todas as áreas expostas do corpo. Esse cuidado deve ser uma parte constante na rotina;
  • Hidrate a pele: É importante manter a pele bem hidratada para evitar ressecamento e irritação. Isso pode ser feito através do uso regular de loções, cremes ou óleos hidratantes. Mas atenção, escolha produtos suaves para não causar irritações adicionais na pele;
  • Monitore as manchas: Acompanhe regularmente para notar qualquer mudança. Consultas periódicas com um dermatologista são importantes para avaliar a condição da pele e ajustar o tratamento conforme necessário.


E, em todo caso, evite:

  • Exposição excessiva ao sol: A pele com vitiligo é mais sensível às queimaduras solares devido à falta de melanina. Reduzir a exposição ao sol e usar protetor solar são fundamentais para prevenir danos;
  • Estresse excessivo: Embora seja difícil evitá-lo, técnicas para lidar com essa reação podem ser úteis, por isso, busque a que melhor se encaixe na sua rotina. Algumas opções como meditação, yoga e exercícios podem ajudar positivamente;
  • Dormir tarde e se alimentar mal: Por fim, é importante manter uma alimentação balanceada e garantir um sono de qualidade para a redução dos níveis de estresse no organismo.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
 @cejamoficial


Agosto Dourado: No Brasil, 67,7% das gestantes com diagnóstico de HIV são mulheres negras

A transmissão vertical pelo aleitamento materno é uma realidade que pode ser evitada, caso sejam seguidas todas as orientações médicas
 

Agosto, também conhecido como "Agosto Dourado", é o mês dedicado ao incentivo e conscientização sobre o aleitamento materno, ressaltando os inúmeros benefícios dessa prática para a saúde do bebê e da mãe. No entanto, muitas mães vivendo com HIV/Aids enfrentam a impossibilidade de vivenciar esse momento de conexão com seus bebês, uma vez que são orientadas a não amamentar para evitar a transmissão vertical do vírus. 

De acordo com o segundo volume do Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra, entre 2011 e 2021, o número de casos de HIV detectados em gestantes pardas e pretas aumentou anualmente, passando de 62,4% em 2011 para 67,7% em 2021. Observou-se uma maior proporção desses casos entre as gestantes com idade entre 15 e 29 anos, que representaram 69,6% das notificações. 

Durante a gestação e o parto, há o risco de transmissão do HIV, assim como de outras doenças. É importante destacar que o HIV pode ser transmitido através da amamentação. Diante dessa realidade, a infectologista dos Hospitais Samaritano e Indianápolis, Dra. Rafaela Arvai Pereira, enfatiza que orientar as mães a não amamentar em caso de infecção é uma medida de proteção ao bebê. 

"Médicos prescrevem medicamentos para a mãe não produzir leite, evitando o ingurgitamento mamário, a mastite ou outros problemas, e recomendamos o uso de fórmula láctea", explica a infectologista. Essa fórmula é fornecida gratuitamente pelo governo, assegurando o acesso a uma alternativa segura e adequada para a alimentação do recém-nascido.
 

Diagnóstico durante a gestação 

No Brasil, a notificação de gestantes, parturientes e puérperas com HIV é obrigatória desde o ano 2000, com o objetivo de prevenir a transmissão vertical da infecção de mãe para o bebê. Contudo, o boletim epidemiológico revela que, em 2021, mais de 70% das notificações de AIDS em crianças com menos de 14 anos eram de pessoas negras, sendo 6,3% pretas e 64,9% pardas. Além disso, o documento destaca um aumento de 12% na proporção de pessoas pretas e pardas testadas para HIV ou AIDS, que passou de 50,3% em 2011 para 62,3% em 2021. 

Nesse contexto, é essencial que as gestantes realizem testes para HIV, sífilis e hepatites durante os três primeiros meses de gestação, nos três últimos meses e em casos de exposição de risco e/ou violência sexual, respectivamente. Além disso, o teste para HIV deve ser realizado no momento do parto, independentemente de exames anteriores. 

Para as gestantes diagnosticadas com HIV durante a gestação, é recomendado o início imediato do tratamento com medicamentos antirretrovirais, que deve se estender por toda a gestação e, se orientado pelo médico, também no momento do parto. Essa abordagem visa prevenir a transmissão vertical do HIV para o bebê. 

"É de extrema importância que todas as pessoas vivendo com HIV, incluindo as mães, tomem os medicamentos antirretrovirais diariamente, de preferência no mesmo horário e também sem pular nenhum dia, uma vez que essa disciplina resulta em uma carga viral indetectável, o que significa intransmissibilidade", ressalta Dra. Rafaela. O recém-nascido também deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado regularmente por um profissional de saúde.
 

Prevenção e cuidado para o crescimento saudável do bebê 

É fundamental enfatizar que mulheres com diagnóstico negativo para o HIV durante o pré-natal ou parto devem utilizar camisinha (masculina ou feminina) nas relações sexuais, inclusive durante o período de amamentação, como medida preventiva para evitar a infecção e garantir o crescimento saudável do bebê. 

A presidente do Projeto Criança Aids (PCA), ONG de São Paulo que atua com crianças e famílias de crianças que vivem com HIV/Aids, Adriana Galvão Ferrazini, frisa que o ato de não amamentar é uma prova de amor e de direito à vida. 

“Mulheres amamentando podem ser infectadas e só ter conhecimento do fato quando já estiverem doentes da Aids, quando os sintomas das comorbidades aparecem nelas e em seus filhos também infectados, através do leite materno”, salienta Adriana. “Por isso a importância da testagem periódica para o vírus HIV, do uso de preservativos masculino ou feminino e da PrEP (profilaxia pré-exposição), durante a amamentação“
 

Casos em crianças 

Os dados oficiais divulgados pelo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids revelam que os casos de HIV em crianças menores de 5 anos de idade têm se mantido estáveis nos últimos dois anos. Entre 2019 e 2021, a taxa de detecção nessa faixa etária registrou uma significativa queda de 35,4%, passando de 1,8 para 1,2 casos por 100 mil crianças. 

“Em nossa ONG temos diversos casos de crianças que foram infectadas através do aleitamento materno e infelizmente a descoberta do ocorrido foi tardia, algumas dessas crianças já têm sequelas irreversíveis por conta das doenças causadas pela Aids”, pontua a presidente do PCA. 

O "Agosto Dourado" é um momento oportuno para reforçar a importância da não amamentação em casos de infecção por HIV/Aids e promover a conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e o cuidado adequado para as mães e seus bebês. A adoção de medidas preventivas e a busca por assistência médica qualificada são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar de todos.
 

Sobre o PCA 

O Projeto Criança Aids (PCA) é uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos que atende famílias em vulnerabilidade social responsáveis por crianças e adolescentes vivendo e convivendo com HIV/AIDS. 

O PCA atua desde 1991 no auxílio e no resgate da dignidade das crianças e seus familiares. Por meio de uma equipe de assistentes sociais, o Projeto visita regularmente as casas de todas as famílias responsáveis para conferir a frequência escolar, condições de saúde e moradia, além de ofertar cestas básicas mensais com produtos de higiene pessoal, limpeza doméstica e alimentos. 

Atualmente, o Projeto atende cerca de 40 crianças, propiciando acolhimento e reflexão voltadas para o resgate psicossocial e educativo realizados por equipe interdisciplinar composta por: psicólogo, assistente social, farmacêutica, enfermeira, pedagoga, psicopedagoga e estagiários das áreas afins.

 

Afogamento de bebês e crianças: como os pais e cuidadores podem evitar?

Reprodução

Confira 6 dicas práticas para proteger os pequenos dessa situação

 

O Brasil registra, em média, três mortes de crianças e adolescentes por afogamento todos os dias. A informação foi divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que analisou os registros de óbitos entre 2021 e 2022: foram duas mil e quinhentas vítimas desse tipo de acidente.As crianças de um a quatro anos de idade foram as principais vítimas, com o registro de 943 mortes. Em seguida, estão 860 óbitos de adolescentes de 15 a 19 anos. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), a maioria desses incidentes ocorre em piscinas domésticas e durante momentos de lazer na água. A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para evitar essas tragédias. 

Segundo a enfermeira pediátrica e especialista em segurança e prevenção de acidentes, Juliana Muniz supervisão das crianças precisa ser constante, mas sem tolher a criatividade e o momento de diversão delas: “Crianças pequenas nunca devem ficar sozinhas perto da água, seja em piscininhas pequenas de plástico, seja em piscinas maiores, nem por um breve momento, elas são rápidas e ainda não tem noção do perigo”, orienta a enfermeira especialista em segurança e prevenção de acidentes com crianças. 

Para casas com piscina, o ideal é ter barreiras físicas, como cercas ao redor de piscinas ou com portões de segurança que se fecham automaticamente. A educação é um caminho para aumentar a segurança das crianças: “Ensinar as crianças a nadar desde cedo também pode fazer a diferença, hoje em dia existem cursos de natação para bebês a partir de 6 meses em diversas localidades que ajudam a desenvolver habilidades essenciais de sobrevivência na água. Mas, nada substitui a atenção constante dos pais”, aconselha a enfermeira pediátrica.


A seguir, veja 6 dicas práticas da enfermeira pediátrica Juliana Muniz para os pais para evitar situações de afogamento:


  1. Criança na água sempre perto de um adulto: Quando a criança estiver na água, ela sempre precisa estar a um braço de distância do adulto. Nada de distrações como conversar com outros adultos, dar as costas, mexer ou enviar mensagens pelo celular.
  2. Roupinhas de banho com cor chamativa: Na hora de comprar as roupinhas de banho para os pequenos, escolha sempre cores vibrantes como rosa, vermelho e laranja que se diferenciam das cores da piscina para se caso ocorra alguma situação, a visualização da criança seja mais fácil. Evitar cores como cinza, azul claro
  3. Barreiras de Proteção: Instale cercas ao redor de piscinas com portões de segurança que se fecham automaticamente para evitar o acesso não supervisionado.
  4. Precisou se ausentar? Chame outra pessoa: Se precisar se ausentar chame alguém para assumir o compromisso de olhar a criança para você;
  5. Escolha da boia: Nada de boia na barriga ou no braço, hoje em dia existem coletes homologados, seguros e indicados para crianças a partir dos dois anos. Inclusive algumas delas têm cores e desenhos lindos que os pequenos vão adorar usar;
  6. Em caso de afogamento: A primeira ação é ligar para o 193 e retirar imediatamente a criança da água, jogando objeto flutuante e puxando, mas sem se colocar em risco.

Com essas medidas simples, os pais podem garantir um ambiente seguro e tranquilo para seus filhos, evitando acidentes e garantindo que os momentos de lazer na água sejam apenas de alegria e diversão.



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Colesterol alto pode causar sérios danos ao coração e ao cérebro

Entre eles, estão angina (diminuição do fluxo de sangue ao coração), infarto e acidente vascular cerebral, problemas de grande gravidade e que podem ser fatais

 

O colesterol é uma substância importante para manter a saúde e diversas funções no organismo. Junto a outros componentes, por exemplo, ele previne contra perdas excessivas de água por evaporação, o que acarretaria problemas de desidratação e morte. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os valores ideais de colesterol devem ser: total <190 mg/dL, LDL ><130mg/dL, HDL>de 40 mg/dL. No entanto, quando a concentração de LDL no sangue está excessiva, há um risco aumentado de desenvolvimento de graves doenças cardiovasculares. 

“Isto acontece porque o organismo passa a acumular ‘placas de gordura’ nas artérias, o que dificulta ou impede a passagem de sangue, levando a uma ‘morte’ dos tecidos que eram irrigados por elas. A aterosclerose é uma doença sistêmica e pode acometer qualquer artéria do organismo. Dependendo da região afetada, a situação pode ser ainda mais preocupante”, explica o cardiologista do Hcor, Dr. Nathan Soubihe Jr. 

É o caso da ateromatose das artérias coronárias, das artérias carótidas e das artérias cerebrais intracranianas, doenças particularmente graves em função de levarem sangue para o coração, seguimento cefálico e cérebro. “Suas obstruções causam angina (diminuição do fluxo de sangue ao coração), infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), afecções de grande gravidade e que põem em risco a vida”, ressalta. 

Para evitar complicações, o ideal é manter os níveis adequados de colesterol. “Ter um padrão alimentar adequado, fazer atividade física regular e utilizar a medicação apropriada, quando indicada pelo médico, sempre serão bem-vindos na luta contra as doenças do coração e na prevenção dos AVCs. Quanto antes identificada a hipercolesterolemia, mais precocemente pode-se iniciar o tratamento adequado, minimizando ainda mais os riscos das doenças cardiovasculares”, orienta.

 

O que causa o colesterol alto?

Aproximadamente 75% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, enquanto apenas 25% são fornecidos pela dieta. No entanto, a elevada produção de colesterol pelo próprio corpo tem um caráter familiar e genético. “Por isso, a diminuição dos níveis de colesterol acaba não sendo uma meta facilmente atingida sem a administração de medicamentos específicos para esse fim”, conta. 

A obesidade e o sedentarismo, no entanto, influenciam significativamente na elevação dos níveis de colesterol. “A obesidade infantil e o sedentarismo nessa faixa etária têm atingido níveis alarmantes, e hoje não é incomum receber no consultório médico crianças e adolescentes que buscam tratamento para baixar os níveis de colesterol”, revela. 

É importante lembrar que os alimentos muito ricos em gorduras saturadas, como carnes gordas, leite, queijos, manteiga, devem ser consumidos equilibradamente. As gorduras trans, produzidas artificialmente, não apresentam benefícios ao organismo e seus malefícios não são questionáveis na comunidade científica. São ricamente encontradas em alimentos industrializados, como bolachas, biscoitos, sorvetes, carnes processadas.

 

Hcor


Tirzepatida, da Eli Lilly, atinge resultados positivos em estudo de FASE 3 em pacientes adultos com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e obesidade


  • Tirzepatida reduziu o risco de desfechos de insuficiência cardíaca - hospitalização por insuficiência cardíaca, intensificação de diurético oral ou morte cardiovascular - em 38% em comparação com placebo
  • Tirzepatida melhorou significativamente os sintomas de insuficiência cardíaca e as limitações físicas
  • Tirzepatida levou a 15,7% de perda de peso em uma população combinada de pessoas com e sem diabetes tipo 2


A Eli Lilly and Company anunciou hoje os resultados positivos dos objetivos principais do estudo clínico de Fase 3 SUMMIT, que avaliou a segurança e eficácia de tirzepatida em adultos com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp) e obesidade. A tirzepatida demonstrou melhorias estatisticamente significativas nos objetivos primários de redução no risco de desfechos cardiovasculares e melhorias nos sintomas de insuficiência cardíaca e limitações físicas, mensurado pelo Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) Clinical Summary Score (CSS)*, em comparação com o placebo.

Todos os principais desfechos secundários também foram alcançados, incluindo melhora na capacidade de exercício, medida pela distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (6MWD), redução no marcador de inflamação da Proteína C reativa de alta sensibilidade (hsCRP) e redução média do peso corporal desde o início do tratamento até a semana 52. Na análise de eficácia estimada, a tirzepatida levou a uma redução de peso de 15,7% em comparação com 2,2% para o placebo.

"Mundialmente 64 milhões de pessoas vivem com insuficiência cardíaca1 e até 2030 a previsão é de um aumento de mais de 50%2. Essa condição impacta muito a qualidade de vida dos pacientes e no Brasil ela é a causa número 1 de hospitalização de pessoas acima de 60 anos3, sem contar o impacto de mortalidade. Em 5 anos após o diagnóstico, a taxa de mortalidade é de aproximadamente 50%4. Por isso, resultados como os alcançados com tirzepatida são tão importantes para tratar essa doença”, explica o Dr. Luiz Magno, Diretor Sênior da Área Médica da Lilly Brasil.

Principais Resultados dos objetivos primários
 

Redução do risco relativo para a primeira ocorrência de desfechos cardiovasculares (mediana de seguimento de até 104 semanas)

 

-38%

 

 

 

 

Estimativa de eficáciai

 

Estimativa de regime de tratamentoii

 

Melhoria nos sintomas de insuficiência cardíaca e limitações físicas desde o início do tratamento mensurados pela variação média do questionário KCCQ CSS*

 

Tirzepatida (Máxima Dose Tolerada)

 

24.8 pontos

 

19.5 pontos

 

Placebo

 

15.0 pontos

 

12.7 pontos

 


* O Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire Clinical Summary Score (KCCQ-CSS) é um questionário respondido com base no relato do paciente que usa uma escala de 1 a 100 pontos para avaliar os sintomas de insuficiência cardíaca e as limitações físicas. Valores mais altos de KCCQ-CSS indicam melhor gerenciamento dos sintomas e limitações físicas em pessoas com insuficiência cardíaca.

A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada é uma condição na qual a câmara de bombeamento do coração fica rígida, o que faz com que o órgão não tenha capacidade de bombear o sangue adequadamente para todo o corpo. A condição está associada a uma série de sintomas e limitações físicas que afetam a qualidade de vida dos pacientes, como fadiga, falta de ar, redução da capacidade de se exercitar e inchaço das extremidades. 

O perfil de segurança da tirzepatida no estudo SUMMIT foi consistente ao observado nos estudos anteriores, incluindo SURMOUNT e SURPASS. Os eventos adversos mais comumente relatados no SUMMIT foram gastrointestinais (náuseas, diarreia, constipação e vômitos) e geralmente leves a moderados em gravidade.

A Lilly continuará avaliando os resultados do SUMMIT, que serão apresentados em uma reunião científica e submetidos a um periódico para revisão por pares. A Lilly planeja enviar os resultados do estudo SUMMIT ao FDA (Food and Drug Administration) dos EUA e outras agências regulatórias.


Sobre o SUMMIT
O SUMMIT (NCT04847557) foi um estudo de fase 3 multicêntrico, randomizado, duplo-cego, paralelo e controlado por placebo que comparou a eficácia e a segurança de tirzepatida ao placebo em adultos que vivem com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) e obesidade, com ou sem diabetes tipo 2. O estudo randomizou 731 participantes nos EUA, Argentina, Brasil, China, Índia, Israel, México, Porto Rico, Rússia e Taiwan em uma proporção de 1:1 para receber a dose máxima tolerada (MTD) de tirzepatida (5 mg, 10 mg ou 15 mg) ou placebo.

Os dois objetivos primários foram redução do desfecho composto por primeira ocorrência de hospitalização por insuficiência cardíaca, intensificação de diurético oral ou morte cardiovascular até o término do estudo (mediana de seguimento de até 104 semanas), e alteração no Clinical Summary Score (CSS) do Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) desde o início do estudo até a semana 52.

O SUMMIT utilizou a máxima dose tolerada de 5 mg, 10 mg ou 15 mg uma vez por semana. A dose inicial de 2,5 mg de tirzepatida foi aumentada em 2,5 mg a cada quatro semanas até que a dose máxima tolerada fosse atingida.

Sobre tirzepatida
A tirzepatida é uma molécula de uso semanal que ativa os receptores dos dois hormônios incretínicos, o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon). Os receptores GIP e GLP-1 são encontrados em áreas do cérebro humano importantes para a regulação do apetite. A tirzepatida demonstrou diminuir a ingestão de alimentos e modular a utilização de gordura. A tirzepatida está atualmente sendo estudada como um tratamento potencial para pessoas com obesidade e/ou sobrepeso com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp), apneia obstrutiva do sono (AOS) e esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH). Estudos de tirzepatida na doença renal crônica (DRC) e na morbidade/mortalidade na obesidade (MMO) também estão em andamento. A Lilly já submeteu para o FDA (Food and Drug Administration) e outras agência regulatórias os dados de tirzepatida para o tratamento da apneia obstrutiva do sono.

A tirzepatida foi aprovada no Brasil como Mounjaro® para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2 em setembro de 2023.

 


Eli Lilly do Brasil
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i A estimativa de eficácia representa a eficácia antes da interrupção do tratamento estudado.
ii A estimativa do regime de tratamento representa o efeito médio estimado do tratamento, independentemente da interrupção do tratamento.





Referências:

Groenewegen A, et al. Eur J Heart Fail. 2020;22:1342-1356.

Lippi G, et al. AME Med J. 2020;5:15. doi:10.21037/amj.2020.03.03 5. Lan T, et al. Ther Clin Risk Manag. 2021;17:1307-1320.

De Negri Filho A. Bases para um debate sobre a reforma hospitalar do SUS: as necessidades sociais e o dimensionamento e tipologia de leitos hospitalares em um contexto de crise de acesso e qualidade [tese]. [São Paulo]: Universidade de São Paulo; 2016. 402 p

Jones NR, et al. Eur J Heart Fail. 2019;21(11):1306–1325.




Como Sair do Vermelho: André Charone Revela Estratégias para Vencer o Endividamento e Equilibrar o Orçamento Familiar

 

Nos últimos anos, o endividamento das famílias brasileiras tem se tornado uma preocupação crescente, refletindo uma série de desafios econômicos enfrentados pelo país. De acordo com dados recentes, o endividamento das famílias brasileiras atingiu 78% em 2024, o maior patamar dos últimos 12 anos. Além disso, cerca de 29% das famílias estão em situação de inadimplência, ou seja, com contas em atraso.

 

Esse aumento expressivo pode ser atribuído a vários fatores, incluindo desemprego, redução da renda, alta inflação e fácil acesso ao crédito com juros elevados. A falta de planejamento financeiro também contribui significativamente para o crescimento das dívidas. O contador, mestre em negócios internacionais e especialista em finanças pessoais, André Charone, explica de forma prática como melhorar a situação financeira e diminuir as dívidas.


 

Causas do Endividamento 

Diversos fatores contribuem para o aumento do endividamento das famílias no Brasil. Entre eles, destacam-se:


1. Desemprego e Redução da Renda: A instabilidade no mercado de trabalho e a consequente redução da renda familiar dificultam o cumprimento de compromissos financeiros.


2. Fácil Acesso ao Crédito: A oferta abundante de crédito, muitas vezes com juros elevados, leva ao uso indiscriminado de cartões de crédito e empréstimos pessoais.


3. Inflação: O aumento do custo de vida, especialmente em itens essenciais como alimentação e energia, pressiona o orçamento familiar.


4. Falta de Planejamento Financeiro: A ausência de uma educação financeira sólida resulta em decisões financeiras mal planejadas e impulsivas.

André Charone acrescenta: "A combinação desses fatores cria um ciclo vicioso de endividamento, onde as famílias recorrem a mais crédito para cobrir despesas, aumentando ainda mais suas dívidas."


 

Consequências do Endividamento 

O endividamento excessivo pode trazer sérias consequências para as famílias brasileiras, comprometendo significativamente a qualidade de vida. Quando uma parte considerável da renda familiar é destinada ao pagamento de dívidas, o consumo de bens e serviços essenciais é drasticamente limitado. André Charone explica que isso reduz o poder de compra das famílias, resultando em um estilo de vida abaixo do desejado e impactando negativamente a satisfação e o bem-estar dos membros da família.

 

Além disso, a pressão constante para pagar dívidas pode gerar estresse e problemas de saúde. A ansiedade e o estresse relacionados à incapacidade de saldar dívidas são comuns, podendo evoluir para problemas mais sérios, como depressão e outras condições de saúde mental. Esse estresse financeiro se traduz em tensões dentro do núcleo familiar, afetando negativamente as relações interpessoais e a estabilidade emocional dos indivíduos.

 

Outro efeito adverso do endividamento é a restrição de crédito, que dificulta o acesso a novos financiamentos e agrava a situação financeira. Charone ressalta que a falta de crédito impede investimentos necessários, perpetuando um ciclo de dificuldades. Além disso, o alto nível de endividamento afeta negativamente o consumo, prejudicando a economia do país como um todo. “O impacto do endividamento vai além das finanças pessoais, afetando a saúde e bem-estar das famílias, além de influenciar negativamente a economia nacional”, conclui o especialista.

 

Dicas de Especialista para Regularizar o Orçamento Familiar 

Para ajudar as famílias a evitarem o endividamento ou a saírem dessa situação, André Charone compartilhou algumas estratégias eficazes.

 

1. Faça um Diagnóstico Financeiro:

"É fundamental saber exatamente quanto se ganha e quanto se gasta. Anote todas as despesas, mesmo as pequenas, para identificar onde é possível cortar gastos desnecessários", sugere Charone.


2. Crie um Orçamento Realista:

"Estabeleça um orçamento mensal que contemple todas as despesas fixas e variáveis. Tenha disciplina para segui-lo e ajuste-o conforme necessário", aconselha o especialista.


3. Priorize o Pagamento de Dívidas:

"Classifique as dívidas de acordo com as taxas de juros e priorize o pagamento das que têm juros mais altos. Se possível, renegocie prazos e condições com os credores", recomenda Charone.


4. Evite Novas Dívidas:

"Evite usar o cartão de crédito para compras que não sejam absolutamente necessárias. Prefira pagar à vista para evitar a tentação de parcelar e acumular mais dívidas", alerta.


5. Faça uma Reserva de Emergência:

"Crie uma reserva financeira para emergências, que cubra pelo menos de três a seis meses de despesas. Isso pode evitar que você recorra a empréstimos em situações inesperadas", destaca o contador.


6. Busque Educação Financeira:

"Invista tempo em aprender sobre finanças pessoais. Existem muitos cursos e materiais gratuitos que podem ajudar a melhorar o controle do orçamento", finaliza Charone.

 

 

Caminhos para a Recuperação Financeira e Estabilidade 

O endividamento excessivo das famílias brasileiras é uma questão complexa que afeta diretamente a qualidade de vida, a saúde mental e a economia do país. Conforme destacado por André, a combinação de redução do consumo, estresse financeiro e restrição de crédito cria um ciclo difícil de romper. No entanto, com medidas preventivas e corretivas eficazes, as famílias podem recuperar o controle financeiro e melhorar sua estabilidade e bem-estar. Implementar as estratégias sugeridas por Charone é essencial para evitar o endividamento excessivo e contribuir para uma economia mais saudável e equilibrada. O conhecimento e a educação financeira são ferramentas poderosas para transformar essa realidade e proporcionar um futuro mais seguro para todos.

 

 



André Charone - contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional. André lançou dois livros com o tema "Negócios de Nerd", que na primeira versão vendeu mais de 10 mil exemplares. Os livros trazem lições de gestão e contabilidade, baseados em desenhos e ícones da cultura pop.
Instagram: @andrecharone

 

Quer empreender no meio da gastronomia? Confira dicas e oportunidades

Jovem referência do setor dá dicas para pessoas que desejam criar negócios no ramo

 

Para muitas pessoas, empreender é um sonho. Apenas em 2023, mais de 3 milhões de empresas foram abertas no Brasil, segundo dados do Mapa das Empresas. O ramo da gastronomia, devido à facilidade de entrada com serviços informais, é visto com bons olhos por muitos empresários. 

De acordo com o Guia do Sebrae de 2024, o setor da alimentação, em especial saudável e sustentável, é uma das melhores opções para se empreender no ano de 2024, e segundo dados de 2022, liberados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Industrial Anual (PIA) em 2024, o setor de alimentos é responsável pelo maior número de pessoas empregadas, representando 22.8% do total. 

“Empreender no mundo da gastronomia é apaixonante. Permite que você participe de momentos marcantes na vida das pessoas proporcionando experiências marcantes para elas,” comenta o empresário Matheus Krauze. “Precisamos considerar que a barreira de entrada é relativamente baixa, por isso é possível começar no setor com negócios de baixo custo, mas ter um olhar afiado e uma gestão firme do seu negócio é um dos principais pontos para garantir o sucesso a longo prazo da sua marca”, complementa. 

Para Krauze, a paixão pela gastronomia veio de família, mas foi com uma viagem à Hong Kong, que seu primeiro negócio no setor nasceu: a Soft Ice Cream, uma das principais referências nacionais em sorvetes artesanias. Hoje, quatro anos após sua “estreia”, o empresário tem três marcas diretamente relacionadas com o setor de gastronomia: Soft Ice Cream, Local Cafés & Pães e Bar Jataí, sua empresa mais recente, aberta em 2024, e vê que o sucesso vem da dedicação e “mão na massa”. 

“Quem começa a empreender na gastronomia deve estar inserido no negócio e acompanhar a gestão financeira de perto, realizando também um bom treinamento da sua equipe. A profissionalização da gestão é de extrema importância para o sucesso dessas empresas, para que o empresário possa se afastar mais da operação e voltar sua força para branding, produto e experiência”, comenta o empresário. 

Segundo Matheus, investir em bom maquinário, insumos de qualidade e equipe bem treinada são fatores de alta relevância quando falamos do ramo da gastronomia. “Quando profissionalizamos o negócio, os custos fixos acabam inchados, devido aos valores de mercado. Acabamos vendo muitos negócios com uma gestão ótima, e um custo de mercadoria vendida (ou CMV, como é chamado) de 10 a 15%, que comparado a outros setores é baixo”, diz Krauze, que reforça a importância do controle financeiro dos empreendimentos, aliado à experiência do cliente e qualidade de insumos para desenvolver sua marca no ramo da gastronomia

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

Motoristas encontram pontos de lentidão nas rodovias concedidas no início desta tarde


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta quinta-feira (1°). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) está com congestionamento no sentido capital do km 12 ao km 11+360 e no sentido interior do km 22 ao km 25. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido interior, o motorista encontra tráfego normal. Já no sentido capital, há congestionamento do km 15 ao km 13+360.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em ambos os sentidos, apresenta tráfego normal. Já na Rodovia Castello Branco (SP-280), o sentido capital apresenta lentidão do km 18 ao km 16 e do km 15 ao km 13+700 por conta do excesso de veículos. No sentido interior, há congestionamento do km 23 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão no sentido capital do km 20 ao km 18. No sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

O tráfego está interditado no sentido São José dos Campos do km 82+800 ao km 64+900, os usuários com destino ao Litoral ou São José dos Campos devem utilizar o trecho antigo, com uma faixa fluindo no sentido norte e outra faixa fluindo no sentido sul.


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