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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Diagnóstico precoce pode levar à cura do câncer de boca

Seconci-SP alerta sobre tumores de cabeça e pescoço, alvo da Campanha Julho Verde

 

O câncer de boca é um dos tumores de cabeça e pescoço que pode se desenvolver de forma silenciosa, sem apresentar sinais visíveis. Entretanto, quando diagnosticado precocemente, são grandes as chances de sucesso no tratamento e cura. Daí a importância de a pessoa consultar imediatamente o dentista, se observar alguns sinais na boca.

As recomendações são da dra. Tamara Pupo Nishijima Massagardi, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Julho Verde, de conscientização mundial sobre os tumores de cabeça e pescoço.

A dra. Tamara explica que o autoexame bucal consiste em procurar sinais tais como: mudanças na aparência dos lábios e da porção interna da boca, como endurecimentos, caroços, sangramentos e áreas dormentes; áreas irritadas debaixo de próteses (dentaduras ou pontes móveis); partes esbranquiçadas ou avermelhadas nas gengivas; feridas que não cicatrizam em duas semanas; dentes quebrados ou amolecidos. “Caso você note algum desses sinais, procure logo o especialista”, reforça a profissional.

“O câncer de boca pode se desenvolver nos lábios, gengivas, bochechas, céu da boca ou na língua. No Brasil, a doença atinge atualmente cerca de 15 mil pessoas todos os anos”.

Em estágios mais avançados, os sintomas do câncer de cabeça e pescoço se tornam perceptíveis e facilmente identificáveis, especialmente nas áreas da boca, seios paranasais, nariz e garganta. Os principais sintomas incluem feridas que não cicatrizam, nódulos no pescoço, dificuldades para engolir, manchas brancas nas gengivas, rouquidão persistente e nódulos na língua, prossegue a dentista.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), entre 35 mil e 40 mil brasileiros são diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço a cada ano. Essa condição é o segundo tipo de câncer mais comum em homens, o quinto em mulheres e o sétimo no ranking geral de incidência no Brasil. Os tumores podem surgir na boca, tireoide, na garganta, na laringe, na faringe, nas glândulas salivares e na região de seios paranasais. Segundo o Inca, o diagnóstico de quase 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço ainda é realizado tardiamente.


Fatores de risco

A dra. Tamara elenca os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da doença:

·         tabagismo: quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco – como cigarro de palha, de Bali, de cravo (kretek), fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé – tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes; e quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco;

·         consumo de bebidas alcoólicas;

·         exposição ao sol sem proteção, risco importante para o câncer de lábios;

·         excesso de gordura corporal, aumenta o risco de câncer de boca;

·         exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos está associada ao desenvolvimento de câncer de boca. Os trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença;

·         infecção pelo vírus HPV, relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe.


Número de casais com dificuldades para engravidar cresce a cada ano

Taxa atual de infertilidade é de 17,5%, estudo de 2007 indicava número que não chegava nem mesmo a 10% 


 
Em 2022, no Brasil, 2 milhões e 540 mil bebês nasceram, uma retração de 3,5% em comparação com o ano anterior, segundo dados do IBGE


O mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre infertilidade aponta que 17,5% da população global sofre com problemas relacionados à fertilidade. Em contrapartida, análise publicada em 2007 pela revista científica Human Reproduction, da Universidade de Oxford (Inglaterra), estimava que esse número era de apenas 9%, o que ilustra o aumento do número de mulheres com dificuldades para engravidar nos últimos 17 anos.
 

No Brasil, pelo quarto ano consecutivo, o número de nascimentos caiu, chegando à menor taxa dos últimos 45 anos. Em 2022, 2 milhões e 540 mil bebês nasceram, uma retração de 3,5% em comparação com o ano anterior, segundo dados do IBGE. O estado do Nordeste apresentou a maior queda, com 6,7% a menos de nascimentos. 

“Várias causas explicam a queda do número de nascimentos no Brasil e no mundo. Uma delas é que as mulheres hoje têm filhos cada vez mais tarde, por conta do trabalho e estudos. É fato que a partir dos 35 anos a reserva ovariana passa a cair num ritmo gradativo. Mas a questão da idade não afeta apenas mulheres, já que também marca uma queda na qualidade seminal entre os homens”, alerta o especialista Bruno Jacon de Freitas, farmacêutico e Gerente de Qualidade e Assuntos Regulatórios da Euroart Import, que trouxe para o Brasil o lubrificante de fertilidade Conceive Plus.

Segundo Jacon, fatores externos e o atual modo de vida da sociedade também vêm contribuindo fortemente para o declínio da fertilidade. “Obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, poluição ambiental, poluentes do plástico e estresse. Tudo isso tem efeito na qualidade e quantidade dos gametas. Por isso é importante que as pessoas saibam que esse impacto realmente existe”. 

Fazer atividade física, não usar substâncias químicas danosas, não fumar, não beber em excesso, buscar uma alimentação saudável e natural, e dormir melhor são hábitos que ajudam a combater o problema, explica o especialista. “Além de tudo isso, o uso de um lubrificante de fertilidade, como o Conceive Plus, pode ser o primeiro passo na busca para conseguir engravidar. O produto cria as condições adequadas para que a gravidez aconteça de forma natural, equilibrando o pH da vagina e aumentando o tempo de sobrevivência dos espermatozoides”. 

Quanto mais tempo os espermatozoides forem capazes de fecundar um óvulo, maior a probabilidade de coincidir com a ovulação da mulher no período fértil. “Esse lubrificante permite que os espermatozoides sobrevivam por até 72 horas, conforme apontam dados de pesquisas laboratoriais”, finaliza o especialista.

 

Consumidor precisa ficar atento à segurança

Carlos Alberto Dimarzio Filho, Gerente Geral da Euroart Import, importadora oficial do produto, faz um alerta para a segurança do consumidor. “O Conceive Plus importado corretamente e que segue todos os padrões e normas da Anvisa tem a embalagem com as informações em português. Se na embalagem as instruções estiverem em outro idioma, não é seguro comprar”, alerta.

  

Euroart Import


Reflexões sobre o melhor e verdadeiro plano de saúde

Reflexões sobre o melhor e verdadeiro plano de saúde
 

 Neste mês de agosto, temos duas campanhas principais no calendário da saúde: o Dia Nacional da Saúde (5/08) e o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08). Proponho uma reflexão sobre essas datas sob diferentes perspectivas. Há um debate constante sobre o elevado custo dos convênios médicos. Não há equilíbrio ou alinhamento entre hospitais, clínicas, planos de saúde e clientes sobre os valores a serem cobrados e pagos. De fato, conveniados acima dos 60 anos são os mais preocupados, afinal, os preços ficam proibitivos a partir dessa faixa etária. Aqui cabe o ditado de que "a corda arrebenta no lado do mais fraco", que é o do cliente. 

Eu não tenho uma solução, mas acredito que uma mudança de paradigma pode inspirar cada um a fazer sua parte em vez de apontar o problema nos outros e esperar que chegue uma boa notícia da ciência, como, por exemplo, a invenção de um remédio que seja bom, barato e que cura tudo, quase mágico. 

O que chamamos de Plano de Saúde deveria se chamar Plano de Doença. Não há como escapar: o ideal é que uma família direcione parte de sua receita para suportar os episódios de perda da saúde, seja fazendo uma poupança ou pagando mensalmente um plano que ofereça acesso a exames preventivos, atendimento emergencial, cirurgias e tratamentos indispensáveis e inevitáveis. 

E o que eu chamo de "Plano de Saúde" seria uma programação de cuidados para minimizar a necessidade de acionar o "Plano de Doença". Isso implica sermos ativamente responsáveis por uma longevidade saudável e autônoma, baseando-nos em hábitos, ações e posturas sobre os quais temos controle.
 

Combate ao fumo 

Não fumar ou interromper o ato de fumar é a escolha principal. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), especializada em câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta o cigarro como diretamente responsável por pelo menos 14 tipos de câncer. Além disso, o tabaco está associado a muitos outros problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, respiratórias e circulatórias. Não conheço uma pessoa sequer que tenha fumado a vida toda e que não sofra, ao menos, uma consequência grave dessa decisão. 

Alimentação saudável e equilibrada, manutenção do peso próximo ao ideal, exercícios físicos regulares, redução da ingestão de bebida alcoólica, e exposição ao sol com moderação e proteção são outras ações que devem ser incorporadas ao verdadeiro "Plano de Saúde" da vida.
 

Estratégia 

Muita gente encara a atividade física como uma forma de lazer. No entanto, é preciso vê-la como uma estratégia de saúde. Estudos mostram que a humanidade está vivendo mais, mas um terço das pessoas chega lá muito debilitada. Não é interesse de ninguém acrescentar à vida um período de sofrimento. A longevidade desejada é para brincar com os netos e bisnetos, viajar, namorar e ter propósitos, o que não acontece se a pessoa não tiver plantado e cultivado um "Plano de Saúde".
 

"Guerra" entre pais e filhos 

Tenho visto verdadeiras "guerras" entre pais e filhos com relação ao tempo exagerado dos mais jovens diante das telas. Infelizmente, é mais fácil para os adultos desistirem, ainda mais com a emergente e aparente "vantagem" de que deixar a criança e o adolescente bastante tempo na internet os mantém "sossegados". 

Pesquisas mostram que, além do sedentarismo e dos problemas de visão e postura que esse costume pode impor, longos períodos diante das telas provocam prejuízos mentais. As redes sociais, por exemplo, exibem padrões de consumo e modelos de beleza ilusórios e inatingíveis, podendo levar à depressão grave, elevando o número de suicídios, principalmente entre meninas. 

Há manifestações de segmentos da sociedade pleiteando uma regulamentação que alerte sobre os prejuízos para menores de idade quando o usuário entrar nas redes sociais. Tudo o que for feito para munir os pais e responsáveis de informações sobre esses malefícios é bem-vindo. Espero que uma regulamentação seja elaborada e bem-sucedida.
 

Prudência 

As áreas em que podemos agir individualmente para planejarmos o "Plano de Saúde" são amplas. Sair com tempo para chegar ao destino, dirigindo o veículo com prudência é um exemplo. Quantas pessoas se acidentam e têm sequelas sérias e incapacitantes por estarem atrasadas, por terem ingerido bebida alcoólica ou drogas, por estarem em alta velocidade ou distraídas ao celular? São condições evitáveis que, infelizmente, resultam em um custo financeiro altíssimo e comprometimento irreversível da saúde. 

O controle do estresse, o voluntariado, passar mais tempo com quem se gosta, fazer exames preventivos são atitudes que precisam dirigir o novo estilo de vida. Há muito que individualmente podemos fazer para aumentar a saúde e a expectativa de uma vida longeva com qualidade.
 

Dr. Paulo Pizão - O oncologista Dr. Paulo Eduardo Pizão é um profissional global. Por ser docente em faculdade, gestor em instituições de saúde, atuar no atendimento clínico e por ter sido pesquisador na indústria farmacêutica, tem uma visão geral do setor e conhece o mecanismo desse segmento. Suas atividades profissionais atuais: Pesquisador no Centro de Pesquisa Clínica São Lucas (PUC-Campinas), coordenador da disciplina de Oncologia Clínica no Curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas-SP; oncologista no Instituto do Radium.
 


Equipamento da HTM oferece tratamento de alta tecnologia, agindo diretamente no sangue para tratar células inflamadas do corpo

 

O constante desenvolvimento da tecnologia tem proporcionado inúmeras descobertas que revolucionaram a maneira como cuidamos da saúde. Uma delas é a terapia a laser, modalidade cada vez mais utilizada em diversos tratamentos, tanto de formas tópicas, diretamente no local de intervenção, quanto endovenosas, quando utilizadas nas regiões arteriais do paciente. Uma das principais técnicas é a irradiação intravascular do sangue com laser (ILIB), que irradia o sangue enquanto ele circula pelas veias e apresenta resultados consistentes de melhora em diversos casos crônicos de inflamação e controle de dores.

 

A ILIB é uma terapia não invasiva realizada através da aplicação de laser vermelho de baixa intensidade, com objetivo de obter benefícios terapêuticos, como redução da inflamação, proteção contra danos às células, controle de dor e melhora da circulação sanguínea. O resultado é a prevenção e o tratamento de inúmeras patologias, especialmente para pessoas que sofrem de doenças inflamatórias crônicas, como artrite e artrose. Também é benéfica para tensões musculares, alterações sistêmicas e outras doenças cardiovasculares quando somado esses benefícios ao acompanhamento médico. 

 

"É uma técnica terapêutica que alcança diretamente as células do corpo, desencadeando uma série de respostas benéficas. O laser vermelho penetra suavemente nos tecidos, estimulando o metabolismo celular, proporcionando o bem-estar e a melhoria na qualidade de vida, ajudando as pessoas a se sentirem melhor e prevenindo o desenvolvimento de novas doenças”, destaca Júlia Borim, fisioterapeuta e consultora da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos. 

 

A seguir, estão listados alguns dos principais benefícios que podem ser alcançados com esta técnica, além das indicações de aplicação mais comuns. Confira:

 

Estimulação da regeneração celular: A ILIB atua diretamente nas células, estimulando seu metabolismo e promovendo a regeneração dos tecidos. Isso é benéfico para pessoas que sofrem de feridas crônicas, úlceras, queimaduras e lesões musculares, acelerando o processo de recuperação e promovendo a cicatrização mais rápida.

Redução da inflamação: A luz vermelha tem propriedades anti-inflamatórias. A redução na inflamação dos tecidos pode trazer alívio para pacientes com doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, melhorando os sintomas e a qualidade de vida.

Melhora da circulação sanguínea: A pulseira do cluster LED azul e laser vermelho do Fluence Maxx, também utilizada nessa terapia para melhor posicionamento do cluster, contribui para a dilatação dos vasos sanguíneos, melhorando o fluxo e a oxigenação dos tecidos. Esse benefício é particularmente relevante para pessoas com problemas circulatórios, como hipertensão, proporcionando uma melhora na saúde cardiovascular e no bem-estar geral.

Controle da dor: Essa terapia pode ser eficaz no controle da dor. A estimulação do laser pode levar à liberação de endorfinas, substâncias naturais do corpo conhecidas por amenizar dores e proporcionar conforto aos pacientes.

  

HTM Eletrônica


Estudo chinês revela fatores essenciais para aumentar a longevidade em idosos com mais de 80 anos

Envato

Médica explica a importância de hábitos saudáveis e sua relação com a longevidade prolongada
 

 

Um novo estudo chinês traz à tona importantes descobertas sobre a longevidade de pessoas com 80 anos ou mais, destacando a relevância de um estilo de vida saudável para alcançar os 100 anos. A pesquisa, baseada no Chinese Longitudinal Healthy Longevity Survey, analisou dados de 5.222 indivíduos, dos quais 1.454 atingiram o marco centenário.

A métrica Life's Essential 8, da American Heart Association (AHA), lista oito fatores essenciais para proteger contra doenças cardiovasculares e câncer. Entre eles, cinco estão diretamente relacionados ao estilo de vida: não fumar, praticar atividade física regularmente, manter uma dieta saudável, ter um índice de massa corporal (IMC) adequado e garantir uma rotina de sono adequada.

No estudo, foi construído um escore de estilo de vida saudável para 100 anos (HLS-100), variando de 0 a 6, que considerou fatores como o não tabagismo, prática de exercícios físicos e diversidade alimentar. Os resultados mostraram que aqueles com escores mais altos no HLS-100 tinham uma probabilidade significativamente maior de alcançar os 100 anos, com uma razão de risco ajustada (RRa) de 1,61 em relação aos grupos com maior e menor escore.

 

Estilo de vida saudável e longevidade

"A adesão a um estilo de vida saudável é crucial mesmo em idades avançadas", afirma a médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS. "Este estudo reforça a importância de nunca fumar, praticar atividade física regularmente e adotar uma dieta diversificada para promover a longevidade".

Ongaratto destaca ainda que, ao considerar apenas o não tabagismo, atividade física e diversidade alimentar no HLS-100, as chances de atingir os 100 anos foram ainda maiores. "Isso sugere que a personalização das avaliações de estilo de vida para diferentes faixas etárias pode ser uma estratégia eficaz na promoção do envelhecimento saudável".

Os resultados do estudo questionam achados anteriores que sugeriam a ausência de malefícios com o consumo moderado de álcool e o efeito protetor de um IMC mais alto em populações mais velhas. "A mensagem principal é clara: nunca é tarde demais para adotar hábitos saudáveis, visto que essas são medidas que podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida e na longevidade", conclui a médica.

Essas descobertas reforçam a necessidade de estratégias de saúde pública que incentivem comportamentos saudáveis entre os idosos, visando não apenas aumentar a expectativa de vida, mas também garantir uma vida com mais qualidade e bem-estar. 

 

Instituto GRIS


Idosos devem se manter ativos profissionalmente, afirma SBGG

  Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia reforça que medida auxilia na saúde física e mental

 

Nas últimas semanas, o nome do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi um dos mais comentados em toda a imprensa mundial. O assunto em questão é se por conta da idade, ele teria condições de concorrer à corrida presidencial. Após muitas especulações, no último dia 21, ele desistiu oficialmente de concorrer à reeleição. 

No entanto, a grande pergunta que fica é: será que existe uma idade certa para a pessoa idosa parar de trabalhar? Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que a população idosa brasileira, de 60 anos ou mais, teve um aumento de 56% em relação ao Censo Demográfico de 2010. São cerca de 32.113.490 pessoas que estão nesta faixa-etária, que representam 15,6% da população do Brasil, que gira em torno de 203.080.756 habitantes. 

Para a geriatra e diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Alessandra Tieppo, antes de analisar se a pessoa está apta ou não a exercer determinada atividade, é importante ressaltar que a questão do etarismo, nome que se dá ao preconceito contra pessoas com base na sua idade, é algo latente no mundo, sendo uma prática bastante comum contra pessoas idosas, principalmente no mercado de trabalho. “O etarismo, além de prejudicar a saúde física, afeta também a dignidade da pessoa, impactando na habilidade de cada indivíduo alcançar seu pleno potencial”, observa a geriatra.

 

Momento de parar?

De acordo com a Dra. Alessandra, a idade nada tem a ver com a incapacidade funcional ou cognitiva de qualquer pessoa. Ela explica que existem outros fatores que contribuirão com esta questão, mas não tem qualquer relação com a idade. “A funcionalidade de uma pessoa envolve a sua autonomia, que é o poder de decisão, de pensar por si mesmo e poder executar qualquer tarefa. E esse comprometimento não tem nada a ver com a idade”, afirma, ao comentar que, obviamente, a idade mais avançada pode trazer algumas doenças crônicas e suas manifestações podem ser mais evidentes. “No entanto, a perda de funcionalidade não é sinônimo de envelhecimento; ao contrário. É importante lembrar que a experiência de vida contribui muito para uma sociedade saudável, inclusive no mercado de trabalho. Assim, pessoas idosas podem e devem continuar trabalhando.” 

Segundo a geriatra, profissionais nesta faixa-etária com ensino superior costumam permanecer mais tempo no mercado de trabalho em relação às pessoas que desenvolvem serviços mais braçais. Ela explica que ter uma atividade laboral faz bem não apenas para o organismo, mas também para a mente, desde que seja respeitada as limitações da pessoa. “É fundamental para a saúde da pessoa idosa que ela tenha uma atividade laboral, mesmo que seja parcialmente, até mesmo uma segunda profissão, por exemplo. Também é importante que a pessoa planeje sua aposentadoria para ter um envelhecimento bem-sucedido, sabendo o que ela fará no dia seguinte quando oficialmente se ‘aposentar’”, revela, ao comentar que tendo definida qual a atividade ela começará a se dedicar a partir daquele momento, o processo de envelhecimento ficará muito melhor. “As empresas deveriam investir neste processo visando a aposentadoria das pessoas. Muitas, sem saber o que fazer, podem desenvolver um quadro depressivo e até mesmo de dependência alcoólica ou química, por não se sentir mais útil. Então, neste processo, é importante a participação da família, para evitar que isso aconteça.” 

De acordo com a Dra. Alessandra, também é papel da família perceber quando a pessoa idosa está perdendo a funcionalidade, entendendo se o que ele está fazendo ou deixando de fazer faz parte do envelhecimento realmente para poder intervir, se necessário. “Familiares, pessoa idosa e geriatra devem estar alinhados nesta fase e, juntos, diminuindo as atividades. A família só aposentará o idoso realmente quando ele perder sua capacidade de pensar e tomar decisões, que é a sua autonomia. No entanto, isso não pode ser forçado, é uma decisão compartilhada com a pessoa idosa”, afirma.

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


Quando as dores no corpo indicam a hora de procurar um médico?

Médica fala sobre sinais de alerta e mudanças de hábitos importantes para ter mais qualidade de vida

 

Dores nas costas, na cabeça e nas pernas podem até ser sintomas comuns da exaustão do corpo diante de uma rotina intensa de trabalho, estudos ou exercícios. Mas quais são os sinais de alerta que indicam o momento de procurar ajuda médica? No Brasil, quase metade da população (45%) ignora sintomas de dores antes de buscar auxílio médico e tem ainda o costume de pesquisar na internet ou consultar amigos antes de profissionais capacitados. Os dados são do levantamento Saúde do Brasileiro - 2023, feito pela Hibou, empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo, e apontam para um cenário preocupante quando o assunto é saúde. 

De acordo com Ana Paula Carvalho, profissional da área de Clínica Médica do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, é preciso se atentar ao momento de procurar ajuda médica. “Sentir dores no corpo é uma experiência comum, muitas vezes associada ao cansaço, estresse ou pequenos incidentes do dia a dia. No entanto, nem todas as dores devem ser ignoradas ou tratadas de forma caseira”, ressalta. Segundo Carvalho, alguns sinais indicam que uma dor no corpo pode ser mais do que apenas um desconforto passageiro, como: 

1) Duração prolongada e intensidade elevada: se a dor persistir por mais de alguns dias ou semanas, ou se for muito intensa, a ponto de não melhorar com analgésicos comuns. 

2) Sintomas associados: presença de febre, perda de peso inexplicável, fadiga extrema, fraqueza, dormência, formigamento, área dolorida com inchaço, vermelhidão ou sensação de calor. 

3) Início súbito: dor que surge de repente, sem uma causa aparente. 

4) Interferência nas atividades diárias: quando a dor dificulta a realização de tarefas cotidianas, como caminhar, trabalhar ou dormir. 

5) Histórico de trauma ou lesão: dor que surge após uma queda, acidente ou qualquer tipo de lesão. 

Ainda segundo a médica, a região do corpo em que se sente a dor também pode ser um fator preocupante em relação à gravidade do problema, sendo necessário buscar ajuda médica imediatamente. Entre os locais do corpo que precisam de uma atenção especial, se houver dor, a profissional destaca: 

·         Dor no peito: qualquer dor no peito acompanhada de dificuldade para respirar, sudorese, náusea ou dor que irradia para o braço esquerdo, mandíbula ou costas.

·         Dor abdominal intensa: dor abdominal severa acompanhada de febre, vômitos persistentes, inchaço ou sensibilidade extrema.

·         Dor nas costas: dor nas costas acompanhada de perda de controle da bexiga ou intestino, fraqueza nas pernas ou febre.

·         Dor de cabeça súbita e intensa: qualquer dor de cabeça que seja a pior já experimentada, que aparece subitamente ou é acompanhada de rigidez no pescoço, confusão, perda de consciência ou alterações na visão.

·         Dor nas pernas com inchaço: inchaço, vermelhidão, calor e sensibilidade nas pernas.

·         Dor ao urinar: dor ao urinar deve ser avaliada o quanto antes, principalmente se acompanhada de febre, sangue na urina ou dor nas costas.

·         Dor na coluna que se irradia para a perna ou braço: se houver fraqueza, dormência ou perda de função na extremidade afetada.

 

Como saber quais dores são normais e quais podem indicar um problema mais sério?

O cuidado com a saúde, de forma preventiva, precisa ser diário, mas nem toda dor é sinal de um problema que precisa de intervenção médica. Segundo Carvalho, “distinguir entre dores musculares normais e aquelas que podem indicar um problema médico mais sério envolve observar a natureza, a duração e os sintomas associados à dor”. A seguir, confira a listagem feita pela médica com algumas características das dores musculares consideradas normais:

 

1) Causa identificável: Geralmente, as dores musculares normais seguem um exercício físico, esforço, ou uma atividade extenuante.

 

2) Duração limitada: Essas dores tendem a melhorar em poucos dias a uma semana.

 

3) Melhora com repouso: A dor geralmente diminui com o descanso e pode ser aliviada com analgésicos comuns, como paracetamol ou ibuprofeno.

 

4) Localização específica: Frequentemente confinada a áreas específicas que foram exercitadas ou sobrecarregadas.

 

5) Sintomas leves: Não é acompanhada por sintomas sistêmicos como febre ou perda de peso.

 

Quais mudanças de hábitos podem ser positivas para uma vida mais saudável e sem dores?

Apesar do poder do combo atividade física e alimentação saudável ser bastante conhecido, dados do Ministério da Saúde apontam que somente 40,6% dos brasileiros se exercitam nos níveis estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera exercícios feitos no tempo livre, excluindo o deslocamento para trabalho ou escola e atividades ocupacionais, por exemplo. Veja cinco mudanças práticas indicadas pela médica para incluir no dia a dia em busca de uma boa saúde.

 

1) Atividade física regular: praticar exercícios aeróbicos, como caminhar, nadar ou andar de bicicleta, ajuda a manter as articulações e músculos saudáveis. Fazer alongamentos diários também melhora a flexibilidade e reduz a tensão muscular. A médica destaca que é importante fazer um aquecimento adequado antes das atividades físicas para prevenir lesões e usar calçados que ofereçam suporte adequado.

 

2) Dieta adequada: consumir uma variedade de alimentos ricos em nutrientes, assim como beber bastante água ajuda a manter os tecidos musculares hidratados e reduzir o risco de cãibras e dores. Além disso, uma boa alimentação auxilia na manutenção de um peso saudável, diminuindo a pressão nas articulações, especialmente nos joelhos, quadris e coluna.

 

3) Sono adequado: garantir de sete a nove horas de sono por noite ajuda o corpo a se recuperar e reduz a percepção da dor, porém, a qualidade de sono também é muito importante. 

 

4) Evitar hábitos como tabagismo e consumo de álcool em excesso: o tabagismo pode agravar a dor e interferir na circulação sanguínea, retardando a recuperação, ao passo que consumir álcool em excesso pode afetar a saúde geral e aumentar a dor.

 

5) Check-ups regulares: visitar o médico regularmente para monitorar a saúde geral e tratar problemas antes que se tornem graves.

“Muitas condições de saúde podem não apresentar sintomas iniciais claros. Durante um check-up, exames laboratoriais e avaliações médicas podem detectar irregularidades antes que sintomas óbvios apareçam. Isso permite intervenções mais eficazes e menos invasivas ", reforça Carvalho.





Cartão de TODOS

 

Amamentar pode reduzir risco relativo de câncer de mama em até 50%

As alterações hormonais que ocorrem no período de amamentação e a adesão da mãe a melhores hábitos em prol da saúde do bebê favorecem a prevenção da doença

 

Amamentar oferece diversos benefícios para a saúde materna e infantil, além de contribuir para o desenvolvimento do vínculo afetivo. Entre eles, está o menor risco de ter câncer de mama. A amamentação, durante mais de um ano, pode diminuir o risco relativo de desenvolver um tumor triplo-negativo em cerca de 20% e de mulheres com mutações BRCA1 manifestarem a doença em cerca de 22 a 50%. 

“Somado a isso, estudos apontam que a possibilidade de ter câncer de mama pode reduzir 4,3% a cada 12 meses de amamentação, além de diminuir 7% a cada parto. No entanto, os efeitos protetores da gravidez dependem da idade em que ocorreu o primeiro parto da mulher, quanto mais jovem, maiores as chances de diminuir o risco da doença”, completa o mastologista do Hcor, Dr. Afonso Nazário. 

Ao se tornar mãe antes dos 25 anos, o risco relativo de câncer de mama na pós-menopausa reduz em 35%, em comparação com as mulheres que nunca tiveram filhos. Depois disso, as chances de desenvolver a doença passam a aumentar. De acordo com o último censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de mulheres que se tornaram mães entre 40 e 49 anos foi o único que cresceu no período (2018-2022), registrando um aumento de 16,8%. 

“Embora este aumento do risco de câncer de mama para mães com mais idade seja preocupante, o que estamos realmente observando é uma reversão dos efeitos protetores da gravidez que beneficiam as mais jovens. Mulheres que têm um filho entre 30 e 34 anos têm o mesmo risco que aquelas que nunca tiveram, por exemplo”, esclarece o especialista. As vantagens da gravidez e da amamentação em idade jovem têm sido consistentemente observadas em vários países e grupos étnicos, sugerindo que a proteção resulta de mudanças biológicas na mama e não de fatores ambientais ou socioeconômicos. 

Reforçando este efeito protetor da amamentação, em uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Amazonas em parceria com a UNIFESP, em 2023, demonstrou-se que nas indígenas de Manaus e de populações ribeirinhas, a mortalidade por câncer de mama é praticamente inexistente. Emerge como principal fator protetor a amamentação prolongada neste grupo étnico que, em média, é de cinco a seis anos.

 

Triplo-negativo

Uma meta-análise de 2015 encontrou uma redução de 20% no risco relativo de câncer de mama triplo-negativo associado à amamentação. Esta redução foi observada tanto em estudos de caso-controle quanto em estudos de coorte. Outro estudo mais recente encontrou um aumento de 191% no risco relativo de câncer de mama triplo-negativo em mulheres que tiveram filhos, mas não amamentaram.

 

Mutação no gene BRCA1

Mulheres com mutações no BRCA1 que amamentaram por mais de um ano apresentaram redução no risco relativo de câncer de mama de 22 a 50%, em comparação com aquelas que nunca amamentaram. Esta redução significativa é notável em uma população que já apresenta um risco elevado de câncer de mama. Mulheres com mutações no BRCA1 têm um risco absoluto de 65% de desenvolver câncer de mama até os 70 anos. Em contraste, não há redução no risco associado à amamentação para mulheres com mutações no BRCA2. 

Mulheres de forma geral devem ser especialmente incentivadas a amamentar como forma de reduzir o risco de câncer de mama. E este efeito protetor se aplica também àquelas com histórico familiar de câncer de mama. Muitas desconhecem ter uma mutação no BRCA 1 e seu aumento de risco de câncer.

 

Hcor

 

Prevenção e tratamento de insuficiência venosa

Como as meias compressivas podem ajudar a terceira idade



A atenção à saúde dos idosos se torna ainda mais relevante. Dentre os diversos cuidados necessários para essa faixa etária, a prevenção e o tratamento de problemas vasculares ganham destaque. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), problemas como a insuficiência venosa são comuns entre os idosos, especialmente após os 70 anos, quando 70% das pessoas apresentam varizes.

A idade avançada, associada à perda de fibras musculares e diminuição da massa muscular, torna os idosos mais suscetíveis a problemas vasculares. "Além disso, condições como obesidade e sedentarismo agravam o risco. No entanto, mudanças de estilo de vida, incluindo exercícios físicos regulares e uma dieta equilibrada, podem ajudar a prevenir o desenvolvimento de insuficiência venosa", diz a enfermeira Claudioneia Dadas.

Um dos tratamentos conservadores mais eficazes para a insuficiência venosa é o uso de meias compressoras. Estas meias, prescritas por um angiologista, são fundamentais para melhorar a circulação sanguínea nas pernas, aliviando sintomas e prevenindo complicações. As meias de compressão são projetadas para exercer pressão graduada, sendo mais apertadas no tornozelo e diminuindo a compressão em direção ao joelho ou coxa, o que facilita o retorno venoso ao coração.

"A escolha da meia compressora envolve vários fatores, incluindo o grau de compressão, a altura da meia e o tipo de tecido. Existem diferentes níveis de compressão, que variam de leve (15-20 mmHg) a alta (30-40 mmHg), sendo cada nível indicado para situações específicas. Por exemplo, compressão de 18-20 mmHg é adequada para a prevenção de trombose e inchaço em pessoas sem problemas circulatórios graves, enquanto compressões mais altas são indicadas para casos de insuficiência venosa avançada ou após procedimentos cirúrgicos", conta Claudioneia.

Além disso, a altura da meia também é um fator crucial. Meias até a panturrilha (3/4) são geralmente suficientes para a maioria dos casos de prevenção e controle de sintomas. No entanto, meias que cobrem até a coxa (7/8) ou que são do tipo meia-calça podem ser necessárias para compressão adicional em trajetos específicos das veias, como após cirurgias ou escleroterapia.

Dadas também comenta que o tecido da meia também influencia seu conforto e eficácia. Tecidos mais elásticos são preferidos para uso diário devido ao maior conforto, enquanto tecidos menos elásticos oferecem maior durabilidade e melhor função compressiva, sendo indicados para tratamentos mais complexos.

Diante do envelhecimento populacional, é crucial promover ações preventivas e tratamentos eficazes para insuficiência venosa, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos e reduzir os custos associados ao tratamento médico e cirúrgico. As meias compressoras representam uma ferramenta valiosa nesse contexto, proporcionando alívio e prevenção para milhões de pessoas.




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Febre do Oropouche: saiba os riscos de surto no país

 

Após a confirmação inédita do Ministério de Saúde, ontem (25), de duas mortes por Febre do Oropouche (FO) na Bahia, acendeu um alerta em todo o país sobre o risco de surto da doença em outras regiões. Neste ano, já foram registrados 7.236 casos em 20 estados brasileiros, sendo a maior parte foi no Amazonas e Rondônia. O número representa um aumento de mais de 700% comparado a 2023. 

A doença é transmitida, principalmente, pelo mosquito “maruim” ou “mosquito-pólvora”, contaminado pelo vírus da Febre do Oropouche. Esse inseto é mais típico de áreas de florestas, como a região Amazônica. “Para que haja um surto no país, ele tem que se adaptar a outras regiões. O crescimento de estados com casos registrados são sinais preocupantes nesta direção”, alerta o infectologista do Hcor, Dr. Guilherme Furtado. 

Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. “É muito importante buscar ajuda médica para realizar o diagnóstico preciso. Ainda que a FO não tenha tratamento específico, é preciso realizar o diagnóstico precoce para evitar complicações, principalmente óbitos”, ressalta o especialista. 

A prevenção é feita, principalmente, se possível, evitando áreas em que há uma incidência maior do mosquito, usando roupas que cubram a maior parte do corpo, usando repelente nas áreas expostas e removendo possíveis criadores de mosquitos em casa, como água parada e folhas acumuladas.

 

Hcor


Entendendo os desafios do uso medicinal da Cannabis no Brasi

 

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A utilização medicinal da cannabis tem ganhado destaque no tratamento de diversas patologias, oferecendo alternativas terapêuticas eficazes. Porém os principais desafios para o uso medicinal da Cannabis no Brasil incluem o custo elevado e o preconceito, entre outros. 

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) libera apenas o óleo de cannabis rico em canabidiol isolado, e para algumas síndromes que causam epilepsia refratária. A falta de ampla disponibilidade no SUS e o custo elevado dos medicamentos e o fato de muitas vezes não serem cobertos pelos seguros de saúde limitam sua distribuição para muitos pacientes. Além disso, o preconceito associado à Cannabis continua sendo uma barreira significativa, apesar de seu uso medicinal ser documentado há mais de 4 mil anos. 

 

Outros fatores que dificultam a pesquisa e produção de medicamento à base de Cannabis 

A pesquisa e produção desse tipo de medicamento acaba sendo restringida por fatores como a regulamentação e a legislação, que variam muito entre países e até mesmo entre estados ou regiões dentro de um mesmo país; a ilegalidade da Cannabis, que dificulta a pesquisa, produção e prescrição de medicamentos derivados; os padrões de qualidade e consistência, pois a planta de cannabis contém centenas de compostos químicos que podem variar significativamente entre diferentes plantas e produtos — garantir a consistência e a qualidade dos produtos derivados da cannabis é ainda um desafio. 

Por fim, a educação dos profissionais de saúde sobre a cannabis medicinal, consequentemente ainda não é adequada, o que restringe a prescrição correta e a orientação dos pacientes quanto ao uso terapêutico. 

Abordar essas dificuldades requer um esforço coordenado entre governos, comunidade científica, profissionais de saúde e sociedade em geral para promover o uso seguro e eficaz da cannabis medicinal, que ainda é um produto caro e não disponível para todas as classes sociais e econômicas. 

 

Evidências científicas sustentam a aplicação da Cannabis em diversas condições 

O uso da Cannabis em condições como epilepsia refratária, doença de Parkinson, autismo, doenças psiquiátricas (depressão, ansiedade, estresse pós-traumático) e demências vem apresentando resultados positivos cientificamente comprovados. Outras afecções que a aplicação de medicamentos baseados em Cannabis tem mostrado eficácia são: dor crônica, especialmente a dor neuropática e dor da fibromialgia, que é frequentemente resistente a outros tipos de tratamento; esclerose múltipla, aliviando a espasticidade (rigidez muscular) associada; náusea e vômito induzidos por quimioterapia; transtornos de ansiedade e do sono; síndrome de Tourette; glaucoma e doenças inflamatórias intestinais (DII). 

A pesquisa contínua e rigorosa é necessária para confirmar esses benefícios, entender os mecanismos de ação e determinar as indicações dos diferentes canabinoides, as doses e formas de administração mais eficazes e seguras. 

 

Do que são feitos os medicamentos 

Os principais componentes usados na produção desses remédios são os canabinoides, encontrados na flor da planta da Cannabis. Além disso, terpenos e flavonoides, presentes em menor quantidade nas folhas e no caule, também são utilizados. Esses componentes atuam no sistema endocanabinoide humano, ajudando a equilibrar os neurotransmissores e melhorando condições associadas a diversas doenças. 

O sistema endocanabinoide é essencial para a regulação de várias funções corporais e o equilíbrio interno. A pesquisa científica continua a explorar como a modulação desse sistema pode ser usada para tratar diversas condições de saúde, destacando o potencial terapêutico dos canabinoides derivados da planta Cannabis. 

Entre os canabinoides, os mais importantes são o CBD (canabidiol) e o THC (tetraidrocanabinol). Outros componentes incluem canabinoides adicionais, terpenos e flavonoides (óleos de espectro completo) todos utilizados no tratamento de diversas doenças. 

Os principais remédios que utilizam cannabis e suas substâncias derivadas são, predominantemente, os óleos. Esses medicamentos são administrados via oral, de forma sublingual. Além dos óleos, também existem comprimidos, cápsulas, gomas e pomadas, embora o uso de óleo seja mais comum. 

 

Situação Atual dos Medicamentos de Cannabis no Brasil 

No Brasil, a ANVISA autorizou a importação de medicamentos derivados da Cannabis e, em seguida, a comercialização de medicamentos e produtos à base de cannabis em farmácias. Há associações brasileiras que já foram autorizadas a produzir remédios para seus associados.  

 

Diferença entre uso medicinal e o uso recreativo da Cannabis 

Há uma distinção clara entre o uso medicinal da cannabis e o consumo adulto (anteriormente chamado de uso recreativo). O consumo de maconha fumada, que contém maior concentração de THC, é geralmente utilizado para aliviar a ansiedade e melhorar o sono, proporcionando um efeito rápido e intenso, mas de curta duração. Em contraste, os óleos de cannabis, que podem conter THC em doses menores, são administrados oralmente e têm um efeito mais prolongado, sendo mais indicados para o tratamento de doenças crônicas. A vaporização da flor de cannabis é outra forma de administração usada em casos específicos, como crises de ansiedade e epilepsia. 

 

Professora Alejandra Debbo - também é membro da Secretaria da Comissão Técnica de Dor e Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Estudos de Cannabis (SBEC).


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