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sexta-feira, 12 de julho de 2024

Varizes estouradas? E agora, o que fazer?

As veias das pernas têm a função de levar o sangue ao coração após irrigarem os membros inferiores. Quando elas não funcionam como deveriam, surgem as varizes, que se tratam de veias dilatadas e tortuosas responsáveis por provocar inchaços, alterações na sensibilidade da pele, entre outros sintomas. 

Existe um grande problema nisso, que são as varizes estouradas. Elas ocorrem por alguns motivos e, sem o socorro adequado, podem levar à morte. 

Devido à importância de tomar as decisões corretas nesse tipo de caso, elaboramos este post para esclarecer os principais pontos sobre as varizes estouradas. Acompanhe!

 

Quais são as principais causas das varizes? 

Existem alguns fatores que podem facilitar o surgimento das varizes. Conheça os principais: 

  • genética: ter um parente de primeiro grau com varizes pode aumentar as chances de desenvolvê-las; 
  • gestação: As alterações hormonais da gravidez fazem com que as paredes das veias tornem-se inchadas e enfraqueçam, principalmente se ocorrerem mais de 3 gestações; 
  • obesidade: O excesso de peso corporal favorece o inchaço e dificulta ainda mais o retorno do sangue venoso ao coração; 
  • sexo: o número de mulheres com varizes é maior que o de homens. Mulheres em qualquer faixa etária são mais propensas que homens; 
  • sedentarismo: a falta da prática de atividade física facilita o ganho de peso. Pessoas sedentárias tem risco mais elevado de apresentar varizes e vasinhos. Uma das razões está associada a falta do fortalecimento dos músculos das panturrilhas realizem a sua função.

 

O que fazer quando as varizes estouram? 

O mais importante a ser feito nos casos de sangramento de varizes é aplicar as medidas adequadas para parar a hemorragia por meio da pressão sobre o local. Também é preciso buscar ajuda médica urgente para evitar que a vítima entre em choque e diminuir o risco de morte. 

Para simplificar esse processo, elaboramos um passo a passo: 

  • deite a pessoa e tente deixá-la calma; 
  • levante a perna em que o sangramento se encontra acima do nível da cabeça; 
  • comprima a região do sangramento com um pano limpo molhado em água fria; 
  • continue com a pressão sobre o local com o auxílio de um pano; 
  • leve o indivíduo imediatamente ao pronto-socorro ou chame uma ambulância.

 

Quais são os sintomas das varizes estouradas? 

Entre os principais sintomas das varizes estouradas estão: 

  • hemorragia, caracterizada por sangramento grande, que pode ser entendido como uma complicação das varizes; 
  • hematomas ao redor, que podem ser azuis, roxos ou vermelhos; 
  • dor na região.

 

O que leva ao risco de as varizes estourarem? 

Na maioria dos casos, as veias estouram e o sangramento acontece quando coçamos as varizes e elas estão muito dilatadas, principalmente em situações em que a pessoa não usa meias de compressão, não faz exercícios para movimentar e fortalecer os membros inferiores e melhorar o fluxo sanguíneo. 

Isso também ocorre quando o indivíduo não realiza o tratamento médico adequado, tendo em vista que as intervenções disponíveis para evitar esse problema têm evoluído muito com o passar do tempo. 

Agora que você já sabe os principais problemas que as varizes estouradas podem provocar, para evitar que isso aconteça, é importante ter em mente que a prevenção é a melhor alternativa. Por isso, o ideal é buscar o tratamento correto com um especialista que tenha autoridade na área, como a Spaço Vascular.

Julho Verde: Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para antecipação dos casos de câncer de cabeça e pescoço

Diagnóstico tem ocorrido em pessoas entre 40 e 50 anos

 

De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente cerca de 700 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço são diagnosticados no mundo. Só no Brasil, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima 39.550 casos novos da doença neste ano. 

Tumores de cabeça e pescoço são aqueles localizados na boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide, seios paranasais, fossas nasais e glândulas salivares. 

Com o objetivo de chamar a atenção sobre os cuidados e controle efetivos desse tipo de câncer – o sexto tipo mais comum, globalmente, a Federação Internacional de Sociedades de Oncologia de Cabeça e Pescoço estabeleceu o dia 27 de julho como o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. 

De acordo com o Dr. Cheng Tzu Yen, médico oncologista e coordenador da área de tumores de cabeça e pescoço do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a prevenção e o diagnóstico precoce da doença são fundamentais para a redução desses tipos de tumores que, nos últimos anos têm se manifestado entre os 40 e 50 anos de idade. 

“Historicamente os tumores de cabeça e pescoço eram diagnosticados em pacientes entre a sexta a sétima década de vida, nos últimos anos, no entanto, estão sendo descobertos cerca de duas décadas antes. Isso pode ser atribuído à conscientização e ao diagnóstico precoce, que aumenta para até 80% as chances de cura da doença”, afirma o especialista. 

De acordo com o oncologista, nódulos persistentes, de consistência firme e endurecida, localizados na região do pescoço, feridas e aftas na parte interna da boca, dificuldades para mastigar e deglutir, engasgo frequente e rouquidão por mais de três semanas são os principais sinais para o câncer de cabeça e pescoço. 

O especialista também reforça que lesões nos lábios, decorrentes da alta exposição solar também são sinais de alerta para a doença. 

A adoção de boa e regular higiene bucal e a ida periódica ao dentista (pelo menos duas vezes ao ano), para que seja realizado exames clínicos, são fundamentais na prevenção e diagnóstico dos tumores. 

“A consulta regular ao dentista é fundamental no rastreio precoce da doença. É importante que os dentistas suspeitem de lesões que sangram e não cicatrizem e encaminhem material para biópsia e aprofundem, junto com o oncologista a investigação diagnóstica”, reforça Dr. Cheng.

 

HPV, tabagismo e álcool

Segundo o Inca, fumantes têm cinco vezes mais chance de desenvolver câncer de cabeça e pescoço. Quando o tabagismo está associado ao consumo excessivo de álcool isso dobra, passando para dez vezes mais chance. O tabagismo é responsável por mais de 95% dos diagnósticos de câncer de laringe. 

O Dr. Cheng reforça que a infecção por HPV (papilomavírus humano) também é responsável pelo aumento da incidência entre a população jovem, principalmente como consequência da prática do sexo oral sem o uso de preservativos. 

Em geral, o câncer causado pelo HPV é menos agressivo localmente, mas pode comprometer os linfonodos do pescoço de maneira mais rápida. No entanto, são mais sensíveis às terapias cirúrgicas ou aos tratamentos com radioterapia e quimioterapia. Quando diagnosticados em estágio inicial, as chances de cura podem chegar a 90%.

 

Prevenção e vida saudável

  • Não fume, inclusive cigarro eletrônico;
  • Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Procure manter uma alimentação saudável, com o consumo de frutas, legumes e verduras, e evitar o consumo em excesso de alimentos embutidos e industrializados
  • Mantenha a boa higiene bucal em dia;
  • Consulte o dentista pelo menos duas vezes ao ano;
  • Vacine-se. A vacina contra o HPV oferecida gratuitamente na rede pública de saúde para meninas e meninos de 11 a 14 anos.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Estudo mapeia principais lesões ortopédicas na prática de beach tennis

A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) estima que o número
de praticantes de beach tennis tenha quase triplicado nos últimos
 três anos, de 400 mil em 2021 para 1,1 milhão em 2023.
  Adobe Firefly/IA

 



 

 

Com participação da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, a pesquisa aponta ocorrências em quase metade dos praticantes da modalidade esportiva


 

A cidade pode não ter praia, mas isso não é impeditivo para a prática do beach tennis, esporte que virou febre no Brasil, tem se popularizado nos últimos anos e ganhado centenas de espaços voltados à modalidade Brasil afora.

 

Por ser um esporte ao ar livre, com turmas, em geral, de no máximo seis pessoas, o beach tennis ganhou força no fim da pandemia. A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) estima que o número de praticantes tenha quase triplicado nos últimos três anos, de 400 mil em 2021 para 1,1 milhão em 2023.

 

Como qualquer atividade esportiva, as lesões por esforço fazem parte do cotidiano dos praticantes e, diante da popularidade do beach tennis, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) investigou o cenário. Estudo publicado neste mês revelou que quase metade dos adeptos sofrem com problemas ortopédicos. Segundo o presidente da SBCM e um dos autores do estudo, Antonio Carlos da Costa, até então, havia apenas um artigo científico realizado na França sobre as lesões ortopédicas na prática do beach tennis.

 

“Existem diversos estudos sobre as lesões nos praticantes de tênis de campo. No entanto, esses dados não podem ser transpostos para o beach tennis, pois os esportes de quadra e de areia diferem na sua superfície, como também na raquete e na cinemática do esporte”, explica Costa.

 

Foi realizado um estudo transversal, com aplicação de questionário presencial, respondido por 160 praticantes regulares de beach tennis por pelo menos seis meses, com idade acima de 18 anos. A avaliação ocorreu durante torneios e treinos em clubes das cidades de São Paulo e São Caetano do Sul, entre setembro de 2021 e janeiro de 2022.

 

A presença de lesões ortopédicas foi relatada por 48,8% dos participantes, sendo a maior prevalência encontrada nos membros inferiores (30%), 25% nos membros superiores e 11,3% na coluna.

 

“Nos membros superiores, as maiores prevalências de lesões foram as tendinopatias (47,5%). Alguns tipos que podem ocorrer, por exemplo, são a tendinite de De Quervain, inflamação dos tendões na base do polegar, causada por movimentos repetitivos de rotação e preensão da raquete; e a tenossinovite, inflamação da bainha dos tendões, que pode ocorrer em várias áreas das mãos e punhos devido aos movimentos vigorosos de agarrar e manipular a raquete”, explica o presidente da SBCM.

 

O estudo constatou que o maior número de jogadores com lesões ortopédicas foi encontrado nos praticantes entre 13 e 36 meses (33,8%) e houve maior incidência de lesão em indivíduos que treinavam mais horas por semana.

 

O ortopedista lista algumas ações para a prevenção de lesões na prática de beach tennis. “Incorpore exercícios de fortalecimento e alongamento específicos para os músculos e tendões envolvidos no beach tennis, para aumentar a resistência e flexibilidade. Foque em uma técnica correta ao bater na bola e ao realizar movimentos de arremesso, minimizando o impacto nos tendões. E uma outra questão, não menos importante: Alterne períodos de jogo com períodos de descanso adequado para permitir a recuperação dos tendões e músculos”, conclui.

 



Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão - SBCM
www.cirurgiadamao.org.br


Doutor em psicologia explica por que férias são importantes e sugere atividades

Segundo o Dr. Danilo Suassuna, o período é fundamental para a recuperação do corpo e da mente e é possível planejar ações para ajudar no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças 

 

As férias escolares estão começando. Muito aguardadas pelas crianças, também devem ser consideradas um período de descanso essencial não apenas para a recuperação física, mas também para o bem-estar psicológico e educacional dos pequenos. 

Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes, as férias são importantes para proporcionar recuperação e descanso. “O período letivo pode ser cansativo para as crianças que, muitas vezes, enfrentam longas jornadas de estudo e atividades extracurriculares. O descanso proporcionado é crucial para a recuperação do corpo e da mente. Além disso, o sono de qualidade, que tende a ser mais regular durante as férias, é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional”, afirma.

De acordo com o especialista, as férias escolares também oferecem uma oportunidade para as crianças se desligarem das pressões e se dedicarem às atividades de que gostam. “Esse tempo livre é vital para o desenvolvimento emocional, permitindo que explorem novos interesses e hobbies, o que pode aumentar a autoestima e a sensação de realização pessoal. Além disso, também é um período de oportunidade para a aprendizagem informal, com viagens, visitas a museus, leituras e atividades culturais”, explica o Dr. Danilo Suassuna. 

Para o doutor em psicologia, é essencial que os pais entendam a sua importância na organização do tempo livre das crianças durante as férias. Ele ressalta que é possível planejar algumas atividades previamente, mas também permitir tempo livre para que as crianças escolham o que querem fazer. “Outra orientação é que participar das atividades com os filhos pode fortalecer os laços familiares e tornar as férias mais agradáveis para todos. Brincadeiras simples, como jogos de tabuleiro ou atividades manuais, são ótimas para fortalecer o vínculo familiar”, sugere. 

Confira algumas sugestões do Dr. Danilo Suassuna para que os pais possam planejar atividades com as crianças ao longo das férias escolares:

1. Atividades ao Ar Livre -  O contato com a natureza e a prática de atividades físicas ao ar livre são essenciais para o desenvolvimento saudável das crianças. Brincar em parques, praticar esportes ou fazer caminhadas não só promove a saúde física, mas também melhora o humor e reduz os níveis de estresse.

2. Atividades Culturais - Visitas a museus, teatros e exposições podem ser extremamente enriquecedoras, ajudando a expandir o conhecimento, estimular a criatividade e desenvolver habilidades críticas. 

3. Leitura e Jogos Educativos - Incentivar a leitura durante as férias é uma excelente maneira de manter a mente ativa, assim como proporcionar o uso de jogos educativos.

4. Aprendizado de Finanças Pessoais - Levar as crianças ao banco ou ao mercado pode ser uma excelente oportunidade para introduzi-las aos conceitos de finanças pessoais. 

5. Vivência Religiosa - Para as famílias que têm uma prática religiosa, as férias podem ser uma oportunidade para aprofundar a vivência religiosa das crianças através da participação em  atividades e eventos.

6. Relações Interpessoais - O convívio com outras crianças, seja da mesma idade ou mais velhas, promove a interação social e o desenvolvimento de relações interpessoais. Segundo o Dr. Danilo Suassuna, brincadeiras em grupo e atividades colaborativas podem ajudar a melhorar a comunicação, a empatia e a capacidade de trabalhar em equipe. 

 



Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.

Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site ou através do instagram e canal no youtube.



Coqueluche ressurge e preocupa autoridades de saúde

Kjpargeter/Freepik
Especialista Alerta para Importância da Vacinação e Medidas de Prevenção  

  

A coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa, voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde. A Dra. Fabrizia Tavares, professora da Universidade Tiradentes (UNIT), alerta para o aumento de casos e a importância da vacinação e medidas de higiene para prevenir a doença.  

A coqueluche, também conhecida como pertussis, ataca o trato respiratório e é causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias expelidas por tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.  

Os sintomas variam de acordo com a idade e o estado imunológico do paciente. Em adultos, podem ser leves, incluindo tosse seca, febre baixa, coriza e mal-estar geral. Em casos mais graves, a tosse se torna intensa e persistente, podendo gerar sons agudos, vômitos, cansaço extremo e dificuldade para respirar.  

As autoridades de saúde estão intensificando as campanhas de vacinação e conscientização sobre a coqueluche. A colaboração da população é fundamental para conter o surto da doença.  

"A coqueluche pode ser grave, especialmente em bebês menores de 1 ano, podendo levar à pneumonia, convulsões e até mesmo à morte", alerta a Dra. Fabrizia Tavares. "É fundamental que a população esteja ciente dos sintomas, busque atendimento médico em caso de suspeita e mantenha a vacinação em dia." 

 

Prevenção e Tratamento: 

A vacinação é a principal forma de prevenção contra a coqueluche. A vacina DTPa (difteria, tétano e coqueluche) é recomendada para crianças e adultos, especialmente aqueles que têm contato com bebês.  

O tratamento da coqueluche é feito com antibióticos, além de cuidados de suporte como hidratação e oxigênio, quando necessário. O isolamento da pessoa infectada também é crucial para evitar a transmissão da doença. 

 

Medidas de Controle: 

Além da vacinação, outras medidas importantes para prevenir a coqueluche incluem: 

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão. 
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. 
  • Evitar contato com pessoas doentes. 
  • Manter os ambientes ventilados. 


Doenças Reemergentes: 

Doenças como febre amarela, dengue, chikungunya e zika também estão reemergindo em algumas regiões do Brasil. O monitoramento constante e a adoção de medidas de controle são essenciais para prevenir a proliferação dessas doenças.  

A Dra. Fabrizia Tavares também alerta para o risco de ressurgimento de outras doenças, como sarampo e poliomielite, devido à baixa cobertura vacinal e à hesitação vacinal. "É fundamental que a população se vacine de acordo com o calendário vacinal e busque informações confiáveis sobre as doenças", reforça a médica. 


Saúde bucal nas férias: aumento do consumo de doces durante essa época do ano pode comprometer os dentes das crianças

Imagem: GUM
Segundo especialista da GUM, manter uma rotina de higiene adequada e programar visitas regulares ao dentista são medidas essenciais para ter dentes sempre limpos e saudáveis

 

Durante as férias, o consumo de doces pelas crianças tende a aumentar significativamente, devido à maior liberdade e tempo livre para brincar e se divertir. Esse aumento no consumo de guloseimas, aliado a uma rotina menos rigorosa de higiene bucal, pode ter um impacto negativo na saúde dental. 

De acordo com Gabriella Mundim, consultora da GUM®, empresa especializada em cuidados bucais inovadores, a ingestão excessiva de açúcar facilita o desenvolvimento da cárie, mau hálito e dores, pois o açúcar presente de doces e em outros alimentos, promove o aumento da placa bacteriana. “Reforce os hábitos de higiene bucal e incentive a alimentação saudável durante esse período para proteger a saúde dos dentes e gengiva das crianças”, afirma. 

A especialista explica que, “embora os doces sejam ótimos para as crianças por liberarem serotonina, é essencial adotar algumas práticas para reduzir os riscos associados ao consumo excessivo de alimentos açucarados. Incentive lanches mais saudáveis e nutritivos para reduzir o impacto na saúde bucal das crianças”. 

Outros hábitos simples como incentivar a escovação antes de dormir, ao acordar e sempre após o consumo de alimentos, utilizar o fio dental diariamente para remover restos de alimentos que ficam entre os dentes e para higienizar o espaço subgengival, além de aumentar a ingestão de água entre as refeições, estão entre as práticas que ajudam na eliminação dos resíduos alimentares e na neutralização dos ácidos que causa cárie. 

Uma ótima dica para tornar o momento do cuidado bucal mais lúdico e atrativo para as crianças é transformá-lo em uma espécie de brincadeira, com músicas, histórias, desafios e produtos personalizados como a escova dental infantil timer light, que pisca por 60 segundos para motivar as crianças a escovarem os dentes durante o tempo recomendado pelos dentistas para cada arcada dentária. 

Gabriella destaca a importância de consultas regulares ao dentista para acompanhar e prevenir problemas futuros. “Programe uma consulta odontológica após as férias para garantir a saúde dos dentes. A odontopediatria desempenha um papel crucial no desenvolvimento de hábitos de higiene bucal desde cedo e as consultas periódicas ajudam a identificar problemas precocemente, permitindo tratamentos mais simples e menos invasivos”, pontua. 

Para concluir, a consultora ressalta que cárie não tratada pode desencadear complicações mais sérias, como infecções que podem se espalhar para outras partes do corpo. “É fundamental conscientizar sobre a importância da escovação e dos cuidados dentários desde cedo, pois isso não apenas previne problemas imediatos, mas também protege a saúde geral a longo prazo”, finaliza a especialista.


Estudo relaciona Ozempic e Wegovy à doença rara de visã

Prescrição aumentou em até 7 vezes diagnóstico de lesão no nervo óptico. Entenda. 

 

Pesquisa da Universidade de Harvard recém-publicada na revista científica da Academia Americana de Oftalmologia, JAMA Ophthalmology, alerta que a Semaglutida, princípio ativo do Ozempic para controlar o diabetes e do Wegovy para perder peso, pode causar neuropatia óptica isquêmica anterior-não arterítica (NOIA-NA), condição oftalmológica rara que pode levar à perda da visão. 

Pior: O diabetes e a obesidade não param de crescer no Brasil e isso fez o consumo desses dois medicamentos explodir no País. Para se ter ideia, dados da pesquisa Vigitel 2023 realizada pelo Ministério da Saúde revelam que 10,2% da população com 18 anos ou mais têm diagnóstico de diabetes, sendo 11,2% entre mulheres e 9,2% entre homens. Quanto maior a faixa etária mais frequente é a doença chegando a 30,3% entre os brasileiros com 65 anos.

A Pasta também revela que 61,4% dos brasileiros têm sobrepeso e aos 54 anos são 70,7%. 

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, o estudo não surpreende. Isso porque, o diabetes e a obesidade são fatores de risco para desenvolver a NOIA-NA. A doença, explica, é uma lesão no nervo óptico causada pela interrupção do fluxo sanguíneo.  A condição só fica atrás do glaucoma como causa de perda irreparável da visão, embora nem todas as pessoas acometidas fique completamente cegas.

 

Outros fatores de risco

Queiroz Neto ressalta que a NOIA-NA também pode ocorrer em pessoas que fazem tratamento com amiodarona para arritmia cardíaca, usam medicamentos para disfunção erétil como o Viagra, têm disco do nervo óptico pequeno, fumantes, portadores de aterosclerose, hipertensão arterial, apneia obstrutiva do sono, tendência à formação de coágulos sanguíneos e pressão arterial baixa à noite. Por isso, na opinião do especialista antes de prescrever estes medicamentos é necessário gerenciar estas variáveis. Pode ser que muitos dos participantes desta pesquisa que desenvolveram a NOIA-NA tinham contraindicações para o medicamento que até então eram desconhecidas,

 

A pesquisa

Os pesquisadores acompanharam por três anos um grupo de 750 pacientes diabéticos que foram divididos em dois grupos. Um que usou o Ozempic e outro que que fez o tratamento com outros remédios.  No final do período o número de pacientes que usou Ozempic e teve lesão no nervo óptico superou em mais de quatro vezes o outro grupo. 

O mesmo método foi utilizado com 919 pacientes obesos divididos em um grupo que usou Wegovy e outro que fez o tratamento com diferentes classes de medicação. O número de pacientes que desenvolveram NOIA-NA usando Wegovy foi 7,6 vezes maior.

 

Diagnóstico e tratamento

Queiroz Neto afirma que a neuropatia óptica isquêmica não arterítica não apresenta dor ou outro desconforto. A perda da visão é súbita e o diagnóstico inclui exame da parte posterior do olho. O especialista ressalta que não existe tratamento efetivo para a condição, uma vez que células nervosas são irrecuperáveis. “A recomendação é reduzir fatores de risco para aterosclerose, controlar da pressão arterial e para quem tem apneia do sono é aconselha a polissonografia”, salienta.  “Geralmente, um terço das pessoas apresente melhora parcial espontânea da visão e o mais frequente é o acometimento de apenas um olho, mas o outro é afetado em 15% a 20% das pessoas” afirma. Este estudo foi realizado com um número limitado de pacientes e por isso não é conclusivo, nem indica que os medicamentos devem ser interrompidos. Entretanto alerta para um risco importante. “Só a consulta oftalmológica periódica e gerenciamento das condições que funcionam como gatilhos da lesão no nervo óptico podem prevenir a perda irreparável da visão”, finaliza.


Consumo excessivo de medicamentos e vitaminas gera lesões no fígado

Consumo excessivo de suplementação vitamínica e uso de
medicamentos sem indicação médica pode levar a sérios
problemas no fígado.
Crédito: Divulgação / Cighep
Médicos hepatologistas e nefrologistas têm recebido cada vez mais pacientes com fígado e rins lesionados pelo consumo, errado ou sem necessidade, de remédios e vitaminas

 

O consumo indiscriminado de medicamentos e suplementos vitamínicos sem necessidade médica está se tornando uma preocupação crescente entre os profissionais de saúde. Pacientes com lesões e intoxicação no fígado (hepatotoxicidade) geradas pelo uso destas substâncias já são maioria nos consultórios de hepatologistas e nefrologistas. 

A Dra. Daphne Morsoletto, hepatologista do Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia (Cighep), que fica no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, alerta para os riscos. “Estamos vendo muitos pacientes saudáveis, sem comorbidades, mas que estão usando um excesso de substâncias sem saber dos riscos que correm, por imaginarem que vitaminas e fitoterápicos são naturais e não fazem mal algum", explica. 

Entre os riscos estão esteatose hepática, colestase, perda de função hepática, inflamação e até câncer, já que é no fígado que as substâncias são processadas. 

Ela relata um caso em particular que atendeu há algumas semanas, onde uma paciente com intoxicação hepática consumia 66 substâncias diferentes todo dia, incluindo medicamentos manipulados (uma só cápsula pode conter até 10 substâncias diferentes), fitoterápicos e hormônios. Tudo sob prescrição médica, o que demonstra a inabilidade de alguns médicos ao prescrever suplementação. Sem contar os pacientes que fazem isso por conta própria, sem orientação profissional.

 

Farmácia “fácil”

No Brasil, o acesso facilitado a medicamentos é um grande problema. Em outros países, mostra a profissional, os medicamentos são vendidos por unidade, na quantia necessária ao tratamento. “No Brasil se vendem caixas fechadas. O que sobra o paciente guarda para usar depois, para não perder o dinheiro”, lamenta a médica. 

Outra questão é a venda de medicamentos com tarja vermelha que, na teoria, só deveriam ser comercializados com prescrição médica. Mas, na prática, as farmácias não exigem receita. 

Outro ponto crítico levantado pela hepatologista é a automedicação com fitoterápicos e a mistura de drogas, as chamadas interações medicamentosas. “Produtos naturais também oferecem riscos, pois podem anular ou aumentar o efeito de outras substâncias. O paciente pode estar em quimioterapia, por exemplo, e tomando um fitoterápico que anula o efeito do medicamento que trata o câncer. Olha o risco”, alerta. 

A médica tem visto duas situações “conflitantes” com frequência no consultório. “A estatina é uma substância que revolucionou a história da medicina. Ela reduz o risco de doenças cardiovasculares e ajuda a reduzir o colesterol. Estudos científicos comprovam que é muito segura. Alguns pacientes não querem tomar porque acham perigoso. Mas não tem medo algum de ingerir produtos naturais que consideram inofensivos, vitaminas ou anabolizantes para ganho de massa muscular, que fazem muito mal ao fígado e aos rins”, lamenta a médica.

 

Antiinflamatórios

Uma pesquisa feita pela Cosap Internacional, uma auditoria em saúde, mostra que os medicamentos mais prescritos no Brasil são amoxicilina (antibiótico), escitalopram (antidepressivo), azitromicina (antibiótico), cefalexina (antibiótico), losartana (para pressão alta), alprazolam (ansiolítico), sinvastatina (para colesterol). 

Apesar da listagem, a hepatologista acredita que o medicamento mais vendido é o antiinflamatório. Só não está na lista porque, como pode ser comprado sem receita, não foi rastreado pela pesquisa. 

Mas o uso deles é altamente tóxico para o fígado. “Muitas pessoas sentem dor e pulam diretamente para antiinflamatórios, antes de considerar analgésicos comuns, por acharem que são mais potentes”, expõe a Dra. Daphne. 

Além dos antiinflamatórios, a hepatologista tem outra preocupação. “Nós também utilizamos muito antibiótico sem necessidade. O nosso sistema imune é muito mais poderoso do que a gente imagina”, ressalta. 

A Dra. Daphne destaca que os médicos devem orientar os pacientes a evitar a automedicação e só consumir remédios e vitaminas quando necessário. “Quando a gente faz a formatura de Medicina, uma parte do juramento está: ‘Não induzir o mal ao paciente’. Então se paciente é saudável e você oferece algo potencialmente tóxico, para melhorar o que já está bom, isso é antiético. Suplementação é para casos muito específicos”, ressalta.


Jovem fica cega após mau uso de lentes de contato: riscos e cuidados necessários

A jovem tomou banho com a lente e o protozoário
se instalou entre a lente e a córnea.
Crédito: Reprodução / Tik Tok / @tiron1
Protozoário que atingiu córnea de estudante está presente na água e por isso não é recomendado tomar banho usando lentes de contato

 

A estudante Lara Brandão Tironi, de 18 anos, chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar sua história sobre a perda total da visão de um dos olhos devido ao mau uso de lentes de contato. Lara desenvolveu uma infecção ocular rara, conhecida como ceratite amebiana, provocada por um protozoário presente na água e no solo, a acanthamoeba. 

“Eu tinha o costume de ficar coçando o olho, o que me causou uma laceração na córnea. Também tomei banho usando as lentes. Como o protozoário que causa a ceratite está presente na água, ele infectou meu olho”, explicou Lara em um dos vídeos publicados. A jovem agora aguarda na fila do transplante de córnea, na tentativa de recuperar, pelo menos parcialmente, a visão. 

A ceratite amebiana é uma infecção grave que pode ocorrer em pessoas que utilizam lentes de contato e têm hábitos inadequados de higiene. O oftalmologista Leon Grupenmacher, do Eco Medical Center, destaca a importância de cuidados rigorosos no uso de lentes. “A grande maioria das pessoas que usam lentes de contato utilizam as gelatinosas descartáveis. Seja descartável ou não, o perigo é o mesmo. As lentes não devem ter contato com água do mar, piscina ou chuveiro, pois a água pode alojar micro-organismos entre a córnea e a lente, criando um ambiente propício para infecções graves”, explicou o médico. 

O Dr. Grupenmacher enfatiza que a ceratite amebiana é difícil de diagnosticar e requer tratamento agressivo. “O protozoário encontra na lente um local aquecido e alimentado pelas próprias bactérias presentes no olho, proliferando rapidamente. O diagnóstico não pode ser demorado, pois muitos pacientes acabam perdendo a visão”, alertou. 

E em casos de infecção, o tratamento começa com a retirada imediata da lente. Depois é preciso fazer um exame laboratorial, para determinar qual é o “bicho” que está causando o problema. Em seguida, explica o médico, o paciente vai precisar de um colírio que, na maioria das vezes, não está disponível na rede hospitalar e precisa ser manipulado. 

 

Lesões e transplante de córnea 

No Brasil, não há dados específicos sobre lesões de córnea causadas pelo mau uso de lentes de contato. No entanto, a gravidade das infecções e as consequências, como a necessidade de transplante de córnea, são conhecidas. Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o Brasil realizou 16.027 transplantes de córnea em 2023, superando os números pré-pandemia. Em 2024, foram realizados 8.369 transplantes até 9 de julho. O estado que mais fez cirurgias foi São Paulo (2.741 transplantes), seguido de Paraná (653) e Ceará (652). 

O Dr. Grupenmacher recomenda medidas essenciais para evitar complicações: "É fundamental limpar bem as mãos antes de manusear as lentes, armazená-las adequadamente e nunca utilizá-las durante o banho ou ao nadar. Além disso, não se deve dormir com as lentes, pois isso diminui a oxigenação da córnea e aumenta os riscos de infecção". 

No Brasil, 28.943 pessoas estão na fila, aguardando por transplante de córnea, algo que pode devolver, total ou parcialmente, a visão. Cada paciente desenvolve uma recuperação de forma única. É crucial que os usuários de lentes de contato sigam rigorosamente as orientações de uso e higiene para evitar infecções que possam comprometer a visão de forma permanente.

 

Cuidados essenciais com lentes de contato 

- Higiene das mãos: Lave sempre as mãos com água e sabão antes de manusear as lentes.

- Armazenamento adequado: Utilize soluções específicas para limpeza e armazenamento das lentes, conforme orientação do fabricante.

- Evitar água: Não use lentes de contato durante o banho, ao nadar ou ao entrar em contato com qualquer tipo de água.

- Não dormir com lentes: Retire as lentes antes de dormir para evitar a redução da oxigenação da córnea.

- Troca regular: Substitua as lentes e a caixinha de armazenamento conforme o prazo recomendado pelo fabricante para evitar acúmulo de resíduos e microorganismos. 

Seguir essas recomendações simples pode prevenir infecções graves e ajudar a garantir a saúde ocular dos usuários de lentes de contato.


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