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quinta-feira, 11 de julho de 2024

InCor alerta para crescente risco de doenças cardíacas em mulheres

Entre as mulheres, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina 

 

Muitas mulheres ainda acreditam que o infarto é uma doença predominante no sexo masculino, no entanto essa é uma percepção equivocada. As doenças cardíacas têm crescido significativamente na população feminina.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares (DCV) respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil por dia. No Brasil, estima-se que mais de 30% das mortes em mulheres são causadas pelas doenças cardiovasculares superando o câncer de mama e de colo do útero.
 

Dentre as DCV as principais causas de morte em mulheres são o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral que tem uma incidência aumentada com a menopausa, reforçando a necessidade de atenção especial à saúde feminina nesse período da vida. Após a menopausa, a prevalência e mortalidade por DCV entre as mulheres têm aumentado, destacando a necessidade de atenção especial à saúde feminina nesse período da vida.
 

De acordo com a Dr.ª Walkiria Samuel Ávila, coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa do Programa de Cardiopatia e Gravidez e Aconselhamento Reprodutivo do InCor - HCFMUSP, é importante que mulheres procurem cuidados procurem realizar consultas regulares com clínicos e cardiologistas. “A prevenção é essencial: praticar exercícios físicos, controle de peso, não fumar, gerenciar o estresse e controlar os fatores de risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, são medidas que diminuem significativamente os perigos do infarto e outras doenças vasculares”, analisa a cardiologista.
 

Menopausa: um alerta para a saúde da mulher
 

A menopausa é um período crítico, pois a queda nos níveis de estrogênio, um hormônio que protege o coração, eleva o risco de doenças cardiovasculares. Segundo a médica, é importante lembrar, que as mulheres que apresentam a menopausa precocemente ficam vulneráveis mais cedo.
 

Além dos fatores biológicos, questões sociais e de estilo de vida também contribuem para a incidência de DCV nas mulheres. Muitas mulheres enfrentam jornadas duplas ou triplas, cuidando da casa, filhos e carreira, o que contribui para um estilo de vida menos saudável, predispondo ao sedentarismo, consumo de álcool, tabaco e aumento do peso corporal.
 

De acordo com as estatísticas, cerca de 40% das mulheres apresentam aumento da circunferência abdominal, mais de 20% fumam, 23% têm pressão arterial alta, e 21% possuem níveis alterados de colesterol, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
 

A importância desse conhecimento levou à sanção do Projeto de Lei nº 1.136, de 2019, que institui o Dia Nacional de Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher, celebrado em 14 de maio, que reforça a necessidade no conhecimento de todo esse cenário, o entendimento sobre os riscos cardiovasculares nas mulheres é essencial. O InCor referência mundial em cardiologia, destaca a necessidade de políticas públicas focadas na saúde feminina e a importância de uma abordagem preventiva para reduzir a mortalidade por doenças cardíacas entre as mulheres.
 

Prevenção: uma questão de saúde pública 
 

"Mulher: Cuide do seu Coração", é campanha liderada pela Dra. Walkiria que tem o objetivo de implementar ações de prevenção primária e conscientizar a população sobre os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares nas mulheres. “Existe a necessidade de atenção especial não apenas para as mulheres na menopausa, mas também para as jovens, que estão cada vez mais em risco”, conta a cardiologista.
 

Um dos principais objetivos da campanha é advertir que mulheres também enfartam e educa-las sobre educar as mulheres sobre os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares, que podem ser diferentes dos apresentados pelos homens. “Sintomas como dor no peito, falta de ar, náusea, fadiga extrema, dor no braço ou nas costas podem ser indicadores de problemas cardíacos”, alerta a médica. A Dra. Walkiria destaca a importância de procurar atendimento médico ao primeiro sinal de desconforto, pois o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Estudos mostram que o estilo de vida moderno, caracterizado por altos níveis de estresse, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados, está aumentando a prevalência de DCV entre as jovens.
 

A campanha visa desmistificar a ideia de que infarto e outras doenças cardiovasculares são problemas apenas em pessoas com mais de 40 ou 50 anos, destacando a importância de intervenção precoce e a necessidade de campanhas educativas, como as lideradas pela Dra. Walkiria. O objetivo é empoderar as mulheres com conhecimento e ferramentas para proteger sua saúde cardiovascular. “Ao implementar ações de prevenção primária e conscientização, podemos reduzir significativamente a incidência de doenças cardiovasculares nas mulheres e salvar vidas”, conclui a médica.


Alerta: resistência bacteriana é a maior ameaça a saúde global

Especialista do maior hospital de otorrinolaringologia da América Latina explica que o uso incorreto de medicamentos é a principal causa 

 

A resistência bacteriana é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma ameaça global, principalmente na América Latina. A estimativa é que até 2050 ela esteja associada a mais de 10 milhões de mortes em todo o mundo. Segundo a OMS, cerca de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao uso indiscriminado de medicamentos sem recomendação médica. 

Para o otorrinolaringologista Marco César Jorge dos Santos, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina, a pandemia da Covid-19 intensificou os casos de resistência bacteriana por causa dos atendimentos a pacientes graves em UTI e agora está caminhando para níveis alarmantes. “O corpo vai criando resistência aos remédios porque a bactéria cria mecanismos de defesa, fazendo o medicamento não funcionar. O paciente que usa antibióticos de maneira indiscriminada, achando que antibiótico cura tudo, está na verdade desenvolvendo um estado de saúde com resistência a vários antibióticos”, conta o médico. 

As principais enfermidades tratadas de maneira equivocada com antibióticos são as gripes e resfriados, que em um processo natural da doença tem um ciclo que pode durar até sete dias. “Processos virais como gripes e resfriados são as principais doenças em que os antibióticos não funcionam para a cura, justamente porque estas doenças são virais e não bacterianas”, explica o especialista. O tratamento de gripes e resfriados deve ser focado em hidratação, lavagem nasal e sintomáticos, como o paracetamol, que ajudarão o processo natural de reestabelecimento da saúde do organismo. 

O uso de antibiótico de repetição desenvolvendo resistência bacteriana no organismo do paciente é uma das principais causas de morte em pacientes na UTI por infecções hospitalares. “Vale ainda lembrar de outra medicação de uso muito comum pelos pacientes sem orientação médica, que são os corticóides, pode ser a causa de doenças como glaucoma, tromboembolismo, diabetes, hipertensão e osteoporose. Fica então a mensagem que antibióticos e corticóides só podem ser utilizados pelos pacientes com orientação do seu médico”, completa Marco César Santos.


Período de férias escolares é conhecido pelo grande aumento no número de acidentes domésticos com crianças

Para a pediatra Tatiana Cicerelli algumas medidas simples e rotineiras podem evitar 90% dos casos e tornar o período muito mais atrativo e divertido entre família

 

 

Durante o recesso escolar os pais já se prepararam para o trabalho dobrado e muito além das demandas rotineiras, é preciso atenção aos acidentes domésticos envolvendo os pequenos.

Registros de quedas, choques, queimaduras, intoxicações e afogamentos com crianças sobem bastante nos hospitais ao longo deste mês.  Dados do Ministério da Saúde apontam que 110 mil crianças são hospitalizadas por algum desses motivos a cada ano no país. 

Para a pediatra e neonatologista, Tatiana Cicerelli, cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados com a implementação de medidas simples e a supervisão dos adultos durante as brincadeiras. 

“É sempre importante supervisionar brincadeiras e atividades realizadas em casa. As crianças são muito ativas e curiosas e estão sempre em busca do que é novidade. Os acidentes podem acontecer justamente quando elas são deixadas sem supervisão”, explica Tatiana.

 

Outra dica valiosa, segundo a pediatra, é estar atento às brincadeiras e os brinquedos oferecidos precisam ser adequados de acordo com a idade da criança. “Brinquedos com peças pequenas são um grande risco nas mãos de crianças menores. Objetos com pontas podem machucar de forma grave e perfurar regiões sensíveis do corpo e por isso os pais devem ficar atentos. São cuidados simples, porém fundamentais para evitar acidentes que podem ser fatais”, orienta Tatiana Cicerelli.


Para quem tem piscina em casa, os acessos a esse espaço, em específico, devem ser mantidos sempre fechados.Também é recomendável que as piscinas tenham proteção, como grades e tablados. “Piscina é algo muito atrativo para crianças de todas as idades e absolutamente nada substitui o olhar dos responsáveis. Mesmo com as boias, não se deve deixar a criança sem supervisão de um adulto, justamente para evitar que ocorra uma tragédia”, destaca Tatiana.


Por fim, abaixo vão algumas dicas a mais para que o período de recesso escolar não termine em pesadelo e seja lembrado pela diversão e proximidade com os país:

 

•         Não deixar ao alcance das crianças objetos cortantes, produtos de limpeza ou inflamáveis, fósforos e isqueiros.


•      Utilizar portões de segurança que limitam o acesso a escadas e ambientes abertos como sacadas.


•    Manter as crianças afastadas do fogão.


•        Nunca deixe crianças sozinhas especialmente próximas a áreas com risco de afogamento.


•        Produtos químicos, medicamentos ou tóxicos, como produtos de limpeza precisam ser mantidos em armários fechados e com acesso restrito.


•        Ingerir muita água durante as atividades ao ar livre, para evitar a desidratação, especialmente em dias quentes.


•         Não esqueça sa proteção solar para proteger a pele das crianças dos danos causados pelo sol.




Tatiana Cicerelli Marchini – Médica Pediatra e Neonatologista - CRM-SP 129889 - Formação em Medicina pela Universidade São Francisco em 2007. Fez residência médica em Pediatria pelo Hospital Universitário São Francisco e também em Neonatologia pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É especialista em Pediatria e em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Membro da American Academy of Pediatrics (AAP). Possui Certificação em Amamentação e em Reanimação Neonatal, ambas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Experiência profissional com atuação em Ambulatório de Recém Nascido de Alto Risco e também em Consultório Médico. Atua, ainda, como Neonatologista na Equipe da Clínica Parto com Amor, atendendo nas principais maternidades de São Paulo - Hospitais Albert Einstein, São Luiz, Pro Matre , Santa Joana - com foco na assistência humanizada ao parto. https://www.instagram.com/dratatianacicerelli/


Mais de 35% dos adolescentes brasileiros possuem condição de saúde bucal que pode afetar a qualidade de vida; saiba qual


Comum entre crianças e adolescentes, desalinhamento dental
 causa dificuldades na mastigação e fala, distúrbios no sono
 e pode ocasionar perda de dentes
 
Créditos: Envato

Impactos, além da estética, incluem função mastigatória e saúde das articulações 

 

A má oclusão, conhecida por afetar o alinhamento dos dentes, é uma condição comum que impacta indivíduos de todas as idades, mas que frequentemente se torna mais complexa durante a adolescência. É nessa fase que geralmente se inicia o tratamento, levando em consideração diversas causas, como fatores genéticos, hábitos orais prejudiciais e traumatismos. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal de 2010, 35,6% dos adolescentes avaliados apresentavam má oclusão, sendo que 9% deles tinham uma condição muito severa ou incapacitante. O estudo envolveu mais de cinco mil jovens com idades entre 15 e 19 anos.

Quando não tratada, a desarmonia causada pela má oclusão não afeta apenas a estética facial, mas também pode resultar em sérios problemas para a saúde bucal e geral das pessoas. Entre as complicações mais comuns estão dificuldades na mastigação, distúrbios de fala e do sono, problemas posturais, disfunções na mandíbula, sensibilidade, desgaste anormal e perda de dentes.

“São diversos os fatores que influenciam essa condição. Alguns casos têm uma base genética, em que a estrutura óssea da face pode predispor certos tipos de desalinhamento dentário. No entanto, alguns hábitos podem contribuir diretamente para o desenvolvimento da má oclusão, como uso prolongado de chupeta na infância, sucção de dedo, roer unhas, deglutição atípica, respiração pela boca, má postura da língua, mordida desalinhada, ranger e apertar os dentes”, esclarece a dentista e supervisora de Treinamento e Educação da ClearCorrect, Fernanda Santini. Além disso, a condição pode se desenvolver após traumas severos na região.


Avanço nos tratamentos

O diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento adequado, que varia conforme a causa e a complexidade do caso, podendo envolver o uso de aparelhos ortodônticos e, em casos graves, intervenções cirúrgicas corretivas para reposicionar os maxilares e restituir a saúde dos ossos.

Nesse contexto, os alinhadores transparentes têm ganhado destaque como uma alternativa eficaz e esteticamente agradável para corrigir a má oclusão, especialmente entre adolescentes. “Os alinhadores ortodônticos transparentes são quase imperceptíveis, oferecendo um tratamento mais discreto em comparação aos aparelhos ortodônticos convencionais”, avalia a especialista. 

 

Neodent


ClearCorrect
www.clearcorrect.com.br


Cuidados especiais aos pacientes oncológicos durante o inverno

Com as temperaturas baixas, o tempo seco e escassez de chuvas, a estação pode aumentar o risco de infecções virais e bacterianas

 

Durante o inverno, os cuidados com a saúde se tornam ainda mais essenciais, especialmente para pacientes em tratamento contra o câncer. As baixas temperaturas, o tempo seco e a pouca incidência de chuvas aumentam os riscos de infecções virais e bacterianas, como gripes e resfriados, além de potencializar alergias respiratórias.

 

Os pacientes oncológicos precisam de atenção especial. “Percebemos que depois das sessões de radioterapia e quimioterapia os pacientes relatam que o sistema imunológico é afetado”, disse Wagner Fujarra, supervisor clínico do Centro de Convivência e Apoio ao Paciente com Câncer (CECAN).

 

O tempo frio e as condições climáticas adversas podem agravar a sensação de fadiga, um efeito colateral comum do tratamento, e restringir a capacidade de sair de casa, levando ao isolamento social e afetando negativamente o bem-estar emocional.

 

Wagner destaca que a instituição oferece aos pacientes o Kit Acolher, contendo alimentos nutritivos como produtos para sopas, água de coco e gelatina para hidratação, além de cachecóis e toucas para proteção contra o frio. “Na nutrição, a recomendação dos nossos profissionais é consumir proteínas e muitos legumes para evitar a perda de massa corporal, além de vitaminas que ajudam a manter a temperatura corporal”, reforça Fujarra.

 

Os principais cuidados são: 

- Lavar as mãos com frequência;

- Evitar multidões;

- Manter as vacinas atualizadas;

- Fazer refeições pequenas e frequentes;

- Evitar alimentos processados;

- Se necessário, utilizar suplementos nutricionais.

- Manter uma dieta saudável para aumentar a energia melhorando a qualidade de vida durante e após o tratamento.


Tempo seco: 5 hábitos para proteger a respiração

Especialistas indicam a lavagem nasal para combater as ‘ites’

 

É difícil encontrar alguém que não esteja reclamando do tempo seco que tem assolado o país nas últimas semanas, não é mesmo? Este é um fenômeno característico do Inverno. Durante essa estação, a umidade do ar cai significativamente, o que pode agravar diversas condições de saúde, especialmente as relacionadas ao sistema respiratório. É possível enumerar uma série de enfermidades associadas ao tempo seco, como o resfriado, a gripe, a rinite e a sinusite. Além dessas, outras condições como asma, bronquite e faringite também são exacerbadas pela baixa umidade, tornando a prevenção ainda mais crucial. Neste contexto, é essencial adotar medidas preventivas para se proteger.

 

Confira cinco práticas que podem fazer a diferença:
 

1.Manter-se hidratado

A ingestão adequada de líquidos é fundamental para manter as mucosas hidratadas. Beber água ao longo do dia ajuda a prevenir o ressecamento das vias respiratórias, tornando-as menos suscetíveis a irritações e infecções. Além da água, chás e sucos naturais também são boas opções para manter o corpo hidratado.
 

2. Usar umidificadores de ar

Os umidificadores de ar são aliados importantes durante o tempo seco. Eles ajudam a aumentar a umidade do ambiente, tornando o ar menos agressivo para as vias respiratórias. Colocar bacias com água ou toalhas molhadas nos cômodos também pode ser uma alternativa simples e eficaz para melhorar a qualidade do ar em casa.
 

3. Realizar lavagem nasal diária

Estudos indicam que a lavagem nasal é uma opção saudável e eficaz para manter a saúde das vias respiratórias. Diversos produtos disponíveis nas farmácias desempenham esse papel, entre eles o NasalFree Alto Volume (MedQuímica), que atua mecanicamente sobre a mucosa nasal, fluidificando e removendo o muco, resultando na descongestão local. Um estudo publicado no Asian Pacific Journal of Allergy and Immunology ressalta que lavagens nasais de alto volume, como as proporcionadas pelo NasalFree Alto Volume, têm sido uma opção positiva, especialmente para crianças. Esses produtos já apresentam um kit completo com frasco aplicador e sachês de cloreto de sódio 0,9% na forma em pó, sem conservantes. O produto, além de fluidificar e descongestionar, também hidrata a mucosa nasal, proporcionando alívio e bem-estar no cuidado diário das vias respiratórias, segundo especialistas. 

Sua utilização é descomplicada: basta diluir o conteúdo do sachê em 240ml de água filtrada ou fervida por 5 minutos, mantendo a solução em temperatura morna para utilização. O procedimento inclui inclinar suavemente a cabeça para o lado e inserir o bico do frasco na narina, permitindo que a solução flua de uma narina para a outra. Especialistas afirmam que não há um limite máximo de lavagens diárias, sugerindo que, quanto mais frequentes, melhor. Para fins preventivos, recomenda-se realizar duas lavagens por dia, mas, em casos de congestionamento nasal, aumentar para quatro ou repetir até que o desconforto diminua.


4.Evitar ambientes poluídos

A exposição a ambientes poluídos pode agravar os problemas respiratórios durante o tempo seco. Sempre que possível, evite locais com alta concentração de poeira, fumaça ou outros poluentes. Dentro de casa, mantenha os ambientes limpos, livre de poeira e bem ventilados. Lavar roupas de cama e cortinas regularmente também ajuda a reduzir a presença de alérgenos.


5.Praticar exercícios físicos moderados

A prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer o sistema imunológico e a melhorar a capacidade pulmonar. No entanto, durante o tempo seco, é importante optar por atividades de baixa intensidade e preferencialmente em ambientes com boa umidade do ar. Exercícios ao ar livre devem ser evitados nos dias em que a umidade relativa do ar estiver extremamente baixa. 

Adotar esses cinco hábitos pode fazer uma grande diferença na proteção da saúde respiratória durante o tempo seco do inverno brasileiro. Com pequenas mudanças na rotina, é possível aliviar sintomas desconfortáveis e prevenir problemas mais graves, garantindo uma melhor qualidade de vida mesmo nas condições climáticas mais adversas.


A importância do Infectologista na Transição de Cuidados

Uma das ações mais eficazes do profissional é atuar na prevenção da ocorrência de infecções
 

Na Transição de Cuidados, por tratar de pacientes de alta complexidade, o infectologista tem papéis diferentes do médico que atua no âmbito hospitalar. Nestes ambientes é imprescindível ao médico infectologista agir na prevenção da ocorrência de infecções, seja pela retirada de qualquer dispositivo invasivo quando há possibilidade, como pelo estímulo e treinamento de equipes para prevenção e o uso racional de antimicrobianos. 

Seja com pacientes em reabilitação ou em cuidados paliativos, mesmo estando menos propensos a contrair infecções, deve-se manter todos os cuidados em relação aos dispositivos, curativos e lesões cutâneas para prevenir intercorrências infecciosas. 

Nos pacientes sob cuidados paliativos, os infectologistas têm o objetivo de utilizar os antimicrobianos para controle de sintomas e para garantir o conforto.

 

O impacto das infecções hospitalares na transição de cuidados 

A mudança do ambiente hospitalar para o de transição diminui a exposição do paciente aos patógenos hospitalares, que muitas vezes são resistentes a diversas classes de antibióticos. 

“Quando a transição é gerida com uma comunicação eficaz entre os profissionais de saúde, garante-se que os tratamentos, como a administração de antibióticos, por exemplo, sejam realizados por tempo preciso e indicação adequada, sem interrupção do processo terapêutico e de reabilitação iniciado no ambiente hospitalar. Isso é crucial para proteger o paciente durante um período vulnerável de recuperação”, destaca o Dr. Gabriel Fialkovitz, infectologista da YUNA. 

A comunicação clara entre as equipes de saúde e o paciente, além da orientação sobre o autocuidado pós-alta, também são vitais. “Informações completas e claras sobre a gestão de medicações e os cuidados com feridas capacitam o paciente e seus familiares a manter práticas rigorosas de controle de infecção em casa”, explica o especialista. 

A redução de infecções hospitalares durante a transição de cuidados não apenas melhora a recuperação do paciente, como também reduz significativamente o tempo de internação e os custos associados a tratamentos prolongados para infecções adquiridas no hospital. Isso resulta em um sistema de saúde mais eficiente e sustentável, com melhor alocação de recursos em outras necessidades.
 

Como reduzir os riscos de infecção na Transição de Cuidados 

Implementar protocolos rigorosos de controle de infecção, higiene adequada e uso racional de antibióticos são a base para uma transição segura, de acordo com o Dr. Gabriel. É essencial que as equipes de saúde mantenham uma higiene impecável das mãos e sigam protocolos de limpeza e desinfecção do ambiente. Além disso, o uso apropriado de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais ajuda a prevenir a transmissão de patógenos. 

“A transição de cuidados, não apenas diminui o risco de infecção hospitalar, como também assegura que a recuperação do paciente seja mais rápida, segura e tranquila”, ressalta. 

Pode parecer uma tarefa simples, mas a correta higienização das mãos é comprovadamente eficaz na prevenção de infecções associadas à assistência à saúde, como nas infecções de corrente sanguínea. Tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde estão protegidos quando a higienização das mãos é praticada corretamente. 



YUNA
https://yuna.com.br/


Maternidade e Paternidade entre casais homoafetivos: conheça as opções legais

 

Desde 2013, casais homoafetivos e indivíduos solteiros têm acesso permitido às técnicas de fertilização in vitro (FIV) no Brasil previstas na Resolução No. 213/2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em 2017, houve a ampliação de técnicas de reprodução assistida permitida, como a gestação compartilhada (ou recepção de óvulos da parceira - ROPA). 

"O fato é que casais homoafetivos, seja de homens ou mulheres, podem realizar o sonho de ser pais ou mães com as mesmas técnicas seguras e reconhecidas usadas por casais heterossexuais", celebra o Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista especialista em reprodução humana, diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado). 

Aos casais que desejam explorar as possibilidades, o médico lista abaixo as opções autorizadas:

 

Para casais de mulheres: 

  • Inseminação Intrauterina (IIU):

A IIU envolve a introdução de esperma doado diretamente no útero durante a ovulação. É uma técnica menos invasiva e mais acessível financeiramente, com uma taxa de nascimento vivo de cerca de 20% por ciclo. A técnica demanda pelo menos uma trompa normal para o sucesso. 

  • Fertilização In Vitro (FIV):

A FIV consiste na fertilização de óvulos com esperma doado em laboratório, seguida da transferência do embrião para o útero. Sua taxa de sucesso é de aproximadamente 60% por ciclo e ela permite o congelamento de embriões para futuras tentativas sem que seja necessária uma nova coleta de óvulos. 

  • Recepção de Óvulos da Parceira (ROPA):

Ela atende a casais femininos em que ambas as parceiras desejam participar biologicamente do processo: uma fornece os óvulos e a outra gestará o embrião. A taxa de nascimento vivo para esta opção é de cerca de 70% por tratamento. A FIV é necessária para a realização desta modalidade.

 

Para Casais de Homens: 

  • Fertilização In Vitro (FIV) com Útero de Substituição:

Envolve a fertilização de óvulos de uma doadora com o esperma de um dos parceiros e transferência do embrião para o útero de uma gestante de substituição. Neste caso, a gestante pode ser uma parente de até quarto grau. Se não houver esta possibilidade, uma outra pessoa pode ser escolhida com autorização do Conselho Regional de Medicina. A taxa de nascimento vivo neste caso é de aproximadamente 85%.

 

Estamos grávidas(os). E agora?

"Em paralelo ao processo da gravidez em si, diversas outras esferas exigem a atenção do casal", conta a Dra. Paula Fettback, Ginecologista especialista em Reprodução Humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). 

Ela cita, por exemplo, a questão do registro do bebê: "Depois de todos os procedimentos, a criança gerada deverá ser registrada com o nome dos dois pais, ou das duas mães, por um deles, em cartório". 

Segundo ela, no que tange à licença maternidade ou paternidade, ambos terão direito, "sendo que a licença maternidade de 4 meses é geralmente liberada para apenas um deles, caso ambos trabalhem", detalha a médica. 

Tão importante e delicada como a decisão de ter filhos em casais heterossexuais, a Dra. Paula chama a atenção também para momentos que precedem a concretização da gravidez: "A gravidez para casais homoafetivos é um processo importante. Tudo deve ser feito com o máximo de compromisso e cuidado, com profissionais capacitados e ambientados com a legislação, para que o casal gere uma criança saudável e, da mesma forma, um ambiente familiar saudável", recomenda a ginecologista.

 

Para quem quer aprofundar…

A Dra. Paula Beatriz Fettback e o Dr. Alfonso Massaguer acabam de lançar o livro A Espera, na intenção de gerar um conteúdo acessível a qualquer pessoa interessada em aprofundar o entendimento sobre reprodução humana, planejamento familiar e infertilidade. A obra inclui explicações, casos clínicos e uma linguagem que facilita uma boa compreensão geral e específica do assunto.

Saiba mais: Link

 

Dra. Paula Fettback - CRM 117477 SP - CRM 33084 PR. Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2004). Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP- 2007). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana.Estágio em Reprodução Humana na Universidade de Michigan - USA. Médica colaboradora do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do HC-FMUSP (2016). Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM - 2016) Médica da Clínica MAE São Paulo – SP Título de Especialista em Reprodução Assistida Certificada pela Febrasgo (2020)

Dr. Alfonso Massaguer - CRM 97.335 - Ginecologista especialista em Reprodução Humana. Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas. Atua em Reprodução Humana há 20 anos. Diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Diretor técnico da Clínica Engravida. Autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e Canadá.



HPV causa câncer de garganta? Oncologista aponta risco para sexo oral sem proteção

Estudos sugerem que incidência da neoplasia pelo Papilomavírus Humano pode ultrapassar casos de tumores induzidos pelo tabagismo

 

Uma pesquisa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), em que foram analisados dados de 15.391 pacientes do Registro de Câncer de Base Populacional do município de São Paulo (RCBP-SP), contabilizados no período de 1997 a 2013, mostrou que o risco de câncer de boca e orofaringe (principalmente) associados ao Papilomavírus Humano (HPV) aumentou entre homens e mulheres jovens com idade até 39 anos. As estruturas que compõem a orofaringe são a base da língua, o palato mole, as amígdalas e paredes laterais e posterior da faringe. Principalmente a base da língua e as amígdalas são os locais mais acometidos pela doença HPV relacionada. 

No Brasil, mesmo depois de dez anos em que os dados foram apurados, o cenário atual ainda preocupa: para cada ano do triênio 2023-2025 o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 15.100 casos de câncer da cavidade oral e orofaringe, sendo um risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes. Essa incidência vem aumentando no país, assim como ocorre em outros países desenvolvidos. Estima-se que entre 2030 e 2040, o vírus HPV seja responsável por cerca de 50% dos tumores de orofaringe, sendo a outra metade relacionada ao tabagismo. 

O risco de contato com o vírus HPV aumenta quanto maior é o número de parceiros sexuais ao longo da vida, principalmente quando falamos do sexo oral. Dados indicam que ter acima de seis parceiros durante a vida aumenta em 8,5 vezes o risco de desenvolver a neoplasia do que pessoas que não praticam sexo oral. 

Contudo, vale lembrar que os tumores não surgem pelo ato em si, mas sim pela infecção pelo HPV - um grupo com mais de 200 subtipos do vírus que podem infectar a pele e a mucosa genital, oral e anal tanto de homens, quanto mulheres. “O uso de preservativos e a vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, são medidas importantes de prevenção que devem ser colocadas em prática. Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo também são cuidados que merecem atenção”, comenta o Dr. Pedro De Marchi, oncologista clínico especialista em tumores de cabeça, pescoço e tórax da Oncoclínicas. 

É estimado que 85% da população entre em contato com o vírus HPV em algum momento da vida, contudo, isso não significa que o câncer irá de fato se desenvolver. "Após o contato com o vírus, a maior parte das pessoas consegue eliminá-lo através do seu sistema imune, No entanto, eventualmente, o vírus não é eliminado e uma infecção crônica se desenvolve. Essa infecção pode persistir por muitos anos e não causar nenhum tipo de sintoma, o que não impede que o vírus seja transmitido para outra pessoa. Além do sexo oral, a transmissão do vírus também pode ocorrer por meio de relações sexuais vaginais ou anais, causando outras neoplasias, como câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis e anus”, acrescenta o médico.

 

Sintomas podem ser confundidos com problemas de saúde 

Outro ponto que chama a atenção, segundo o especialista, são os sintomas - bastante inespecíficos na fases iniciais da doença. “O paciente pode ter um desconforto ou dor para engolir, sentir o alimentar “trancar” ao deglutir, notar um aumento de ínguas no pescoço ou alguma ferida na região da orofaringe que pode eventualmente levar a um sangramento. A dica mais importante aqui é a questão da duração dos sintomas. Havendo persistência por mais de 2 ou 3 semanas um médico especialista deve ser procurado”, indica o Dr. Pedro De Marchi.

 

A importância do diagnóstico precoce 

Diferente do câncer de colo de útero, não existe uma estratégia de rastreamento para o câncer de orofaringe relacionado ao HPV. Assim, é fundamental a busca por atendimento especializado caso haja persistência de sintomas na região da garganta. Isso é ainda mais relevante para os indivíduos tabagistas que têm um risco ainda maior de desenvolver câncer nessa região. O diagnóstico precoce é fundamental para um maior sucesso do tratamento”, comenta o oncologista da Oncoclínicas. 

Após a confirmação da doença realizada através de uma biópsia, o próximo passo é fazer o estadiamento do tumor, ou seja, entender o quanto ele está avançado. Para isso são utilizados métodos radiológicos como: 

  • Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do pescoço: traz informações quanto ao tamanho e extensão do tumor em relação às estruturas adjacentes. Também demonstra se há comprometimento de linfonodos do pescoço (primeiras estruturas acometidas quando a doença começa a se “espalhar”).
  • Tomografia computadorizada do tórax: solicitada para avaliar se há lesões relacionadas à doença (metástases) nos pulmões.
  • PET/CT: realizado em alguns casos para avaliar se há lesões relacionadas à doença em outros órgãos (metástases);
  • Exames de sangue: os exames de sangue são solicitados para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento; e
  • Exame odontológico: antes de um eventual tratamento radioterápico, é imprescindível que seja realizado um inventário odontológico. Nesse momento pode ser necessária a remoção de dentes.

Existe tratamento?

“Existe tratamento tanto para lesões iniciais quanto para aquelas mais avançadas. Vários fatores são levados em consideração além do estadiamento da doença para se definir a melhor estratégia terapêutica, e, idealmente, essa definição deve ser feita por uma equipe multidisciplinar, em conjunto com o paciente”, enfatiza o especialista.
 

O tratamento pode incluir:

  • Radioterapia IMRT: é um tipo de radioterapia que tem maior precisão na hora de tratar o tumor. Com isso, o paciente apresenta menos efeitos colaterais e os resultados são mais expressivos;
  • Quimioterapia: são medicamentos utilizados na maioria das vezes por via endovenosa (na veia) que atrapalhar a replicação das células, inclusive as células tumorais, levando elas à morte. O principal quimioterápico utilizado é chamado cisplatina é pode fazer parte do tratamento tanto doenças mais inicias quanto da doença metastática.
  • Terapia-alvo: são drogas atuam de forma diferente da quimioterapia padrão, apresentando também efeitos colaterais distintos. Em linhas gerais elas impedem que a célula tumoral se multiplique, retardando ou mesmo interrompendo o crescimento do tumor. Diferente de outros cânceres, infelizmente não há muitas opções de terapia-alvo no tratamento câncer de orofaringe. Basicamente uma única droga é utilizada e pode ser pode ser combinada com a radioterapia, combinada com a quimioterapia ou ser utilizada de forma isolada; e
  • Imunoterapia: esse tipo de tratamento auxilia a atividade das células de defesa do paciente no combate à doença. Pode ser utilizada em combinação ou não com quimioterapia, a depender de características clínicas do paciente e da expressão do PDL1, que é uma proteína presente na superfície do tumor. 
“Para frear o aumento dos casos, é fundamental disseminar informações de qualidade, como a importância do uso de preservativo nas relações sexuais. A vacinação contra o HPV também não deve ser deixada de lado - através do esquema de duas doses, sua proteção é de 98%. Infelizmente, a taxa vacinal ainda está bastante abaixo da meta, principalmente quando falamos da segunda dose da vacina. Contudo, ainda podemos mudar esse cenário e contribuir com o avanço da imunização contra o vírus", conclui Pedro de Marchi.


De luz azul a coçar com frequência: verdades e mitos sobre a saúde ocular

Profissional de Oftalmologia detalha quais são os vilões da saúde ocular no Brasil e dá dicas para quem quer proteger os olhos

 

De acordo com o recente levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de brasileiros são afetados por alguma doença relacionada à visão, o que representa 20% da população nacional. Mais da metade desses casos correspondem à deficiência visual intensa e até mesmo à cegueira, consequências extremas que muitas vezes poderiam ter sido evitadas se os problemas fossem tratados com antecedência e se as pessoas afetadas tivessem seguido recomendações médicas para a preservação da saúde ocular.

 

Entre essas recomendações, conforme destaca o profissional de Oftalmologia da rede AmorSaúde, Dr. Aluizio Rocha, está a realização de exames que muitas vezes não são usuais aos pacientes, por fatores como medo e falta de acessibilidade, e a adoção de alguns cuidados, como evitar levar as mãos aos olhos com frequência.

 

“Quando falamos em saúde ocular, há 5 principais ações que deveriam ser adotadas por todos. A ação número 1 é se consultar pelo menos uma vez ao ano com médico oftalmologista. A número 2 é que o paciente na faixa etária dos 60 anos não demore a realizar a cirurgia de catarata, que corresponde ao envelhecimento do cristalino — a lente natural do olho — e todos nós vamos desenvolver com a idade. Quanto mais o paciente demora na realização da cirurgia mais a catarata se desenvolve, piorando a visão e aumentando os riscos cirúrgicos”, explica o profissional. 

 

O Dr. Aluizio ressalta ainda que “a terceira ação a ser adotada é se atentar ao risco de Glaucoma, doença que leva à cegueira, mas que pode ser identificada e controlada, sendo fundamental o exame de tonometria, medida da pressão do olho durante a consulta oftalmológica, principalmente em maiores de 50 anos e pacientes com histórico familiar. A quarta medida é a realização do exame de mapeamento de retina, no qual podemos identificar por exemplo a retinopatia diabética — a diabetes do fundo do olho — e tratar com mais facilidade e melhores resultados em casos iniciais. A quinta prática é evitar coçar os olhos, pois alguns pacientes possuem o risco de desenvolver ceratocone, doença que pode levar ao transplante de córnea em casos graves, e que é piorada com o ato de levar às mãos aos olhos com frequência”.

 

Cabe destacar que esses cuidados muitas vezes são ofuscados por alguns mitos que integram o senso comum como o de que "ler com pouca luz prejudica os olhos". Embora ler em condições de pouca luz possa causar cansaço visual, não há evidências de que isso cause danos permanentes à visão. Os sintomas como olhos secos, dores de cabeça e visão turva são geralmente temporários e se resolvem com descanso e melhores condições de iluminação.

 

Outro mito comum no Brasil é o de que comer muita cenoura vai blindar a sua visão. De fato, as cenouras são ricas em vitamina A, o que é essencial para a saúde ocular, mas comer grandes quantidades não melhora a visão além do necessário para evitar deficiências. A deficiência de vitamina A pode causar problemas de visão, mas uma dieta equilibrada que inclua várias fontes de nutrientes é mais benéfica para a saúde ocular geral.

 

Ameaças mais frequentes à saúde ocular

 

No Brasil, o mês de julho é destinado à campanha de proteção à saúde ocular, a qual se baseia na conscientização populacional sobre a importância de consultas oftalmológicas frequentes para prevenção e diagnóstico de doenças relacionadas à visão. Segundo o Dr. Aluizio Rocha da rede AmorSaúde, o principal vilão para a saúde dos olhos na atualidade é a falta de acesso ao oftalmologista. “O olho é um órgão muito delicado e complexo, por isso um médico habilitado e cuidadoso pode fazer toda a diferença na vida de inúmeros pacientes. Infelizmente, no Brasil, é comum que muitas pessoas se satisfazem com consultas que avaliam apenas o óculos e esquecem de cuidar do olho”, alerta.

 

Além da falta de acesso a profissionais, o médico elenca outras três ameaças comuns a saúde dos olhos; confira:

 

Falta de alinhamento entre a realização de exames conforme a idade dos pacientes

 

Quando se trata de saúde ocular, cada idade requer um cuidado devido ao risco de desenvolvimento de doenças. O Glaucoma, por exemplo, é uma doença que normalmente se desenvolve por volta dos 45 anos, por isso, pessoas acima dessa faixa etária devem realizar o exame com frequência. Da mesma forma, a Catarata costuma aparecer na faixa entre 55 e 60 anos, quando os pacientes já devem dar início aos exames com foco na identificação. Além disso, todos os pacientes com diagnóstico recente de Diabetes, sejam jovens ou idosos, devem realizar o exame de mapeamento de retina e, para completar os casos mais comuns, o Ceratocone é uma doença que se desenvolve dos 20 aos 40 anos, sendo essencial os exames voltados para identificação dessa doença que pode levar à cegueira. 

 

A exposição à luz solar e à emitida por aparelhos digitais

 

Luzes intensas e brilhantes também podem ser vilãs da saúde ocular, com destaque: à exposição prolongada aos raios UV, que pode causar danos aos olhos, como catarata e degeneração macular; à exposição à conhecida luz azul emitida por telas de computadores, smartphones e tablets, o que pode levar a cansaço visual digital e prejudicar o sono; o ato de olhar diretamente para fontes de luz intensa como lasers ou lâmpadas muito brilhantes, assim como superfícies reflexivas expostas à luz solar.

 

A prática frequente de levar as mãos aos olhos 


Prática comum, o ato de levar as mãos aos olhos pode fazer com que a pressão aplicada cause lesões na córnea, levando os pacientes a desenvolver infecções intensificadas pelo fato de que as mãos carregam germes e bactérias que podem se transferir para o local. Além disso, coçar os olhos pode fazer com que a pressão dentro deles aumente, o que, se feito repetidamente, pode contribuir para o glaucoma. 

 

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